Confira as empresas que apresentaram propostas na licitação dos ônibus de São Paulo

Foto: Adamo Bazani

Segue relação das empresas que apresentaram propostas na licitação dos transportes de São Paulo agora há pouco

ADAMO BAZANI/ALEXANDRE PELEGI

A SMT – Secretaria Municipal de Transportes recebeu 33 propostas para os 32 lotes de operação da licitação do sistema de ônibus da capital paulista.

Pela composição dos concorrentes, não houve proposta de companhias que não operam na cidade.

As regiões atendidas também terão poucas mudanças em relação às empresas que hoje operam na cidade, muito embora, serão três subsistemas de linhas no lugar dos dois atuais (estrutural e local). Haverá um modelo a mais de subsistema, o de articulação regional.

O secretário de Mobilidade e Transportes da cidade de São Paulo, Edson Caram, acredita que em 90 dias os contratos com as empresas sejam assinados nos moldes propostos com a licitação.

Caram acredita que o modelo vai melhorar a prestação de serviços com percursos mais rápidos, avaliação da população influenciando na remuneração das empresas e qualificação da frota.

Apesar de praticamente não haver concorrência entre os lotes, com 33 propostas para 32 lotes oferecidos, o secretário se disse satisfeito com o processo de licitação. A respeito das antigas empresas da cidade que participaram com novos nomes, porque têm restrições junto ao INSS, Caram afirmou que será realizada uma avaliação na documentação destas companhias.

“Se as empresas não tiverem a documentação suficiente para participar do certame, com certeza serão inabilitadas”, anunciou Caram.

O presidente do SPUrbanuss, sindicato que representa as empresas de ônibus atualmente, no sistema estrutural, Francisco Christovam, disse que o que ocorreu apenas foi uma reorganização entre as empresas.

“As áreas sofreram rearranjos de empresas. Por exemplo, da atual Àrea 7, que tínhamos a Campo Belo, a Gatusa, Transkuba e a VIP, teve mudanças. A Campo Belo deixa de existir. Foi criado esse consórcio TransVida, com a Ambiental, Transppass e RVTrans. São empresas que já operam o sistema. Nenhuma saiu, elas se reorganizaram, inclusive em função da nova estrutura das linhas”, disse.

Christovam ainda falou que inicialmente não há problemas com o fato de antigas empresas participarem com os nomes novos, apesar de elas terem débitos com o INSS.

“De acordo com o nosso departamento jurídico, não há nenhuma irregularidade com isso e também não é nenhuma novidade. Em 2003, isso já ocorreu no sistema e não afeta a qualidade de prestação dos serviços”, afirmou.

Para o pesquisador em mobilidade do Indec (Instituto de Defesa do Consumidor) Rafael Calabria, a licitação vai resultar em poucas mudanças, principalmente no domínio do mercado.

Segundo Calabria, quanto menor for a concorrência, maiores são os custos. É a mesma realidade, segundo ele, que ocorreu em 2003.

“O cenário que vimos aqui é de manutenção das mesmas empresas que já estão operando há décadas na cidade. Isso já ocorreu em 2003 também. A última licitação, que foi realizada, houve um candidato por vaga com a tarifa mais cara que cada um propôs. Isso aumenta os custos. É um cenário de estagnação e mostra que a cidade, nesse aspecto, vai avançar pouquíssimo. Há algumas novas regras, avanços em relação à remuneração, influenciada pela satisfação dos passageiros, há questões de fiscalização, mas nenhum avanço em relação ao domínio do mercado, que é o mesmo”, disse.

Para Calabria, alguns pontos da concorrência, como a questão das garagens, desestimularam eventuais novos participantes.

Confira as entrevistas na íntegra:

Linhas Estruturais

E 1 – Consórcio Bandeirante (Viação Santa Brígida e Viação Gato Preto)

E 2 – Sambaíba

E 3 – Viação Metrópole Paulista

E 4 – Via Sudeste

E 5 – MobiBrasil

E 6 – Viação Grajaú

E 7 – Viação Metrópole Paulista

E 8 – Consórcio TransVida (Ambiental, Transppass e RVTrans)

E 9 – Gatusa

Articulação Regional

AR 1 – Consórcio Bandeirante (Viação Santa Brígida e Viação Gato Preto)

AR 2 – Sambaíba

AR 3 – Viação Metrópole Paulista

AR 4 – Express

AR 5 – Via Sudeste

AR 6 – MobiBrasil

AR 7 – KBPX

AR 8 – Viação Gato Preto

AR 9 – Consórcio TransVida (Ambiental, Transppass e RVTrans)

AR 0 – Consórcio TransVida (Ambiental, Transppass e RVTrans)

Local de Distribuição:

D 1 – Consórcio TransNoroeste (Norte Bus e Spencer Transportes)

D 2 – Consórcio TransNoroeste (Norte Bus e Spencer Transportes)

D 3 – Transunião

D 4 – Up-Bus

D 5 – Pêssego Transportes

D 6 – Allibus

D 7 – Transunião e Imperial

D 8 – Move Buss

D 9 – A2 Transportes

D 10 – Transwolff

D 11 – Transwolff

D 12 – Transcap

D 13 – Alfa Rodobus

LICITAÇÃO

Começou com dez minutos de antecedência a sessão de recebimento dos envelopes com as propostas de empresas de ônibus interessadas em operar o sistema da capital paulista.

A licitação dos transportes deveria ter sido realizada em 2013, mas desde então a prefeitura tem encontrado dificuldades, como manifestações, bloqueios por parte do TCM – Tribunal de Contas do Município e, por último, ações judiciais, derrubadas na semana passada.

Estão sendo licitados 32 lotes de três subsistemas de linhas, estrutural (veículos maiores), articulação regional (entre as centralidades de bairros) e local (linhas de bairros).

Os contratos são de R$ 71,14 bilhões por 20 anos.

A partir de agora, os passos da licitação são:

1) Publicação no Diário Oficial da ata da sessão desta terça-feira (deve ocorrer amanhã)

2) Habilitação das concorrentes (sem um prazo definido)

3) Publicar Habilitação no Diário Oficial da Cidade e abrir a partir daí cinco dias para recurso

4) Se houver recurso, abrir mais cinco dias para contrarrecurso

5) Deliberações sobre eventuais recursos

Se não houver recurso, a comissão de licitação pode em 48 horas publicar sessão de abertura dos envelopes com as propostas comerciais (com base nas tarifas)

7) Publicação de ata da abertura dos envelopes comerciais

8) Fazer a habilitação das propostas comerciais (sem prazo)

9) Publicar no Diário Oficial e abrir cinco dias para eventuais recursos

10) Se houver recursos, mais cinco dias para contrarrecursos

11) Publicar deliberações sobre os recursos e contrarrecursos

12) Secretário de Transportes analisa toda documentação para a homologação dos contratos

13) A partir da assinatura dos contratos, as empresas terão 120 dias para operar de acordo com o que determinam os editais

GRUPOS ESTÃO HÁ MAIS DE MEIO SÉCULO NO SISTEMA:

Alguns grupos empresariais que participam da licitação para os contratos de 20 anos já estão há mais de 50 anos nos transportes da cidade.

Entre o final dos anos 1950 e início dos anos 1960, o português José Ruas Vaz deixou sua padaria para se dedicar ao setor.

As empresas São Luís e Campo Belo estão entre as primeiras. Hoje, Ruas está entre os maiores empresários da cidade.

Outro empresário que cresceu no setor a partir da mesma época é Belarmino de Ascenção Marta. Também português e do ramo de padaria, Belarmino teve como uma das primeiras empresas a Brasil-Luxo, na zona Norte.

A família de Carlos Abreu, outra gigante do setor, está também pelo menos desde os anos 1970 atuando nos transportes da cidade. Se destacaram empresas como Penha-São Miguel, Jurema e São José.

Em comum, além de ajudarem a cidade a crescer com os transportes, abrindo em ruas de terra caminhos que depois se tornariam grandes eixos estruturantes, conseguiriam fazer fortuna com seus negócios.

Hoje, o grupo Ruas detém serviços em toda a cadeia de transportes: operação de ônibus urbanos, operação de ônibus rodoviários (Rápido Brasil e Ultra de São Paulo para o Litoral), fabricação de carrocerias de ônibus urbanos (Induscar Caio), fabricação de carrocerias rodoviárias (Busscar), financiamento de ônibus (Banco Luso Brasileiro), abrigos e paradas de ônibus (Otima) e participação junto com a CCR no controle da linha 4-Amarela e linha 5-Lilás do Metrô.

Já nas linhas locais de distribuição (ônibus dos bairros), as empresas surgiram de antigas cooperativas de lotação.

Ainda entre as empresas do grupo estrutural, estão outras famílias como a Gato Preto, que deve completar em 2027, 100 anos de atuação. A empresa pertence à família Gatti, tradicional do setor.

A família de Luís Augusto Saraiva, da Viação Santa Brígida, também está há décadas no segmento de transportes.

A Gatusa, outra empresa de origens históricas, da família Saad, também está há vários anos no sistema de São Paulo.

A Transkuba, da família Kuba, também atua há décadas na cidade, operando na zona Sudoeste.

Uma das empresas mais novas do subsistema estrutural na cidade é a MobiBrasil, da empresária Niege Chaves. A companhia entrou em 2008 no sistema, com a compra da empresa Paratodos, quando o nome foi trocado para Viação São Jorge e depois VIM – Viação Metropolitana, para só depois se tornar MobiBrasil.

A família, entretanto, é tradicional no setor em Pernambuco.

DANÇA DE CADEIRAS COM A LICITAÇÃO:

Empresas de grupos tradicionais de São Paulo, como das famílias Ruas e Abreu, estão surgindo com novos nomes. São os casos da Viação Grajaú, para a Viação Cidade Dutra, na zona Sul, e a Viação Sudeste, para a Via Sul.

A criação de novas empresas para a participação em licitações, em si, não é uma prática ilegal e tem ocorrido em outros setores também. Não há relação com a aquisição da Tupi pela MobiBrasil, na zona Sul.

Uma das características no caso dos ônibus da capital paulista é que na Junta Comercial do Estado de São Paulo é que nem todas estas empresas aparecem com os nomes dos donos, mas de diretores que, inclusive, têm o mandato constituído e com prazo determinado.

Outra característica é que estas “novas” empresas de grupos antigos foram constituídas nos últimos meses do ano de 2018, ou seja, perto da data de abertura de envelopes da licitação, marcada para 23 de janeiro.

São estas companhias que devem apresentar as propostas. Muito embora, alguns dos nomes “antigos” também devem participar.

Além de serem “empresas novas”, sem nenhum tipo de questionamento jurídico, com o INSS – Instituo Nacional de Seguridade Social ou fiscal, estas viações de grupos tradicionais que estão surgindo também foram criadas com vistas ao novo modelo de linhas desenhado pelo poder público.

Pela proposta da prefeitura, o sistema de transportes que hoje tem um subsistema local (antigas cooperativas que operam nos bairros) e um subsistema estrutural, vai ser dividido em três tipos de operação.

Será incluído o subsistema de articulação regional, que vai ser intermediário, sendo formado por linhas que vão ligar os bairros até às centralidades regionais (por exemplo: Jardim Marajoara ao Jabaquara) ou então que ligarão regiões diferentes sem passar pelo centro da cidade.

É justamente a criação deste subsistema intermediário que deve provocar um rearranjo entre empresas da cidade de São Paulo, isso porque, o novo conjunto de linhas vai pegar parte do que hoje é operado pelas empresas do subsistema estrutural e parte das operações do subsistema local.

A Viação Cidade Dutra, que tem consigo a Viação Grajaú,deve continuar atuando na região também e assumiu uma pequena parte das linhas da Tupi.

Outra companhia de ônibus que deve se destacar ainda mais na zona Sul, mas com origem no subsistema local, é a Transwolff Transportes e Turismo.

A Transwolff surgiu da cooperativa de “perueiros” Cooper Pam e hoje tem como principal sócio, Luiz Carlos Efigênio Pacheco. A empresa também assume outra parte das linhas que eram de responsabilidade da Tupi.

Integra também a sociedade da Transwolff, a M.J.S. Participações, composta por Pacheco e Moisés Gomes Pinto.

A companhia, além de renovar grande parte de sua frota, inclusive para as novas operações na parte das  linhas que eram prestadas pela Tupi, tem participado de projetos especiais, como a operação experimental de 15 ônibus elétricos fabricados pela BYD cuja geração de energia vai contar com uma fazenda dotada de placas de painéis solares.

A eletricidade será gerada por energia solar, sendo lançada para o Operador Nacional do Sistema, que fará a compensação em forma de crédito.

Essa energia é usada por uma infraestrutura própria na garagem para abastecer os ônibus elétricos.

Os três primeiros ônibus tiveram direito a apresentação do prefeito Bruno Covas.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2018/12/10/toda-frota-de-15-onibus-100-eletricos-de-projeto-piloto-estara-em-operacao-ate-marco-diz-bruno-covas/

VIAÇÃO GRAJAÚ:

Outro novo nome da área de transportes na cidade de São Paulo é a Viação Grajaú S.A.

Imagens em redes sociais mostram já um veículo com esta inscrição. O ônibus possui as mesmas cores do lote 06 da zona Sul de São Paulo, com a indicação de região na cor azul clara.

A empresa é registrada no mesmo endereço da Viação Cidade Dutra.

O número de telefone ao passageiro estampado na lataria do ônibus que tinha sido pintado é o mesmo utilizado pela Viação Cidade Dutra.

A “nova” empresa está registrada, segundo a Jucesp – Junta Comercial do Estado de São Paulo em nome de Edson Gonçalves e João Ferracini Neto.

Estes nomes não constam nos registros oficiais da Viação Cidade Dutra na Jucesp.

Viação Grajaú:

Viação Cidade Dutra

VIAÇÃO SUDESTE:

A Viação Sudeste surge em um dos endereços da Via Sul Transportes Urbanos Ltda, operadora da área 05 – verde escuro, zona Sudeste.

A Via Sul é controlada majoritariamente pelas famílias Abreu e Ruas, que possuem a maior parte das linhas de ônibus do subsistema estrutural da cidade.

A “nova empresa”, porém, está registrada em nome de dois diretores com mandatos que vão até 13 de novembro de 2021: Claudinei de Souza Mariano e Sônia Regina Zeronian Mattoso.

O capital inicial é alto, R$ 15,17 milhões (R$ 15.172.000,00).

O endereço da “nova empresa” é em uma das garagens da Via Sul, Rua Guaiana, 608, no Jardim Maria Estela, na zona sudeste.

Em ata, obtida pelo Diário do Transporte, a Via Sudeste aparece como subsidiária da Via Sul

VIAÇÃO METRÓPOLE PAULISTA:

A empresa Viação Metrópole Paulista foi constituída na zona Leste de São Paulo, na Avenida Ragueb Chohfi, 6300, no Jardim Marilu.

A empresa está em nome das famílias Abreu, Figueiredo e Cunha, que já atuam no sistema de ônibus da cidade de São Paulo.

EXPANSÃO TRANSPORTES URBANOS:

As famílias Abreu, Figueiredo e Cunha ainda constituíram, desta vez na zona Sul da cidade, a empresa Expansão Transportes Urbanos S. A.

Segundo os arquivos da Jucesp, a empresa foi constituída em 08 de novembro de 2018, com um capital social alto: R$ 15,37 milhões – R$ 15.375.950,00 (QUINZE MILHÕES, TREZENTOS E SETENTA E CINCO MIL, NOVECENTOS E CINQUENTA REAIS)

O endereço é um dos acessos para uma das garagens do grupo na Avenida Guarapiranga.

RVTRANS:

Em 12 de dezembro de 2018, foi constituída na cidade a RVTrans Transporte Urbano S.A, com endereço social na Zona Sul de São Paulo.

A empresa está no nome de Eduardo Ciola e José Eduardo Caldas Gonçalves que figuram na Jucesp – Junta Comercial do Estado de São Paulo como os mesmos sócios da Ambiental Transportes Urbanos, empresa que opera na zona Leste, inclusive a rede de trólebus.

KBPX:

A KBPX corresponde à Transkuba, da família Kuba, nome que surgiu no período posterior à privatização da CMTC – Companhia Municipal de Transportes Coletivos nos anos 1990.

Ambas as empresas têm membros da família em comum e são registradas no mesmo endereço.

 


VIAÇÃO AR7 S.A.:

A Viação AR7 S.A. tem como sócia a Transkuba, que opera hoje parte do lote 07 Estrutural da cidade, cor vinho, correspondente à região Sudoeste.

O endereço é o mesmo da Transkuba e o sócio também, o empresário Sergio Kuba.

HIGH MOBILITY TWO TRANSPORTES LTDA:

Outro nome novo de empresa de ônibus que veio à tona no período de pré-licitação é a High Mobility Two Transportes Ltda.

A empresa está registrada no mesmo endereço da Transppass, que atende a área 08 Laranja, correspondente à zona oeste da cidade.

Tanto a High Mobility Two Transportes Ltda como a Transppass ficam na Avenida Torres de Oliveira, 435, no Jaguaré.

A “nova” empresa tem como um dos sócios, Felipe Ricardo Batista dos Santos, que também está no quadro societário da Transppass.

Ainda está na sociedade da High Mobility Two a Arvida Administração e Participações S.A. que está em nome de Felipe Ricardo Batista dos Santos e de Luiz Eduardo Pinto Rica.

Diário do Transporte apurou que por causa da licitação do sistema de ônibus da cidade de São Paulo outras empresas devem mudar a razões sociais.

O objetivo destas mudanças é adequar as companhias ao novo modelo de transportes, de redistribuição de linhas e formação de consórcios e de sociedades de propósito específico.

OS PRINCIPAIS PONTOS DOS EDITAIS RELANÇADOS PELA PREFEITURA EM 06 DE DEZEMBRO DE 2018 (reportagem do dia da publicação):

Concorrência prevê contrato de 20 anos, divide o sistema de transportes em três e incorpora metas para a implantação de frota menos poluente. Prefeitura diz que seguiu determinações do TCM.

ADAMO BAZANI

Matéria Publicada à 01h35 (madrugada de 06 de dezembro de 2018)

A prefeitura de São Paulo relançou na madrugada desta quinta-feira, 06 de dezembro de 2018, os editais da licitação dos serviços de ônibus que se arrasta desde 2013 sem definições. O Diário do Transporte foi o primeiro órgão jornalístico a trazer os principais pontos dos editais reformulados.

O novo valor se refere à correção por causa do aumento do preço de insumos para operação, como óleo diesel e pneus.

É a maior concorrência de transportes da América Latina. A entrega das propostas é prevista para o dia 23 de janeiro de 2019.

O valor dos contatos, que terão duração de 20 anos, foi corrigido para R$ 71,1 bilhões (R$ 71.141.029.642). Quando os editais foram lançados pela última vez, em 24 de abril, o valor dos contratos somava R$ 68,1 bilhões

No subsistema estrutural, os contratos estão orçados em R$ 28,12 bilhões (R$ 28.127.313.865). No subsistema de articulação regional, os contratos serão de R$ 20,79 bilhões (R$20.794.948.745). Já o subsistema local de distribuição terá contratos que somam R$ 22,21 bilhões (R$ 22.218.767.032).

Também está inserida no contrato a responsabilidade pela manutenção e operação dos terminais e bilhetagem eletrônica. A prefeitura quer conceder estes serviços à iniciativa privada.

É aguardada ainda para o dia 14 de dezembro,  a entrega dos envelopes com as propostas para a concorrência do terminal Princesa Isabel.

O segundo lote a ser concedido envolve os terminais Cidade Tiradentes, Pirituba, Santo Amaro e Vila Nova Cachoeirinha.

A intenção da prefeitura é conceder os 27 terminais municipais que hoje compõem a rede.

A publicação ocorre após a realização dos ajustes determinados pelo TCM – Tribunal de Contas do Município que, ao apontar 51 irregularidades, 20 improbidades e 19 necessidades de correções, bloqueou a concorrência no dia 8 de junho. Somente em 24 de outubro houve a liberação.

A gestão Bruno Covas diz que seguiu todas as recomendações do órgão de contas.

A TIR (Taxa Interna de Retorno) que embute o lucro das empresas e se refere ao retorno dos investimentos realizados pelas viações será limitada a 9,85%. O que passar deste percentual, volta automaticamente para os cofres públicos. Se o retorno for abaixo dos 9,85%, haverá avaliação anual dos contratos. Esta avaliação, por sua vez, vai ser considerada na revisão dos contratos para equilíbrio-econômico das empresas, que será feita a cada quatro anos.

Atualmente, as empresas são pagas apenas pelos passageiros transportados. Nos três editais da licitação, a prefeitura propõe pagar as companhias de ônibus por uma fórmula que considera cumprimento ou não de critérios de qualidade, total de penalidades recebidas por falhas nos serviços, ganhos de produtividade atraindo mais pessoas para o transporte público e reduzindo os custos sem comprometer a oferta e o total de passageiros “catracados”, que são transportados.

O TCM vai acompanhar esta revisão que vai levar em conta também os investimentos em tecnologia e ônibus mais modernos e menos poluentes.
Por exemplo, se a empresa comprar um ônibus tecnológico e mais caro, vai ter a remuneração compatível com este investimento maior.  Para se ter uma ideia, atualmente o preço de um ônibus elétrico pode ser de R$ 1,27 milhão (cada veículo).

As variações salarias dos trabalhadores em transportes vão ser consideradas para estas revisões que serão feitas a cada quatro anos para o equilíbrio financeiro das viações. Isso vale para que as empresas não ganhem a mais caso os salários subam menos que a inflação e outros custos ou não saiam no prejuízo se os salários tiverem crescimento maior.

Os impactos financeiros e operacionais no sistema municipal de transporte público pela atuação dos aplicativos como Uber, Easy, Cabify e 99 deverão ser considerados nas revisões, seguindo as determinações do TCM.

Diário do Transporte mostrou, em primeira mão, que as empresas de ônibus da capital paulista estão preocupadas com a perda de passageiros para os aplicativos. Na semana passada, o SPUrbanuss, que representa as viações que operam os veículos maiores, protocolou uma carta na Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes e na segunda-feira, se reuniu com o DTP – Departamento de Transportes Públicos para pedir a proibição do Uber Juntos”, modalidade que consiste no uso coletivo do mesmo carro por pessoas que não se conhecem. Os pontos de embarque são determinados no momento que o passageiro solicita a viagem.

Não apenas nos editais, mas também nos contratos com as empresas, deve haver a previsão do cumprimento de viagens, do intervalo entre as partidas e dos demais itens de desempenho operacional.

Ainda de acordo com as determinações do TCM, todos os dias as empresas devem fornecer as informações sobre a quantidade de ônibus em cada linha.

Os contratos com as empresas de ônibus vão ter as exigências e penalidades para  descumprimento das viagens previstas; da publicação diária das tabelas com os ônibus de cada linha; da idade média da frota; e  da não retirada de circulação o veículo que atinja a idade máxima.

Todos os contratos com as empresas deverão ser analisados pelo TCM – Tribunal de Contas do Município para análise antes de serem assinados, o que pode fazer com que o início da operação do novo sistema demore mais.

Atualmente, segundo a gerenciadora dos serviços, SPTrans – São Paulo Transporte, o sistema de ônibus da capital paulista registra em torno de 9,5 milhões de passagens por dia, tem 1.340 linhas e é operado por 14.377 ônibus. Por ano, o sistema de ônibus custa em torno de R$ 8 bilhões e, necessita, dentro deste valor, de subsídios de quase R$ 3 bilhões também anuais para cobrir gratuidades e integrações.

Gradativamente, a prefeitura pretende, com os novos contratos, mudar estes números.

A frota e o total de linhas devem diminuir, mesmo assim, a gestão municipal garante que vai ser ampliada a oferta de lugares no sistema e os custos anuais serão reduzidos porque as linhas sobrepostas (quando uma ou mais linha percorre o mesmo trajeto das outras em grande parte do traçado) serão eliminadas e no lugar dos ônibus pequenos serão colocados modelos maiores.

Onde for possível, de acordo com condições de tráfego, os micro-ônibus devem dar lugar aos ônibus mídis (micrões) e aos ônibus convencionais (motor dianteiro e elevador).

Também onde a demanda de passageiros justificar e houver condições de circulação, os atuais ônibus Padron (motor traseiro e piso baixo) devem ser substituídos por modelos articulados (entre 18m e 20,5m), superarticulados (23m) ou biarticulados (28m), embora a presença deste último modelo tem diminuído no sistema.

Seguindo os atuais padrões da SPTrans, todos os ônibus novos terão de possuir itens de acessibilidade, ar-condicionado, vidros colados, GPS e sinal de internet por wi-fi.

A frota também deve seguir a nova Lei de Mudanças Climáticas (lei 16.802, de 17 de janeiro de 2018), que estipula um cronograma de redução de emissões de poluentes.

O tipo de ônibus para cumprir as metas pode ser escolhido pelos empresários, podendo ser elétricos com bateria, híbridos (dois motores em um só ônibus), DualBus (duas tecnologias de tração elétrica em um só ônibus), a gás natural e biometano (gás obtido na decomposição de resíduos), etanol ou outra forma menos poluente que o diesel.

Também é previsto o acréscimo de 50 trólebus, mas sem ampliar a rede aérea já existente, apenas aproveitando trechos não utilizados.

O desenho da rede também vai mudar.

O sistema terá três subsistemas, com a criação de um intermediário. Hoje a rede é composta de subsistema estrutural, que tem 830 linhas e 8.396 ônibus, e subsistema local (operado pelas empresas que surgiram das cooperativas), com 511 linhas e 5.981 ônibus.

Pela proposta da prefeitura, o sistema será dividido em subsistema estrutural, subsistema local de articulação regional e subsistema local de distribuição:

 – Subsistema Estrutural: Com nove lotes de serviços. Operado por ônibus maiores, que unem centralidades das regiões a outras centralidades passando pela região central; que trafegam por grandes avenidas e ruas de grande movimento e por corredores e que fazem a ligações entre os terminais. Entre os tipos de ônibus estão os padrons (motor traseiro e piso baixo), articulados, superarticulados e biarticulados.

– Subsistema Local de Articulação Regional: Com dez lotes de serviços. É inédito na cidade e seria uma espécie de sistema intermediário. A operação se daria por ônibus médios e convencionais entre os bairros mais distantes e as centralidades regionais (por exemplo, entre Vila Constância e Santo Amaro) e entre regiões diferentes, mas sem passar pelo centro. Os ônibus devem ser modelos básicos, com motor na frente, e padrons.

– Subsistema Local de Distribuição: Com 13 lotes de serviços. Operado por ônibus menores entre os bairros e os terminais, corredores de ônibus e estações do Metrô e da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. Os ônibus devem ser minis, mídis (micrões) e convencionais, dependendo da demanda e condições do viário.

Na prática, o passageiro em diversos casos terá de fazer mais baldeações, mas a prefeitura promete viagens mais rápidas.

FROTA:

O total de ônibus vai ser reduzido ao longo dos contratos de acordo com as mudanças das linhas. Algumas destas linhas serão extintas ou cortadas em determinado ponto para evitar as sobreposições.

De acordo com os editais publicados nesta quinta-feira, 06 de dezembro de 2018, logo no início das operações pelos novos contratos, ao menos 25% dos ônibus devem ter ar-condicionado.

A idade média da frota deve ser de cinco anos sendo que, como idade máxima, os ônibus a diesel podem ter até dez anos.  Os ônibus elétricos podem ter até 15 anos e, para este tipo de frota, não é estipulada idade média.

A frota referência de cada subsistema de linhas será:

Subsistema Estrutural: 4.266 ônibus

Subsistema Local de Articulação Regional: 3.440 ônibus

Subsistema Local de Distribuição: 5.885 ônibus

NO SISTEMA:

ATENDE:

A Secretaria de Mobilidade e Transportes prevê como frota referência, 540 vans do Atende, que são os serviços para as pessoas que têm limitações severas de locomoção, para as quais nem mesmo os equipamentos de acessibilidade dos ônibus comuns são suficientes. Toda a operação do Atende ficará a cargo do subsistema local de distribuição:

VALORES DOS CONTRATOS:

Somados, por 20 anos, os contratos com as empresas de ônibus terão valores de R$ 71,1 bilhões (R$71.141.029.642) , variando de acordo com cada subsistema de linhas e lote operacional.

No subsistema estrutural, os contratos estão orçados em R$ 28,12 bilhões (R$ 28.127.313.865). No subsistema de articulação regional, os contratos serão de R$ 20,79 bilhões (R$20.794.948.745). Já o subsistema local de distribuição terá contratos que somam R$ 22,21 bilhões (R$ 22.218.767.032).

Subsistema Estrutural R$ 28,12 bilhões (R$ 28.127.313.865):

Subsistema Local de Articulação Regional – R$ 20,79 bilhões (R$20.794.948.745):

Subsistema Local de Distribuição – R$ 22,21 bilhões (R$ 22.218.767.032):

VALOR DE TARIFA DE REMUNERAÇÃO:

As empresas de ônibus devem oferecer propostas que obedeçam os limites de tarifa de remuneração impostos pela prefeitura, que variam de acordo com cada grupo e lotes de linhas:

Subsistema Estrutural:

Subsistema Local de Articulação Regional:

Subsistema Local de Distribuição:

REDUÇÃO DE POLUENTES:

Pela lei 16.802, de 17 de janeiro de 2018, as reduções de emissões de poluição pelos ônibus de São Paulo devem ser de acordo com o tipo de poluente em prazos de 10 anos e 20 anos

Em 10 anos, as reduções de CO2 (gás carbônico) devem ser de 50% e, de 100%, em 20 anos. Já as reduções de MP (materiais particulados) devem ser de 90%, em 10 anos, e de 95%, em 20 anos. As emissões de Óxidos de Nitrogênio devem ser de 80%, em 10 anos, e de 95%, em 20 anos.

Mas além de seguir a lei, os editais preveem reduções de poluentes gradativas a cada ano.

Inicialmente as metas mudam entre os subsistemas estrutural e de articulação e  do distribuição são diferentes, em especial sobre o gás carbônico, por causa da disponibilidade tecnológica. Atualmente, há mais opções de ônibus grandes não poluentes ou menos poluentes, usados no subsistema estrutural, que os modelos menores, do subsistema de distribuição.

Subsistema Estrutural:

Subsistema Local de Articulação Regional:

Subsistema Local de Distribuição:

A LICITAÇÃO DOS TRANSPORTES DE SÃO PAULO E BREVE HISTÓRICO:

A prefeitura prevê reduzir os custos operacionais do sistema com a criação de uma nova rede de linhas, cortando sobreposições (quando uma linha percorre grande parte do mesmo trajeto da outra); reduzindo a frota ao colocar ônibus maiores no lugar de menores, mas sem diminuir a oferta de lugares; e dividindo o sistema de ônibus em três subsistemas:

– Subsistema Estrutural: Operado por ônibus maiores, que unem centralidades das regiões a outras centralidades passando pela região central; que trafegam por grandes avenidas e ruas de grande movimento e por corredores e que fazem a ligações entre os terminais. Entre os tipos de ônibus estão os padrons (motor traseiro e piso baixo), articulados, superarticulados e biarticulados.

– Subsistema Local de Articulação Regional: É inédito na cidade e seria uma espécie de sistema intermediário. A operação se daria por ônibus médios e convencionais entre os bairros mais distantes e as centralidades regionais (por exemplo, Vila Constância e Santo Amaro) e entre regiões diferentes, mas sem passar pelo centro. Os ônibus devem ser modelos básicos, com motor na frente, e padrons.

– Subsistema Local de Distribuição: Operado por ônibus menores entre os bairros e os terminais, corredores de ônibus e estações do Metrô e da CPTM. Os ônibus devem ser minis, mídis (micrões) e convencionais, dependendo da demanda e condições do viário.

Na prática, o passageiro em diversos casos terá de fazer mais baldeações, mas a prefeitura promete viagens mais rápidas.

BREVE CRONOLOGIA DA LICITAÇÃO DOS TRANSPORTES DE SÃO PAULO:

– 1º de fevereiro de 2013: O secretário municipal de transportes, Jilmar Tatto, apresenta em audiência pública modelo de licitação, que ainda previa cooperativas, mas já falava em redução de linhas. Previa também 430 quilômetros de corredores. Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2013/02/01/audiencia-publica-sobre-licitacao-em-sao-paulo-preve-reducao-de-linhas-para-o-centro-da-cidade/

https://diariodotransporte.com.br/2013/02/01/licitacao-em-sao-paulo-menos-linhas-para-o-centro-e-novo-monitoramento/

https://diariodotransporte.com.br/2013/02/01/licitacao-dos-transportes-430-km-de-corredores-e-abertura-de-envelopes-em-marco/

– 09 de maio de 2013: Prefeitura publicou decreto definindo áreas operacionais de ônibus da cidade para a licitação e diz que satisfação do passageiro vai influenciar remuneração das empresas.  Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2013/05/09/prefeitura-de-sao-paulo-define-no-diario-oficial-areas-de-operacao-em-licitacao/

https://diariodotransporte.com.br/2013/05/10/satisfacao-do-passageiro-vai-determinar-remuneracao-das-empresas-de-sao-paulo/

– 15 de junho de 2013: Prefeitura publica minuta do edital de licitação e previa assinatura de contratos em julho. Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2013/06/15/prefeitura-de-sao-paulo-publica-licitacao-no-diario-oficial-e-preve-assinaturas-em-julho/

– 26 de junho de 2013: Diante das manifestações contra os valores das tarifas de ônibus em todo o País e por mais qualidade nos transportes, o prefeito Fernando Haddad, pressionado politicamente, anuncia o cancelamento da licitação. Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2013/06/26/haddad-cancela-licitacao-em-sao-pauloi/

– 13 de fevereiro de 2014: Após licitação, prefeitura contrata a empresa de auditoria Ernst & Young por R$ 4 milhões para fazer uma verificação independente das contas do sistema de transportes de São Paulo.  Os trabalhos deveriam ter sido concluídos em julho, mas só foram entregues em dezembro.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2014/02/13/ernest-young-vai-fazer-auditoria-no-sistema-e-licitacao-de-corredores-deve-ser-retomada-em-marco-diz-tatto/

– 11 de dezembro de 2014: Concluída auditoria (verificação independente) da Ernst & Young sobre as contas do sistema de transportes de São Paulo. Entre os apontamentos, estavam a possibilidade de redução de lucros das empresas e o fim das cooperativas, que posteriormente se tornaram empresas. Não foi achada “caixa-preta” do sistema de transportes. Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2014/12/11/auditoria-ernest-young-reducao-do-lucro-das-empresas-fim-do-modelo-de-cooperativas-e-viacoes-estrangeiras-em-sao-paulo/

– 09 de julho de 2015: Lançado o edital de licitação com as recomendações da auditoria:

https://diariodotransporte.com.br/2015/07/09/confira-o-edital-de-licitacao-dos-transportes-de-sao-paulo/

– 12 de novembro de 2015: Alegando ter encontrado 49 irregularidades nos editais, TCM – Tribunal de Contas do Município suspende licitação dos transportes em São Paulo. Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2015/11/12/tcm-suspende-licitacao-dos-transportes-de-sao-paulo/

– 14 de julho de 2016: Depois de idas e vindas entre conselheiros e secretaria de transportes, TCM libera licitação dos serviços de ônibus em São Paulo, mas com 13 pontos ainda a serem revistos.  Pela proximidade com as eleições municipais, o prefeito Fernando Haddad achou melhor que o prosseguimento da licitação fosse dado pela próxima administração.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2016/07/14/confira-na-integra-todas-as-recomendacoes-do-tcm-para-a-licitacao-dos-transportes-em-sao-paulo/

– 21 de fevereiro de 2017: Gestão do prefeito João Doria promete lançar editais no mês de maio. Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2017/02/21/prefeitura-de-sao-paulo-deve-lancar-edital-de-licitacao-dos-transportes-em-maio/

– 26 de março de 2017: O secretário de Transportes e Mobilidade da gestão Doria, Sérgio Avelleda, adiantou ao Diário do Transporte que a licitação não exigiria qual tipo de ônibus menos poluentes seria exigido dos empresários, mas a prefeitura iria estipular metas de redução de emissões: Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2017/03/27/avelleda-diz-que-prefeitura-deve-estipular-metas-de-restricao-a-poluicao-mas-nao-definir-tipo-de-onibus-nao-poluentes/

– 01 de junho de 2017: Em audiência pública, a prefeitura de São Paulo apresenta as diretrizes gerais do novo sistema de ônibus que deve ser previsto na licitação. Houve poucas mudanças em relação aos editais propostos pela gestão Haddad, entre elas, metas de redução de emissões de poluição e o CCO – Centro de Controle Operacional não será de responsabilidade das empresas. A divisão da rede em 21 centralidades, a operação em três grupos de serviços (articulação, distribuição e estrutural) e a remuneração dos empresários por índices de qualidade foram mantidas.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2017/06/02/assista-diretrizes-gerais-da-licitacao-dos-transportes-em-sao-paulo/

– 02 de junho de 2017: Doria anuncia que quer reduzir o tempo de contrato com as empresas de ônibus para 10 anos, por meio da licitação. Para isso, deveria haver uma alteração na lei municipal que determina período de 20 anos.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2017/06/02/doria-diz-que-contratos-com-empresas-de-onibus-serao-de-10-anos/

– 08 de junho de 2017:  Publicadas no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, datas de audiências públicas regionalizadas para apresentar a licitação. Após manifestações de ONGs, que consideraram a primeira audiência pouco informativa, tumultuada por ter sido feita em local pequeno para o número de interessados que compareceram, em endereço com pouco acesso de transporte público e em horário não acessível para quem trabalha (foi numa quinta, às 8h), a prefeitura marcou audiências nas subprefeituras regionais entre os dias 26 e 28 de junho.

https://diariodotransporte.com.br/2017/06/08/prefeitura-de-sao-paulo-marca-datas-de-audiencias-publicas-regionalizadas-para-licitacao-dos-transportes-por-onibus/

– 09 de junho de 2017: Secretaria de Transportes e Mobilidade contrata Fipe por R$ 5,9 milhões para fazer consultoria para a elaboração e revisão do edital de licitação.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2017/06/12/gestao-doria-contrata-fipe-por-r-59-milhoes-para-consultoria-aos-editais-de-licitacao-dos-onibus/

– 26 a 28 de junho de 2017: Realizadas as audiências públicas sobre as diretrizes da proposta de licitação nas 32 prefeituras regionais.

– 12 de julho de 2017: Reportagem exclusiva do Diário do Transporte com base em dados da SPTrans, mostra que entre 2013/2014 e maio de 2017, a cidade gastou R$ 25 bilhões em renovações de contratos porque o atrasa da licitação somava quatro anos. Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2017/07/12/exclusivo-atraso-na-licitacao-dos-transportes-ja-custou-r-25-bilhoes-aos-paulistanos/

– 30 de agosto de 2017: O secretário municipal de mobilidade e transportes, Sérgio Avelleda, disse ao Diário do Transporte, que a minuta do edital de licitação só seria publicada após a definição da mudança do artigo de uma lei que determina a substituição de coletivos a diesel por ônibus menos poluentes. Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2017/08/30/edital-de-licitacao-dos-transportes-de-sp-so-saira-apos-alteracao-na-lei-de-mudancas-climaticas-afirma-avelleda/

– 18 de setembro de 2017: Em audiência pública sobre proposta de alteração do artigo 50 da Lei de Mudanças Climáticas, o secretário municipal de mobilidade e transportes, Sérgio Avelleda, cobra agilidade dos vereadores para um consenso. Na ocasião, foi apresentado mais um entrave para um novo cronograma de ônibus menos poluentes: quase não há opções de micro-ônibus que emitam menos poluição no mercado brasileiro e os custos de cada veículo pequeno são proporcionalmente maiores que ônibus convencionais, trucados e articulados:

https://diariodotransporte.com.br/2017/09/18/micro-onibus-e-duvida-para-transportes-menos-poluentes-em-sao-paulo/

– 11 de outubro de 2017: Na justificativa do PPA – Plano Plurianual para o período entre 2018 e 2021, a gestão do prefeito João Doria diz que a licitação dos transportes é a principal forma para resolver os prejuízos crescentes do sistema de transportes, que carecem de subsídios cada vez mais altos. Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2017/10/11/em-plano-plurianual-doria-diz-que-metodo-de-remuneracao-do-sistema-de-transportes-devera-mudar/

– 17 de outubro de 2017: Gestão do prefeito João Doria desiste de prosseguir o contrato com a Fipe, de R$ 5,95 milhões, para realizar estudos para a elaboração e revisão dos editais da licitação dos transportes. De acordo com a Secretaria de Mobilidade e Transportes, em nota ao Diário do Transporte, as próprias equipes da SPTrans fariam o trabalho da Fipe.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2017/10/18/prefeitura-desiste-de-fipe-para-estudos-de-editais-da-licitacao-dos-onibus-na-cidade/

– 08 de novembro de 2017: Câmara Municipal e entidades de meio ambiente entram em acordo sobre alterações da Lei de Mudanças Climáticas, o que segundo a prefeitura, era o que faltava para a definição da licitação do sistema de ônibus. Novo substitutivo do projeto de lei 300 é apresentado a entidades ambientalistas que concordam com a versão assinada pelos vereadores Milton Leite e Gilberto Natalini. Não foram propostas exigências quanto à tecnologia menos poluentes dos ônibus, que podem ser a gás natural, elétricos com bateria, trólebus, a etanol ou qualquer outra fonte energética. As metas neste novo substitutivo foram um pouco mais rígidas que a versão anterior.

No caso do dióxido de carbono (CO2), a redução deverá ser de 50% em um prazo de dez anos e de 100% ao final de 20 anos. A proposta anterior previa redução em, no mínimo 40% até 2027. A primeira versão de autoria do vereador Milton Leite era redução de 20% e a primeira proposta do vereador Gilberto Natalini era de 50%. Os dois vereadores assinam o substitutivo junto agora.

Também nos prazos de 10 e 20 anos, os cortes de emissões de materiais particulados deverão ser de 90% e 95%. Na versão anterior, a previsão era de redução de 80% das emissões de Material Particulado – MP até 2027. A primeira proposta de substitutivo de Milton Leite era redução de 78% e a primeira proposta de Natalini era de 80%.

Quanto ao de óxido de nitrogênio (NOx) a redução proposta neste substitutivo é de 80% em 10 anos e de 95% em 20 anos. Pelo substitutivo anterior, a previsão era de 70% de redução em dez anos. A primeira proposta de substitutivo de Milton Leite era redução de 74% e a primeira proposta de Natalini era 60%.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2017/11/08/em-primeira-mao-vereadores-ambientalistas-e-industria-chegam-a-acordo-e-licitacao-dos-onibus-deve-sair-do-papel-em-sao-paulo-diz-camara/

– 09 de novembro de 2017: Reportagem Exclusiva do Diário do Transporte revelou que os aditamentos de contrato com as empresas do subsistema estrutural (viações de linhas e ônibus maiores) e com as contratações emergenciais do subsistema local (ex-cooperativas) e da área 04 zona leste do subsistema estrutural (Ambiental Transportes e Express), São Paulo gastou entre 2013 (quando acabaram os contratos de 2003) e setembro de 2017, R$ 28,5 bilhões. Os números foram fornecidos pela própria SPTrans.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2017/11/09/atraso-na-licitacao-dos-transportes-de-sao-paulo-ja-custou-r-285-bilhoes/

– 10 de novembro de 2017: Presidente do SPUrbanuss, sindicato das empresas de ônibus do subsistema estrutural, Francisco Christovam, declara ao Diário do Transporte que o temor das operadoras é de que o edital de licitação não traga junto com as metas de redução de poluição a remuneração para a compra  e operação de veículos menos poluentes, que são mais caros, o que pode ser um empecilho para a licitação.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2017/11/10/entrevista-empresas-de-onibus-de-sao-paulo-querem-que-edital-de-licitacao-traga-remuneracao-por-veiculos-nao-poluentes/

– 09 de novembro a 11 de dezembro: Vereadores não votam nada. O novo substitutivo entrou na pauta algumas vezes, mas neste período, os parlamentares municipais não votaram nenhum projeto. Numa das semanas, os vereadores estavam cansados de tanto trabalho ao longo do ano e, aproveitando o feriado da Proclamação da República, 15 de novembro, que caiu numa quarta-feira, prolongaram o feriado segunda-feira e terça-feira e quinta-feira e sexta-feira. Em outra semana, não houve consenso sobre a pauta e não foi realizada nenhuma votação, exatamente na mesma semana que vereadores de São Paulo conseguiram que o Tribunal de Justiça de São Paulo liberasse o aumento salarial de 26%. Foi uma proposta da mesa diretora da Casa, aprovada em dezembro de 2016 por 30 votos favoráveis e 11 contrários. Na ocasião, o aumento foi suspenso pela Justiça após duas ações: uma popular e outra da OAB. Por ofício, a Mesa Direta da Casa sempre recorre quando há contestações judiciais. A Justiça então liberou o aumento. Com isso, os salários de cada vereador, de “apenas” R$ 15 mil, passaram a custar aos contribuintes todo o mês, R$ 18.991,68. A assessoria da Câmara explicou que o fato de não haver votações, não significa que os vereadores não estejam trabalhando, já que há as formulações de propostas e articulações políticas sobre os projetos. Entretanto, regimentalmente, haveria a possibilidade de haver votação sobre um projeto apenas ou os projetos que já teriam acordo, como o caso da alteração da Lei de Mudanças Climáticas. Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2017/11/24/com-aumento-de-salarios-e-ha-duas-semanas-sem-votar-nada-vereadores-de-sao-paulo-travam-licitacao-dos-onibus-da-capital/

– 26 de novembro de 2017: O secretário municipal de mobilidade e transportes de São Paulo, Sergio Avelleda, diz em entrevista ao Diário do Transporte que o edital de licitação deve ser publicado nos primeiros dias de dezembro.  Na entrevista, Avelleda relacionou uma série de melhorias esperadas com a licitação do sistema de ônibus da cidade. “[Com a licitação] a população pode esperar uma rede mais eficiente e que vai atender melhor às suas necessidades, pode esperar ônibus mais confortáveis e modernos num processo bastante rápido, energia mais limpa, novos equipamentos como telemetria, que vai fazer com que os motoristas conduzam os ônibus com mais calma e, portanto, com mais segurança e conforto para os usuários. Nós vamos monitorar o sistema com mais eficiência. É mais eficiência, mais economia para a cidade e mais conforto para o usuário”.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2017/11/27/ouca-edital-da-licitacao-dos-transportes-de-sao-paulo-sera-publicado-nos-primeiros-dias-de-dezembro-diz-avelleda/

– 05 de dezembro de 2017: O secretário Avelleda disse que até o dia 20 de dezembro lançaria a consulta pública para finalizar o edital de licitação. O procedimento deve durar cerca de 30 dias.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2017/12/05/licitacao-onibus-amento-tarifa/

– 06 de dezembro de 2017:  Comissões, em conjunto, aprovam o substitutivo do projeto para alterar a Lei de Mudanças Climáticas, mas ainda são necessárias duas votações em plenário e o encaminhamento para sanção ou veto do prefeito João Doria.

https://diariodotransporte.com.br/2017/12/08/vereadores-reduzem-em-r-240-milhoes-o-total-de-subsidios-ao-sistema-de-onibus-previsto-para-2018/

– 09 de dezembro de 2017: Durante apresentação de 80 ônibus natalinos na Praça Charles Miller, em frente ao estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, o secretário de mobilidade e transportes, Sergio Avelleda, disse que no dia 20 de dezembro será publicada a minuta de licitação dos serviços de ônibus para consulta pública, independentemente de a Câmara ter ou não concluído a segunda votação da Lei de Mudanças Climáticas. Depois, o resultado da votação seria incluído no edital definitivo. João Doria disse na mesma apresentação ao Diário do Transporte que respeita “tempo da Câmara”, sobre demora para votação da lei sobre a poluição dos ônibus, que vai destravar licitação atrasada há quatro anos. Doria também falou à Adamo Bazani em contrato de 15 anos com as empresas de ônibus e que acredita em votação final da Câmara no início de 2018

https://diariodotransporte.com.br/2017/12/10/entrevista-edital-de-licitacao-de-sao-paulo-sera-publicado-em-20-de-dezembro-diz-avelleda/

– 12 de dezembro de 2017: Prefeito João Doria, em entrevista sobre a entrada de mil ônibus novos em 2017, disse que os contratos com as empresas de ônibus na licitação serão reduzidos de 20 anos para 15 anos:

https://diariodotransporte.com.br/2017/12/12/prefeitura-de-sao-paulo-diz-que-tarifa-de-onibus-deve-aumentar-no-ano-que-vem/

– 12 de dezembro de 2017: Vereadores aprovam em primeira votação o substitutivo do PL 300 e, assim, deixam a possibilidade de realização da licitação do sistema de ônibus da cidade mais concreta. Mas ainda havia necessidade de mais uma votação e o parecer do prefeito João Doria.

https://diariodotransporte.com.br/2017/12/12/lei-mudancas-climaticas-pl-300/

– 13 de dezembro de 2017: O prefeito João Doria envia à Câmara Municipal o projeto de lei 01-00853/2017 para alterar a legislação sobre os contratos de concessão do sistema de transportes, modificando o modelo de 2001 e que foi aplicado em 2003, com a assinatura das ordens de serviços das empresas de ônibus na ocasião. Na proposta, prefeito quis oficializar redução de prazos de contratos e mudanças na remuneração às companhias de transportes.

https://diariodotransporte.com.br/2017/12/13/doria-envia-a-camara-projeto-de-lei-que-altera-regras-da-concessao-dos-onibus-para-fazer-licitacao/

– 21 de dezembro de 2017: Depois de muitas especulações sobre as datas e como seria o modelo de licitação do sistema de ônibus na cidade, a Secretaria de Mobilidade e Transportes publica a minuta do edital que vai determinar como serão os serviços e a distribuição das linhas pelos próximos 15 anos, mas se o prefeito não conseguir mudar a lei sobre o tempo dos contratos, permanecerá a duração de 20 anos.

– 06 de abril de 2018: Diário do Transporte antecipa com exclusividade que no dia 07 de abril seria publicado o aviso de licitação no Diário Oficial da Cidade e que no dia 16 seria disponibilizado o edital definitivo, já com alterações tendo como base, inclusive, as sugestões da consulta pública que ocorreu entre os dias 21 de dezembro de 2017 e 05 de março de 2018.

– 09 de abril de 2018:  O prefeito Bruno Covas, que assumiu em 06 de abril o lugar deixado por João Doria, que saiu do cargo para disputar as eleições para Governo do Estado, anunciou uma série de mudanças no secretariado. O secretário de Mobilidade Transportes, Sérgio Avelleda, foi transferido para o cargo de chefe de gabinete de Bruno Covas. No ligar de Avelleda, assumiu a secretaria o até então presidente da CET – Companhia de Engenharia de Tráfego, João Octaviano Machado. Ao Diário do Transporte, Octaviano disse que manteria as datas para a licitação publicadas no Diário Oficial por Avelleda: 16 de abril o lançamento dos editais e de 11 de junho a 13 de junho as entregas das propostas: 11 de junho de 2018 (subsistema estrutural). 12 de junho de 2018 (subsistema local de articulação) e 13 de junho de 2018 (subsistema local de distribuição). Octaviano disse ainda que estava fazendo os últimos ajustes nos editais e que daria prosseguimento ao trabalho de Avelleda. Também continuariam as ações junto com a Secretaria de Desestatização e Parcerias para conceder à iniciativa privada a gestão do Bilhete Único e os terminais municipais de ônibus.

– 11 de abril de 2018: Secretaria de Mobilidade e Transportes publica aviso dizendo que os editais serão disponibilizados a partir de 14 de abril. Diário do Transporte informa novamente em primeira mão.

– 14 de abril de 2018: Diferentemente do que havia sido publicado no Diário Oficial, prefeitura de São Paulo não disponibiliza nos sites E-Negócios e da SPTrans, os editais definitivos da licitação. A data para a publicação física em 16 de abril também virou dúvida.

– 16 de abril de 2018:  Também não houve a publicação dos editais, tanto na internet como física, com disponibilização para gravação em CD-Room na sede da secretaria de Mobilidade e Transportes. A expectativa da publicação ficou para 20 de abril.

– 18 de abril de 2018: O secretário de mobilidade e transportes da gestão Bruno Covas, João Octaviano Machado, o vereador Gilberto Natalini, o promotor de Justiça do Meio Ambiente, Marcos Lúcio Barreto, e a integrante do Comitê de Mudança do Clima e Ecoeconomia do Município de São Paulo, Laura Ceneviva, se reuniram para discutir o cumprimento da lei pelas empresas de ônibus e a licitação dos transportes. Segundo Natalini, o secretário João Octaviano Machado, garantiu que editais de licitação dos serviços de ônibus em São Paulo iriam manter as metas de reduções de poluição anuais, pelos coletivos na cidade, conforme as tabelas publicadas nas minutas dos editais. O vereador e o promotor também receberam a garantia da secretaria de transportes e do verde e meio ambiente que por meio de uma portaria intersecretarial, será incluído um representante da sociedade civil para integrar o grupo de trabalho que vai fiscalizar se as empresas de ônibus vão mesmo cumprir as metas de redução de poluição. “Este representante deve ser indicado pelo Comitê do Clima” – adiantou Natalini. A expectativa ficou em relação á regulamentação da lei, prevista para até junho de 2018, responsabilidade que deve ficar com o secretário [municipal] de Governo, Julio Semeghini.

– 20 de abril de 2018:  Secretaria de Mobilidade e Transportes publica novo aviso de licitação, com a previsão de publicação dos três editais para o dia 24 de abril. O prefeito Bruno Covas publica o decreto 58.200, de 19 de abril de 2018, criado para dar respaldo jurídico para os editais de licitação que serão publicados no dia 24 de abril. O decreto altera pontos de uma lei de 2001 e dos decretos de 2015 e 2016 sobre o tema e, na prática, incorpora as características gerais dos editais que vão ser lançados. A prefeitura manteve contratos por 20 anos, divisão de lotes e subsistemas como nas minutas, trólebus no Grupo de Articulação Regional e possibilidade de as empresas de ônibus participarem da concessão dos terminais e Bilhete Único.

– 24 de abril de 2018: São publicados os editais definitivos da licitação dos transportes com ajustes no valor do contrato de  20 anos, que nas minutas estava em R$ 66 bilhões, nos editais, subiu para R$ R$ 68,1 bilhões. Principal critério para escolher vencedores será menor tarifa de remuneração oferecida das empresas. Contratos serão de 20 anos. Frota referência terá quantidade reduzida em relação à frota hoje contratada. Também está previsto um desconto de remuneração no valor de R$ 1.644,90 por veículo, caso o ônibus opere sem cobrador

– 05 de junho de 2018: TCM – Tribunal de Contas do Município confirma ao Diário do Transporte que analisa os editais da licitação:

A Assessoria de Imprensa do Tribunal de Contas do Município de São Paulo informa que o gabinete do relator da Função Transporte no âmbito desta Corte de Contas destaca que os referidos editais ainda se encontram sob análise da área técnica do TCM, que seguirão posteriormente para avaliação do gabinete do relator.

– 06 de junho de 2018: Vereador Alessandro Guedes (PT) apresenta requerimento para a Câmara Municipal pedir ao TCM – Tribunal de Contas do Município que suspenda a licitação dos serviços de ônibus para correções de editais e explicações de pontos como prazo de contratos, valores, remuneração e custos do sistema. No mesmo dia, entretanto, a Câmara adiou a análise deste requerimento.

– 08 de junho de 2018: O TCM – Tribunal de Contas do Município determinou a suspensão da concorrência pública. O órgão apontou 51 irregularidades e a Prefeitura, notificada nesta sexta, terá 15 dias para responder os questionamentos.  O TCM disse que a licitação de Doria e Covas pode superestimar pagamento às empresas de ônibus em R$ 3,76 bilhões e deixar tarifas mais altas

Segundo auditores, os custos apresentados na licitação não justificam contratos de 20 anos.

Relembre:

Licitação dos transportes da cidade de São Paulo é barrada pelo TCM

– 09 de junho de 2018: Com base na auditoria do TCM, Diário do Transporte revela que atraso na licitação dos ônibus da cidade custou ao cidadão R$ 30 bilhões. Desde o 2014, segundo o TCM, os contratos emergenciais com as empresas que surgiram de cooperativas e com a área 4 do subsistema estrutural custaram R$ 9,64 bilhões, e os aditamentos de contratos geraram custos ao cidadão de R$ 20,38 bilhões. Como dinheiro, seria possível construir 750 quilômetros de corredores de ônibus BRT (Bus Rapid Transit) ou 37,5 quilômetros a mais de Metrô.

– 03 de julho de 2018: Diário do Transporte mostra que, diante de acréscimos de questionamentos do TCM – Tribunal de Contas do Município e da solicitação da SMT – Secretaria de Mobilidade e Transportes, o órgão de contas amplia o prazo para respostas aos questionamentos sobre os editais para o dia 16 de julho. Inicialmente, as respostas deveriam ter sido enviadas no início do mês.

– 13 de julho de 2018: Diário do Transporte  revela que por causa do atraso na licitação, a prefeitura prorroga por mais 12 meses os contratos com as empresas do subsistema estrutural (viações que operaram linhas e ônibus maiores). Os contratos passam a valer a partir de 22 de julho de 2018. O reajuste de remuneração paga às empresas foi de 4,9%. A prorrogação traz alterações como valores maiores de indenizações de seguros (de R$ 100 mil para R$ 223 mil), acréscimo de em torno de 10% na hora trabalhada de motoristas que atuam em trólebus e modelos articulados e biarticulados, possibilidade de troca do serviço Atende (para pessoas com mobilidade reduzida severa) entre empresas, uma espécie de compliance no setor de transportes e novo manual de treinamento e conduta para motoristas e cobradores de ônibus. A “tolerância” de 12 meses para os ônibus que completaram 10 anos, com vistorias bimestrais e a contabilização da idade a partir do ano-modelo, em vez do ano de fabricação, continuaram na prorrogação.

-18 de julho de 2018: Após o Diário do Transporte noticiar a prorrogação por mais 12 meses dos contratos com as empresas de ônibus, o conselheiro do TCM – Tribunal de Contas do Município, Edson Simões, determina que a prefeitura explique em 48 horas as renovações. O órgão questionou o prazo de 12 meses e reiterou que os aditivos e contratações emergenciais custam caro ao município.  No final da tarde, a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes disse que vai responder os questionamentos no prazo estipulado pelo conselheiro e que o prazo de 12 meses é legal, porque no caso do subsistema estrutural são realizados aditivos contratuais e não contratos emergenciais limitados a seis meses.

– 20 de julho de 2018: TCM se manifesta contra prorrogação dos contratos com empresas de ônibus por 12 meses. De acordo com tribunal, não há mais possibilidade prevista em lei de fazer aditivos com viações do subsistema estrutural.  Após manifestação do TCM contra prorrogação, prefeitura de São Paulo vai firmar contratos emergenciais com empresas de ônibus por seis meses, mas mantidas as mesmas exigências às empresas que eram previstas nos contratos que seriam prorrogados.

– 23 de julho de 2018: Diário do Transporte noticia Empresa MobiBrasil assina o contrato emergencial de forma isolada, deixando o Consórcio Unisul com apenas as empresas Viação Cidade Dutra e Tupi Transportes. A companhia transporta seis milhões de passageiros por mês em 390 ônibus. A MobiBrasil, por meio de nota, informou que vai focar atendimento nos eixos Cupecê, Roberto Marinho, Yervant Kissajikian, Jabaquara. A SPTrans diz que a empresa deve continuar com as mesmas linhas.

– 30 de julho de 2018: Às 15h53, a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes protocola no TCM – Tribunal de Contas do Município as respostas aos 90 problemas apontados pelo órgão nos editais. A área técnica passa a analisar as manifestações para liberar ou não a licitação, sem data-limite para isso.

– 04 de setembro de 2018: TCM – Tribunal de Contas do Município publica despacho do conselheiro relator Edson Simões mantendo a licitação dos ônibus de São Paulo suspensa. Segundo o órgão de contas, de 51 irregularidades apontadas, 36 não foram corrigidas pela gestão Bruno Covas nas respostas. Quanto às improbidades, 12 das 20 apontadas permanecem e nenhuma das 19 recomendações foi seguida. Gestão Bruno Covas disse que ia responder no prazo.

– 12 de setembro de 2018: O Tribunal de Contas do Município de São Paulo publica despachos do conselheiro Edson Simões acatando representações contra os editais de licitação dos serviços de ônibus da cidade. De acordo com os documentos, as representações aceitas integralmente ou parcialmente questionam o prazo extenso dos contratos, a possibilidade de competitividade ser prejudicada e a remuneração às companhias de ônibus e receitas acessórias aos contratos de operação das linhas. O conselheiro determinou que em 15 dias a Secretaria de Mobilidade e Transportes se manifeste.

– 20 de setembro de 2018: Audiência pública discute o PL853/17, de autoria do então prefeito João Doria, e um substitutivo do vereador Caio Miranda para alterar a lei em vigor sobre os contratos com as viações. Entre as propostas do substitutivo está alterar os prazos dos contratos para períodos entre cinco e 25 anos, de acordo com os investimentos feitos pelas viações. Os representantes da Rede Nossa São Paulo, Américo Sampaio, e do Idec, Rafael Calábria que participaram da audiência apoiam o  substitutivo do PL-853 e sustentam que sem a mudança da lei de 2001, o edital lançado pela prefeitura, e suspenso pelo TCM, não será finalizado, ocasionando pesados ônus ao orçamento municipal.

– 21 de setembro de 2018: Em entrega de ônibus na Zona Leste, o secretário disse que a licitação dos transportes pode ser concluída ainda neste ano. O prefeito Bruno Covas disse ainda que o TCM fez questionamentos sobre pontos que nem estavam nos editais.

– 24 de outubro de 2018: TCM libera o prosseguimento da licitação dos serviços de ônibus, com ressalvas.

– 27 de outubro de 2018: prefeito Bruno Covas estima que novos contratos com empresas de ônibus poderão ser assinados em janeiro de 2019, “se não houver casos de judicialização”, que podem novamente paralisar a concessão.

– 31 de outubro de 2018: Prefeitura é obrigada a realizar mais uma grande transferência de recursos para subsidiar o sistema de ônibus: de R$ 263,32 milhões (R$ 263.326.620,00) que estavam previstos no orçamento para originalmente ser destinados a diversas ações, como manutenção e operação de Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEI), publicações de interesse da prefeitura, incentivo à prática de esportes, intervenções no sistema viário, intervenções no sistema de drenagem, construção de terminais e corredores de ônibus, manutenção da central de atendimento 156, construção de unidades habitacionais, entre outras.

Como mostrou o Diário do Transporte, as verbas de R$ 2,1 bilhões do Orçamento para subsídios às operações dos ônibus acabaram em setembro. Já foram empenhados, sem contar com o remanejamento desta quarta-feira, R$ 2,53 bilhões.

Assim, a prefeitura já teve de remanejar R$ 462 milhões (R$ 462.319.314,00) e, com o novo aporte de hoje, este total de transferências já soma R$ 725,64 milhões (R$ 725.645.934).

Além destes valores, a gestão teve de pagar R$ 272 milhões (R$ 272.079.963,36) às empresas referentes aos subsídios de 2016 que não foram repassados pela gestão do ex-prefeito Fernando Haddad. Os débitos totais destes subsídios atrasados somam R$ 332 milhões. O acordo com as empresas foi de pagamento em dez prestações.

Para a prefeitura, a principal forma para isso é a conclusão da licitação que deve formular um novo sistema de ônibus na cidade.

Entre as ações que a prefeitura prevê tomar para reduzir os custos operacionais do sistema é reformular as linhas, cortando sobreposições (quando uma linha percorre grande parte do mesmo trajeto da outra); reduzindo a frota ao colocar ônibus maiores no lugar de menores, mas sem diminuir a oferta de lugares; e dividindo o sistema de ônibus em três subsistemas:

– Subsistema Estrutural: Operado por ônibus maiores, que unem centralidades das regiões à outras centralidades passando pela região central; que trafegam por grandes avenidas e ruas de grande movimento e por corredores e que fazem a ligações entre os terminais. Entre os tipos de ônibus estão os padrons (motor traseiro e piso baixo), articulados, superarticulados e biarticulados.

– Subsistema Local de Articulação Regional: É inédito na cidade e seria uma espécie de sistema intermediário. A operação se daria por ônibus médios e convencionais entre os bairros mais distantes e as centralidades regionais (por exemplo, Vila Constância e Santo Amaro) e entre regiões diferentes, mas sem passar pelo centro. Os ônibus devem ser modelos básicos, com motor na frente, e padrons.

– Subsistema Local de Distribuição: Operado por ônibus menores entre os bairros e os terminais, corredores de ônibus e estações do Metrô e da CPTM. Os ônibus devem ser minis, mídis (micrões) e convencionais, dependendo da demanda e condições do viário.

– 08 de novembro de 2018: SMT – Secretaria de Mobilidade e Transportes volta a renovar os contratos emergenciais com as operadoras do subsistema estrutural (ônibus maiores) da zona Leste. O primeiro contrato renovado na área 04 foi com a empresa Express Transportes Urbanos Ltda, no valor de R$ 141,71 milhões (R$ 141.713.641,000) e com vigência entre 02 de novembro de 2018 e 30 de abril de 2019. Na área também opera a Ambiental Transportes. Os contratos emergenciais em vigor com as empresas do subsistema local (ex-cooperativas) vencem no dia 25 de dezembro de 2018 e com as demais empresas do subsistema estrutural vão até 17 de janeiro de 2019.  De acordo com o TCM – Tribunal de Contas do Município, por causa do atraso da licitação que deveria ter sido feita em 2013, a cidade de São Paulo gastou entre janeiro de 2014 e setembro de 2018, somente no subsistema estrutural, pela remuneração aos serviços prestados pelas empresas de ônibus, foi de R$ 23,13 bilhões – (R$ 23.132.426.904,32). No subsistema local, os contratos somaram neste mesmo período, R$ 10,94 bilhões (R$ 10.994.499.783,43).

– 10 de novembro de 2018: A SMT – Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes publicou a negativa aos recursos administrativos contra a licitação dos ônibus de São Paulo por parte de empresas e associações de companhias ônibus de São Paulo, Minas Gerais e Centro-Oeste. As tentativas de impugnações aos editais dos subsistemas de linhas foram movidas pela FETRASUL – Federação das Empresas de Transportes Rodoviários do Sul e Centro-Oeste do Brasil, FETRAM – Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de Minas Gerais e Tambaú Transportes e Serviços Ltda. Todas se mostraram interessadas na concorrência da capital paulista.

– 24 de novembro de 2018: A licitação dos ônibus da capital paulista, a maior do setor de transportes em todo mundo na atualidade, envolvendo contratos de mais de R$ 68 bilhões por 20 anos, foi retomada pela prefeitura de São Paulo.

Após liberação por parte do TCM – Tribunal de Contas do Município em 24 de outubro deste ano, com uma série de ajustes a serem feitos, a gestão Bruno Covas publicou no dia 24 de novembro, os avisos de retomada.

No final da noite desta sexta-feira, 23, o Diário do Transporte foi avisado por fontes ligadas ao setor sobre a notificação de retomada neste sábado.

A publicação dos três novos editais (um para cada grupo de linhas) ocorre no dia 04 de dezembro.

A entrega dos envelopes com as propostas foi marcada para o dia 18 de janeiro de 2019.

São três grupos de linhas:

– Subsistema Estrutural: Com nove lotes de serviços. Operado por ônibus maiores, que unem centralidades das regiões a outras centralidades passando pela região central; que trafegam por grandes avenidas e ruas de grande movimento e por corredores e que fazem a ligações entre os terminais. Entre os tipos de ônibus estão os padrons (motor traseiro e piso baixo), articulados, superarticulados e biarticulados.

– Subsistema Local de Articulação Regional: Com dez lotes de serviços. É inédito na cidade e seria uma espécie de sistema intermediário. A operação se daria por ônibus médios e convencionais entre os bairros mais distantes e as centralidades regionais (por exemplo, Vila Constância e Santo Amaro) e entre regiões diferentes, mas sem passar pelo centro. Os ônibus devem ser modelos básicos, com motor na frente, e padrons.

– Subsistema Local de Distribuição: Com 13 lotes de serviços. Operado por ônibus menores entre os bairros e os terminais, corredores de ônibus e estações do Metrô e da CPTM. Os ônibus devem ser minis, mídis (micrões) e convencionais, dependendo da demanda e condições do viário.

Na prática, o passageiro em diversos casos terá de fazer mais baldeações, mas a prefeitura promete viagens mais rápidas.

– 01º de dezembro de 2018: O sistema de transportes por ônibus na cidade de São Paulo precisou receber mais R$ 190 milhões (R$ 190.271.056) em subsídios para complementar a diferença entre a arrecadação e as despesas para operação e manutenção dos serviços.

O prefeito Bruno Covas publicou em 1º de dezembro de 2018, o decreto 58.543 que abriu um crédito acional no valor para as compensações tarifárias.

Desta vez, o dinheiro vai sair de áreas como construção de unidades habitacionais, construção da fábrica do samba, publicações de interesse do município, preservação do patrimônio histórico, programa ônibus-biblioteca, casas de cultura, mês do Hip Hop, reforma de prédios administrativos, entre outros.

Os remanejamentos têm sido necessários porque, como mostrou com exclusividade o Diário do Transporte, em setembro acabou toda a verba de R$ 1,8 bilhão reservada para os subsídios. Neste ano, as complementações tarifárias devem chegar a quase R$ 3 bilhões.

O remanejamento anterior foi de R$ 263 milhões.

– 04 de dezembro de 2018: A prefeitura de São Paulo lançou em 04 de novembro de 2018, os novos editais da licitação dos serviços de ônibus que se arrasta desde 2013 sem definições.

É a maior concorrência de transportes da América Latina. A entrega das propostas é prevista para o dia 18 de janeiro de 2019.

A publicação ocorre após a realização dos ajustes determinados pelo TCM – Tribunal de Contas do Município que, ao apontar 51 irregularidades, 20 improbidades e 19 necessidades de correções, bloqueou a concorrência no dia 8 de junho. Somente em 24 de outubro houve a liberação.

Atualmente, segundo a gerenciadora dos serviços, SPTrans – São Paulo Transporte, o sistema de ônibus da capital paulista registra em torno de 9,5 milhões de passagens por dia, tem 1.340 linhas e é operada por 14.377 ônibus. Por ano, o sistema de ônibus custa em torno de R$ 8 bilhões para ser operado e, necessita, dentro deste valor, de subsídios de quase R$ 3 bilhões anuais para cobrir gratuidades e integrações.

Gradativamente, a prefeitura pretende, com os novos contratos, mudar estes números.

A frota e o total de linhas devem diminuir, mesmo assim, a gestão municipal garante que vai ser ampliada a oferta de lugares no sistema e os custos anuais serão reduzidos porque as linhas sobrepostas (quando uma ou mais linha percorre o mesmo trajeto em grande parte do traçado) serão eliminadas e no lugar dos ônibus pequenos serão colocados modelos maiores.

Onde for possível, de acordo com condições de tráfego, os micro-ônibus devem dar lugar aos ônibus mídis (micrões) e aos ônibus convencionais (motor dianteiro e elevador).

Também onde a demanda de passageiros justificar e houver condições de circulação, os atuais ônibus Padron (motor traseiro e piso baixo) devem ser substituídos por modelos articulados (entre 18m e 20,5m), superarticulados (23m) ou biarticulados (28m), embora a presença deste último modelo tem diminuído no sistema.

Seguindo os atuais padrões da SPTrans, todos os ônibus novos terão de possuir itens de acessibilidade, ar-condicionado, vidros colados, GPS e sinal de internet por wi-fi.

A frota também deve seguir a nova Lei de Mudanças Climáticas (lei 16.802, de 17 de janeiro de 2018), que estipula um cronograma de redução de emissões de poluentes.

O tipo de ônibus para cumprir as metas pode ser escolhido pelos empresários, podendo ser elétricos com bateria, híbridos (dois motores em um só ônibus), DualBus (duas tecnologias de tração elétrica em um só ônibus), a gás natural e biometano, etanol ou outra forma menos poluente que o diesel.

Também é previsto o acréscimo de 50 trólebus, mas sem ampliar a rede aérea já existente, apenas aproveitando trechos não utilizados.

O desenho da rede também vai mudar.

O sistema terá três subsistemas, com a criação de um intermediário. Hoje a rede é composta de subsistema estrutural, que tem 830 linhas e 8.396 ônibus, e subsistema local (operado pelas empresas que surgiram das cooperativas), com 511 linhas e 5.981 ônibus.

Pela proposta da prefeitura, o sistema será dividido em subsistema estrutural, subsistema local de articulação regional e subsistema local de distribuição:

 – Subsistema Estrutural: Com nove lotes de serviços. Operado por ônibus maiores, que unem centralidades das regiões a outras centralidades passando pela região central; que trafegam por grandes avenidas e ruas de grande movimento e por corredores e que fazem a ligações entre os terminais. Entre os tipos de ônibus estão os padrons (motor traseiro e piso baixo), articulados, superarticulados e biarticulados.

– Subsistema Local de Articulação Regional: Com dez lotes de serviços. É inédito na cidade e seria uma espécie de sistema intermediário. A operação se daria por ônibus médios e convencionais entre os bairros mais distantes e as centralidades regionais (por exemplo, Vila Constância e Santo Amaro) e entre regiões diferentes, mas sem passar pelo centro. Os ônibus devem ser modelos básicos, com motor na frente, e padrons.

– Subsistema Local de Distribuição: Com 13 lotes de serviços. Operado por ônibus menores entre os bairros e os terminais, corredores de ônibus e estações do Metrô e da CPTM. Os ônibus devem ser minis, mídis (micrões) e convencionais, dependendo da demanda e condições do viário.

Na prática, o passageiro em diversos casos terá de fazer mais baldeações, mas a prefeitura promete viagens mais rápidas.

– 05 de dezembro de 2018: A Comissão de Finanças e Orçamento – FIN, da Câmara Municipal de São Paulo, deu parecer favorável a um projeto de lei que está sem definição desde 2015 e que pretende reduzir o tempo de contrato das empresas de ônibus da cidade para 15 anos.

Para isso, a proposta quer mudar uma alteração feita em 27 de maio de 2015, na lei 13.241, de 12 de dezembro de 2001, que determina que os contratos com as viações sejam de 20 anos.

O parecer, de 05 de dezembro de 2018, foi publicado no Diário Oficial da Cidade do dia 08, e ocorre em meio ao relançamento dos editais da licitação do sistema.

No dia 06 de dezembro, a prefeitura relançou a concorrência após os ajustes determinados pelo TCM – Tribunal de Contas do Município.

O valor dos contatos, que terão duração de 20 anos, foi corrigido para R$ 71,1 bilhões. Quando os editais foram lançados pela última vez (em 24 de abril de 2018), o valor dos contratos somava R$ 68,1 bilhões

No subsistema estrutural, os contratos estão orçados em R$ 28,12 bilhões (R$ 28.127.313.865). No subsistema de articulação regional, os contratos serão de R$ 20,79 bilhões (R$20.794.948.745). Já o subsistema local de distribuição terá contratos que somam R$ 22,21 bilhões (R$ 22.218.767.032).

Foi justamente o prazo de 20 anos uma das principais críticas por parte do TCM ao certame, que se arrasta desde 2013, sem definições.

Como este tempo de contrato está previsto em lei, o órgão de contas sugeriu duas alternativas: ou mudar a lei (o que nem todos na Câmara se mostraram dispostos) ou adequar as remunerações das empresas que, no entendimento do TCM, estava majorado.

As empresas de ônibus, por sua vez, defendem o prazo de 20 anos porque seria o tempo necessário para o retorno dos investimentos, ainda mais com a exigência de reduções de emissões de poluentes, o que vai obrigar a compra de ônibus com tração alternativa ao óleo diesel, que atualmente são mais caros, como os modelos elétricos e a gás natural, por exemplo.

Com a redução do tempo de contrato e  a manutenção das exigências dos mesmos investimentos e requisitos operacionais, os custos seriam diluídos num período menor, pressionando assim as tarifas e os subsídios mensais, que poderiam ser maiores, ainda alegam as empresas.

O projeto de lei 515, de 2015, é assinado por um grupo de vereadores e já obteve, desde a apresentação, pareceres favoráveis da “Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa – CCJ”, “Comissão de Administração Pública – ADM”, “Comissão de Trânsito, Transporte, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia – ECON”  e “Comissão de Finanças e Orçamento – FIN”.

Ainda serão necessárias duas votações em plenária para as quais ainda não há data;

– 06 de dezembro de 2018: A prefeitura de São Paulo relançou na quinta-feira, 06 de novembro de 2018, os editais da licitação dos serviços de ônibus que se arrasta desde 2013 sem definições.

É a maior concorrência de transportes da América Latina. A entrega das propostas, que no aviso da licitação estava marcada para o dia 18 de janeiro, nos editais foi transferida para o dia 23 de janeiro.

O valor dos contatos, que terão duração de 20 anos, foi corrigido para R$ 71,1 bilhões. Quando os editais foram lançados pela última vez (em 24 de abril de 2018), o valor dos contratos somava R$ 68,1 bilhões

No subsistema estrutural, os contratos estão orçados em R$ 28,12 bilhões (R$ 28.127.313.865). No subsistema de articulação regional, os contratos serão de R$ 20,79 bilhões (R$20.794.948.745). Já o subsistema local de distribuição terá contratos que somam R$ 22,21 bilhões (R$ 22.218.767.032).

Assim, somados, por 20 anos, os contratos com as empresas de ônibus terão valores de R$ 71,1 bilhões (R$71.141.029.642) , variando de acordo com cada subsistema de linhas e lote operacional.

A publicação ocorre após a realização dos ajustes determinados pelo TCM – Tribunal de Contas do Município que, ao apontar 51 irregularidades, 20 improbidades e 19 necessidades de correções, bloqueou a concorrência no dia 8 de junho. Somente em 24 de outubro houve a liberação.

A gestão Bruno Covas diz que seguiu todas as recomendações do órgão de contas.

A TIR (Taxa Interna de Retorno) que embute o lucro das empresas e se refere ao retorno dos investimentos realizados pelas viações será limitada a 9,85%. O que passar deste percentual, volta automaticamente para os cofres públicos. Se o retorno for abaixo dos 9,85%, haverá avaliação anual dos contratos. Esta avaliação, por sua vez, vai ser considerada na revisão dos contratos para equilíbrio-econômico das empresas, que será feita a cada quatro anos.

O TCM vai acompanhar esta revisão que vai levar em conta também os investimentos em tecnologia e ônibus mais modernos e menos poluentes.
Por exemplo, se a empresa compra um ônibus tecnológico e mais caro, vai ter a remuneração compatível com este investimento maior.  Para ter uma ideia, atualmente o preço de um ônibus elétrico pode ser de R$ 1,27 milhão cada veículo.

As variações salarias dos trabalhadores em transportes vão ser consideradas para estas revisões que serão feitas a cada quatro anos para o equilíbrio financeiro das viações. Isso vale para que as empresas não ganhem a mais caso os salários subam menos que a inflação e outros custos ou não saiam no prejuízo se os salários tiverem crescimento maior.

Os impactos financeiros e operacionais no sistema municipal de transporte público pela atuação dos aplicativos como Uber, Easy, Cabify e 99 serão considerados nas revisões, seguindo as determinações do TCM.

Diário do Transporte mostrou, em primeira mão, que as empresas de ônibus da capital paulista estão preocupadas com a perda de passageiros para os aplicativos. Na semana passada, o SPUrbanuss, que representa as viações que operam os veículos maiores, protocolou uma carta na Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes e na segunda-feira, se reuniu com o DTP – Departamento de Transportes Públicos para pedir a proibição do “Uber Juntos”, modalidade que consiste no uso coletivo do mesmo carro por pessoas que não se conhecem. Os pontos de embarque são determinados no momento que o passageiro solicita a viagem.

Não apenas nos editais, mas também nos contratos com as empresas, deve haver a previsão do cumprimento de viagens, do intervalo entre as partidas e dos demais itens de desempenho operacional.

Ainda de acordo com as determinações do TCM, todos os dias as empresas devem fornecer as informações sobre a quantidade de ônibus em cada linha.

Os contratos com as empresas de ônibus vão ter as exigências e penalidades para  descumprimento das viagens previstas; da publicação diária das tabelas com os ônibus de cada linha; da idade média da frota; e  da não retirada de circulação o veículo que atinja a idade máxima.

Todos os contratos com as empresas deverão ser analisados pelo TCM – Tribunal de Contas do Município para análise antes de serem assinados, o que pode fazer com que o início da operação do novo sistema demore mais.

Foi excluída dos editais a previsão dos serviços de tecnologia que envolvem planejamento, operação, regulação e monitoramento do sistema de transporte coletivo urbano de passageiros. Na visão do TCM, este papel é da SPTrans e não deve ser delegado às concessionárias de ônibus.

Atualmente, segundo a gerenciadora dos serviços, SPTrans – São Paulo Transporte, o sistema de ônibus da capital paulista registra em torno de 9,5 milhões de passagens por dia, tem 1.340 linhas e é operada por 14.377 ônibus. Por ano, o sistema de ônibus custa em torno de R$ 8 bilhões para ser operado e, necessita, dentro deste valor, de subsídios de quase R$ 3 bilhões anuais para cobrir gratuidades e integrações.

Gradativamente, a prefeitura pretende, com os novos contratos, mudar estes números.

A frota e o total de linhas devem diminuir, mesmo assim, a gestão municipal garante que vai ser ampliada a oferta de lugares no sistema e os custos anuais serão reduzidos porque as linhas sobrepostas (quando uma ou mais linha percorre o mesmo trajeto em grande parte do traçado) serão eliminadas e no lugar dos ônibus pequenos serão colocados modelos maiores.

Onde for possível, de acordo com condições de tráfego, os micro-ônibus devem dar lugar aos ônibus mídis (micrões) e aos ônibus convencionais (motor dianteiro e elevador).

Também onde a demanda de passageiros justificar e houver condições de circulação, os atuais ônibus Padron (motor traseiro e piso baixo) devem ser substituídos por modelos articulados (entre 18m e 20,5m), superarticulados (23m) ou biarticulados (28m), embora a presença deste último modelo tem diminuído no sistema.

– 07 de dezembro de 2018: Em entrevista exclusiva ao Diário do Transporte, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, disse que pretende assinar os novos contratos com as companhias de ônibus até o final de janeiro, dias depois da entrega das propostas pelas empresas interessadas, marcada para o dia 23 do mesmo mês. Sobre as críticas constantes em relação aos editais, Covas atribuiu parte delas a “interesses” de grupos que querem continuar operando o sistema da cidade.

Relembre:

– 05 de dezembro de 2018: A Comissão de Finanças e Orçamento – FIN, da Câmara Municipal de São Paulo, deu parecer favorável a um projeto de lei que está sem definição desde 2015 e que pretende reduzir o tempo de contrato das empresas de ônibus da cidade para 15 anos.

Para isso, a proposta quer mudar uma alteração feita em 27 de maio de 2015, na lei 13.241, de 12 de dezembro de 2001, que determina que os contratos com as viações sejam de 20 anos.

O parecer, de quarta-feira, 05 de dezembro de 2018, foi publicado no Diário Oficial da Cidade neste sábado, 08, e ocorre em meio ao relançamento dos editais da licitação do sistema.

O projeto de lei 515, de 2015, é assinado por um grupo de vereadores e já obteve, desde a apresentação, pareceres favoráveis da “Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa – CCJ”, “Comissão de Administração Pública – ADM”, “Comissão de Trânsito, Transporte, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia – ECON” e “Comissão de Finanças e Orçamento – FIN”.

Ainda serão necessárias duas votações em plenária para as quais ainda não há data.

– 19 de dezembro de 2018: A gestão Bruno Covas assinou novos contratos emergenciais com as empresas de ônibus do subsistema local, que atuam nos bairros e surgiram das antigas cooperativas de lotação. Com validade de até 180 dias, as contratações passam a vigorar a partir de 26 de dezembro. As contratações emergenciais oficializadas nesta quarta-feira, 19 de dezembro de 2018, são com as empresas Consórcio Transnoroeste (Área 1 – Noroeste – Verde Claro), Consórcio Transnoroeste (Área 2 – Norte – Azul Escuro), UpBus (Área 3 – Nordeste – Amarela), Transunião Transportes S/A (Área 3 – Nordeste – Amarela),  Imperial Transportes Urbanos (Área 5 – Sudeste – Verde Escuro),  Pêssego Transportes Ltda (Área 4 – Leste – Vermelha), Allibus Transportes Ltda (Área 4 – Leste – Vermelha), Movebuss (Área 5 – Sudeste – Verde Escuro), A2 Transportes Ltda (Área 6 -Sul – Azul Claro), Transwolff Transportes e Turismo Ltda (Área 6 -Sul – Azul Claro), Transwolff Transportes e Turismo Ltda (Área 7 – Sudoeste – Vinho), Alfa Rodobus (Área 8 – Oeste – Laranja), Auto Viação Transcap Ltda (Área 8 – Oeste – Laranja).

– 27 de dezembro de 2018: Diário do Transporte revela que mais uma vez a conta não fechou no sistema de ônibus da cidade. A licitação pretende ao longo dos contratos de 20 anos reduzir os custos e aumentar a eficiência para evitar problemas como este. A prefeitura fechou 2018 devendo R$ 160 milhões às empresas de ônibus, mesmo com os R$ 2,1 bilhões reservados no Orçamento de 2018 e com os R$ 915,9 milhões retirados de outras áreas.

O problema da conta para os subsídios não fechar é antigo. Para se ter uma ideia, a prefeitura está pagando às viações neste ano R$ 302,3 milhões referentes a 2016 que não foram repassados pela administração do então prefeito, Fernando Haddad.

Relembre a matéria exclusiva do Diário do Transporte:

https://diariodotransporte.com.br/2018/12/27/gestao-bruno-covas-fecha-2018-devendo-r-160-milhoes-para-as-empresas-de-onibus-por-repasses-de-subsidios-nao-realizados/

– 28 de dezembro de 2018: O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, vetou uma emenda dos vereadores à Lei do Orçamento, aprovada na última terça-feira, que impossibilitaria a administração de fazer remanejamentos e usar recursos além do determinado na peça orçamentária para subsidiar tarifas públicas por meio de empresas pertencentes à prefeitura.

Pelo artigo, os valores para subsídios em 2019 não poderiam ser superiores aos usados em 2018, sendo admitida apenas correção pelo IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE.

A emenda atingiria em cheio os subsídios ao sistema de transportes, que, no ano que vem, deve continuar dependendo de remanejamentos de recursos vindos de outras áreas.

A prefeitura havia proposto no projeto de lei um valor de R$ 2,9 bilhões para subsidiar as integrações e as gratuidades nos ônibus de São Paulo, prevendo que o sistema de transportes terá custos em 2019 bem semelhantes aos gastos deste ano: em torno de R$ 8 bilhões, mas com as tarifas cobrindo somente até R$ 5 bilhões (valores aproximados).

Os vereadores, porém, baixaram este valor para R$ 2,69 bilhões (R$ 2.695.055.172,00).

Com esta redução, a prefeitura teria de fazer no ano que vem o mesmo que fez em 2018: remanejar recursos de outras áreas.

Entretanto, na lei orçamentária de 2019, o artigo 22, inserido pelos vereadores, impediria estes remanejamentos ao limitar os valores aos mesmos praticados em 2018.

Art. 22. O valor das despesas empenhadas pela administração direta ou repassadas para as empresas municipais a título de subsídio ao preço de serviços prestados pelo município ou transferidos na forma de concessão e permissão a terceiros não será maior do que o valor empenhado no exercício 2018 corrigido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA/IBGE.

No veto, o prefeito Bruno Covas disse que há gastos que independem da atuação do poder público, com serviços prestados por terceiros, que é o caso das empresas de ônibus, por exemplo. Bruno Covas ainda reiterou que há contratos, com valores e percentuais estabelecidos, que devem ser seguidos e citou textualmente o transporte público.

“A medida, de fato, acaba impondo ao Poder Executivo a responsabilidade de efetuar ação que não depende apenas de sua atuação, posto que a execução de cada despesa pública implica, necessariamente, a obediência a um conjunto de leis e contratos que dependem da participação ativa de terceiros, como se dá, por exemplo, com o transporte público, que restaria, a evidência, abarcado pela regra em comento”

– 29 de dezembro de 2018: No diário oficial da cidade, a prefeitura divulgou os valores completos, inclusive os integrados:

Veja como ficam os valores:

Tarifa Comum de Ônibus Não Integrada com Metrô/CPTM: de R$ 4,00 para R$ 4,30

Tarifa Comum de Ônibus (Estudante com Desconto) Não Integrada com Metrô/CPTM: R$ 2,15

– 4 utilizações em 3h (Comum) ou 2h (VT e Escolar) – Durante a semana

Nos domingos e feriados: até 4 utilizações em 8 horas ( Bilhete Comum pré-carregado com última carga igual ou superior a 4 tarifas) – Bilhete de Estudante não é aceito aos domingos

Vale-Transporte: De R$ 4,00 para R$ 4,57 (a partir de 07 de fevereiro – Em trinta dias contados a partir de 07 de janeiro de 2019, a tarifa do Vale Transporte passará a ser de R$ 4,57, tendo o mesmo efeito considerado na tarifa integrada do Vale Transporte com o sistema de trilhos).

Tarifa Comum de Ônibus Integrada com Metrô/CPTM: de R$ 6,96 para R$ 7,21

4 utilizações em 3h (Comum) ou 2h (VT e Escolar), sendo 1 no sistema de Trilhos nas 2 primeiras horas – Durante a semana

Utilizações em 8 horas, sendo 1 no sistema de Trilhos realizada nas 2 primeiras horas (Bilhete Comum précarregado com última carga igual ou superior a 4 tarifas) ) – Bilhete de Estudante não é aceito aos domingos

Tarifa Comum de Ônibus (Estudante om Desconto) Integrada com Metrô/CPTM: de R$ 4,00 para R$ 4,15

Bilhete Único 24 Horas Não Integrado com Metrô/CPTM: De R$ 15,30 para R$ 16,40

Bilhete Único 24 Horas Integrado com Metrô/CPTM: De R$ 20,50 para R$ 21,20

Bilhete Único Mensal (31 dias) Não Integrado com Metrô/CPTM: De R$ 194,30 para R$ 208,90

Bilhete Único Mensal (31 dias) Integrado com Metrô/CPTM: De R$ 307,00 para R$ 318,00

– 02 de janeiro de 2019: Diário do Transporte revela um relatório da prefeitura de São Paulo que mostra que se não houvesse subsídios ao sistema de ônibus na cidade de São Paulo, cada passageiro teria de pagar R$ 7,01 cada vez rodasse a roleta do coletivo. O material foi enviado no dia 28 de dezembro de 2018, à Câmara Municipal para justificar o reajuste das tarifas de transportes públicos que passam a vigorar a partir do dia 07 de janeiro de 2019.

O valor leva em conta os custos de operação e de manutenção da infraestrutura atual para a prestação dos serviços, o que inclui os terminais, pontos e equipamentos de monitoramento e fiscalização.

Somente as operações custariam R$ 6,54, conforme mostra o documento ao qual o Diário do Transporte teve acesso.

De acordo com relatório com base nos dados do sistema referentes a dezembro de 2018, as gratuidades representam 37,46% dos usuários.

– 11 de janeiro de 2019:  SMT – Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes publica respostas a 45 questionamentos de eventuais interessados no sistema de ônibus da cidade. Entre as dúvidas estão os impactos da extensão da linha 5-Lilás do Metrô na demanda dos ônibus que, segundo os interessados na licitação, não foram considerados nos editais, o que pode afetar a viabilidade econômica da operação dos coletivos. Somente uma linha de ônibus perdeu em novembro do ano passado, 63% dos passageiros, mas o estudo de demanda que integra o edital dos transportes de São Paulo é de 2015, bem anterior ao prolongamento da linha de metrô que foi retomado somente a partir de 2017. SPTrans diz que haverá compensações paras as empresas de ônibus e reequilíbrios ao longo do contrato.

13 de janeiro de 2019: No mesmo dia em que as tarifas do Metrô e da CPTM subiu de R$ 4,00 para R$ 4,30 e que a integração com os ônibus do sistema SPTrans, da capital paulista, foi para R$ 7,48, em agenda pública, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, disse que a administração descarta fazer revisão nos editais de licitação do sistema de ônibus da capital paulista por causa dos impactos da expansão das linhas do Metrô na cidade, em especial da 5-Lilás, entre Capão Redondo e Chácara Klabin. Como mostrou o Diário do Transporte na última semana, possíveis interessados na prestação dos serviços de ônibus na cidade de São Paulo questionaram o fato de os estudos de demanda serem de 2015, defasados, segundo estes questionamentos, não levando em conta que a expansão da linha 5-Lilás tirou passageiros dos coletivos. De acordo com os questionamentos, a diferença da demanda, em especial no lote 07 do subsistema estrutural, ônibus grandes na zona Sul, podem causar um dimensionamento errado na frota e projetar custos irreais, causando prejuízos às empresas e exigindo subsídios incompatíveis com a realidade no sistema. Na agenda pública, Bruno Covas ainda disse que pela prefeitura, os envelopes com as propostas serão abertos no dia 23 de janeiro, como já está marcado, mas que ainda não descarta outros entraves que possam impedir a data.

– 16 de janeiro de 2019: A MobiBrasil assina a compra da Tupi Transportes Urbanos Ltda, na área 06 – azul claro do subsistema estrutural da capital paulista, correspondente à zona Sul da cidade. O Diário do Transporte divulga a informação oficial em primeira mão. A negociação ocorreu dias antes da licitação dos transportes e deu uma noção de uma parte do que vão ser as operações após a licitação na zona Sul. Viação Cidade Dutra e Transwolff também assumiram linhas da Tupi, mas em número menos que a MobiBrasil.

– 17 de janeiro de 2019: Diário do Transporte revela que o mercado das viações começa a ficar agitado poucos dias antes da licitação, com compra de uma empresa menor por outra e maior porte, no caso a MobibBrasil adquirindo a Tupi, e o surgimento de “novas empresas” na Junta Comercial do Estado de São Paulo, mas que funcionam nas atuais garagens, muito embora estejam registradas em nome de diretores com mandatos que têm data para terminar, e não dos donos.

Um deles é a Viação Grajaú S.A. Imagens em redes sociais mostram já um veículo com esta inscrição. O ônibus possui as mesmas cores do lote 06 da zona Sul de São Paulo, com a indicação de região na cor azul clara. A empresa é registrada no mesmo endereço da Viação Cidade Dutra, empresa da família de José Ruas Vaz, que está entre os maiores empresários de ônibus da capital paulista.

O número de telefone ao passageiro estampado na lataria do ônibus que tinha sido pintado é o mesmo utilizado pela Viação Cidade Dutra.

A “nova” empresa está registrada, segundo a Jucesp – Junta Comercial do Estado de São Paulo em nome de Edson Gonçalves e João Ferracini Neto.

Estes nomes não constam nos registros oficiais da Viação Cidade Dutra na Jucesp.

Outro exemplo é a Viação Sudeste, que surge em um dos endereços da Via Sul Transportes Urbanos Ltda, operadora da área 05 – verde escuro, zona Sudeste.

A Via Sul é controlada majoritariamente pelas famílias Abreu e Ruas, que possuem a maior parte das linhas de ônibus do subsistema estrutural da cidade.

A “nova empresa”, porém, está registrada em nome de dois diretores com mandatos que vão até 13 de novembro de 2021: Claudinei de Souza Mariano e Sônia Regina Zeronian Mattoso.

O capital inicial é alto, R$ 15,17 milhões (R$ 15.172.000,00).

A empresa Viação Metrópole Paulista foi constituída na zona Leste de São Paulo, na Avenida Ragueb Chohfi, 6300, no Jardim Marilu.

A empresa está em nome das famílias Abreu, Figueiredo e Cunha, que já atuam no sistema de ônibus da cidade de São Paulo.

As famílias Abreu, Figueiredo e Cunha ainda constituíram, desta vez na zona Sul da cidade, a empresa Expansão Transportes Urbanos S. A.

Segundo os arquivos da Jucesp, a empresa foi constituída em 08 de novembro de 2018, com um capital social alto: R$ 15,37 milhões – R$ 15.375.950,00 (QUINZE MILHÕES, TREZENTOS E SETENTA E CINCO MIL, NOVECENTOS E CINQUENTA REAIS)

O endereço é um dos acessos para uma das garagens do grupo na Avenida Guarapiranga.

Em 12 de dezembro de 2018, foi constituída na cidade a RVTrans Transporte Urbano S.A, com endereço social na Zona Sul de São Paulo.

A empresa está no nome de Eduardo Ciola e José Eduardo Caldas Gonçalves que são os mesmos sócios da Ambiental Transportes Urbanos, empresa que opera na zona Leste, inclusive a rede de trólebus.

– 18 de janeiro de 2019: As empresas de ônibus do subsistema estrutural (linhas operadas por coletivos maiores) passam a atuar com novas contratações emergenciais na cidade de São Paulo. O expediente, que segundo o TCM – Tribunal de Contas do Município custa quase o dobro de contratos dentro de um período de concessão, é necessário porque a prefeitura não conseguiu realizar a licitação do sistema de ônibus. De acordo com a SPTrans – São Paulo Transporte, gerenciadora do sistema da cidade, em resposta aos questionamentos do Diário do Transporte, os novos contratos estão avaliados em R$ 2,5 bilhões , previstos para durar seis meses.

– 19 de janeiro de 2019: Nos novos contratos emergenciais dos transportes da cidade de São Paulo, novos nomes de empresas tradicionais já surgem como operadoras do sistema no período pré-licitação. É o caso da KBPX Administração e Participação Ltda para a área 7 – vinho , região sudoeste. No sábado, 19 de janeiro de 2019, a gestão Bruno Covas publicou extratos dos contratos emergenciais assinados ontem com as viações. A KBPX corresponde à Transkuba, da família Kuba, nome que surgiu no período posterior à privatização da CMTC – Companhia Municipal de Transportes Coletivos nos anos 1990. Ambas as empresas têm membros da família em comum e são registradas no mesmo endereço.

Ainda em relação à movimentação das empresas no período pré-licitação, uma ata obtida pelo Diário do Transporte revela a “nova” empresa Via Sudeste como uma subsidiária da Via Sul, companhia que já atua no sistema.

Além dos novos nomes para empresas que já atuam na cidade, a reportagem noticiou uma readequação operacional na área 06-azul claro , na zona Sul, devido à compra da Tupi Transportes Urbanos, uma das empresas mais antigas da cidade, com 60 anos, pela MobiBrasil, que atua há cerca de dez anos na capital paulista e tem origem em Pernambuco.

– 21 de janeiro de 2019: Os impactos dos aplicativos de transporte, como Uber, Cabify e 99, na demanda dos ônibus na cidade de São Paulo são preocupações das empresas na licitação do sistema da capital paulista. A SPTrans – São Paulo Transporte, que gerencia as linhas de ônibus, publicou 243 questionamentos à concorrência.

O primeiro deles é justamente sobre os aplicativos e sugere a possibilidade de as empresas de ônibus operarem, além das linhas convencionais, atendimentos por aplicativos como “Serviços Complementares”.

A SPTrans negou a possibilidade.

Pergunta 01.: Edital. CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETO DA CONCESSÃO. Em razão da desenfreada proliferação de serviços por aplicativo, com sérios impactos na demanda de passageiros do Sistema ônibus e, por via de consequência no orçamento municipal, solicita-se esclarecimento se as empresas concessionárias poderão prestar serviços por aplicativos, obedecido o conceito que abarca os Serviços Complementares. 1.1. O objeto do presente contrato é a delegação, por concessão, da prestação e exploração do Serviço de Transporte Coletivo Público de Passageiros, na Cidade de São Paulo, nos termos do art. 2º do Decreto Municipal nº 58.200, de 05 de abril de 2018, alterado pelo Decreto Municipal nº 58.541, de 30 de novembro de 2018, do Lote nº …., do GRUPO ESTRUTURAL, com a finalidade de atender às necessidades atuais e futuras de deslocamento da população, envolvendo: 1.1.1. operação da frota de veículos, incluindo a dos Serviços Complementares. Resposta 01.: Não. As especificações do Sistema Integrado de Transporte Coletivo, incluindo a caracterização das linhas, encontram-se detalhadas no Anexo III-3.1.

Ainda nos questionamentos, possíveis interessados em operar os ônibus da cidade propuseram metas com menores exigências na redução de poluição pelos veículos em determinados momentos da concessão.

A redução das emissões de poluentes faz parte de uma lei municipal, que estipula limites de emissões daqui a dez e vinte anos, e os editais da licitação trazem reduções ano a ano.

As propostas foram recusadas pela SPTrans.

22 de janeiro de 2019: Um dia antes da previsão de entrega dos envelopes da licitação dos transportes da cidade de São Paulo, o setor se agita ainda mais com divergências entre a gestão Bruno Covas e empresas de ônibus, que fizeram com que a prefeitura abrisse um chamamento público para as contratações emergenciais. Além disso, foram movidas ações judiciais para tentar barrar a concorrência ainda hoje. Uma empresa também pede a anulação dos editais.

Registrada em Itapetininga, no interior de São Paulo, denominada Costa Atlântica Brazil Locadora e Transporte Ltda, entrou com processos no Tribunal de Justiça de São Paulo querendo suspender a licitação que promete reorganizar o sistema de ônibus.

Desde 2013, a prefeitura não consegue realizar a licitação dos ônibus.

A empresa, que está registrada em nome de Ana Maria do Amaral Hauber, aponta uma série de supostas irregularidades na licitação e pede a suspensão da data de entrega dos envelopes com as propostas, marcada para quarta-feira, 23 de janeiro de 2019.

A companhia, que foi constituída em 2008, segundo a Jucesp – Junta Comercial de São Paulo, faz, na ação, uma série de críticas aos editais do sistema e às atuais empresas de ônibus.

Uma das queixas é sobre os cálculos de remuneração citando possíveis equívocos da SMT – Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes.

“Há uma discrepância de aproximadamente 300 (trezentos) milhões de reais nos valores, o que evidencia a falta de planejamento orçamentário adequado pela SMT. 39. Assim, considerando que a SMT está se esquivando de seu dever legal de planejar os impactos orçamentário-financeiros desta concessão, requer-se a pronta suspensão das sessões designadas para o dia 23.01.2019.” – diz o pedido  em caráter de urgência.

A empresa também pede a anulação dos editais.

“ Assim, diante da absoluta IMPOSSIBILIDADE de apresentação de propostas comerciais em razão da ausência de elementos mínimos para a plena caracterização de todos os serviços licitados, de rigor a suspensão do presente certame, com a posterior invalidação do Edital. É o que se requer a esse D. Juízo.”

Em um dos pontos da ação, a Costa Atlântica diz que há um comportamento de cartel entre as empresas de ônibus atuais e irregularidades como “a utilização de trabalhadores com registro em outras empresas que não mantêm vínculo com a Municipalidade de São Paulo”.

EMPRESAS NÃO ASSINAM EMERGENCIAIS:

Enquanto a licitação não é concluída, a prefeitura de São Paulo elaborou contratos emergenciais para as linhas estruturais (ônibus maiores com linhas em região central) com validade de seis meses.

As assinaturas deveriam acontecer no dia 18 de janeiro, mas nem todos os contratos foram firmados.

Diário do Transporte apurou que várias empresas de ônibus que atuam hoje na cidade não concordaram com as imposições da SPTrans nos contratos, como alterações na OSO – Ordem de Serviço Operacional (que contém as linhas e quantidade de veículos) , e as formas de remuneração que abrigam semelhante com o que preveem os editais da licitação.

Isso fez com que a gestão Bruno Covas abrisse um chamamento público para empresas interessadas em operar linhas estruturais (com ônibus maiores) nas áreas 3 (Nordeste – Amarela), 5 (Sudeste – Verde Escuro), 6 (Sul – Azul  Claro) e 7 (Sudoeste – Vinho).

A entrega das propostas está marcada para o dia 28 de janeiro de 2019.

Os contratos valerão por seis meses e os valores de cada um variam de acordo com a área operacional.

– 22 de janeiro de 2019: O juiz Sergio Serrano Nunes Filho, da 1ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo, negou a suspensão imediata da licitação dos ônibus da capital paulista, pedida por uma das ações contra a concorrência.

Segundo o magistrado, não há razões para considerar que há irregularidades na licitação dos ônibus da cidade. Para o juiz, as argumentações da empresa que moveu o processo dependem de contraditório e o modelo proposto pela prefeitura de São Paulo não contém irregularidades.

Ainda de acordo com o juiz Sergio Serrano, uma liminar em caráter de urgência só deve ser dada em caso de dano irreparável para os cofres públicos, o que, em seu entendimento, não é o caso.

“Indefiro a liminar, pois a verossimilhança das alegações do autor depende de contraditório, não se vislumbrando em sede de cognição sumária razões suficientes para afastar a presunção de regularidade da conduta administrativa guerreada. Outrossim, não há risco de dano irreparável.”

O magistrado ainda considerou “ínfimo” o valor da causa pedida pela empresa que moveu a ação diante do tamanho e da complexidade da licitação do sistema, cujos contatos serão de R$ 71,1 bilhões por 20 anos.  O sistema paulistano regista 9,5 milhões de passagens por dia em 14,1 mil ônibus que atendem a 1343 linhas, de acordo com os últimos indicadores da SPTrans – São Paulo Transporte, que gerencia os serviços.

O juiz deu 15 dias para que a empresa corrija os valores e passou para ela a responsabilidade pelas custas processuais.

“O ínfimo valor dado a causa de R$1.000,00 não reflete minimamente o bilionário bem jurídico em discussão, portanto, emende o autor a inicial, no prazo de 15 dias, para que dela conste o correto valor da causa, que deve refletir o valor estimado dos contratos administrativos que constam nos editais, juntando cópia de tais folhas dos editais nos autos, devendo recolher no mesmo prazo as diferença de custas devidas e as diligências faltantes.”

Como mostrou o Diário do Transporte na manhã desta terça-feira, 22 de janeiro de 2019, um dia antes da entrega prevista dos envelopes da concorrência, uma empresa denominada Costa Atlântica Brazil Locadora e Transporte Ltda, registrada em Itapetininga, no interior de São Paulo, entrou com processos no Tribunal de Justiça de São Paulo querendo suspender a licitação que promete reorganizar o sistema de ônibus.

A companhia, que está registrada em nome de Ana Maria do Amaral Hauber, aponta uma série de supostas irregularidades na licitação e pede a suspensão da data de entrega dos envelopes com as propostas, marcada para quarta-feira, 23 de janeiro de 2019.

A empresa, que foi constituída em 2008 e não prova experiência no transporte urbano,  fez, na ação, uma série de críticas aos editais do sistema e às atuais empresas de ônibus.

Uma das queixas foi sobre os cálculos de remuneração citando possíveis equívocos da SMT – Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes.

“Há uma discrepância de aproximadamente 300 (trezentos) milhões de reais nos valores, o que evidencia a falta de planejamento orçamentário adequado pela SMT. 39. Assim, considerando que a SMT está se esquivando de seu dever legal de planejar os impactos orçamentário-financeiros desta concessão, requer-se a pronta suspensão das sessões designadas para o dia 23.01.2019.” – diz o pedido  em caráter de urgência.

A empresa também pedia a anulação dos editais.

“ Assim, diante da absoluta IMPOSSIBILIDADE de apresentação de propostas comerciais em razão da ausência de elementos mínimos para a plena caracterização de todos os serviços licitados, de rigor a suspensão do presente certame, com a posterior invalidação do Edital. É o que se requer a esse D. Juízo.”

Em um dos pontos da ação, a Costa Atlântica diz que há um comportamento de cartel entre as empresas de ônibus atuais e irregularidades como “a utilização de trabalhadores com registro em outras empresas que não mantêm vínculo com a Municipalidade de São Paulo”.

CHAMAMENTO PÚBLICO:

A gestão Bruno Covas e as empresas de ônibus do subsistema estrutural (coletivos maiores) que não assinaram os contratos emergenciais por seis meses podem chegar a um consenso.

Viações dos lotes das áreas 3 (Nordeste – Amarela), 5 (Sudeste – Verde Escuro), 6 (Sul – Azul  Claro) e 7 (Sudoeste – Vinho) não concordaram com as exigências da SMT – Secretaria de Mobilidade e Transportes e com os cálculos de demanda e remuneração e se negaram a assinar os emergenciais.

Isso fez com que a prefeitura publicasse um chamamento público para empresas interessadas na operação destes lotes por seis meses.

Diário o Transporte apurou que há ainda a possibilidade de os contratos emergenciais serem assinados sem a necessidade de que empresas se apresentem no chamamento.

Os contratos valerão por seis meses e os valores de cada um variam de acordo com a área operacional.

 

-22 de janeiro de 2019:

O desembargador Borelli Thomaz, da 13ª Câmara de Direito Público do TJ suspendeu a licitação dos ônibus de São Paulo no início da noite desta terça-feira, 22 de janeiro de 2019.

A decisão atende ação da empresa Costa Atlântica, que contesta pontos dos editais, como remuneração e dimensionamento do sistema.

Em seu despacho, o desembargador contesta a decisão anterior que negou o pedido da empresa, com sede em Itapetininga, no interior paulista.

-23 de janeiro de 2019:

A SMT – Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes abriu na manhã desta quarta-feira, 23 de janeiro de 2019, a sessão pública parta receber as propostas para a licitação do sistema de ônibus da cidade, mas quase uma hora depois, declarou o procedimento suspenso sem data para ser retomado.

Na noite desta terça-feira, como noticiou o Diário do Transporte, o desembargador Borelli Thomaz, da 13ª Câmara de Direito Público do TJ, atendeu uma ação de uma empresa chamada Costa Atlântica, de Itapetininga, para barrar a concorrência, mas a prefeitura até a manhã desta quarta-feira não tinha sido notificada.

Foi a decisão em prol de outra ação, desta que houve a notificação, que a abertura dos envelopes foi suspensa.

A juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi, da 13ª Vara de Fazenda Pública, atendeu a pedido do empresário Romero Teixeira Niquini contestando a concorrência e pontos dos editais.

Niquini é empresário de ônibus e atuou já no sistema de São Paulo.

Em 1999, Niquini comprou a Viação Iguatemi do empresário Baltazar José de Sousa, Ronan Maria Pinto e Ozias Vaz, que atuam no ABC. Em seguida, a empresa foi denominada de Expresso Urbano São Judas Tadeu.

No mesmo ano, Niquini comprou outra empresa de Baltazar, Ronan e Ozias; a Viação Santo Expedito e, em 2000, constitui a empresa Expresso Urbano São Judas Tadeu.

Na ocasião, se tornou o segundo maior empresário de ônibus da cidade em termos de frota, com cerca de 900 veículos.

Niquini deixou o sistema pouco antes da licitação concluída em 2003, na gestão Marta Suplicy. Os contratos assinados naquela época venceram em 2013. No caso das empresas do subsistema estrutural receberam aditivos até a metade de 2018, quando o TCM – Tribunal de Contas do Município entendeu que a prefeitura não podia mais prolongar os contratos.

Atualmente, todas as empresas de ônibus operam por meio de contrações emergenciais.

Em entrevista aos repórteres Tiago Muniz (Rádio Jovem Pan) e Fabrício Lobel (Folha de São Paulo), na manhã desta quarta-feira, o secretário municipal de mobilidade e transportes, Edson Caram, acredita que as decisões judiciais serão revertidas para que a licitação seja retomada.

“Com certeza vamos derrubar [as liminares]. Quem está perdendo com tudo isso é a população, que está deixando de ter um serviço de qualidade melhor em função de ‘tramitizinho’ pequeno que não leva a nada” – disse o Caram que garantiu que os serviços de ônibus não serão interrompidos.

O secretário de Justiça de São Paulo, Rubens Rizek Jr, disse estranhar as ações serem impetradas no dia anterior à entrada dos envelopes e falou em falta de lealdade processual.

“O que é triste que quem quer combater a concorrência para entrar no lugar do contrato de emergência, entra com ação na tarde do dia anterior e a liminar saiu na noite de ontem. Isso nos surpreende, nem sabemos o que tem nas ações. Se a liminar saísse uns dois dias antes que seja… é direito do cidadão combater atos da administração pública, mas tem uma questão de lealdade processual também. Dois três dias antes, dá tempo de a gente recorrer. Agora, entrar na tarde do dia anterior, aí é complicado” – disse.

– 24 de janeiro de 2019: Em nota ao Diário do Transporte, a prefeitura de São Paulo diz que recorre das decisões que barraram a licitação do sistema de ônibus e que quer acabar de “uma vez por todas” com os modelos de contratações emergenciais:

A PMSP recorrerá das decisões que suspenderam o certame de concessão das linhas de ônibus na cidade de São Paulo. A determinação desta gestão é de acabar, de uma vez por todas, com os contratos de emergência, que atrasam as melhorias no sistema de ônibus da cidade, tão desejadas pela população.

A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes esclarece que a licitação do sistema de transporte coletivo é necessária, pois sem a licitação a população não recebe melhorias no sistema como a chegada de ônibus mais modernos, com ar-condicionado, Wi-Fi, entrada USB, motor menos poluente. A licitação prevê melhor distribuição das linhas de ônibus, eliminando a sobreposição, o que permite viagens mais rápidas e confortáveis.

Desde 2013, a prefeitura tenta sem sucesso realizar a licitação dos transportes.

Segundo o TCM – Tribunal de Contas do Município, com as contratações emergenciais e aditivos, a cidade, desde então, gastou R$ 42 bilhões, quase o dobro dos valores dos contratos caso a concorrência tivesse sido realizada.

– 25 de janeiro de 2019: Empresa de ônibus sem ônibus –  As ações judiciais que barraram a licitação nesta semana atendem ao empresário Romero Teixeira Niquini, que já foi dono de viações em São Paulo após negociações com os empresários Ronan Maria Pinto (preso pela Operação Lava Jato), Ozias Vaz e Baltazar José de Sousa, e também à uma empresa chamada Costa Atlântica Brazil Locadora e Transporte Coletivo Ltda, empresa registrada em Itapetininga, interior de São Paulo, na Avenida Waldomiro de Carvalho, nº 439, Vila Hungria, em nome de Ana Maria do Amaral Hauber, segundo a Jucesp – Junta Comercial do Estado de São Paulo.

No endereço, não há nenhuma empresa de ônibus funcionando ou escritório.

O Diário do Transporte entrou em contato na tarde desta quinta-feira, 24 de janeiro de 2019, com a empresa de advocacia Cordeiro Lima, que emprega os advogados que moveram as ações, para entender melhor a Costa Atlântica, mas não obteve retorno.

– 25 de janeiro de 2019: Enquanto a prefeitura de São Paulo tentava derrubar as decisões judiciais que impediram a abertura dos envelopes com as propostas para licitação de São Paulo, nomes de mais “novas empresas” empresas vieram à tona.

Como noticiou o Diário do Transporte, todas estas viações são constituídas pelos mesmos sócios ou estão registradas nos mesmos endereços das empresas do subsistema estrutural que já operam na cidade.

O subsistema estrutural reúne as linhas operadas por ônibus maiores que passam pela região central.

Além das companhias já citadas por outras reportagens do Diário do Transporte, veio à tona nesta sexta-feira, 25 de janeiro de 2019, o nome de Viação A.R.7 S.A., com a publicação do registro da ata de constituição.

A companhia tem como sócia a Transkuba, que opera hoje parte do lote 07 Estrutural da cidade, cor vinho, correspondente à região Sudoeste.

O endereço é o mesmo da Transkuba e o sócio também, o empresário Sergio Kuba.

A criação de novas empresas, inclusive com os mesmos sócios das atuais, não constitui uma ilegalidade, mas reflete uma estratégia das viações.

Além dos dois subsistemas de linhas atuais (estrutural e local/ex-cooperativas), a licitação prevê a criação de um novo tipo de organização, com a inclusão do subsistema de articulação regional, que vai abranger parte das áreas hoje atendidas pelo subsistema local e pelo estrutural, obrigando também uma restruturação nos planos dos empresários.

Muitas destas empresas “novas” são ligadas às companhias atuais que não assinaram os contratos emergenciais no último dia 18 de janeiro, o que obrigou a gestão Bruno Covas a publicar chamamento público para empresas interessadas em operar nas áreas 3 (Nordeste – Amarela), 5 (Sudeste – Verde Escuro), 6 (Sul – Azul  Claro) e 7 (Sudoeste – Vinho).

A entrega das propostas do chamamento público (que não é a licitação) está marcada para o dia 28 de janeiro de 2019.

Segundo a secretaria de Mobilidade e Transportes, em nota, algumas empresas de ônibus não apresentaram a documentação exigida pela prefeitura para assinatura dos contratos emergenciais, entre ais quais, a certidão negativa de débitos junto ao INSS.

Ainda de acordo com a nota da gestão, em resposta aos questionamentos do Diário do Transporte,  SMT e a SPTrans dizem que o chamamento público é necessário para que haja continuidade dos serviços de transportes coletivos na cidade.

A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes e a São Paulo Transporte esclarecem que algumas empresas não apresentaram a documentação necessária para assinatura do Contrato Emergencial para a prestação de serviço nas áreas 3, 5, 6 e 7. Um dos documentos exigidos é a Certidão do INSS.

Além de não poder assinar as contratações emergenciais, as viações sem Certidão do INSS também são impossibilitadas de participar da licitação.

Extraoficialmente, algumas empresas alegam que não assinaram os contratos emergenciais porque não concordaram com as mudanças nas OSOs – Ordens de Serviços Operacionais (que contém quantidade de ônibus e intervalos) e na remuneração.

Diário do Transporte já apurou a criação das seguintes empresas: Viação Grajaú (atual Viação Cidade Dutra), Via Sudeste/Viação Sudeste (atual Via Sul), Viação Metrópole Paulista (grupo da VIP), Expansão Transportes Urbanos (atual Grupo da VIP), RVTrans Transporte Urbano S.A, (atual Ambiental Transportes Urbanos), KBPX Participações (atual Transkuba), Viação AR7 S.A. (atual Transkuba), High Mobility Two Transportes Ltda (atual Transppass).

– 25 de janeiro de 2019: A gestão Bruno Covas mudou a data de apresentação de propostas de empresas de ônibus interessadas no chamamento público para as contratações emergenciais de operação das linhas em regiões onde as atuais viações não assinaram os contratos na semana passada.

A nota data é 01º de fevereiro de 2019.

As contratações emergenciais têm sido necessárias para não descontinuar os serviços de ônibus enquanto a prefeitura não consegue realizar a licitação do sistema, que nesta semana foi barrada por decisões judiciais que atendem ao empresário Romero Teixeira Niquini, que já foi dono de viações em São Paulo após negociações com os empresários Ronan Maria Pinto (preso pela Operação Lava Jato), Ozias Vaz e Baltazar José de Sousa, e também em benefício de uma empresa chamada Costa Atlântica Brazil Locadora e Transporte Coletivo Ltda, registrada em Itapetininga, interior de São Paulo, na Avenida Waldomiro de Carvalho, nº 439, Vila Hungria, em nome de Ana Maria do Amaral Hauber, segundo a Jucesp – Junta Comercial do Estado de São Paulo.

No endereço, não há nenhuma empresa de ônibus funcionando ou escritório.

Diário do Transporte entrou em contato na tarde desta quinta-feira, 24 de janeiro de 2019, com a empresa de advocacia Cordeiro Lima, que emprega os advogados que moveram as ações, para entender melhor a Costa Atlântica, mas não obteve retorno.

A SMT – Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes também alterou os valores de remuneração previstos nestas novas contratações, que vão durar por seis meses.

Os valores dos contratos e a remuneração estão mais altos.

– 25 de janeiro de 2019: A prefeitura de São Paulo publicou nesta sexta-feira, 25 de janeiro de 2019, o reconhecimento de uma dívida de R$ 174 milhões (R$ 174.202.733,59) que possui junto às empresas de ônibus da cidade, tanto do subsistema estrutural (ônibus maiores que passam pela região central) como do subsistema local (ônibus menores que ligam os bairros).

O valor se refere a subsídios não repassados às viações entre os dias 05 e 12 de dezembro de 2018.

Os subsídios são para custear as gratuidades, como para idosos e estudantes, e integrações.

As empresas são remuneradas por este transporte.

O reconhecimento da dívida é o primeiro passo para o pagamento, mas a publicação não traz data.

O dinheiro segue do orçamento da prefeitura para a SPTrans- São Paulo Transporte, gerenciadora do sistema da cidade, que depois distribui às empresas de acordo com os serviços prestados.

De acordo com estudos da prefeitura de São Paulo, revelados no início do ano pelo Diário do Transporte, sem os subsídios e com a manutenção do atual nível de gratuidades e número de integrações pelo Bilhete Único, a tarifa de ônibus que desde 06 de janeiro é R$ 4,30, seria de R$ 7,01

– 28 de janeiro de 2019: A PGM – Procuradoria Geral do Município de São Paulo entrou com recurso nesta segunda-feira, 28 de janeiro de 2019, contra as decisões que barraram a licitação dos ônibus da cidade.

A concorrência foi bloqueada na noite de 22 de janeiro, horas antes da data de abertura dos envelopes marcada para às 8h do dia 23.

Na ação, a gestão Bruno Covas pede ainda que o escritório Cordeiro Lima, que defendeu a empresa que conseguiu freara licitação, seja investigado civil e criminalmente por ter representado uma suposta viação que sequer possui ônibus e garagens, mas que se apresenta como transportadora de passageiros.

Como mostrou o Diário do Transporte na última quinta-feira, 24 de janeiro de 2019, a Costa Atlântica Brazil Locadora e Transporte Coletivo Ltda, registrada em Itapetininga, no interior de São Paulo, não possui nenhum ônibus operando e o endereço informado na Jucesp – Junta Comercial de São Paulo na verdade abriga um estabelecimento comercial que não tem relação com o setor de mobilidade.

No dia 26, o jornal Folha de São Paulo publicou uma entrevista com a mulher que figura na Jucesp como dona da empresa, mas, de acordo com a matéria, ela não sabia do fato.

O Diário do Transporte pediu no dia 24 de janeiro de 2019 um posicionamento do escritório de advocacia por telefone. A reportagem foi orientada a passar um e-mail com a solicitação, o que foi feito em seguida, mas até este dia 29 de janeiro não obteve retorno.

– 29 de janeiro de 2019: A empresa Costa Atlântica Brazil Locadora e Transporte Coletivo Ltda, registrada em Itapetininga, no interior de São Paulo desistiu das ações contra a licitação bilionária do sistema de ônibus da capital paulista.

Na semana passada, o Tribunal de Justiça atendeu a um dos pedidos da companhia, que acabou, juntamente com outras ações, inviabilizando a continuação da concorrência que mexe diretamente com a rotina de 9,5 milhões de passageiros registrados todos os dias nos ônibus de São Paulo.

Chamou a atenção o fato de a Costa Atlântica não ter nenhum ônibus em operação e no endereço registrado na Jucesp – Junta Comercial de São Paulo , na cidade de Itapetinga, no interior do Estado, funcionar uma barbearia.

A empresa está registrada em nome de Ana Maria do Amaral Hauber.

Na semana passada, o Diário do Transporte já havia mostrado que no local não funcionava uma empresa de transportes e o repórter Fabrício Lobel da Folha de São Paulo conversou com Ana, em Itapetininga. A mulher negou ao jornalista que tinha conhecimento do fato de ser “dona de empresa de ônibus”.

O advogado do escritório “Cordeiro, Lima e Advogados”, Ivan Lima, disse em entrevista exclusiva ao Diário do Transporte na tarde desta terça-feira, 29 de janeiro de 2019, que a procuração autorizando que a empresa fosse representada pelo escritório tinha a assinatura de Ana.

“Muito me espanta esta informação de que a dona Ana fez [ao jornal], porque, uma coisa dentro dos limites de confidencialidade que eu posso passar, uma coisa posso te afirmar: nós fomos contratados pela Costa Atlântica. Inclusive a procuração que juntamos nos autos da Costa Atlântica tem firma reconhecida da própria Ana” – disse o advogado.

Na desistência da Costa Atlântica da ação, a PGM – Procuradoria Geral do Município de São Paulo pediu que a empresa e o escritório de advocacia passem por apurações do MP – Ministério Público e da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil.

Ivan Cordeiro disse que a desistência da ação ocorreu porque a justiça determinou que o valor da causa fosse alterado dos R$ 10 mil, como foi apresentada, para cerca de R$ 80 bilhões.

Segundo o advogado, isso inviabilizaria a contestação da empresa já que, se perdesse, teria de pagar custas processuais de R$ 80 mil por ação, aproximadamente.

Alegando confidencialidade entre advogado e cliente, Ivan Cordeiro não deu mais detalhes sobre a Costa Atlântica, mas negou conduta irregular do escritório e disse que são feitas checagens sobre os clientes, mas do ponto de vista da “legitimidade da causa”.

O escritório “Cordeiro, Lima e Advogados” é especializado no setor de transportes tanto de pneus como de trilhos, sendo procurado por grandes empresários e operadores.

Perguntado se não é estranho uma “pequena empresa” procurar um escritório de renome no setor, cujos honorários não devem ser baixos, o advogado disse que muitas causas são aceitas pela visibilidade.

“Na prática o que acontece é o seguinte. Eu desafio a qualquer a analisar as ações que eu fiz até hoje em processos licitatórios, elas são sempre propositivas para melhorar o processo licitatório e trazer o que há de mais sofisticado, que vai viabilizar uma melhoria dos serviços. Quando uma empresa me procura, podendo me pagar ou não, a questão dos honorários é muito subjetiva. Quando a gente chega num certo patamar da advocacia, muitas vezes mais nos enobrece uma causa grande, como a licitação de São Paulo, que os honorários em si” – disse.

Ivan Lima ainda negou ligação com a ação do empresário Romero Teixeira Niquini, que também barrou a licitação.

Em 1999, Niquini comprou a Viação Iguatemi dos empresários Baltazar José de Sousa, Ronan Maria Pinto (preso desde maio de 2018 pela Operação Lava-Jato) e Ozias Vaz, que atuam em empresas de ônibus no ABC Paulista ainda hoje. Ronan também é dono do jornal local Diário do Grande ABC.

Logo depois da compra por Niquini, a Viação Iguatemi foi denominada de Expresso Urbano São Judas Tadeu.

No mesmo ano, Niquini comprou outra empresa de Baltazar, Ronan e Ozias; a Viação Santo Expedito e, em 2000, constitui a empresa Expresso Urbano São Judas Tadeu.

Na ocasião, se tornou o segundo maior empresário de ônibus da cidade em termos de frota, com cerca de 900 veículos.

Niquini deixou o sistema pouco antes da licitação concluída em 2003, na gestão Marta Suplicy. Os contratos assinados naquela época venceram em 2013. No caso das empresas do subsistema estrutural receberam aditivos até a metade de 2018, quando o TCM – Tribunal de Contas do Município entendeu que a prefeitura não podia mais prolongar os contratos.
Atualmente, todas as empresas de ônibus operam por meio de contrações emergenciais.

O advogado também negou representar sobre a licitação empresários de ônibus que atuam no sistema de São Paulo e criticou a atitude da PGM.

“Não significa que vou entrar com essa ação de novo [contra a licitação] , mas significa que quando eu peço a desistência, estou na verdade defendendo os interesses de uma classe de advogados, da advocacia e os direitos de meu cliente. Eu tenho uma OAB e uma advocacia para defender os interesses de meu cliente. E não vai ser a procuradoria do município e quem quer que seja que vai me intimidar a entrar com essa ação” – acrescentou.

– 29 de janeiro de 2019: A criação de “novas” companhias de ônibus em nome de empresários que já atuam na cidade de São Paulo, no período pré-licitação do sistema de cidade, está na mira do Governo Federal.

A Procuradoria da Fazenda Nacional, órgão vinculado ao Ministério da Economia, quer que estas companhias, a maior parte constituída entre novembro e dezembro no ano passado, sejam responsabilizadas pelas dívidas das empresas originárias.

De acordo com matéria da Folha de São Paulo, assinada pelos repórteres Fabrício Lobel e Camila Mattoso, o órgão cobra em torno de R$ 6 bilhões das empresas que atuam no transporte urbano da capital paulista, referentes a dívidas tributárias e do INSS.

Como mostrou o Diário do Transporte, diversas novas empresas surgiram desde o fim do ano passado, mas a maior parte com os mesmos sócios das atuais e nos mesmos endereços das garagens que já funcionam na cidade.

Em 18 de janeiro de 2019, diversas empresas da cidade não assinaram as contratações emergenciais por mais seis meses, instrumento necessário enquanto a licitação do sistema de transportes não é finalizada.

De forma não oficial, as empresas dizem que não concordam com as remunerações e ordens de serviço operacionais em áreas como 3 (Nordeste – Amarela), 5 (Sudeste – Verde Escuro), 6 (Sul – Azul  Claro) e 7 (Sudoeste – Vinho).

Isso fez com que a gestão Bruno Covas abrisse um processo de chamamento público para empresas interessadas nos serviços. A apresentação das propostas está marcada para o dia 1º de fevereiro.

Na ocasião da abertura do chamamento, em nota, a SMT – Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes, disse que para a assinatura dos contratos emergenciais, é necessário apresentar certidão negativa de débito junto ao INSS, o que não foi feito por algumas viações.

“A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes e a São Paulo Transporte esclarecem que algumas empresas não apresentaram a documentação necessária para assinatura do Contrato Emergencial para a prestação de serviço nas áreas 3, 5, 6 e 7. Um dos documentos exigidos é a Certidão do INSS.” – diz trecho da resposta ao Diário do Transporte na semana passada.

Segundo a reportagem da Folha de São Paulo desta terça-feira, 29 de janeiro de 2019, a Justiça Federal considerou a criação de novas empresas como uma “manobra de fraude” .

A força tarefa do Governo Federal quer que as novas empresas sejam responsabilizadas pelas dívidas das viações “antigas”.

Desta dívida de R$ 6 bilhões, R$ 3,1 bilhões seriam do “Grupo Ruas” .

Ao jornal, o conglomerado de empresas diz que o valor é de R$ 1,8 bilhão e que há intenção de pagar por meio de parcelamento e negociação com o Governo Federal.

O advogado do Grupo, Márcio Cezar Janjacomo, negou à reportagem da Folha de São Paulo que a criação de novas empresas é ilegal e reafirmou não há fraudes, uso de “laranjas” e que os valores dos patrimônios não foram ocultados.

– 29 de janeiro de 2019:  O juiz Marcelo Sergio, da 2ª Vara da Fazenda Pública, determinou que o 2º Tabelião de Notas e Protesto de Letras e Títulos de Itapetininga, no interior de São Paulo, seja investigado por “eventuais irregularidades” por reconhecer firma com indícios de fraudes em procurações para ações judiciais contra a licitação dos ônibus em São Paulo.

A decisão foi desta terça-feira, 29 de janeiro de 2019, na homologação da desistência de uma ação contra a concorrência dos transportes da capital paulista movida pela empresa Expresso Brazil Transporte Coletivo e Encomendas Eireli.

Foi este cartório que reconheceu em uma procuração a assinatura de Ana Maria do Amaral Hauber, que era a suposta dona da Costa Atlântica Brazil Locadora e Transporte Coletivo Ltda, uma empresa de Itapetininga, que não possui ônibus e o endereço de registro abriga uma barbearia.

Ana disse em matéria do repórter Fabrício Lobel da Folha de São Paulo, na semana passada, que não sabia da existência dessa suposta empresa de ônibus .

A empresa Expresso Brazil Transporte Coletivo e Encomendas Eireli é também registrada em Itapetininga, cidade do interior de São Paulo, onde foi registrada e empresa Costa Atlântica Brazil Locadora e Transporte Coletivo Ltda.

No endereço informado à Jucesp – Junta Comercial do Estado de São Paulo como sendo da Costa Atlântica, funciona uma barbearia.

Além de ambas “empresas de ônibus” terem registro em Itapetininga, são representadas pelos mesmos advogados: Amauri Feres Saad e Ivan Henrique Moraes Lima.

Ontem, em entrevista ao Diário do Transporte, o advogado Ivan Lima, falando apenas sobre a Costa Atlântica, disse que tinha uma assinatura de Ana na procuração.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2019/01/29/ouca-a-entrevista-costa-atlantica-desiste-de-acao-que-barrou-licitacao-dos-onibus-e-escritorio-de-advocacia-diz-que-procuracao-de-empresa-tem-assinatura-de-dona-ana/

Além de serem registradas em Itapetininga e terem os mesmos advogados, há outras dois fatos em comum entre Expresso Brazil Transporte Coletivo e Encomendas Eireli e Costa Atlântica Brazil Locadora e Transporte Coletivo Ltda.

Nos endereços das empresas, não funciona empresa de ônibus. O endereço da Costa Atlântica é uma barbearia e da Expresso Brazil é um imóvel residencial, segundo consta na decisão judicial.

Não bastasse isso, nos dois casos, as empresas entraram com valores de causa irrisórios frente aos contratos da licitação e a Justiça pediu a alteração destes valores, mas, como resposta, as companhias desistiram das ações.

Na decisão, o juiz também determinou investigação do Ministério Público sobre as empresas que têm sinais de serem fantasmas e da OAB sobre o escritório de advocacia.

“Diante desse quadro, que pode caracterizar patrocínio irregular e/ou uso ilegal da função social da sociedade, para apuração de eventual ilícito (civil e criminal) e apuração de eventuais prejuízos ao erário, determino vista dos autos ao Ministério Público e encaminhamento de ofício à Ordem dos Advogados do Brasil e ao Núcleo de Monitoramento de Perfis de Demanda do Tribunal de Justiça de São Paulo (Numo pede) para eventuais providências. Determino, ainda, seja oficiado ao Juiz Corregedor dos Cartórios Extrajudiciais de Itapetininga para apuração de eventuais irregularidades praticadas no 2º Tabelião de Notas e Protesto de Letras e Títulos de Itapetininga, que atestou a autenticidade das firmas emitidas nas procurações.” – diz trecho da decisão.

– 30 de janeiro de 2019: A prefeitura de São Paulo oficializou a primeira destinação de recursos do ano de 2019 para subsidiar o sistema de ônibus da cidade. O dinheiro é para abater uma dívida que a gestão tem, do ano passado, de R$ 174 milhões com as empresas de ônibus referentes a subsídios de uma semana.

A gestão Bruno Covas abriu um crédito adicional de R$ 50 milhões do orçamento já previsto para esta finalidade.

O Orçamento do Município para 2019, aprovado pela Câmara Municipal de São Paulo, prevê R$ 2,69 bilhões para subsidiar o sistema. O dinheiro não deve ser suficiente de novo e o poder público deve fazer remanejamentos de recursos de outras áreas, dentro do que a lei permite.

O custo do sistema em 2019 dever parecido com o de 2018, em torno de R$ 8 bilhões, mas as catracas somente arrecadam R$ 5 bilhões.

Os subsídios servem para bancar principalmente gratuidades e integrações.

– 31 de janeiro de 2019: A Costa Atlântica Brazil Locadora e Transporte Coletivo Ltda Me, que moveu ações na justiça para barrar a licitação bilionária dos ônibus da capital paulista, vai ter de desembolsar quase R$ 80 mil de custas processuais devido a uma alteração no valor da causa.

A decisão é do juiz Sergio Serrano Nunes Filho, da 1ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Caso não recolha a diferença das custas processuais em relação ao valor inicial, a empresa pode ser alvo de uma execução fiscal.

O escritório de advocacia “Cordeiro, Lima e Advogados” e a empresa podem recorrer.

A Costa Atlântica, que não possui ônibus, garagens e atividades atuais na área de transportes coletivos, é registrada em um endereço onde funciona uma barbearia, em Itapetininga, no interior de São Paulo.

O valor da causa na ação movida pelos advogados da Costa Atlântica era de R$ 10 mil, que depois foi considerado irrisório pela Justiça diante do valor dos contratos previstos por 20 anos no sistema de São Paulo.

A Costa Atlântica desistiu da ação, o que foi homologado pela justiça e, nesta terça-feira, 29 de janeiro de 2019, o juiz alterou o valor da causa para R$ 68,12 milhões  –  (R$ 68.122.882.806,00).

Assim, de acordo com a decisão, a Costa Atlântica, por meio do escritório de advocacia, vai ter de pagar as custas sobre os R$ 68,12 milhões  e não sobre R$ 10 mil.

– 01º de fevereiro de 2019:  “Novas empresas de ônibus” constituídas pelos atuais grupos empresariais que atuam na cidade de São Paulo e uma empresa pouco conhecida que tentou impedir o andamento da licitação dos transportes apresentaram nesta sexta-feira, 1º de fevereiro de 2019, propostas no chamamento público para as contratações emergenciais de transportes coletivos por seis meses abertos pela gestão Bruno Covas.

O chamamento foi necessário porque algumas empresas na cidade não assinaram as novas contratações emergenciais nos dia 17 e 18 de janeiro por não conseguirem apresentar Certidão Negativa de Débito junto ao INSS.

Este chamamento não é a licitação dos transportes, mas ocorre porque justamente a concorrência, barrada ainda pela Justiça, não foi realizada.

NOVOS NOMES EM AÇÃO:

De acordo com a SMT – Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes de São Paulo, em resposta aos questionamentos do Diário do Transporte, para a área 3 (Nordeste – Amarela),a City Transporte Urbano Intermodal  apresentou documentação interessada para o lote.

A companhia tem em seu quadro de sócios os mesmos controladores da VIP Transportes Urbanos, que atua no subsistema estrutural (linhas com ônibus maiores que passam pela região central), da cidade de São Paulo.

De acordo com a Jucesp – Junta Comercial do Estado de São Paulo, são sócios da City, Roberto Pereira de Abreu e a RAAR Investimentos Eireli. A RAAR tem como titular justamente Roberto Pereira de Abreu.

A VIP Transportes Urbanos, da capital paulista, é controlada majoritariamente pela família Abreu, com a família Ruas, que estão entre os maiores empresários de ônibus da cidade de São Paulo.

A City assumiu nesta sexta-feira também o transporte municipal de Guarujá, no litoral de São Paulo, substituindo a Translitoral.

Ainda de acordo com a SMT, para a área 5 (Sudeste – Verde Escuro) foi entregue documentação pela Via Sudeste Transportes S/A.

Na prática, a Via Sudeste é o nome novo para a Via Sul Transportes Urbanos Ltda, controlada majoritariamente pelas famílias Abreu e Ruas, que possuem a maior parte das linhas de ônibus do subsistema estrutural da cidade.

A “nova empresa”, porém, está registrada em nome de dois diretores com mandatos que vão até 13 de novembro de 2021: Claudinei de Souza Mariano e Sônia Regina Zeronian Mattoso.

Para a área 6 (Sul – Azul  Claro), a proposta foi da Viação Grajaú S/A, o novo nome para a Viação Cidade Dutra, que tinga como sócios integrantes da família Ruas. Entretanto, já com vistas à licitação dos transportes (que não é a mesma coisa que os chamamentos de hoje), a família foi se retirando no nome Viação Cidade Dutra.

A “nova” empresa está registrada, segundo a Jucesp – Junta Comercial do Estado de São Paulo em nome de Edson Gonçalves e João Ferracini Neto, também diretores constituídos.

Já para a área 7 (Sudoeste – Vinho), apresentou a documentação a Viação Metrópole Paulista S/A.

A empresa Viação Metrópole Paulista foi constituída na zona Leste de São Paulo, na Avenida Ragueb Chohfi, 6300, no Jardim Marilu.

A empresa está em nome das famílias Abreu, Figueiredo e Cunha, que já atuam no sistema de ônibus da cidade de São Paulo.

A criação de novas empresas por outras que já estão atuando ou por sócios não é ilegal, mas despertou a atenção da Procuradoria Nacional da Fazenda, órgão vinculado ao Ministério da Economia, que cobra R$ 6 bilhões das atuais viações referentes ao INSS e tributos federais.

O órgão quer impedir que estas empresas, a maior parte constituída entre novembro e dezembro no ano passado, participem da licitação  e que sejam responsabilizadas pelas dívidas das empresas originárias.

UMA “ILUSTRE DESCONHECIDA”:

Ainda de acordo com a informação oficial da SMT ao Diário do Transporte, Tambaú Transportes e Serviços S/A apresentou propostas para todos os lotes.

Como mostrou a reportagem, a Tambaú tentou barrar a licitação dos transportes administrativamente e junto ao TCM – Tribunal de Contas do Município.

A empresa quis impugnar o edital do subsistema de articulação regional, que é um novo tipo de linhas previsto na licitação, com ônibus que ligam bairros distantes a bairros maiores numa mesma região (centralidades regionais).

As linhas do subsistema de articulação regional pegam o que é um pouco hoje do subsistema local (ex-cooperativas) e do subsistema estrutural (viações dos ônibus grandes).

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2018/11/12/empresas-e-associacoes-de-onibus-de-minas-gerais-e-do-centro-oeste-se-interessam-pela-licitacao-dos-onibus-de-sao-paulo-e-tentam-impugnar-editais/

A Tambaú nasceu de um “boteco”.

De acordo a Jucesp – Junta Comercial do Estado de São Paulo, a Tambaú está registrada em um escritório na Avenida Interlagos, na Zona Sul da capital paulista, figurando como sócios Adaildo Roberto da Silva, Ailton Carlos da Silva e de Cleonice Ferreira Novato da Silva.

A empresa foi constituída em 17 de agosto de 1989 e, ainda segundo a Jucesp, o nome anterior era Eskina´s Bar Ltda. ME.

Em 24 de novembro de 2015, foi alterada a atividade econômica para transporte rodoviário coletivo de passageiros com itinerário fixo municipal, serviço de transporte de passageiros, locação de automóveis com motorista, transporte rodoviário coletivo de passageiros sob regime de fretamento intermunicipal, interestadual e internacional e agências de viagens.

Em maio de 2011, a empresa ainda tinha como sócio José Wilson de Sousa e Maria Celeste de Freitas Alves. Neste ano, segundo a Junta Comercial, recebeu o nome Tambaú e as atividades de transportes de passageiros como objeto social, mas também havia sido registrada em serviços de obras de terraplanagem.

NADA DECIDIDO AINDA:

De acordo com a resposta da SMT ao Diário do Transporte, a apresentação da documentação não significa contratação das empresas de forma imediata.

Ainda vão ser analisadas as propostas comerciais. Para isso, a pasta da gestão Bruno Covas ainda vai marcar a data da sessão pública.

Veja a nota na íntegra:

A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes (SMT) recebeu nesta sexta-feira (1° de fevereiro), após chamamento público, as propostas das empresas interessadas em operar nas áreas 03, 05, 06 e 07 do sistema de ônibus da cidade de São Paulo.

A City Transporte Urbano Intermodal  apresentou documentação para habilitação na área 03; a Via Sudeste Transportes S/A para área 05; a Viação Grajaú S/A para a área 06; a Viação Metrópole Paulista S/A para a área 07; e a Tambaú Transportes e Serviços S/A apresentou propostas para todos os lotes.

Após a analise da documentação apresentada, será publicado no Diário Oficial o resultado da habilitação e prazo para recursos.

Os envelopes com as propostas comerciais permanecem fechados em poder da Comissão e serão abertos em evento público, em data a ser anunciada no Diário Oficial.

– 01º de fevereiro de 2019:

prefeitura de São Paulo informou que  a abertura dos envelopes para a licitação dos ônibus de São Paulo será na próxima terça-feira, 05 de fevereiro de 2019.

Segundo a gestão Bruno Covas, somente com a licitação será possível reformular os serviços de transportes na cidade.

Como informou o Diário do Transporte em primeira mão na tarde desta sexta, 01º de fevereiro de 2019, a desembargadora Flora Maria Nesi Tossi Silva, da 13ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, atendeu recurso da PGM – Procuradoria Geral do Município e liberou a retomada da concorrência.

Flora entendeu que a questão da posse e desapropriação dos imóveis para garagens, como preveem os três editais, não configura prejuízo à concorrência e não é moivo, assim, para barrar a licitação.

Em primeiro lugar, e em princípio, entendo que a desapropriação indicada nas cláusulas 3.9 e seguintes dos editais de concorrência não obrigam os licitantes a promoveram a expropriação dos imóveis que foram declarados de utilidade pública por decretos municipais, tratando-se assim, de mera faculdade. E, ao que parece, tal se dá a fim de prestigiar justamente o princípio da isonomia, uma vez que as empresas-licitantes que não disponham de imóvel para garagem e apoio, poderão, se quiserem, valer-se dos decretos de utilidade pública para tanto, para promoverem a desapropriação dos imóveis, pagando aos proprietários dos imóveis os valores relativos à justa indenização. Por outro lado, em princípio, nada impede que a empresa licitante compre ou alugue um imóvel para guarda e manutenção da sua frota.

A desembargadora também não viu ilegalidade no item de irreversibilidade dos bens, como apontava as alegações do empresário que atuou na cidade de São Paulo, Romero Teixeira Niquini.

Por sua vez, no que se refere à irreversibilidade dos bens desapropriados ao patrimônio do Município, não vislumbro, num primeiro momento, qualquer ilegalidade, pois tal previsão é expressa no art. 17, inciso I e §4º, inciso II da Lei nº 13.241/2001, não havendo informação de que referido artigo tenha sido revogado ou declarado inconstitucional, sendo que não vislumbro, em princípio, ilegalidade ou inconstitucionalidade nestes dispositivos legais.

A magistrada, depois de analisar que outros pontos contestados dos editais não apresentam ilegalidade, determinou o restabelecimento da concorrência.

Em razão de todo o exposto, concedo o efeito ativo ao presente recurso, determinando a imediata redistribuição do processo de origem (processo n. 1002008-07.2019.8.26.0053) para a 15a. Vara da Fazenda Pública da Capital, por dependência ao processo n. 1002246-26.2019.8.26.0053 (autor: Juarez Donisete de Oliveira), bem como para determinar o imediato restabelecimento do curso do processo licitatório objeto de discussão nos autos, ao menos até o reexame do tema por esta Relatora ou C. Câmara.

Em nota, a prefeitura de São Paulo diz que a licitação vai trazer segurança jurídica e melhorias ao sistema de transportes

A conclusão do processo licitatório permitirá a reorganização do sistema de transporte por ônibus na capital e trará benefícios aos passageiros ao eliminar a sobreposição de linhas, reduzir intervalos entre os veículos, tornar as viagens mais rápidas e confortáveis, além de conferir maior confiabilidade ao sistema e permitir a modernização da frota. O edital prevê uma série de melhorias obrigatórias no sistema, como a chegada de ônibus mais modernos, com ar-condicionado, Wi-Fi, entrada USB e também motores menos poluentes.

A contratação por edital traz segurança jurídica à rede municipal de transporte que, atualmente, opera por meio de contratos emergenciais.

– 05 de fevereiro de 2019: A SMT – Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes de São Paulo recebeu as propostas das empresas interessadas no sistema da capital paulista.
Não houve participação de companhias de fora da cidade, com 33 propostas para 32 lotes, praticamente sem disputas.

As propostas foram apresentadas pelas seguintes empresas:

Linhas Estruturais

E 1 – Consórcio Bandeirante (Viação Santa Brígida e Viação Gato Preto)

E 2 – Sambaíba

E 3 – Viação Metrópole Paulista

E 4 – Via Sudeste

E 5 – MobiBrasil

E 6 – Viação Grajaú

E 7 – Viação Metrópole Paulista

E 8 – Consórcio TransVida (Ambiental, Transppass e RVTrans)

E 9 – Gatusa

Articulação Regional

AR 1 – Consórcio Bandeirante (Viação Santa Brígida e Viação Gato Preto)

AR 2 – Sambaíba

AR 3 – Viação Metrópole Paulista

AR 4 – Express

AR 5 – Via Sudeste

AR 6 – MobiBrasil

AR 7 – KBPX

AR 8 – Viação Gato Preto

AR 9 – Consórcio TransVida (Ambiental, Transppass e RVTrans)

AR 0 – Consórcio TransVida (Ambiental, Transppass e RVTrans)

Local de Distribuição:

D 1 – Consórcio TransNoroeste (Norte Bus e Spencer Transportes)

D 2 – Consórcio TransNoroeste (Norte Bus e Spencer Transportes)

D 3 – Transunião

D 4 – Up-Bus

D 5 – Pêssego Transportes

D 6 – Allibus

D 7 – Transunião e Imperial

D 8 – Move Buss

D 9 – A2 Transportes

D 10 – Transwolff

D 11 – Transwolff

D 12 – Transcap

D 13 – Alfa Rodobus

O secretário de Mobilidade e Transportes da cidade de São Paulo, Edson Caram, acredita que em 90 dias os contratos com as empresas sejam assinados nos moldes propostos com a licitação.

Caram acredita que o modelo vai melhorar a prestação de serviços com percursos mais rápidos, avaliação da população influenciando na remuneração das empresas e qualificação da frota.

Apesar de praticamente não haver concorrência entre os lotes, com 33 propostas para 32 lotes oferecidos, o secretário se disse satisfeito com o processo de licitação. A respeito das antigas empresas da cidade que participaram com novos nomes, porque têm restrições junto ao INSS, Caram afirmou que será realizada uma avaliação na documentação destas companhias.

“Se as empresas não tiverem a documentação suficiente para participar do certame, com certeza serão inabilitadas”, anunciou Caram.

O presidente do SPUrbanuss, sindicato que representa as empresas de ônibus atualmente, no sistema estrutural, Francisco Christovam, disse que o que ocorreu apenas foi uma reorganização entre as empresas.

“As áreas sofreram rearranjos de empresas. Por exemplo, da atual Àrea 7, que tínhamos a Campo Belo, a Gatusa, Transkuba e a VIP, teve mudanças. A Campo Belo deixa de existir. Foi criado esse consórcio TransVida, com a Ambiental, Transppass e RVTrans. São empresas que já operam o sistema. Nenhuma saiu, elas se reorganizaram, inclusive em função da nova estrutura das linhas”, disse.

Christovam ainda falou que inicialmente não há problemas com o fato de antigas empresas participarem com os nomes novos, apesar de elas terem débitos com o INSS.

“De acordo com o nosso departamento jurídico, não há nenhuma irregularidade com isso e também não é nenhuma novidade. Em 2003, isso já ocorreu no sistema e não afeta a qualidade de prestação dos serviços”, afirmou.

Para o pesquisador em mobilidade do Indec (Instituto de Defesa do Consumidor) Rafael Calabria, a licitação vai resultar em poucas mudanças, principalmente no domínio do mercado.

Segundo Calabria, quanto menor for a concorrência, maiores são os custos. É a mesma realidade, segundo ele, que ocorreu em 2003.

“O cenário que vimos aqui é de manutenção das mesmas empresas que já estão operando há décadas na cidade. Isso já ocorreu em 2003 também. A última licitação, que foi realizada, houve um candidato por vaga com a tarifa mais cara que cada um propôs. Isso aumenta os custos. É um cenário de estagnação e mostra que a cidade, nesse aspecto, vai avançar pouquíssimo. Há algumas novas regras, avanços em relação à remuneração, influenciada pela satisfação dos passageiros, há questões de fiscalização, mas nenhum avanço em relação ao domínio do mercado, que é o mesmo”, disse.

Para Calabria, alguns pontos da concorrência, como a questão das garagens, desestimularam eventuais novos participantes.

Os passos previstos a partir da data são:

1) Publicação no Diário Oficial da ata da sessão desta terça-feira (deve ocorrer amanhã)

2) Habilitação das concorrentes (sem um prazo definido)

3) Publicar Habilitação no Diário Oficial da Cidade e abrir a partir daí cinco dias para recurso

4) Se houver recurso, abrir mais cinco dias para contrarrecurso

5) Deliberações sobre eventuais recursos

Se não houver recurso, a comissão de licitação pode em 48 horas publicar sessão de abertura dos envelopes com as propostas comerciais (com base nas tarifas)

7) Publicação de ata da abertura dos envelopes comerciais

8) Fazer a habilitação das propostas comerciais (sem prazo)

9) Publicar no Diário Oficial e abrir cinco dias para eventuais recursos

10) Se houver recursos, mais cinco dias para contrarrecursos

11) Publicar deliberações sobre os recursos e contrarrecursos

12) Secretário de Transportes analisa toda documentação para a homologação dos contratos

13) A partir da assinatura dos contratos, as empresas terão 120 dias para operar de acordo com o que determinam os editais

GRUPOS ESTÃO HÁ MAIS DE MEIO SÉCULO NO SISTEMA:

Alguns grupos empresariais que participam da licitação para os contratos de 20 anos já estão há mais de 50 anos nos transportes da cidade.

Entre o final dos anos 1950 e início dos anos 1960, o português José Ruas Vaz deixou sua padaria para se dedicar ao setor.

As empresas São Luís e Campo Belo estão entre as primeiras. Hoje, Ruas está entre os maiores empresários da cidade.

Outro empresário que cresceu no setor a partir da mesma época é Belarmino de Ascenção Marta. Também português e do ramo de padaria, Belarmino teve como uma das primeiras empresas a Brasil-Luxo, na zona Norte.

A família de Carlos Abreu, outra gigante do setor, está também pelo menos desde os anos 1970 atuando nos transportes da cidade. Se destacaram empresas como Penha-São Miguel, Jurema e São José.

Em comum, além de ajudarem a cidade a crescer com os transportes, abrindo em ruas de terra caminhos que depois se tornariam grandes eixos estruturantes, conseguiriam fazer fortuna com seus negócios.

Hoje, o grupo Ruas detém serviços em toda a cadeia de transportes: operação de ônibus urbanos, operação de ônibus rodoviários (Rápido Brasil e Ultra de São Paulo para o Litoral), fabricação de carrocerias de ônibus urbanos (Induscar Caio), fabricação de carrocerias rodoviárias (Busscar), financiamento de ônibus (Banco Luso Brasileiro), abrigos e paradas de ônibus (Otima) e participação junto com a CCR no controle da linha 4-Amarela e linha 5-Lilás do Metrô.

Já nas linhas locais de distribuição (ônibus dos bairros), as empresas surgiram de antigas cooperativas de lotação.

Ainda entre as empresas do grupo estrutural, estão outras famílias como a Gato Preto, que deve completar em 2027, 100 anos de atuação. A empresa pertence à família Gatti, tradicional do setor.

A família de Luís Augusto Saraiva, da Viação Santa Brígida, também está há décadas no segmento de transportes.

A Gatusa, outra empresa de origens históricas, da família Saad, também está há vários anos no sistema de São Paulo.

A Transkuba, da família Kuba, também atua há décadas na cidade, operando na zona Sudoeste.

Uma das empresas mais novas do subsistema estrutural na cidade é a MobiBrasil, da empresária Niege Chaves. A companhia entrou em 2008 no sistema, com a compra da empresa Paratodos, quando o nome foi trocado para Viação São Jorge e depois VIM – Viação Metropolitana, para só depois se tornar MobiBrasil.

A família, entretanto, é tradicional no setor em Pernambuco.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. anonimo disse:

    FORA IMPERIAL! Lixo!!!

    1. William de Jesus disse:

      Essa UP-Bus não seria a Imperial?

  2. Guido Alvarenga disse:

    podia informar as empresas do consórcio Transvida?

  3. jose carlos do espirito santo junior disse:

    Só essas empresas apresentaram proposta ou tem mais de fora da capital ?

    1. William de Jesus disse:

      Na matéria já ta escrito que não houve propostas de empresas de fora da cidade

  4. Henrique Ciraolo disse:

    “Mudaram as estações, nada mudou. Mas eu sei que alguma coisa aconteceu…” Por enquanto, Cássia Eller.

  5. Wiliam Miguel disse:

    Por ter apenas uma empresa listada em cada lote, significa que não houveram concorrentes para o lote listado?

  6. Jeferson disse:

    Sem novidades e nenhuma disputa

  7. José Carlos disse:

    TransVida? Ambiental e quem mais faz parte desse consórcio, RVTrans?

  8. Marcos disse:

    Pelo que eu vi ! Nenhuma empresa nova apresentou proposta! Tudo na mesma!

  9. William de Jesus disse:

    Adamo, não entendi duas coisas: Porque aparece a Gato Preto e o Consorcio Bandeirante de forma separada, sendo que a gato Preto já faz parte desse consórcio? E por que tem empresa participando de mais de um lote, como é o caso da Transwolff? Seria porque ela opera em duas áreas?

    1. William de Jesus disse:

      Complementando, essa “morte” da viação Campo Belo também é um tanto suspeita. O que dá a entender é que o grupo Ruas deixa de operar na atual área 7 (“deixa” no sentido de que terá apenas a VIP, a qual eles não tem total controle). Daí, do “nada” nasce um consórcio formado por Transpass, RVTrans e Ambiental Transportes.

      Nesse caso, pessoal, não entendi mais duas coisas: Grupo Ruas adquiriu a Transpass? A Ambiental Transportes continuará operando na atual área 4?

      1. Guido Alvarenga disse:

        a Gato Preto está no consórcio Bandeirante E.1 e AR.1, a gato Preto “separada” da Transppass vai operar o AR.8 sozinha.

      2. JOSE LUIZ VILLAR COEDO disse:

        A MUITO TRADICIONAL GATO PRETO OPERA TBM NA ATUAL ÁREA 08 – CONS. SUDOESTE – COR LARANJA – LOTE 82 , E NA AREA 1 … INTEGRA COM A MUITO
        TRADICIONAL TMB… SANTA BRIGIDA O CONS . BANDEIRANTE – COR VERDE CLARO – LOTE 12 Aliás … o que a SANTA BRIGIDA AINDA FAZ COM LINHAS COMO A 9653/10??? PEDRA BRANCA É MANDAQUI! É ÁREA 02! E A SAMBAIBA AINDA OPERA LINHAS DA ÁREA 1 e 3…as Linhas 971C, M, R, D, V… AS LINHAS 971A/10 E 971T/10 SAO ÁREA DELA…02 . AÍ SIM! A LINHA 271A/10 E 271P/10 E 278A NÃO DEVERIAM SER DO CONS. PLUS ??! (Considerem os Atendimentos diversos das linhas citadas… tmb)

  10. Venancio disse:

    Aparentemente nenhuma nova proposta, então nada será mudado a não ser número de linha e alguns trajetos.

  11. JOSE LUIZ VILLAR COEDO disse:

    Espero que as Linhas da Area 4 criadas ACERTADAMENTE na tmb desastrosa gestão PTRALHA Haddad que ligam os Terminais Urbanos da SPTrans Cidade Tiradentes, Vila Carrao e da EMTU – São Matheus … de forma rapida ao Centro da Cidade e algumas estações da Linha 03 Vermelha do Metrô … não caíam nas mãos das tais “ex Cooperativas ” ! O Grupo Ruas… apesar de seus defeitos AS vem operando bem ! Eu moro na Zona Norte Jaçanã … pego um.onibus are o Metro Belem e costumo a ir ao Shopping Metrô Itaquera de Ônibus e ao SESC Itaquera e Shopping Aricanduva … de Ônibus também e vou e volto de boas com eles a partir da Radial Leste – Metrô Belém Term. Urbano Sul ! A maioria… Articulados e Pedrons motor traseiro e tal… não estraguem tudo ! Prefeitura/ SMT/ SPTrans…! Deixem o Cons. Plus ai !

  12. JOSE LUIZ VILLAR COEDO disse:

    ESPERO QUE A SAMBAIBA ABRA MAO DAS LINHAS CURTAS… EX: 1765/10 e as deixe para a NorteBuss ! Que adianta operar a Linha mal e porcamente ???! Eu hein… um dia tem ônibus suficientes nelas outro dia não… aí fica difícil!

  13. JOSE LUIZ VILLAR COEDO disse:

    A Prefeitura através da SMT/SPTrans JÁ pode agora começar a implementar algumas mudanças “externas” por exemplo : Padronização Visual de veículos que ainda tem uns dois anos por exemplo pra rodarem no Sistema após a Licitação toda.. Padronização Numérica das Linhas conforme a Área de onde se origina e seu tipo … Mudança de Denominação – Nome da Linha conforme o TP/TS da mesma … essas coisas simples! Pra que não aconteça aquela MERDAIADA que a DESASTROSA E ATABALHOADA GESTÃO MARTA SUPLUCY FEZ NO DIA 17/05/2.003 – SÁBADO – DIA EM QUE SE INICIOU ESSE CONTURBADO “SISTEMA INTERLIGADO DE TRANSPORTE MUNICIPAL ” E até uns dias antes… do qual muita gente nem se lembra mais disso… desse nome “chic” mas que na verdade triste e dura… maquiou uma série de cagadas e equívocos e muita roubalheira e desordem! Ainda me lembro dos panfletos / folders distribuídos nos Terminais da SPTrans, EMTU, Metrô e CPTM… MISERICÓRDIA! UM DESMENTIA O OUTRO E A CONFUSÃO REINAVA EM SP/SP! Um dizia que uma Linha operava… outro dizia que a Linha…a mesma! Fora CANCELADA naquela mesma data! Ave Maria !!! Que bagunça kkkkkkk! Foi o que aconteceu com a LOTAÇÃO 2L27 – VILA NOVA CAROLINA(VILA NILO…JAÇANÃ ) / METRÔ TUCURUVI – Fui trabalhar… as 05:00 da Manha … achando que teria Ônibus na ida e volta na porta de casa … e quando volto as 15:00hs. Daquele Sábado..17/05/2.003 … NADA !!!! SÓ a 107T/10 – JAÇANÃ ( JD. CABUÇU ) / CID. UNIVERSITÁRIA – na época – passando aqui SÓ na volta e com mais de uma hora de intervalo após as 18:00 hs …. kkkkkkkkkkkkkkkk hj temos a 1765/10 – ressuscitada pelo Kassab em Julho de 2.008 pois a 107T/10 FOI DEVIDAMENTE SECCIONADA NO METRÔ TUCURUVI – ANTIGO TP DO TEMPO EM QUE ERA DO SISTEMA DOS TROLEIBUS! ERA UMA ÓTIMA LINHA… MAS A TRANSCOOPER 2 NÃO QUIS, A COOPER FÊNIX 2 TBM NAO E A SAMBAIBA MENOS AINDA… DAVA MUITA $$$$$…

  14. André Rodrigues disse:

    A área 4 do jeito que está, tá bom porém faz falta algumas linhas retiradas na gestão Haddad. Mas o que eu venho percebendo que a Exprees vem investindo e muito, porém a vip deixando a desejar na parte de investimentos.
    O que e tenho percebido é que eles retiram os carros velhos das linhas que eles tem preferência e os colocam nas linhas da área 4, porque até hoje não vi nenhum carro nas linhas de São Mateus e Cidade Tiradentes com ar condicionado, houve uma grande melhora na frota isso não podemos negar com a entrada de super articulados, mas na modernização está deixando a desejar e linhas de longa distância carros de linhas curtas pequenos e antigos como o Caio Série Millennium II nas linhas 4210 – 10 Cidade Tiradentes – Terminal Parque dom Pedro II e 4311 – 10 Terminal São Mateus – Terminal Parque dom Pedro II.
    Enfim espero que com essa nova licitação as coisas melhorem porque na area 4, só houve sofrimento com restos de outras empresas desde a saída da Fioravante, as sucessoras só traziam carros velhos de outras empresas.
    E para melhorar um pouco mais deveria retirar de circulação as entre aspas empresas vindas de cooperativas, porque só tem carro velhos e nenhum respeito para com os passageiros no lenga lenga do trajeto, salvo a Transunião que vem renovando e investindo em frota nova.
    E a imperial que todas as linhas que eu conheço não tem um carro novo se quer, vai assumir linhas na nova licitação?
    Ferrou sorte ou azar dos passageiros que utilizam as linhas dessa empresa.

    1. Venancio disse:

      Eu não sei como ficou a região da cidade Tiradentes após 2007, mas desde 1992 que mudei para lá, a VCT segurou a região, pois tirando a masterbus que tinham ônibus articulados e novos, a VCT segurou a 3539/10 com articulados, a 309T com os alphas volvo e alguns articulados em horário de pico. Pois nesta época linhas como a vila mara, Vila Nova curuca e jd sao paulo, que sempre estavam lotadas nem sonhavam com articulados. Salvo na época da finada CMTC.

  15. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa noite.

    Ler toda a documentação contida nestes envelopes será uma tarefa completamente indigesta.

    Nada vai melhorar; sabem por que ?

    Porque a fiscalizadora continuará a mesma; portanto …

    As únicas mudanças serão novos prefixos e novas empresas e após uns 6 meses mais ou menos; será feito o rearranjo; como sempre foi feito.

    “Tudo como dantes, no quartel de Abrantes”

    Ahhhhhhhhhh não esqueçam que as novas linhas terão até 3 anos para ser implantadas.

    Ooooooooooooo lerdeza.

    MUDA BARSIL, ACELERA SAMPA.

    Att,

    Paulo Gil

  16. Venancio disse:

    Estou olhando os lotes estruturais e não estou achando os mapas da e6, e7 e e8. Apenas da e1 até a e5 que é os trolebus.

  17. Fiscalizam disse:

    Do salário dos motoristas. Das couperativas que. São sugados. Na jornada de trabalho sem As devida fiscalisacao, somos sugados. Com jordas de ,dez,a quatorze horas de trabalho,o mais agravante e que não. Recebemos horas extras. Quando no contrato de trabalho está escrito. Que a jornada de trabalho e de. Sete horas e vinte. E preciso. Com. Urgência. Uma auditoria com ficais quê não se venda. pois como Tao ato, e covarde, passa despercebidos diante dos olhos de nossas autoridades,

  18. Rodrigo Zika! disse:

    Cartas marcadas, vergonha.

  19. Maurício disse:

    Eu queira saber se com a licitação as antigas cooperativas irão se adequar em termos de salários e benefícios aos seus funcionários como as empresas de grande porte pois nem sindicato temos , aliás não os conhecemos .

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