Mairiporã assina contratos no valor de R$ 1,67 milhão com a Viação Rosa

Empresa atua com contrato emergencial. Foto: Mikael Silva Teixeira / Ônibus Brasil

Termos referem-se à prestação de serviços para programas sociais; prefeitura assinou também aditivo ao contrato atual com a empresa por “acréscimo de quantidade”

ALEXANDRE PELEGI

A prefeitura de Mairiporã, na Grande São Paulo, publicou no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira, 10 de novembro de 2021, o extrato de quatro contratos com a Viação Rosa Ltda, todos com dispensa de licitação conforme previsto na legislação.

A prefeitura publicou também a assinatura de um aditivo ao contrato atual com a empresa, responsável pelos serviços de transporte no município em caráter emergencial.

No total, entre os contratos e os aditivos, o valor alcança R$ 1,67 milhão (R$ 1.668.845,06).

Veja a seguir os contratos com os respectivos valores

CONTRATO Nº 136/2021 – fornecimento de cartão eletrônico e respectivas recargas para uso dos servidores públicos municipais, que utilizam o sistema de transporte público coletivo do município, linha “Municipal/Bairros”, para descolamento de suas residências até o local de trabalho e vice-versa (ida e volta)

Vigência: 06 (seis) meses, contados de 25/10/2021 a 22/04/2022.

Valor: R$ 552.690,00

CONTRATO Nº 137/2021 – aquisição de passes/ créditos para cartão, aos Bolsistas do PMAD – Programa Municipal de Auxílio Desemprego (frente de trabalho).

Vigência: 09 (nove) meses, contados de 25/10/2021 a 21/07/2022.

Valor: R$ 197.400,00

CONTRATO Nº 138/2021 – aquisição de créditos eletrônicos no Cartão Giro/Passe Escolar, referente a passagens de ônibus de linhas municipais, a serem destinados aos alunos da rede estadual de ensino do Município.

Vigência: 90 (noventa) dias, contados de 25/10/2021 a 22/01/2022.

Valor: R$ 665.471,04

CONTRATO Nº 139/2021 – prestação de serviço de transporte aos necessitados em situação de vulnerabilidade social do município, que utilizam os serviços oferecido Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS.

Vigência: 04 (quatro) meses, contados de 25/10/2021 a 21/02/2022. –

Valor: R$ 8.900,00

Além destes termos, e também com dispensa de licitação, a prefeitura assinou aditivo ao atual contrato com a Viação Rosa no valor de R$ 244.384,02.

De acordo com a publicação, o aditivo se deve a “acréscimo de quantidade e consequentemente de valor, referente a contratação emergencial da prestação de serviço de transporte coletivo de passageiros no Município de Mairiporã”.


HISTÓRICO

(Adamo Bazani)

A prefeitura de Mairiporã vem tentando licitar o sistema de transporte desde dezembro de 2019, quando no dia 14 publicou aviso de licitação para concessão dos serviços. Relembre: Mairiporã abre licitação do transporte público

No dia 30 de janeiro de 2020 a prefeitura suspendeu o processo licitatório por determinação do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo – TCE. Relembre: Mairiporã suspende licitação do transporte coletivo

O Tribunal de Contas acarou representação da IPK Engenharia Ltda. EPP contra o Edital. Em resumo, a empresa alegou uma série de irregularidades no documento licitatório, dentre as quais o termo de referência não considerar ‘aspectos ambientais’, em desconformidade com a lei de licitações, além de incoerência quanto às planilhas de investimentos no quesito ‘reserva técnica’ da frota de ônibus.

Após haver suspenso a Licitação no dia 30 de janeiro de 2020, a prefeitura revogou definitivamente o processo licitatório em 04 de fevereiro de 2020. Relembre: Mairiporã revoga licitação do transporte

No dia 19 de fevereiro de 2020, Mairiporã voltou a lançar novamente a licitação, desta vez com data para o certame prevista para 06 de abril de 2020. Relembre: Mairiporã volta a lançar licitação do transporte coletivo e marca concorrência para 6 de abril

A prefeitura, no entanto, suspendeu o certame no dia 07 de abril de 2020, desta vez por tempo indeterminado, após decisão judicial em primeira instância. Relembre: Mairiporã suspense licitação do transporte coletivo por tempo indeterminado

No dia 13 de maio de 2020, graças a decisão em segunda instância, a prefeitura reabriu novamente o processo licitatório, marcando a realização da concorrência para 25 de maio. Relembre: Mairiporã remarca licitação do transporte coletivo para o dia 25 de maio

A prefeitura voltou a mudar a data da licitação às vésperas do certame, passando a sessão pública de abertura dos envelopes para o dia 15 de junho de 2020. Relembre: Mairiporã muda novamente data de licitação do transporte coletivo

Foi então que no dia 15 de junho de 2020, data da concorrência, a prefeitura suspendeu por tempo indeterminado o torneio que iria definir a nova empresa que vai operar o sistema de transporte da cidade, desta vez em cumprimento a decisão do TCE – Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, que acatou representação contra a licitação. Relembre: Mairiporã suspende licitação do transporte coletivo por tempo indeterminado

Com a dificuldade em realizar a licitação, a prefeitura decidiu então, no dia 4 de julho, publicar a intenção de contratação de empresa para a prestação dos serviços de transporte coletivo de modo emergencial, com prazo contratual de 180 dias. Relembre: Mairiporã lança licitação de transporte em caráter emergencial

O motivo do contrato emergencial, além da dificuldade de concluir o processo licitatório regular, foi a mudança na operação do sistema de transportes coletivos a partir do dia 24 de agosto de 2020. Segundo o poder público comunicou em 29 de julho de 2020, por meio da assessoria de imprensa, o contrato de concessão firmado com a ETM (Empresa de Transportes Mairiporã) se encerraria em 24 de agosto e não seria renovado. Relembre: Prefeitura de Mairiporã anuncia encerramento de contrato com ETM em 24 de agosto

No dia 1º de agosto de 2020, a prefeitura usou do artifício da Dispensa de Licitação e contratou uma empresa de ônibus para assumir as linhas de forma emergencial no dia 24 de agosto de 2020, data de encerramento do contrato com a ETM. A contemplada pela contratação feita pela gestão do prefeito Antônio Shigueyuki Aiacyda foi a empresa Eduardo Medeiros Transportes Ltda. Relembre: Por dispensa de licitação, Mairiporã contrata empresa de ônibus para operar linhas municipais

No dia 05 de agosto de 2020, a prefeitura de Mairiporã publicou oficialmente o extrato de contrato com a empresa Eduardo Medeiros Transportes Ltda para a operação das linhas municipais. O contrato emergencial, por 180 dias, foi firmado por dispensa de licitação e o valor, de acordo com a publicação oficial, é de R$ 8,84 milhões (R$ 8.840.851,14). Relembre: Mairiporã publica contratação emergencial de R$ 8,84 milhões com Eduardo Medeiros Transportes

No dia 14 de agosto de 2020, a prefeitura anunciou que realizou uma “vistoria” na frota que será disponibilizada pela Eduardo Medeiros Transportes Ltda. As imagens exibidas pela prefeitura mostram ônibus comuns, micro-ônibus e vans. O poder público anunciou ainda redução de tarifa dos atuais R$ 4,70 para R$ 4,45.

Relembre: Prefeitura de Mairiporã anuncia vistoria da frota da Eduardo Medeiros e tarifa a R$ 4,45

No dia 30 de setembro de 2020, entretanto, o TCE deu 15 dias para a prefeitura de Mairiporã explicar possíveis irregularidades na contratação emergencial da EMT – Eduardo Medeiros Transportes no lugar da ETM – Empresa de Transportes Mairiporã.

São dois despachos do conselheiro-substituto Alexandre Manir Figueiredo Sarquis que foram publicados no Diário Oficial do Estado de São Paulo do dia 30 de setembro de 2020. Em um destes despachos, o TCE dá 30 dias para que sejam tomadas “medidas adequadas ao saneamento das irregularidades”, que podem prejudicar os cofres públicos e o interesse geral do município. Em outro despacho, o órgão de contas pede que a prefeitura e a Eduardo Medeiros em 15 dias a partir da publicação do dia 30, apresentem justificativas pertinentes e provas documentais sobre a regularidade da contratação emergencial. Relembre: TCE cobra explicações de Mairiporã sobre contratação da Eduardo Medeiros para transportes coletivos

Como mostrou o Diário do Transporte em 01º de agosto de 2020, constam como sócios da empresa; Eduardo Medeiros, na condição de sócio-administrador, e Fátima de Falco Gimenes Medeiros. O endereço informado oficialmente da Eduardo Medeiros é Travessa dos Itaubas, 4, região do Jabaquara, zona Sul da Capital Paulista. Uma captura do Google Street View de março de 2019 mostra um endereço residencial. A rua é estreita, havendo dificuldades até para uma simples circulação de ônibus.

Imagens de ônibus com adesivos da Otrantur, usados pela empresa operadora das linhas municipais de São Vicente, no Litoral de São Paulo, surgiram como possíveis integrantes da frota para os serviços em Mairiporã que também deve ser atendida por vans e micro-ônibus.

Questionada pelo Diário do Transporte por diversas vezes a respeito dos veículos, a prefeitura de Mairiporã não respondeu na oportunidade.

No dia 16 de dezembro de 2020, após realizar a concorrência no dia 14, a prefeitura publicou o resultado em Diário Oficial. No mesmo dia da Concorrência, no entanto, o Tribunal de Justiça (TJ) determinou em caráter liminar a suspensão do processo licitatório e a mudança do Edital, para atender a determinações do TCE.

Além disso, a empresa Terra Transportes, cuja proposta foi considerada inexequível na concorrência, interpôs recurso contra o resultado do certame. Este fato, somado à decisão do TJ, levaram a Prefeitura a suspender o processo licitatório conforme publicado no dia 24 de dezembro de 2020.

Em 12 de fevereiro de 2021, o prefeito de Mairiporã, na Grande São Paulo, Walid Ali Hamid (Aladim), Segundo o chefe do Executivo, o motivo do recolhimento dos ônibus foi falta de pagamento e irregularidades. Com os veículos a menos, o transporte coletivo da cidade foi prejudicado, com linhas suprimidas e horários reduzidos.

“Não dá mais para manter essa situação que está acontecendo. Eu herdei esse problema do transporte coletivo que essa empresa tem e eu não estou aqui […] para favorecer empresa nenhuma. Aqui, eles operavam com 32 ônibus, 19 deles foram recolhidos, realmente por falta de pagamento. Isso é um problema que foi herdado deles”, disse o prefeito. divulgou em redes sociais que a VEM Mairiporã teve 19 ônibus recolhidos.

Diário do Transporte entrou na ocasião em contato com a empresa VEM Mairiporã e não houve um posicionamento.

A prefeitura de Mairiporã, na Grande São Paulo, publicou em 26 de fevereiro de 2021, a ratificação do contrato emergencial com a VEM (Eduardo Medeiros Transportes Ltda) para continuar prestando serviços de transportes coletivos na cidade.

A manutenção da empresa na cidade ocorreu por meio de dispensa de licitação, e o extrato do contrato foi publicado no Diário Oficial do Estado de SP no dia 04 de março, pelo prazo de 180 dias, e com valor de R$ 9.138.857,36.

Em dezembro de 2020, a VEM diz que participou de uma licitação para um contrato de dez anos.

Houve uma discussão judicial e a VEM foi declarada vencedora.

Segundo a VEM disse que em março de 2021 o contrato de dez anos já estava liberado para a assinatura, o que não ocorreu até o momento também sem justificativa do poder público.

Em 02 de julho de 2021, a gestão do prefeito Walid Ali Hamid, assinou um contrato emergencial de 180 dias com a Viação Rosa, que selecionada por dispensa de licitação, deve entrar no lugar da VEM (Eduardo Medeiros). O modelo de contrato foi de “parceria pública”.

A publicação oficial ocorreu em 07 de julho de 2021. No mesmo dia, o Diário do Transporte conversou com o proprietário da VEM, Eduardo Medeiros, que disse que não houve nenhuma notificação oficial da mudança e que entende que seu contrato está em vigor.

O empresário anunciou entrar na Justiça contra o ato do prefeito. Relembre:

ENTREVISTA: VEM Mairiporã (Eduardo Medeiros) vai entrar na Justiça para continuar prestando serviços na cidade

No dia 17 de julho de 2021, um domingo, o prefeito Walid Ali Hamid anunciou que a Rosa assumiria as linhas municipais em 31 de julho de 2021.

Em 27 de julho de 2021, a 7ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo atendeu mandado de segurança movido pela VEM Mairiporã (Eduardo Medeiros Transportes Ltda) e de forma liminar, ou seja, provisória, determinou o fim da intervenção da prefeitura sobre a companhia de ônibus e o sistema de transportes.

Cabe recurso por parte da prefeitura.

Como mostrou o Diário do Transporte, o sistema de ônibus da cidade passa por imbróglio.

O prefeito de Mairiporã, Walid Ali Hamid, conhecido como Aladin, informou por meio de suas redes sociais que a empresa Rosa assumirá o transporte coletivo municipal no lugar da VEM no dia 31 de julho de 2021.

Relembre:

Prefeito de Mairiporã anuncia Rosa no lugar da VEM (Eduardo Medeiros) no dia 31 de julho

Com base na justificativa para a intervenção, a má prestação de serviços, é que a prefeitura contratou emergencialmente a Rosa por 180 dias.

Na ação, a VEM alega ato arbitrário e sem justificativa para o processo de intervenção.

O relator Fernão Borba Franco entendeu que a prefeitura não deu direito de ampla defesa à VEM e, apesar da alegação de maus serviços, não apresentou indicadores de qualidade que pudessem comprovar as falhas de prestação de serviços.

“A intervenção no contrato administrativo é permitida em caráter excepcional, para garantir a continuidade do serviço público e evitar a sua prestação inadequada. Entretanto, não há notícias da existência de processo administrativo instaurado para apurar eventual inadimplemento da impetrante, o que fere o contraditório e a ampla defesa. A notificação de fls. 1276 é insuficiente porque não especifica o fato, fazendo alusão genérica a descumprimento de cláusulas contratuais, sem discriminá-las. O decreto de intervenção (fls. 78/88) aparentemente é nulo por ausência de motivação, eis que, apesar de fundado em má prestação do serviço, sequer se refere aos indicadores de qualidade previstos na trigésima terceira cláusula do contrato (fls. 38).”

Ainda de acordo com o despacho, o contrato emergencial, que está para vencer, foi renovado pela própria prefeitura, o que indica que o poder público entendeu que, por ora, empresa tem condições de operar.

Ademais, o contrato de concessão aparentemente está para vencer, o que torna duvidosa a necessidade da adoção de medida extremada. Há verossimilhança das alegações, pois o impetrante já havia sido selecionado anteriormente pela Municipalidade, que optou por celebrar o contrato emergencial (fls. 54/77), o que indica, ao menos por ora, a capacidade da impetrante para exercer regularmente o serviço. Há risco da demora porque a impetrante está impedida de administrar a sociedade, seus bens particulares estão retidos e há notícias de demissão de funcionários. De todo modo, diante da obscuridade e aparente contrariedade dos fatos, oficie-se a Promotoria de Justiça de Mairiporã, conhecimento dos fatos e para a adoção de medidas que entender cabíveis. Esta decisão, por sua natureza, tem caráter provisório e liminar, de modo que com a contraminuta será melhor analisada a questão.

A prefeitura de Mairiporã, na Grande São Paulo, publicou em 29 de julho de 2021, o extrato de contrato por dispensa de licitação com a empresa Rosa que, segundo o prefeito Walid Ali Hamid, conhecido como Aladin, deve começar no dia 31 de julho de 2021.

Segundo a publicação oficial, o contrato com a Rosa é de 180 dias, terá o valor de R$ 5,86 milhões (R$ 5.865.215,88), e é datado de 20 de julho de 2021.

Em publicação oficial anterior, de 07 de julho de 2021, a data de contratação era 02 de julho de 2021.

Enquanto a troca de empresas não ocorre, a VEM Mairiporã (Eduardo Medeiros Transportes) reassumiu também nesta quinta-feira (29) o controle da frota e das linhas que estavam sob intervenção da prefeitura.

Como mostrou o Diário do Transporte, em 28 de julho de 2021, a 7ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo atendeu mandado de segurança movido pela VEM e determinou de forma liminar (provisória), a suspensão da intervenção.

Relembre:

Justiça suspende, em decisão liminar, intervenção da prefeitura de Mairiporã na VEM

De acordo com a empresa VEM, alguns dos ônibus “devolvidos” estavam com avarias que não existiam antes da intervenção e muito sujos.

Além de lataria danificada e manchas de vazamento de óleo e fluidos, foram encontrados problemas elétricos e nos validadores.

A prefeitura de Mairiporã, na Grande São Paulo, divulgou  em 1º de agostos de 2021, os horários de dias úteis das linhas operadas pela Auto Viação Rosa, que assumiu o transporte coletivo da cidade em meio à uma disputa judicial entre o poder público e a empresa Eduardo Medeiros (VEM Mairiporã), com contrato emergencial e que foi descredenciada pela gestão do prefeito Walid Ali Hamid, conhecido como Aladin.

A Rosa começou as operações no domingo, 1º de agosto de 2021, segundo o prefeito.

Em redes sociais, Aladin mostrou ônibus da VEM tentando operar no domingo e sendo parados por carros da Guarda Municipal.

Ainda de acordo com o prefeito, o início das operações da Rosa ocorreu com 25 ônibus.

A empresa Eduardo Medeiros (VEM), de Mairiporã afirmou que em 12 de agosto de 2021, voltaria a operar as linhas do município da Grande São Paulo.

Diário do Transporte conversou um dia antes com Eduardo Medeiros, proprietário da empresa, que disse que as operações começam por volta das 10h. Até este horário, a empresa Rosa continua circulando, mas depois deve recolher os ônibus, de acordo com o empresário.

A juíza Daniela Aoki De Andrade Maria, da 2ª Vara Cível de Mairiporã, determina que a prefeitura cumpra a liminar que suspendeu a intervenção da prefeitura na VEM.

Foi com a mesma motivação da suspensão, alegando maus serviços, que a prefeitura fez uma nova contração de empresa, assinando contrato emergencial com a Rosa.

Considerando-se que, como demonstrado pelo impetrante às fls. 1355/1374, foi requerida no Agravo de Instrumento nº 2171323-10.2021.8.26.0000 liminar também para a suspensão do contrato com a sociedade empresária Viação Rosa Ltda., e tendo em vista que, pela r. decisão monocrática proferida no dia 27 de julho, foi concedida a liminar tal como pleiteada, há de se reconhecer que, ao menos em tese, e não tendo sido autorizada a retomada da execução do contrato pelos impetrados, está-se a descumprir o que foi determinado pelo Excelentíssimo Relator. – diz trecho da decisão.

Medeiros afirmou que os passageiros já compraram créditos de bilhetagem pela Rosa, mas disse que haverá atendimento integral da VEM.

Os ônibus serão os mesmos que usava antes de ter as operações suspensas pela prefeitura e a maior parte dos funcionários também será a mesma.

O prefeito de Mairiporã, na Grande São Paulo, Walid Ali Hamid (Aladim), disse em 12 de agosto de 2021, que o município vai seguir a determinação judicial que possibilitou o retorno da operação da VEM (Eduardo Medeiros), mas que o contrato emergencial da companhia termina no dia 26 de agosto de 2021.

Com isso, ainda de acordo com “Aladim”, o contrato emergencial que estava em vigor com a empresa Rosa, será retomado até a realização de uma licitação do sistema de linhas municipais que deve prever uma concessão de dez anos.

“O contrato da empresa Eduardo de Medeiros vai até 26 de agosto, a partir daí retoma-se o contrato emergencial. Nós respeitamos a nossa Justiça, nós vamos obedecer, isso agora está fora da minha alçada, não posso desobedecer a Justiça, mas eu vou continuar fiscalizando, vendo cumprimento de horários, fazendo as notificações, fazendo as autuações para que todo o serviço possa ser prestado com dignidade à população de Mairiporã” – disse

A VEM Mairiporã, entretanto, diz que a liminar judicial também determinou que a prefeitura conclua uma licitação iniciada em 2020 na qual foi considerada vencedora.

A concorrência previa um contrato de dez anos.

A VEM relata que em março de 2021 o contrato já estava liberado para a assinatura, o que não ocorreu até o momento também sem justificativa do poder público.

A companhia alegou que enfrentou dificuldades por parte da prefeitura na retomada às operações no dia 12 de agosto de 2021, enfrentando problemas como não ter recebido a bilheteria e o escritório até o final da tarde e ter o servidor da internet destruído.

Nas redes sociais, o prefeito disse que não há preferências por empresas.

“Nós somos aqui imparciais no que a gente deseja como empresa porque nós estamos como poder público querendo prestar o melhor serviço de gestão à população. Não importa se é uma empresa que já estava, se é uma que já entrou, se é a que passou muitos anos aqui, o que importa é que preste bom serviço ao trabalhador de Mairiporã” – afirmou. Relembre:

ÁUDIO: Contrato emergencial com Rosa em Mairiporã será retomado depois de 26 de agosto, diz prefeito, mas VEM cita contrato de 10 anos que venceu

Após todo esse imbróglio, a Viação Rosa passou a cumprir o contrato emergencial, assinado em 02 de julho de 2021 e válido por 180 dias.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Daiane disse:

    agora que fecharam esse valor com a empresa a empresa deveria ter vergonha na cara e arrumar esses ônibus que não sobem morro de alguns bairro por que não tem freio !! acho um absurdo os ônibus circulares estarem nessas condições arrumem isso ou vão esperar as pessoas sofrerem um acidente e deixar filhos e parentes !!????

  2. Anônimo disse:

    É uma péssima empresa a viação Rosa, ônibus sucateados, sempre com defeitos, quebrando pelo caminho e sem potência no motor.

  3. Mario aquino disse:

    Enquanto isso a nossa diarista gasta 2,30hs. de terra preta até roseira, com este puxa encolhe, executivo não anda dr ônibus mesmo.

  4. Rosana Matias Nunes disse:

    Pedimos autoridades responsável q cuida desta empresa de ônibus para população de Mairiporã e terra preta tome devida atitude com estes ônibus velhos q rodam nestas linhas ônibus nunca estão no horário certo sempre atrasado
    As pessoas que andam nestes ônibus
    São feche de família
    Mãe de família
    Andam dentro destes ônibus
    Outros também q tem família
    Não andam de graças pagam passagem
    Ônibus sempre sujos lotados
    Banco remendado
    Nós pagamos temos direito de ter trasporte adequados pedimos para os governantes responsável para tomar providências cabíveis
    Antes q um coletivo deste coisas pior foturamentes
    Há todos uma boa noite

  5. Thalia melo disse:

    Tudo isso de dinheiro e o ônibus e uma merda dessa?

  6. Thalia melo disse:

    Sem contar q tem um monte de motorista q dá carona e as pessoas vai de graça, engraçado q eu pago todo dia 4,50 sendo q a passagem e 4,45

  7. Leonardo Gomes Dos Santos disse:

    Gostaria de saber pq todos reclamam da viação rosa…será que não era melhor todos os munícipes andassem de a pé? O engraçado damos duro dentro da companhia na manutenção preventiva e corretiva e mesmo assim só reclamação…o povo só reclama…e esquece que na maior parte das caronas mencionadas são dadas aos funcionários da empresa e de outras empresas que é de direito…o povo deveria andas de carroça nunca tem satisfação de nada….não esqueça também a viação rosa trabalha 24hrs por dia 7 dias da semana…antes de ficar falando mal da empresa ” lembre-se” na viação rosa trabalham pais e mães de família e de lá tiramos o nosso sustento e pagamos nossas contas use o minúsculo raciocínio que te resta….fale menos e prestem mais atenção

  8. Alex reis disse:

    Bom dia.
    Gostaria de estar contente com a notícia.
    Mas infelismente eu e a população usuários desse pouca vergonha de condução, fica a desejar.
    Po favor rosa ficaria a cara do Aladim, do vice sorriso, ao entrar disfarçado em nossas condições e andar nos ônibus que dão destinos para os bairros de zona rural.
    Ex.remédio. rio acima. E outros.
    Aladim esperava mas de vc .
    Cobro pq fui eu teu eleitor.
    Cobro aqui.
    No Facebook.
    Ou em qualquer outra página já que eu não consigo falar com VC ,pessoalmente.
    Os ônibus são bonitos por fora.
    Os motoristas não vou generalizar são de péssima qualidade.
    Muitos irresponsável. Achá que estão levando uma carga de boi ..fica aqui minha indignação. Passar bem.

  9. João Gonçalves disse:

    Triste realidade cadê polícia federal ministério público federal, ministério público estadual os órgãos responsáveis por fiscaliza esse prefeito Aladim ???

    O prefeito e seus secretários estão fazendo com a gestão pública o que querem brincando com a população e burlando as leis para benefício próprios precisa investigar todos os contratos assinados de janeiro de 2021 até hj pois existe várias barbaridades que aconteceu nesse governo

    População de Mairiporã jogada as traças.

  10. Cláudio dos Santos disse:

    Nessa empresa os motoristas trabalham com o celular na mão e são ruim de volante e dão carona sim e além disso fala pro passageiro entrar pela porta traseira e ficam com o dinheiro da passagem isso acontece tdo dia é só fiscalizar essa empresa de merda

  11. Cláudio dos Santos disse:

    Esse prefeito está acabando com maipora e terra preta

  12. luzineti disse:

    É uma vergonha o transporte público em Mairiporã, esperávamos que viesse uma empresa melhor para nos atender e coisa ficou pior do que já estava.
    Posso falar com muita propriedade, sou usuária e as reclamações aqui elencadas procede.
    Temos sim que requerer nos direitos de cidadãos.

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