Diário no Sul

ÁUDIO LANÇAMENTO: Volare apresenta nova linha de micro-ônibus: New Attack

Nova linha Attack se aproximada da Fly, mais sofisticada

Entre as novidades estão três opções de altura de saia: city, rural e standard; Plásticos mais leves no ligar de fibra de vidro; Design foi modernizado e se aproxima da linha Fly

ADAMO BAZANI

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A Volare, unidade de ônibus leves da Marcopolo S.A., apresentou oficialmente nesta terça-feira, 25 de maio de 2021, uma nova linha do veículo Attack.

Segundo a empresa, a geração New Attack, com os modelos New Attack 8 e New Attack 9,  traz mudanças em relação à linha que começou a ser produzida em 2014, que vão além da estética.

Assim, a nova linha não se trata de facelift (reestilização).

Os modelos mantém  motorização Cummins ISF 3.8 de 152 e 162 cv de potência, e Mercedes-Benz OM 924 LA, com 156 cv, freio com sistema eletropneumático e tanque de combustível de 150 litros.

TRÊS OPÇÕES DE “SAIA”

Configuração Attack para trânsito urbano é inédita

Uma das novidades é que agora são oferecidas três opções de altura de saia: city, rural e standard, para atender de forma mais adequada as diferentes aplicações e ampliar a versatilidade da linha de veículos.

As duas versões de largura, de 2.160mm e de 2.320mm, continuam.

De acordo com o gerente nacional de vendas da Volare, Sdnei Vargas, em entrevista ao Diário do Transporte, a opção de saia city tem o degrau mais próximo do chão, o que permite uma acessibilidade melhor e é indicada para tráfego predominantemente urbano.

“Essa é uma novidade da nova linha do Attack, que até então tinha duas opções de saia: rural, com o degrau mais alto, e standard, que era um misto” – explicou

Quanto menor a “saia” do ônibus, que em linhas gerais é a distância do friso do meio da carroceria para o solo, mais baixo tende a ser o degrau.

Na versão rural, é necessário que este vão seja maior pelo tipo de tráfego mais severo.

A linha New Attack tem as versões Escolar, Executivo, Fretamento, Rural e Unidades Especiais, com capacidades que variam entre 19 e 44 passageiros.

Os micro-ônibus atendem aos segmentos de oito toneladas e de nove toneladas de PBT (Peso Bruto Total).

PLÁSTICO INJETADO NO LUGAR DE FIBRA DE VIDRO

Painel foi uma das partes com novo material

Outra mudança funcional destacada por Sidnei Vargas é que a fibra de vidro que integrava parte da carroceria da linha anterior foi substituída por plástico injetado, o que, segundo o gerente, deixou o conjunto de materiais trocados em torno de 30% mais leves.

“De maneira cirúrgica a gente conseguiu manter os atributos de robustez que essa linha Attack proporciona, mas conseguimos melhorar o desempenho dele porque reduzimos peso sem comprometer a parte a estrutural de robustez dessa carroceria” – explicou.

As substituições ocorreram em partes como painel, área de trabalho do motorista, para-choques e áreas da dianteira e traseira.

Para a montagem, o plástico reduz a necessidade de retrabalho, pequenos reparos, que eram necessários com a fibra de vidro, além de ser ecologicamente mais correto, segundo a empresa.

DELIMITADORES DE LED:

Os delimitadores da carroceria são agora de led, o que permite, além de trazer ganhos estéticos, melhorar a iluminação e visibilidade.

Ainda segundo Vargas, o material tem duração maior.

POLTRONAS:

Empresa diz que há diferentes configurações de poltronas

Segundo a Volare, os veículos contam com opções de poltronas e oferecem como opcionais porta-copos, descansa-pés integrados e cinto de segurança retrátil, além de porta-pacotes.

DESIGN:

A Volare possui duas linhas de ônibus de pequeno porte, a Fly, que é a mais luxuosa, e a Attack, que é a mais robusta.

De acordo com Sidnei Vargas, com as modificações de design na carroceria e nos materiais internos, a Attack se aproxima da Fly, mas continuando indicada para aplicações mais severas.

“Conseguimos fazer esta atualização sem onerar a manutenção. São peças de reposição baratas, como eram na linha anterior” – prometeu

Para-choques, grade e conjuntos ópticos dianteiro e traseiro em LED passaram por modernizações para deixar as linhas mais sofisticadas e “limpas”

Farol de neblina e DRL (luz diurna) são opcionais.

MAIS BARATO DO MERCADO:

Linhas estão mais leves, mas intuito é manter robustez

Apesar das mudanças, Sidnei Vargas garante que a nova linha do Attack tem preço muito semelhante aos modelos anteriores.

“A gente conseguiu atualizar os materiais, com investimentos em ferramentas, e os aumentos que a gente tem trabalhado são só reposição de inflação mesmo, não é pelo lançamento” – disse

“É o micro-ônibus mais barato do mercado brasileiro pelo portfólio que ele atende nas aplicações de oito a nove toneladas” – completou.

As vendas já são possíveis e os preços variam de acordo com versões e configurações.

SEGMENTOS E TENDÊNCIAS:

Dois dos segmentos atendidos pelo New Attack têm se destacado atualmente na indústria nacional de ônibus, que tenta sair da crise econômica gerada pela pandemia de covid-19: o escolar e o fretamento.

O escolar tem sido impulsionado por compras públicas, como o Programa Caminho da Escola, do Governo Federal. Já o fretamento, na modalidade contínua, reflete uma necessidade imposta pelo quadro sanitário atual: para manter o distanciamento social entre os trabalhadores durante os deslocamentos, as empresas que contratam o fretamento têm pedido mais ônibus para o deslocamento da mesma quantidade de funcionários.

Sidnei Vargas destacou que o segmento de fretamento para a agroindústria e para mineração e a volta às aulas esperadas com a vacinação são fatores que impedem queda maior das vendas e produção da indústria de ônibus.

A nova linha Attack atende também às especificações do Programa Caminho da Escola.

Vargas disse que a nova geração de micro-ônibus foca também as tendências esperadas para o pós-pandemia.

Sobre o turismo, um estudo do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) no Rio de Janeiro divulgado pelo Diário do Transporte em 17 de maio de 2021, válido para todo o País, mostra as exigências do turista para o pós-pandemia.

Os protocolos de segurança e higiene, além de tecnologia devem fazer parte dos planos de investimentos das empresas, sejam de ônibus, vans, hotéis, pousadas, restaurantes, lojas especializadas entre outros.

A recuperação do turismo deve começar pelas viagens curtas, de até três horas por rodovias ou avião.

As exigências de proteção sanitária começarão já nos traslados, por isso, empresas de ônibus, vans e aviação devem investir mais em equipamentos que deem esta segurança ao turista.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2021/05/17/turismo-so-deve-recuperar-faturamento-do-pre-pandemia-apenas-em-2022-diz-estudo-do-sebrae/

Segundo Vargas, o modelo pode receber as configurações e equipamentos do pacote BioSafe, de biossegurança contra o coronavírus e outros agentes nocivos, como configuração opcional de poltronas em três fileiras únicas em vez de duas fileiras de duplas de bancos; divisórias, materiais antimicrobianos, dispensadores de álcool em gel, luz ultravioleta, e tratamento de renovação do ar no aparelho de refrigeração (ar-condicionado).

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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