Fracassada licitação para escolher empresa privada que faria manutenção de trens do monotrilho da linha 15-Prata

De acordo com ata da sessão de concorrência, todos os preços foram considerados como “Não Aceitáveis”; Em torno de 22% da frota do sistema estão sem operar por problemas técnicos, avarias e batidas

ADAMO BAZANI

Foi considerada “fracassada” a licitação da Companhia do Metropolitano para escolher uma empresa privada que faria a manutenção dos trens do monotrilho da linha 15-Prata.

De acordo com a ata da sessão da concorrência, de 17 de outubro de 2023, a licitação foi fracassada porque todos os preços foram considerados como “Não Aceitáveis”

Como tem mostrado Diário do Transporte, a frota do monotrilho está desfalcada.

Em março, o Metrô admitiu que dos 27 trens, seis composições, ou 22%, estavam fora de serviço.

Funcionários, entretanto, ouvidos pela reportagem em condição de anonimato, disseram na ocasião que são oito composições, ou 30%, que estão sem operar porque o Metrô não conta os trens que bateram em 2019 (M22 e M23) e ainda estariam encostados, segundo eles.

A falta de trens do monotrilho chega por várias vezes a impactar os serviços da linha 2-Verde do Metrô de alta capacidade. Isso porque, em Vila Prudente, na zona Leste de São Paulo, as duas linhas são integradas. O metrô tem de reduzir a velocidade por causa monotrilho para não dar problemas na transferência de passageiros.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2023/03/31/metro-admite-que-linha-15-de-monotrilho-tem-22-dos-trens-inoperantes-houve-impacto-na-linha-2/

Chegaram a apresentar propostas as empresas Threeng Manutenção e Serviços com o valor de R$ 39,33 milhões (R$ 39.338.371,25) e a Temoinsa do Brasil Ltda, que ofereceu os serviços por R$ 80,5 milhões, após negociação, porque a proposta inicial foi de R$ 150 milhões.

O principal critério para definir uma empresa vencedora é o menor preço oferecido.

O Metrô deve relançar a licitação.

O objeto da licitação prestação de serviços técnicos de manutenção do material rodante (trens) da linha 15 – Prata de monotrilho.

Os trabalhos devem ser realizados no período noturno das 21h às 05h.

O prazo do contrato é de e 29 (vinte e nove) meses a partir da data de assinatura.

A empresa vencedora deve seguir os planos de manutenção dos trens conforme as especificações da fabricante e, se houver atraso na entrega das composições, o Metrô previu no edital multas.

HISTÓRICO DE PROBLEMAS DO MONOTRILHO

(ADAMO BAZANI)

O monotrilho da linha 15-Prata coleciona uma série de problemas, além do atraso na conclusão das obras, que deveriam ter sido entregues em 2014, ainda para a Copa do Mundo.

28 de setembro de 2023: Parem o trem que o pneu furou. A frase pode parecer estranha, mas ocorreu. Passageiros em redes sociais relataram na manhã desta quinta-feira, 28 de setembro de 2023, que um trem do monotrilho, teve de ser recolhido por causa de um “pneu furado” na linha 15-Prata, na zona Leste de São Paulo. Este tipo de veículo que é de menor capacidade que o metrô ou trem metropolitano conta com pneus nas rodas e guias laterais. Os usuários relataram que precisaram ser desembarcados na estação Jardim Planalto e o trem teve de ser recolhido causando transtornos à circulação. A Companhia do Metropolitano confirma que houve esvaziamento de um dos pneus e a recolhida do trem.A Linha 15-Prata opera normalmente neste momento. Um trem precisou ser esvaziado e recolhido na estação Vila Tolstoi, sentido Vila Prudente, após sinalização de que um dos 84 pneus da composição apresentou esvaziamento. A ocorrência durou dois minutos, das 7h32 às 7h34.

14 de setembro de 2023: Novamente, o metrô da linha 2-Verde é prejudicado por causa de restrições da linha 15-Prata, que é um monotrilho, meio de transporte de menor capacidade.

Logo depois de 18h desta quinta-feira, 14 de setembro de 2023, as operações passaram a ser com velocidade reduzida e maior tempo de parada na linha 2 por causa, segundo o aplicativo oficial da Companhia do Metropolitano, devido a “necessidades operacionais” da linha 15.

Por meio de nota ao Diário do Transporte, o Metrô diz que a medida é para controle de segurança.

Para garantir a segurança dos passageiros que vão embarcar na Linha 15-Prata, o Metrô impôs restrição de velocidade na Linha 2-Verde para controle da alta demanda.

Como tem mostrado o Diário do Transporte, por várias vezes neste ano, bem no horário de pico da tarde/noite, a linha 2 é prejudicada pelo monotrilho.

A linha 15 está com uma frota total menor, com cerca de 22% menos trens, com composições encostadas para conserto, dentre as quais, quatro que bateram entre si, duas em janeiro de 2019 e duas em março de 2023.

Nesta segunda-feira, 11 de setembro de 2023, mais uma vez uma parte de roda de um dos trens de monotrilho da linha 15-Prata se soltou com a composição em movimento.

Este meio de transporte de baixa a média capacidade em comparação com um metrô de fato tem colecionado uma série de problemas, muitos dos quais chegaram a deixar a população em dúvida sobre a segurança deste tipo de sistema de transporte.

Um pneu guia de uma composição se soltou na tarde e caiu da rede de proteção entre as estações Jardim Planalto e Sapopemba.

O caso aconteceu em região próxima de onde em, 27 de fevereiro de 2020, a parte interna da roda da composição M20 do monotrilho, chamada runflat, após um estouro, voou na Avenida Professor Luís Inácio de Anhaia Melo, quase atingindo uma loja. Ninguém se feriu na ocasião, mas um trecho teve de ser interrompido.

11 de setembro de 2023:

Mais uma vez uma parte de roda de um dos trens de monotrilho da linha 15-Prata se soltou com a composição em movimento.

Este meio de transporte de baixa a média capacidade em comparação com um metrô de fato tem colecionado uma série de problemas, muitos dos quais chegaram a deixar a população em dúvida sobre a segurança deste tipo de sistema de transporte.

Em 11 de setembro de 2023, um pneu guia de uma composição se soltou na tarde e caiu da rede de proteção entre as estações Jardim Planalto e Sapopemba.

O caso aconteceu em região próxima de onde em, 27 de fevereiro de 2020, a parte interna da roda da composição M20 do monotrilho, chamada runflat, após um estouro, voou na Avenida Professor Luís Inácio de Anhaia Melo, quase atingindo uma loja. Ninguém se feriu na ocasião, mas um trecho teve de ser interrompido.

07 e 08 de agosto de 2023: A linha 15-Prata de monotrilho voltou a apresentar problemas para o passageiro no início das operações desta terça-feira, 08 de agosto de 2023.

De acordo com os canais oficiais da Companhia do Metropolitano, a linha chegou a ficar parada por nove minutos, entre 4h45 e 4h54, por falha em sinalização.

Este sistema de menor capacidade que o metrô tem apresentado diversas falhas, está com frota desfalcada e nesta segunda-feira (07), de novo prejudicou a linha 2 no pico da tarde.

Ontem, foram ao menos quatro falhas: às 6h24 por pane em trem em São Mateus, às 09h17 também por pane em trem em São Mateus, às 9h39 ocorreu mais uma falha em trem em São Mateus e 16h12 por falha em trem em Sapopemba.

Nesta segunda-feira (07), entre 18h02 e 19h31, os trens da Linha 2 – Verde de metrô de alta capacidade circularam com velocidade reduzida e maior tempo de parada devido a restrições operacionais da Linha 15 – Prata.

Com quatro trens batidos e outros quebrados, sem peça de reposição, a frota do monotrilho está desfalcada em 22% ao menos. Pelo fato de o monotrilho da linha 15 ser integrado ao metrô da linha 2 em Vila Prudente, estas falhas têm prejudicado o meio de transporte de maior capacidade.

Por causa do monotrilho, para não dar tumulto de passageiros na transferência em Vila Prudente, a linha 2 de metrô precisa também reduzir a velocidade.

10 de julho de 2023: Às 13h, o Metrô de São Paulo interrompe um trecho do monotrilho da linha 15-Prata, na zona Leste. Foram acionados 20 ônibus da Operação PAESE entre as estações Vila Prudente e Vila União. O problema que começou às 8h24, só foi resolivo sesis horas depois

A Linha 15-Prata do Metrô funcionará parcialmente entre as estações Vila União e Jardim Colonial, a partir das 13h desta segunda-feira (10), para atuação da equipe de manutenção em um aparelho de mudança de via localizado entre as estações Vila Prudente e Oratório. Por segurança, será necessário desenergizar um trecho da via.

Para atendimento aos passageiros, vinte ônibus articulados do sistema PAESE circularão entre as estações Vila Prudente e Vila União, ininterruptamente, até a reabertura do trecho, prevista para às 16h. Já no trecho entre as estações Vila União e Jardim Colonial a circulação dos trens ocorrerá com velocidade reduzida e maior tempo de parada.

Desde às 8h24 de hoje, o equipamento provoca interferência nas manobras dos trens nesta região, sendo necessária a operação em via singela (por uma única via) entre as estações Vila Prudente e Oratório. O Metrô lamenta os transtornos e informa que está orientando os passageiros por meio do sistema de som das estações, cartazes e mensagens nas redes sociais oficiais da Companhia

As dificuldades para quem depende do monotrilho de São Paulo se arrastam desde logo depois de 8h20 desta segunda-feira, 10 de julho de 2023.

Por causa de uma falha em equipamento de via às 8h24, os trens seguem em via única, revezando os sentidos, estações Vila Prudente e Oratório.

Por volta de 11h30, a Companhia do Metropolitano informou que estuda a “implantação plano de contingência para desenergização e atuação da manutenção”.

A linha 15-Prata de monotrilho é uma das ligações por trilhos que mais apresentam falhas em São Paulo e é alvo de investigações do Ministério Público que apura acidentes e quedas de pedações de vigas nas avenidas embaixo.  A linha também é interrompida quase todo o fim de semana para manutenção, como ocorreu neste.

Em todo o sábado (08) e até pouco antes de domingo (09), o monotrilho não operou entre as estações Vila União e Vila Prudente, na zona Leste de São Paulo para manutenção de um aparelho de mudança de via.

O serviço foi feito por ônibus da Operação PAESE (Plano de Atendimento entre Empresas em Situação de Emergência) para o trecho.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2023/07/09/video-monotrilho-da-linha-15-permanece-com-tem-trecho-interditado-ate-18h-deste-domingo-09/

10 de maio de 2023: Mais uma vez, as restrições operacionais relacionadas à frota menor em operação do monotrilho da linha 15-Prata, meio de transporte de média capacidade, afeta a linha 2-Verde de metrô, sistema de alta capacidade. Por volta de 17h30 desta quarta-feira, 10 de maio de 2023, a linha 2-Verde passou a operar com velocidade reduzida e maior tempo de parada por causa deste problema do monotrilho. A própria Companhia do Metropolitano admite que 22% da frota de monotrilho está inativa por batidas e problemas de manutenção. O Sindicato dos Metroviários diz que se considerar os trens que bateram em 2019 e trens aguardando peças que estão em faltam este percentual sobe para até 40%.

Os casos têm sido reincidentes e são alvos de questionamentos na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) e de apurações do MPSP (Ministério Público de São Paulo).

04 de maio de 2023: Às 17h32, os canais oficiais do Metrô de São Paulo informavam que a linha 2-Verde passou a operar com velocidade reduzida e maior tempo de parada por causa de “restrições operacionais” da linha 15-Prata. Somente às 19h23, a situação se normalizou com os passageiros sentindo reflexos ainda. Isso tem ocorrido frequentemente desde março e atrapalha a vida dos usuários. Por causa de batidas e falta de peças de reposição para manutenção, têm faltado trens na linha 15-Prata. Oficialmente, o Metrô admite uma redução de 22% na frota. Funcionários dizem que se considerar os trens que bateram em 2019 e não voltaram a operar e composições com defeito, a defasagem de frota no monotrilho fica entre 30% e 40%.

02 de maio de 2023: Mais uma vez, por causa do monotrilho da linha 15-Prata, o metrô da linha 2-Verde registra velocidade reduzida em pleno horário de pico de volta para a casa.

De acordo com a Companhia do Metropolitano, o problema ocorre desde por volta de 18h15, quando o meio de transporte de maior capacidade passou a circular com velocidade reduzida e maior tempo de parada por causa de restrições operacionais do monotrilho. A normalização só ocorreu àas 20h15.  A situação tem se repetido. Já foram relatadas situações semelhantes ao menos em: 19 de abril de 2023https://diariodotransporte.com.br/2023/04/19/apos-duas-horas-com-problemas-por-causa-do-monotrilho-linha-2-verde-volta-a-funcionar-normalmente/ – 12 de abril de 2023: https://diariodotransporte.com.br/2023/04/12/linha-15-de-monotrilho-tem-falha-de-energia-e-afeta-linha-2-de-metro-em-sao-paulo-passageiros-relatam-estouro-e-faiscas/ – 30 de março de 2023: https://diariodotransporte.com.br/2023/03/30/problemas-na-linha-15-prata-de-monotrilho-afetam-operacao-da-linha-2-verde-nesta-quinta-30/ – 29 de março de 2023: https://diariodotransporte.com.br/2023/03/29/problemas-no-monotrilho-afetam-a-operacao-da-linha-2-verde-do-metro-nesta-quarta-feira-29/ – 16 de março de 2023: https://diariodotransporte.com.br/2023/03/16/trens-da-linha-15-prata-de-monotrilho-operam-com-maiores-intervalos-e-afetam-circulacao-da-2-verde-nesta-quinta-16/ –

19 de abril de 2023: O atendimento aos passageiros da Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo ocorreu com problemas desde o final de19 de abril de 2023.  Segundo a companhia, os trens circulam com velocidade reduzida e maior tempo de parada nas estações devido às restrições operacionais na Linha 15-Prata, do monotrilho. 
A reportagem do Diário do Transporte procurou o Metrô para obter mais informações. Em nota, o Metrô não explica quais são estas restrições operacionais, mas o problema tem sido recorrente. Restrições do monotrilho impedindo o funcionamento adequado do metrô na linha 2 são frequentes. No dia 30 de março de 2023, por exemplo, exatamente no horário de pico, como neste dia 19 de abril de 2023, a linha 2-Verde andou com velocidade reduzida porque o monotrilho está com 22% de frota inoperante. Na ocasião, por meio de nota, o Metrô de São Paulo admitiu que dos 27 trens, seis composições, ou 22%, estão fora de serviço. Funcionários, entretanto, ouvidos pela reportagem em condição de anonimato, dizem que são oito composições, ou 30%, que estão sem operar porque o Metrô não conta os trens que bateram em 2019 (M22 e M23) e ainda estariam encostados, segundo eles.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2023/03/31/metro-admite-que-linha-15-de-monotrilho-tem-22-dos-trens-inoperantes-houve-impacto-na-linha-2/

1º de abril de 2023: O início das operações do monotrilho da linha 15-Prata, ocorreu quase três horas depois do previsto, às 7h15 em vez de 4h40 por causa de um atraso no serviço de concretagem em vigas, segundo o Metrô, numa manutenção preventiva. Parecer do CAEx (Centro de Apoio à Execução), órgão de perícia do Ministério Público de São Paulo, divulgado em 30 de março de 2023, aponta que os reparos das vigas do monotrilho da linha 15-Prata de monotrilho, sistema de transporte de capacidade média, tem irregularidades que podem comprometer a segurança e a durabilidade dos locais afetados e mais, alguns reparos feitos pelo consórcio responsável pelas obras civis empregaram materiais inadequados.

31 de março de 2023: O Metrô de São Paulo, por meio de nota, admitiu que dos 27 trens, seis composições, ou 22%, estão fora de serviço.

A restrição operacional do último 30 na Linha 15-Prata foi decorrente da indisponibilidade momentânea de trens, que passavam pelo processo de verificação periódica de procedimentos do manual do fabricante. Esses trens foram liberados para a operação ainda na noite do mesmo dia. Dos 27 trens da frota que atende a essa linha, dois passarão pelo processo de correção – devido a recente colisão -, enquanto outros quatro aguardam o reparo de peças de reposição em garantia.

Funcionários, entretanto, ouvidos pela reportagem em condição de anonimato, dizem que são oito composições, ou 30%, que estão sem operar porque o Metrô não conta os trens que bateram em 2019 (M22 e M23) e ainda estariam encostados, segundo eles.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2023/03/31/metro-admite-que-linha-15-de-monotrilho-tem-22-dos-trens-inoperantes-houve-impacto-na-linha-2/

30 de março de 2023: Por causa de redução de frota da linha 15-Prata de monotrilho, a linha 2-Verde, que é metrô, teve de circular com velocidade reduzida. Segundo a Companhia do Metropolitano, bem no horário de pico entre 17h59 e 19h26, a medida foi  “para reduzir a chegada simultânea de passageiros na conexão com a Linha 15-Prata, que está com intervalo de circulação entre trens maior, decorrente do atraso dos trens que se encontram em manutenção programada”. Segundo a própria estatal, em resposta ao Diário do Transporte, seis de 27 trens estavam inoperantes, quatro aguardando peças de reposição e dois que bateram em 8 de março de 2023, o que representa 22% dos trens. Funcionários dizem que são na verdade outo trens inativos porque o Metrô não colocou na conta dois trens de monotrilho que bateram em 2019, as composições M22 e M23, que três anos depois, não teriam voltado.

08 de março de 2023: Dois trens do monotrilho bateram nas imediações da estação Sapopemba, na zona Leste de São Paulo. De acordo com informações do local, as composições estavam sem passageiros, mas por causa do acidente, não há operação entre as estações Vila União e Jardim Colonial da linha 15-Prata nesta quarta-feira, 08 de março de 2023. Ônibus da Operação PAESE (Plano de Atendimento entre Empresas em Situação de Emergência) foram acionados para o trecho. O Diário do Transporte procurou o Metrô que disse que vai investigar e que acionou ônibus da PAESE Metroviários dizem que um dos operadores que monitorava um dos trens ficou ferido no ombro. Depois o Metrô confirmou. A Avenida Sapopemba teve de ser interditada e 25 linhas de ônibus da região foram desviadas. A linha só voltou a operar às 6h00 do dia 09

07 de fevereiro de 2023: O monotrilho da linha 15-Prata, na zona Leste, foi paralisado pouco antes das 6h00. E de novo por causa de falha no sistema de controle de trens. Foram acionados cerca de 40 ônibus articulados da Operação PAESE (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência). A linha já começou a operação comercial lenta. Só às 07h10, a linha voltou gradativamente.

20 de janeiro de 2023: Duas grandes paralisações ao longo do dia por falha de sistema de controle

11 de janeiro de 2023: Um pedaço de concreto em uma das vigas deslocou entre as estações Vila Prudente e Oratório, causando a interrupção do trecho entre as estações Vila Prudente e Vila União. Desde o início das operações, às 4h40, o meio de transporte funcionou com restrições, sendo liberado integralmente às 16h15.

28 de setembro de 2022: Falhas de acabamento nas estações São Mateus, Vila União, Sapopemba e Fazenda da Juta preocupam passageiros. Metrô diz que não configuram problemas, mas técnicos levantam a possibilidade de falhas no processo de construção.

22 de setembro de 2022: Um pedaço de concreto da viga do monotrilho entre as estações Oratório e São Lucas caiu na ciclovia da Avenida Professor Luís Inácio de Anhaia Mello. O Metrô de São Paulo alegou que se tratava de um serviço de manutenção que tirou “excesso de cimento” da viga, mas pelo fato de a falha representar um desalinhamento das bordas da estrutura, especialistas contestaram o argumento da companhia.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2022/09/26/ouca-e-nitido-que-caiu-pedaco-e-nao-era-excesso-de-cimento-dizem-especialistas-sobre-viga-de-monotrilho-de-sp-ha-riscos/

27 de fevereiro de 2020: Um jogo de pneus da composição M20 estourou no dia 27 de fevereiro de 2020, uma quinta-feira. O Metrô paralisou a linha no dia 29 de fevereiro de 2020 (ano bissexto). O motivo foi o estouro de uma peça interna na roda, chamada runflat, que inclusive caiu na Avenida professor Luís Inácio de Anhaia Melo. O sistema voltou a funcionar em 01º de junho de 2020 entre Vila Prudente e Jardim Planalto e no dia 18 de junho de 2020, foi reaberto o trecho restante, de Jardim Planalto a São Mateus. De início, o Metrô não falou a verdade à população e tinha informado que a suspensão ocorreria somente naquele fim de semana por causa de testes no sistema de sinalização. Até então a população não tinha sido comunicada de forma transparente dos problemas com o trem da Bombardier. O pneu estourou numa quinta-feira e só no domingo a população soube e não de maneira pró-ativa pelo Metrô. É que não deu para esconder mesmo. A Companhia do Metrô teve de vir à público no domingo falar a verdade depois do vazamento da informação real. Na ocasião, a companhia de Metrô então divulgou nota dizendo que havia “a incidência de danos em outros pneus dos trens do monotrilho”, suspendendo assim as operações por tempo indeterminado. O Metrô disse que cobrou da “Bombardier e do Consórcio CEML – que construiu a via – providências urgentes para a identificação da causa da ocorrência, a sua correção e que eles arquem com todos os prejuízos decorrentes desta paralisação junto ao Metrô de São Paulo”.  A Bombardier disse, por sua vez, que recomendou a paralisação de toda a linha por excesso de cautela para as análises, o que também não era a verdade integral. Não foi excesso de cautela,mas necessidade.  Mas a falta de transparência sobre o que ocorreu com o monotrilho da linha 15-Prata não parou por aí. O contribuinte não sabia do mais grave. Não foi um “mero” estouro de pneu. O que ocorreu de verdade é que uma peça de grandes dimensões do pneu de monotrilho que estourou caiu em Avenida na zona Leste e quase atingiu loja. Algo muito mais grave. Mas isso só veio à tona depois de o Diário do Transporte trazer em primeira mão as imagens da peça interna da roda.

Assim, a transparência sobre o fato não ocorreu de forma plena, com a sociedade tendo de contar com a imprensa. Veja o cronograma:. Na quinta-feira (27 de fevereiro o pneu estoura). No sábado (29 de fevereiro), o monotrilho para sob o pretexto de testes de sinalização. Depois de vazar a informação, no domingo (01º de março de 2020), o Metrô é obrigado a admitir o que ocorreu. E somente na segunda-feira (02 de março de 2020), a população soube que a peça voou para a avenida porque o Diário do Transporte revelou.

Ônibus atenderam aos passageiros do monotrilho. Depois de 94 dias sem servir à população, a linha voltou às 17h00 de 01º de junho de 2020, somente no trecho entre Vila Prudente e Jardim Oratório.

A estimativa foi de prejuízos diários ao Estado de São Paulo foi de R$ 1 milhão, entre perda de receita e custo com os ônibus da operação PAESE, levando em conta a frota de antes do início da pandemia da Covid-19.

No dia 03 de março de 2020, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, em entrevista coletiva, reiterou que sempre se mostrou contrário à escolha de monotrilho para São Paulo. A entidade trabalhista disse que estuda acionar juridicamente os responsáveis pela implantação do monotrilho no sistema.

“O monotrilho é uma aventura mal planejada para esta demanda. Além da escolha do modal, não concordamos com o modelo de licitação do Metrô. O Estado compra produtos e não tecnologia. Não se pode fazer nada. Até para apurar um problema como este do estouro do pneu, não dá nem pra investigar de forma autônoma. Sempre tem de depender do fornecedor”, disse o coordenador-geral do Sindicato dos Metroviários, Wagner Fajardo.

Também diretor do sindicato, Altino dos Prazeres afirmou que umas das recomendações da entidade é que, mesmo com impactos para os passageiros, por segurança, a velocidade das composições na operação comercial deve ser reduzida.

“Essa ligação tinha de ser metrô, sempre defendemos isso. Mas agora não tem como demolir as vigas, é necessário respeitar as limitações do monotrilho. Não pode circular com alto carregamento e velocidade nas condições atuais. Não temos garantia que todos os problemas da linha 15 serão sanados“, disse.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2020/03/03/sindicato-dos-metroviarios-estuda-processar-responsaveis-por-implantacao-de-monotrilho/

A reportagem também mostrou que nesta quarta-feira, 04 de março de 2020, um grupo de deputados entrou com um requerimento na Alesp – Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo para que seja aberta uma CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito com o objetivo de apurar se realmente o monotrilho para a demanda e extensão da linha 15 é um meio de transporte seguro e os motivos de ocorrerem sucessivas falhas no sistema.

“Em 2020, a Linha 15-Prata lidera o ranking de problemas. Em 28 dias de operação em janeiro, ela teve operação normal em somente 76,4% do tempo, ou seja, a cada quatro horas de funcionamento, uma foi atípica.” – diz parte do requerimento.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2020/03/05/cpi-do-monotrilho-e-pedida-por-deputados-modal-fara-testes-amanha-sem-previsao-de-retorno/

O secretário dos Transportes Metropolitanos Alexandre Baldy disse no dia 06 de março de 2020 que o consórcio que implantou e forneceu os trens de baixa/média capacidade do monotrilho vai ser responsabilizado e terá de ressarcir o Estado pelos custos com a Operação PAESE – Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência, pela mobilização de técnicos próprios e pelos lucros cessantes, ou seja, o que a linha 15-Prata deixou de arrecadar por causa do monotrilho parado, o que é previsto em lei.

O consórcio CEML é formado pela fabricante de trens e tecnologia Bombardier e as construtoras Queiroz Galvão e OAS.

O prejuízo estimado foi de R$ 1 milhão por dia parado.

Baldy também anunciou a ida de representantes do Governo do Estado de São Paulo para Brasília recomendar a órgãos federais o impedimento das participantes do consórcio de participar de contratos com o poder público.

O monotrilho da linha 15-Prata, na zona Leste, não voltou a operar, mesmo que parcialmente, no início da manhã da segunda-feira, 23 de março de 2020, conforme prometido pela Companhia do Metrô.

Os passageiros do monotrilho continuaram contanto com ônibus para fazer os deslocamentos entre Vila Prudente e São Mateus.

Na sexta-feira anterior, o Metrô de São Paulo havia respondido ao Diário do Transporte que domingo daria uma definição sobre o funcionamento parcial da ligação.

A resposta foi a um questionamento feito pela reportagem sobre planos de contingência do Metrô sobre o novo coronavírus.

Diário do Transporte questionou a informação que recebeu que como ação imediata, este plano prevê a manutenção da Operação PAESE (ônibus gratuitos) para a linha 15 de monotrilho. Outras medidas imediatas seriam adequação da frota das linhas 1,2 e 3 de acordo com a demanda; cancelamento das férias do pessoal de segurança até o fim de abril de 2020 e utilização da segurança patrimonial como apoio às operações das estações.

Ainda de acordo com a informação recebida pelo Diário do Transporte, se houver redução de 30% no número de funcionários, haverá mudanças operacionais, como fechamento de acessos em estações como Barra Funda e Luz. Já havendo redução de 40% na força de trabalho, as operações só ocorreriam das 6h às 22h.

O Metrô e a Secretaria dos Transportes Metropolitanos responderam na sexta-feira apenas sobre a provável definição no domingo sobre como seria a operação da linha 15, o que não ocorreu.

1º de janeiro de 2020: Um problema em equipamento de via nas proximidades da Estação São Lucas causou transtornos para os passageiros por, pelo menos, cinco dias consecutivos. O Metrô explicou que o problema foi ocasionado pelo “desgaste natural” de parafusos perto de um equipamento de mudança de via na região da Estação São Lucas .A estação foi inaugurada em 6 de abril de 2018. Em nota, a Companhia de Metrô disse que os parafusos precisaram ser trocados e que pela fixação ser em concreto, seria necessário aguardar.

15 de maio de 2019: A composição M 11 do monotrilho da linha 15-Prata, da zona Leste, se deslocou de uma viga no pátio Oratório no início das operações. O incidente de descarrilamento ocorreu num equipamento de mudança de via. Ninguém se feriu.

29 de janeiro de 2019: No final da noite de 29 de janeiro de 2019, duas composições, M22 e M23, bateram na região da estação Jardim Planalto, na zona leste da capital paulista. Ninguém se feriu gravemente. A estação não recebia passageiros ainda. Um laudo do Metrô, divulgado em 05 de fevereiro de 2019, trouxe a conclusão de que “não houve qualquer falha do sistema de sinalização e sim erro humano” .

Mas o resultado foi contestado pelo Sindicato dos Metroviários que sustenta que há uma lacuna no sistema que controla os trens do monotrilho.

Segundo a entidade sindical, o sistema de controle da Linha 15-Prata não permite que um trem identifique o outro quando um deles está desligado. “Ao se desligar o trem, ele desaparece para o sistema” – sustentou o sindicato.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2019/02/07/sindicato-dos-metroviarios-diz-que-acidente-com-monotrilho-foi-causado-por-ausencia-de-sistema-de-comunicacao/

Também no dia 29, uma peça do sistema elétrico do monotrilho da Linha 15-Prata se soltou da via no trecho entre as estações São Lucas e Vila União, mas por haver grades que retém quedas de objetos, a avenida professor Luís Inácio de Anhaia Melo, que passa embaixo, não foi atingida.

https://diariodotransporte.com.br/2019/01/29/metro-confirma-que-peca-de-sistema-eletrico-de-monotrilho-se-soltou-mas-diz-que-linha-15-possui-telas-que-evitam-queda-de-objetos-na-rua/

10 de outubro de 2016: No dia 10 de outubro de 2016, uma composição do monotrilho, que trafega em vias elevadas com cerca de 15 metros de altura, partiu da estação Oratório com as portas abertas, conforme mostram as imagens do circuito do Metrô:

Especialistas criticam modelo de monotrilho para São Paulo e cidades vizinhas

Segundo os técnicos e acadêmicos consultados pela reportagem do Diário do Transporte, linhas como 15-Prata (São Mateus/Vila Prudente) e 17-Ouro (Congonhas/Morumbi) deveriam ser atendidas por um modal de alta capacidade, como metrô e trens e não por um meio de média capacidade, como monotrilho.

A linha 18-Bronze (São Bernardo do Campo/Tamanduateí) vai ser substituída por um sistema chamado BRT – Bus Rapid Transit, que consiste em corredores de ônibus com mais capacidade e velocidade maior que os corredores de ônibus comuns, mas com atendimento menor que de um metrô.

As promessas de que as linhas de monotrilho deveriam ser bem mais baratas que do Metrô e de implantação mais rápida não se concretizaram. Todas as linhas deveriam estar funcionando desde 2014, pelo menos, e com preço bem inferior ao Metrô, mas somente a linha 15-Prata opera e constantemente tem registrado falhas graves que comprometem a operação e a rotina dos passageiros. O custo de implantação vai superar R$ 5 bilhões.

Desde o final de semana, mais uma vez os passageiros do monotrilho só contam com ônibus como transporte coletivo porque o monotrilho não funciona.

O problema agora é com os pneus dos trens.

Diferentemente dos trens de alta capacidade do Metrô e da CPTM, que têm rodas de ferro, os trens de média capacidade do monotrilho têm pneus.

Como mostrou o Diário do Transporte, o estouro do pneu do trem M20, quando saía da estação Jardim Planalto, por volta de 6h30 de 27 de fevereiro, colocou em alerta o Metrô e a empresa Bombardier, que suspenderam as operações de 23 composições.

O consultou de transporte, Peter Alouche, disse que monotrilho é sujeito a este tipo de problema e que alertava para as limitações do modal.

“Já alertava para este tipo de problema desde o início da escolha. Registrei meu descontentamento através de muitos artigos técnicos. A possibilidade de estouro de pneus é real neste meio de transporte” – disse o especialista Peter Alouche, que participou ativamente da implantação do Metrô de São Paulo

Já nos anos 1960, o monotrilho tinha sido descartado para a capital e cidades vizinhas.

Em 1966, o então prefeito de São Paulo, Faria Lima, criou o Grupo Executivo Metropolitano – GEM que antecedeu a fundação da Companhia do Metropolitano. Segundo nota na área de Governança Corporativa no site do Metrô, esse grupo contratou um consórcio de duas empresas alemãs (Hochtief e Deconsult), que se fundiu com a brasileira Montreal, formando uma nova empresa, a HMD.

Foi a HMD que realizou a primeira “Pesquisa Origem e Destino”, em 1967, por meio da qual foram projetadas as linhas básicas do Metrô para a cidade de São Paulo, elaborados os primeiros estudos econômicos e o pré-projeto de engenharia, segundo a explicação no site do Metrô.

Assim, o consórcio internacional projetou demandas, que agora se realizaram, para as quais o monotrilho não tem capacidade de atender.

Segundo o arquiteto e urbanista, consultor de transporte, Flaminio Fichmann, em conversa com o Diário do Transporte nesta segunda-feira, 02 de março de 2020, a linha 15-Prata paga por ser laboratório de um monotrilho que a fabricante não possuía.

“Investimos na tecnologia da Bombardier, empresa canadense, que não tinha o “produto” para implantar e atender a demanda da Linha 15 do monotrilho. Ou seja, estamos pagando o desenvolvimento de um novo tipo de monotrilho para uma empresa estrangeira, que está falhando na operação e colocando as pessoas em risco. Hoje podemos afirmar com segurança que eles não cumprirão as especificações do projeto para atender a demanda prevista.”

Fichmann também cita problemas na linha 17-Ouro, que ainda está em construção, em relação a fabricante de trem.

“A Linha 17 Ouro não concluiu o primeiro trecho e não entrou em operação porque a Scomi, outra empresa estrangeira, faliu e não existe previsão para a implantação da linha até o Morumbi, prometida para o início da Copa em 2014. Já gastamos bilhões de reais de modo irresponsável com essa tecnologia.” – disse

Após o rompimento do contrato com o antigo consórcio, o Metrô abriu um novo processo de licitação para o fornecimento de trens de média capacidade e equipamentos e habilitou a chinesa BYD  (Consórcio BYD SKYRAIL São Paulo, formado pelas chinesas BYD do Brasil Ltda; BYD Auto Industry Company Limited e BYD Signal & Communication Company Limited.) para a linha 17, muito embora, o Consórcio Signalling, composto por duas empresas nacionais – Ttrans e Bom Sinal – e uma empresa suíça, a Molinari, tenha oferecido o menor preço.

Na decisão que é alvo de recurso, o Metrô entendeu que o Consórcio Signalling não atendeu o critério de “Patrimônio Líquido”.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2020/02/01/metro-habilita-chinesa-byd-para-fornecer-trens-do-monotrilho-da-linha-17/

Mesmo sem fazer uma defesa do BRT, o arquiteto e urbanista, consultor de transporte, Flaminio Fichmann, diz que foi uma boa decisão do Governo do Estado em descartar o monotrilho para a ligação entre o ABC Paulista e a capital na linha 18.

“Muitos irresponsáveis e mentirosos os que estavam apresentando o Monotrilho do ABC como Metrô, tentando enganar a população. Felizmente esse processo foi sepultado e o ABC poderá se abrir para soluções de transporte mais eficientes, seguras e confiáveis.” – completou Flaminio.

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo foi a primeira entidade a divulgar que a interrupção do funcionamento do monotrilho ocorreu por causa de estouro em pneu.

O coordenador-geral do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Wagner Fajardo, explicou ao Diário do Transporte que a entidade sustenta que monotrilho é um meio de transporte de média capacidade, para trajetos curtos, limitado, com características de estrutura e operação sem domínio brasileiro e mais sujeito a falhas crônicas.

“Isso já confirma as opiniões que o sindicato vem expondo desde o início da inauguração desse sistema. O sistema de monotrilho é inseguro, tem muitas falhas e, na realidade, fizeram os trabalhadores e usuários de cobaias num sistema que não deveria ser este, mas metrô para garantir um transporte de alta capacidade” – disse

Os especialistas ainda foram unânimes em defender que a prioridade dos investimentos deve ser a ferrovia de alta capacidade conjugada com uma rede de alimentação por ônibus qualificada, formado por BRTs, corredores comuns e faixas, de acordo com a demanda e as condições de infraestrutura de cada região.

Em nota oficial emitida neste domingo sobre o problema de estouro de pneu, a empresa Bombardier diz que técnicos do Canadá foram enviados para o Brasil com o objetivo de verificar o problema e que quer “tranquilizar os passageiros de que os trens do monotrilho do Metrô de São Paulo têm transportado passageiros com segurança e confiabilidade desde que o sistema foi inaugurado em 2014.”

A empresa ainda pediu “desculpas pelo inconveniente necessário.”, ou seja, a retirada de 23 trens de circulação para a análise.

INTERRUPÇÃO DA LINHA 15-PRATA NÃO ERA TESTE DE CONTROLE DE TRENS

Inicialmente, o Metrô dizia que a suspensão da operação se deu por causa de “testes do sistema de controle de trens”, mas o verdadeiro motivo da paralisação da linha 15-Prata, trazido à tona pelo Diário do Transporte e pelo Sindicato dos Metroviários foi o problema com os pneus dos trens.

Segundo o Metrô, ao longo dos testes realizados na linha no fim de semana, foi constatada “a incidência de danos em outros pneus dos trens do monotrilho”

O Metrô relatou ainda que partes dos pneus chamadas “Run Flat” estão causando essa alteração. Esses dispositivos ficam nas rodas e garantem a movimentação do trem em casos de anormalidades, como pneus furados ou murchos.

A estatal disse, por meio de nota, que cobrou da Bombardier e do Consórcio CEML – que construiu a via – providências urgentes para a identificação da causa da ocorrência, a sua correção e que eles arquem com todos os prejuízos decorrentes desta paralisação junto ao Metrô de São Paulo.

A Fenametro (Federação Nacional dos Metroviários) sustentou  em nota no dia 08 d emarço de 2023, quando ocorreu uma batida entre trens nas imediações da estação Sapopemba, que a colisão de trem no monotrilho é uma” tragédia” anunciada.

Veja na íntegra

No final do ano passado (29/10), houve queda do sistema RATP região 1 no final da tarde (das 16:05h às 17:05h). Como ao mesmo tempo houve outra ocorrência de sistema, gerou IN 111.

Foi aberta falha urgente número 000200124451. Houve uma outra falha urgente aberta e outra ocorrência, mais especificamente sobre o RATP (sem dados até o momento).

Houve queda desse sistema também na região 1, ficando inoperante das 04:25h do dia 29 até às 02h do dia 30/10.

RATP é um dos sistemas da IHM. Existe outro chamado RATO.

E o sistema que mostra a bolha do trem é o CFMS. Esse caiu durante o IN mencionado (mas não incluíram os dados no relato do Incidente Notável).

O RATO é o que geralmente cai ou dá umas piscadas, mas a consequência é que o CCO da L15 perde os comandos sobre os trens, AMVs, sinaleiros etc.

O RATP é o que teoricamente garante a segurança. Em tese tinha sido a primeira vez que caiu e somente após reestabelecer é que foi percebido que o CFMS também havia caído, inclusive mudaram um procedimento sobre essa questão após essa ocorrência.

Quando o RATP cai, por segurança, quando volta, o sistema volta com MRR imposta em toda a via. Na prática fica com código 0 e algumas seguranças a mais (AMVs travados, por exemplo).

Explicando um pouco o funcionamento:

Quando esses sistemas de segurança caem, na tela da central o trem tem que ficar vermelho, indicando a situação anormal (sem comunicação). Isso faz com que o CCO da L15, ou CC15, adote algumas providências de segurança.

No entanto, nessa ocasião, os trens vindos do pátio ficaram pretos, que significaria condições normais do sistema. Na troca de turno, por acaso, quem assumiu deu alguns comandos que não foram reconhecidos pelos trens, daí então a descoberta da queda do sistema. Ou seja, apesar de na tela aparecer como localizado, os trens na prática não estavam sendo reconhecidos/localizados. No CFMS aparecia sem bolha naqueles trens. Isso significa que se alguém do CC15 enviasse algum trem pras linhas em que os Não localizados estavam estacionados, na prática não seriam detectados e colidiria.

Por sorte era um fim de semana, havia apenas um trem na região, o que evitou que houvesse tal situação trágica. Outra sorte é que como a queda do outro sistema demorou bastante pra normalizar, foi acionado o PAESE e fez com que houvesse a percepção da outra falha, pois se o RATP tivesse apenas piscado e normalizado, o CFMS estaria fora, mas na tela não identificariam nada de anormalidade, a menos que alguém decidisse verificar o funcionamento de outro monitoramento que fica em segundo plano.

Com essa situação, o novo procedimento é que se houver percepção de que o RATP piscou, não deve ser movimentado nenhum trem e deve ser verificada a condição do CFMS. Mas não necessariamente é perceptível a todo o momento essa piscada, então o sistema em si não garante a segurança.

IMPORTANTE OBSERVAÇÃO!

A outra colisão que ocorreu no Monotrilho, teve problema de sistema e na época criticamos que uma implantação de cerca de R$1 Bi dependesse de bilhetinho de troca de turno pra garantir a segurança. No caso dessa ocorrência do final do ano passado, fica demonstrado com a mudança do procedimento, que a garantia da segurança do sistema depende de algo visual para que a pessoa tome as providências. Mas o sistema antigo (ATC), tinha o que chamávamos de falha segura, pois tudo que acontecia que envolvia a segurança do sistema, ele próprio fazia o trem parar até que alguém verificasse o que está ocorrendo.

Remetendo para a colisão de hoje:

O sistema não reconhece automaticamente quando um trem que se movimente sem imposição de MRR (essa imposição é feita por comando). Então o trem que vinha em automático não detectou o outro.

Agravantes:

A comunicação da L15 não funciona. Tanto que os operadores de lá precisam usar seus próprios celulares pra falarem com o CC15, inclusive são cobrados se não estão com celular;

O sistema depende de intervenção humana para que haja a garantia da segurança (no sistema antigo, uma mesma ocorrência não geraria esse acidente, visto que detecta automaticamente um outro vindo em direção contrária). No caso do acidente, o trem que colidiu estava em AM do CBTC e não reconheceu o trem à frente;

Atualmente, por falta de funcionários, os trabalhadores do CC15 e CCO estão assumindo simultaneamente mais de um console. Sendo passageiros e elétrica, ou linha ao mesmo tempo de pátio (com comunicações constantes de manobras, falhas, preparações etc enquanto monitora e atua toda a linha). Esses trabalhadores, que tiveram a periculosidade retirada injustamente, ganharam o processo e o Metrô não cumpriu; a argumentação do perito vai justamente nesse sentido, de que o operador do console monitora e opera sistema que tem que garantir segurança de campo;

Legenda:

Região 1 = Prudente, Oratório e Pátio;

RATP é o sistema que deve garantir a segurança dos trens;

MRR é “reserva de rota manual”, que não é algo automático, é um comando dado pelo CC15 para que os trens fiquem parados e sejam detectados em condições atípicas;

RATO é o sistema que garante os comandos para os equipamentos;

IHM é a interface humano/máquina;

CFMS é o sistema que gera a proteção (bolha) entre trens;

Bolha é uma condição virtual, como se fosse um envelope em volta do trem, onde esse envelope deve encontrar o outro, fazendo o trem parar com distância segura;

AMV é aparelho de movimentação de via;

AM é o automático do CBTC;

CBTC sistema de sinalização e controle da via e dos trens;

Isso tudo é a consequência da tentativa de liberar algo incompleto visando a Privatização. A ALSTOM e Bombardier são as empresas responsáveis. Inclusive, por elas, o Metrô já teria retirado operador de trens de dentro das composições, fazendo com que nessa ocorrência de hoje, por exemplo, se houvesse superlotação de passageiros, estariam sozinhos, sem atendimento imediato e, também haveria um impacto mais grave porque não teria freio de emergência aplicado. Um dos colegas, o que se machucou, poderia estar morto. No caso, seria um passageiro morto. Tudo em busca de lucros.

Parecer de órgão técnico do MP aponta irregularidades em reparos de vigas de monotrilho da linha 15-Prata que podem comprometer a segurança e durabilidade

ADAMO BAZANI

Os reparos das vigas do monotrilho da linha 15-Prata de monotrilho, sistema de transporte de capacidade média, tem irregularidades que podem comprometer a segurança e a durabilidade dos locais afetados e mais, alguns reparos feitos pelo consórcio responsável pelas obras civis empregaram materiais inadequados.

As informações estão no parecer do CAEx (Centro de Apoio à Execução), órgão de perícia do Ministério Público de São Paulo, divulgado nesta quinta-feira, 30 de março de 2023.

O MP investiga a série de problemas com as obras do monotrilho, como as quedas de pedaços das vigas nas Avenida Luís Inácio de Anhaia Melo que ocorreram em 22 de setembro de 2022 e 11 de janeiro de 2023.

O relatório diz também que o tipo de concreto usado em reparos pode ter fissuras prematuras.

Agora, promotoria vai analisar o que será feito do ponto de vista administrativo e jurídico.

VIDA ÚTIL MÍNIMA DEVERIA SER DE 100 ANOS:

O parecer diz que segundo o manual de uso, operação e manutenção de via elevada – civil, para todos os elementos estruturais deverão ser tomadas todas as medidas tecnológicas para assegurar a vida útil, mínima, de 100 anos.

HÁ IRREGULARIDADES NOS REPAROS:

Ainda de acordo com a conclusão, não há risco que os reparos feitos nas vigas do monotrilho se soltem repentinamente, mas há sim irregularidades que podem comprometer a segurança e durabilidade caso não sejam resolvidas.

Não se observou risco iminente de desplacamento de reparos estruturais nesses locais, foram constatadas irregularidades que prejudicam sua durabilidade e a segurança do local, caso não sejam tomadas medidas de correção ou a substituição dos reparos, especialmente os localizados na monolitização.

NECESSIDADE DE REVISAR MÉTODOS USADOS NOS REPAROS:

O CAEx afirma ainda que há necessidade de se revisar os métodos empregados nos reparos e reconstituições nas estruturas de concreto do monotrilho da Linha 15 – Prata realizados pelo Consórcio Expresso Monotrilho Leste – CEML, bem como a elaboração de projetos específicos para estes trabalhos.

TÉCNICOS DO CAEx FIZERAM VISTORIA NAS VIGAS E ESTAÇÕES:

A vistoria foi realizada no dia 18 de janeiro de 2023, 1h00 (uma da manhã). Foi necessário que a inspeção ocorresse fora do horário da operação comercial, no período entre 1h00 e 4h00, haja vista os requisitos de segurança e o imperativo de não prejudicar a operação de transporte de passageiros.

Os trabalhos foram feitos em diferentes pontos da linha, inclusive onde foram registradas as seguintes ocorrências:

– Em 22 de setembro de 2022, em que um reparo estrutural da vigatrilho se destacou e caiu na ciclovia da Avenida Professor Luís Inácio de Anhaia Mello.

– Local em que ocorreu a falha do dia 11 de janeiro de 2023, em que outro reparo estrutural de concreto de uma viga-trilho se destacou, entre as estações Vila Prudente e Oratório.

CONCRETO USADO EM REPAROS PODE TER FISSURAS PREMATURAS:

O relatório diz também que o tipo de concreto usado em reparos pode ter fissuras prematuras.

Segundo o documento, os técnicos do Metrô informaram que utiliza um concreto especial para realizar reparos comuns nas vigas-guia do monotrilho, chamado de concreto sulfaluminoso. Concreto sulfaluminoso é um tipo de concreto que contém adição de sais de sulfato de alumínio na mistura. O parecer explica que este material é projetado para ter alta resistência ao sulfato, tornando-o adequado para aplicações em ambientes agressivos, como solos ou águas com altos teores de sulfato. O concreto sulfaluminoso pode apresentar alta retração, o que pode levar a fissuração prematura da estrutura. Além disso, a adição de sais de sulfato de alumínio pode afetar a hidratação do cimento e, portanto, influenciar o módulo de elasticidade.

“É importante realizar ensaios para determinar o módulo de elasticidade específico do concreto sulfaluminoso utilizado em um projeto específico” – alertam os técnicos

REUNIÃO E METRÔ DETECTOU USO DE MATERIAL INAPROPRIADO:

O parecer ainda relata que no em 18 de janeiro de 2023, às 10h, foi realizada uma reunião entre o CAEx e os engenheiros da Companhia do Metrô para que fossem explicadas as falhas que resultaram na necessidade dos reparos estruturais das vigas, assim como os materiais e métodos utilizados para a execução desses reparos.

Na ocasião, de acordo com o documento, o Metrô disse que as falhas nas vigas-guia (fissuras, reparos e desprendimentos dos reparos) não têm qualquer relação com as correções realizadas na superfície das vigas-guia.

Sobre a causa do desprendimento do reparo realizado na viga-trilho, ocorrido em 22 de setembro de 2022, na reunião, o Metrô diz que constatou que o material empregado no reparo pelo consórcio responsável era inadequado

Linha 15-Prata: Redução de frota afeta linha 2 e MP faz reunião sobre problemas nas vigas na segunda-feira (03)

Velocidade da linha 2 foi afetada por menos composições da linha 15 por causa de integração; Redução chega a 30%

ADAMO BAZANI

A redução de frota de trens do monotrilho da linha 15-Prata tem prejudicado o atendimento da linha 2-Verde de metrô.

Para se ter uma ideia, nesta quinta-feira, 30 de março de 2023, os trens da linha 2-Verde circularam com velocidade reduzida e maior tempo de parada, bem no horário de pico entre 17h59 e 19h26.

No aplicativo, o Metrô informava: Os trens da Linha 2 – Verde estão circulando com velocidade reduzida devido a restrições operacionais da Linha 15 – Prata

Por meio de nota à imprensa sobre a falha, a companhia destacou que: A restrição de velocidade na Linha 2-Verde foi imposta para reduzir a chegada simultânea de passageiros na conexão com a Linha 15-Prata, que está com intervalo de circulação entre trens maior, decorrente do atraso dos trens que se encontram em manutenção programada. A manutenção do Metrô atua para a liberação das composições.

Mas de acordo com funcionários do Metrô, esta redução de frota, agravada pela batida de dois trens de monotrilho que ocorreu em 08 de março de 2023 não foi um fato isolado da noite desta quinta-feira.

No pico da manhã desta sexta-feira, havia 14 trens rodando (13 no carrossel entre Vila Prudente e São Mateus) e 1 entre Mateus e Jardim Colonial.

O programado seria de 16 trens: 15 no trecho principal e 1 no trecho Colonial

Um a menos parece pouco, mas interfere no tempo de espera e lotação no pico, além da qualidade da prestação de serviços, em especial nos horários de pico.

No trecho principal, estavam operando os seguintes trens no pico da manhã desta sexta-feira (31): M01 M10 M12 M13 M19 M21 M25 M26 M27 M04 M17 M06 M11 M24

Um trem ficou estacionado em Jardim Colonial com condições de rodar: M18

Estavam em manutenção programada: M09, M08 e M16

O trem M5 estava com falha aberta.

Os trens não operacionais na manhã desta sexta-feira (que estão sem condição alguma de rodar, inativos por conta de colisão, canibalismo, indisponibilidade de peça e etc) são M02, M20 M03, M07, M15, M14, M22, M23

Em resumo: 8 trens dos 27 não tem condição alguma de rodar, ou seja, 30% da frota.

O Diário do Transporte, desde a falha de ontem na linha 2, questionou o Metrô sobre a questão da frota da linha 15.

PROBLEMAS NOS REPAROS:

Outro problema no monotrilho da linha 15-Prata é em relação aos problemas com as vigas do monotrilho.

Na segunda-feira, 03 de abril de 2023, o Ministério Público de São Paulo, o Metrô e o CELM (Consórcio Expresso Monotrilho Leste) sobre o assunto.

Sindicato dos Metroviários diz que monotrilho é inseguro e que tecnologia que evita colisões não funciona; Entidade sustenta que uso de celular é porque comunicação tem falhas

Comissão de parlamentares deve vistoriar a linha

ADAMO BAZANI

A batida do dia 08 de março de 2023 entre dois trens do monotrilho nas imediações da estação Sapopemba, na zona Leste de São Paulo, não foi falha humana.

A alegação é do Sindicato dos Metroviários que sustenta que o monotrilho é inseguro e que tecnologia que evita colisões não funciona, em entrevista coletiva no fim da manhã desta terça-feira, 18 de abril de 2023.

O sindicato ainda diz que neste caso do acidente um dos trens estava em manual e outro no automático. O fato de um estar no modo automático já deveria evitar o acidente.

Três funcionários iam ser demitidos, mas depois com a repercussão, o Metrô voltou atrás e cancelou os comunicados de desligamento.

Segundo a presidente da entidade, Camila Lisboa, na ocorrência antes da operação comercial no dia 08 de março, o funcionário não estava aleatoriamente falando ao celular. Os trabalhadores, de acordo com a sindicalista, precisam falar ao celular porque há falhas crônicas no sistema de comunicação na linha 15-Prata.

O vice-presidente do sindicato, Narciso Fernandes Soares, disse que tais problemas no sistema de controle da Alstom ainda não foram resolvidos, apesar de vários testes, acarretando nesta falta de segurança alegada pela entidade.

Em curto prazo, o Sindicato propõe:

– Garantir operador no comando o todo tempo;

– Mudar procedimento de transição de comando, não sendo mais em movimento dos trens;

– Imediata inspeção do sistema que não funcionou e provocou a colisão de 08 de março de 2023;

– Fazer uma cabine com divisão provisória para o operador para que os comandos que hoje ficam trancados estejam mais à disposição para acionamento emergencial. Hoje é necessário destrancar um compartimento;

– Verificar problemas de “zonas mortas” na comunicação entre trens e entre operadores.

Uma comissão de parlamentares deve ser formada para vistoriar a linha do sistema de baixa e média capacidade (monotrilho) que tem dado dor der cabeça para o usuário.

Especialistas e o sindicato defendem que a linha 15-Prata deveria ser um metrô de alta capacidade de fato, não apenas um monotrilho, que é inferior.

Os problemas do monotrilho, administrado pelo Metrô do Estado de São Paulo, são antigos.

É uma coleção de falhas, batidas, frota insuficiente porque não há peças de reposição, quedas de pedaços de trens e vigas na avenida.

O custo do PAESE (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência), que são os ônibus que atendem aos passageiros desassistidos pelos passageiros dos trens leves, também pesam no bolso da população.

É dinheiro que deixaria de ser gasto caso a linha 15 de monotrilho não desse tanto defeito.

Segundo mostrou ainda o sindicato, é procedimento o operador poder sentar no banco do passageiro perto dos equipamentos, não ficando de frente no sentido do trem porque no monotrilho não tem cabine.

O Diário do Transporte procurou a estatal que reforçou que a Comissão Permanente de Segurança do Metrô (Copese) concluiu que o incidente na Linha 15-Prata foi ocasionado pelo descumprimento de procedimentos operacionais por parte dos funcionários envolvidos.  .

A segurança dos passageiros é a prioridade do Metrô de São Paulo. E, por isso, cumpre com todos os protocolos internacionais necessários e com a obtenção de certificados de segurança dos equipamentos e sistemas para a liberação da operação comercial das linhas.

A Comissão Permanente de Segurança do Metrô (Copese) concluiu que o incidente na Linha 15-Prata foi ocasionado pelo descumprimento de procedimentos operacionais por parte dos funcionários envolvidos. O fato ocorreu com a linha fechada aos passageiros, durante o período de manutenção, inspeção de vias e posicionamento de trens.

A operação comercial (com passageiros) é feita de forma automática, por meio de sistema de sinalização e controle (similar ao das linhas 1-Azul e 2-Verde) que identifica todos os trens e só libera a passagem em trechos livres. O operador monitora o funcionamento da composição e atua em caso de necessidade.

Todos os rádios que estavam sendo utilizados no dia da colisão, foram testados pelo laboratório e estavam em pleno funcionamento. Existem procedimentos operacionais que garantem a fidelidade na comunicação e eles não foram cumpridos. Todos os sistemas antes de serem liberados para a operação, passam por testes de instalação e comissionamento.

O processo para as devidas responsabilizações do acidente segue em andamento e é realizado por meio de procedimentos internos, seguindo a legislação. As imagens disponíveis são para apuração interna dos fatos e reservadas ao Metrô, sendo vedada sua divulgação.

Uma imagem da batida, por dentro, exibida em um canal mostra o funcionário sentado no banco dos passageiros.

A presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, disse que vai acionar o MPT (Ministério Público do Trabalho) e o Metrô pelo vazamento da cena.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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