Gestão Bruno Covas fecha 2018 devendo R$ 160 milhões para as empresas de ônibus por repasses de subsídios não realizados
Publicado em: 27 de dezembro de 2018

SPTrans diz que juntamente com secretarias negocia com viações e que ainda está pagando dívidas da gestão Haddad
ADAMO BAZANI
A gestão do prefeito Bruno Covas vai encerrar o ano de 2018 com uma dívida de aproximadamente R$ 160 milhões com as empresas de ônibus de São Paulo por causa de subsídios que deveriam ter sido repassados ao sistema, mas que acabaram não sendo depositados porque o dinheiro para estas complementações tarifárias não deu.
Os dados estão no “Fluxo de Caixa do Sistema” da SPTrans – São Paulo Transporte, gerenciadora da prefeitura.
De acordo com o relatório publicado nesta quarta-feira, 26 de dezembro de 2018, até o dia 14 dezembro, os débitos da prefeitura de São Paulo com as viações era de R$ 131 milhões (R$ 131.081.686,06).
Levando em conta o perfil de custo mensal do sistema de transportes da cidade de São Paulo até o dia 31, este valor deve se aproximar dos R$ 160 milhões.
Como mostrou o Diário do Transporte, em setembro deste ano acabou toda a verba de R$ 2,1 bilhões reservada para 2018 para subsidiar as gratuidades e integrações nos ônibus da capital. Desde então, segundo a SPTrans, tiveram de ser remanejados de outras áreas, R$ 915,9 milhões.
Em nota ao Diário do Transporte, a gestora informou que os subsídios neste ano devem se aproximar de R$ 3 bilhões e que foram pagos mais de R$ 300 milhões referentes a subsídios que ainda não haviam sido repassados em 2016, ainda na gestão de Fernando Haddad frente à prefeitura.
A SPTrans ainda diz que juntamente com as secretarias municipais de Mobilidade Transportes e da Fazenda negocia com as empresas de ônibus como vai pagar o valor de subsídios que não for repassado referente a 2018.
“A SPTrans informa que o valor aprovado na dotação orçamentária “Compensações Tarifárias do Sistema de Ônibus” pela Lei Orçamentária para o ano de 2018 foi de R$ 2,1 bilhões. No entanto, ao longo do ano esse valor foi suplementado em R$ 915,9 milhões, totalizando R$ 3 bilhões. Além disso, foram empenhados R$ 302,3 milhões referentes a saldo não quitado em 2016.
A SPTrans está trabalhando junto com as secretarias municipais de Mobilidade Transportes e da Fazenda na negociação de pagamentos às operadoras. Ainda não há definição para assinatura de acordo para pagamento de valores referentes a 2018.
É importante destacar que as compensações tarifárias constituem uma importante política pública de inclusão, por meio das quais garante-se gratuidade total ou parcial da passagem para idosos, estudantes e pessoas em situação de vulnerabilidade.
Em nota, o SPUrbanuss, que é o sindicato que representa as empresas que operam o subsistema estrutural (ônibus maiores que passam pela região central), confirmou também ao Diário do Transporte que têm sido realizadas negociações com a prefeitura a respeito do tema.
“As empresas que operam o transporte coletivo na cidade de São Paulo estão mantendo conversas com a Prefeitura de São Paulo, empenhadas em continuar prestando o melhor serviço aos seus clientes, os passageiros dos ônibus urbanos”.
Não há uma entidade que represente as empresas do subsistema local (ex-cooperativas), mas algumas delas confirmaram o débito e afirmaram que também acompanham as negociações.
Pelo que o Diário do Transporte apurou, uma das propostas contempla o pagamento parcelado deste débito que deve chegar a R$ 160 milhões a partir do segundo semestre de 2019.
Os subsídios ao sistema de transportes em 2019 devem ser de R$ 2,69 bilhões (R$ 2.695.055.172,00). A prefeitura estima que os custos ficarão de novo em torno de R$ 3 bilhões e, no projeto original, previa um valor de R$ 2,9 bilhões.
Mas os vereadores criaram emendas ao projeto do executivo reduzindo o valor das complementações tarifárias.
Assim, se mantidas as previsões de custos, serão necessários de novo remanejamentos de outras áreas para cobrir os custos com as gratuidades e integrações, mesmo que em menores proporções do que ocorreu entre 2016 e 2018.
O Orçamento foi aprovado nesta quarta-feira, 26 de dezembro de 2018, pelos vereadores depois de uma sessão tumultuada por causa do projeto de reforma da previdência municipal e segue agora para sanção ou veto do prefeito Bruno Covas.
Relembre:
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Indignação total em saber que você acorda cedo sai de casa ainda no escuro se arriscando pois não se tem segurança, chega na garagem pega seu veículo de trabalho, sai pra rua é xingado e humilhado pelo público enfrente o estresse do trânsito retorna tarde para sua casa para ter seu devido descanço e quando chega o dia de pagamento o dia so seu vale o dia do seu 13° você não recebe, pois a prefeitura não repassou o dinheiro para a empresa e a empresa não tem condições de fazer seu pagamento. Passar o mês de Dezembro inteiro sem receber 1 real passar o natal comendo pão e mortadela pois não tem dinheiro para comprar uma ceia pra sua família e passar o final de ano dentro de casa com vergonha de sair pra rua pois não recebeu seu dinheiro para comprar uma roupa para você e para sua família. POIS É ISSO É SER MOTORISTA DE ÔNIBUS EM DIA.
Fico indignada com essa safadeza , meu esposo trabalha em garagem de onibus e conta com o pagamento dele como vocês que tão aí cheio de dinheiro no bolso , só que oque muda e que ele depende de vocês para receber .
Vocês sabia que uma boa parte da polupopul vive de moradia de aluguel e nos somos umas dessas pessoas .
Temos filhos , precisamos de alimentos , nossos filhos precisam calçar , vestir, e oque vocês fazem deixa um trabalhador pai de família sem salário sem adiantamento sem 13 salário por conta da estupidez de vocês 😣 isso e uma vergonha passarmos o natal sem uma ceia para nossa família , chegando o fim do mês e as coisas faltando em casa isso e uma vergonha .
Engraçado dinheiro de vocês não falta né porque o nosso tem que faltar .
Precisamos chegar ao ponto de se humilhar para algo acontecer .
Tenho nojo de gente assim baixa como as pessoas que pegam nesse dinheiro .
Primeiramente onre os funcionários pois e por conta deles que os ônibus tão rodando de motorista até o trocador de vidros .