Eletromobilidade

Mercedes-Benz (Daimler Buses) firma parceria com BMZ para desenvolver baterias de ônibus elétricos com maior autonomia e vida útil mais longa

Modelo elétrico eO500 U da Mercedes-Benz , feito no Brasil, foi apresentado ao mercado internacional na Bélgica. Diário do Transporte esteve no local

Linha atual de produtos, que inclusive equipa o brasileiro eO500 U é de geração de baterias NMC3; A versão NMC4 deve ser testada já a partir de 2025

ADAMO BAZANI

A Mercedes-Benz (Daimler Buses) anunciou nesta semana que firmou parceria com a empresa BMZ Poland, especializada em sistemas de baterias e equipamentos elétricos, para desenvolver uma nova geração de baterias para ônibus movidos a eletricidade.

A promessa é de mais durabilidade, isto é, que haja menos perda de capacidade e retenção energética com o passar do tempo, e que a autonomia seja maior com a mesma quantidade de packs.

O desenvolvimento será para baterias da geração NMC4.

NMC é a sigla para, em português, para Níquel, Manganês e Cobalto, os elementos que formam a bateria. O número 4 é a geração.

A atual geração, a terceira, NMC3, equipa os ônibus elétricos mais novos da Mercedes-Benz, como a família em produção de modelos eCitaro, na Europa, e o chassis eO500 U, utilizado no mercado brasileiro.

Como mostrou o Diário do Transporte, o eO500 U, fabricado no Brasil foi exposto na BusWolrd em outubro de 2023, maior feia de ônibus do mundo, que ocorreu no início de outubro de 2023, em Bruxelas, na Bélgica.  O Diário do Transporte esteve no local.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2023/10/06/dt-na-busworld-2023-onibus-eletrico-mercedes-benz-do-brasil-para-o-mundo/

O modelo elétrico eO500 U da Mercedes-Benz foi lançado oficialmente ao mercado brasileiro em 25 de agosto de 2021.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2021/08/25/mercedes-benz-lanca-o-primeiro-chassi-eletrico-com-producao-no-brasil-eo500u/

A autonomia das baterias da geração atual NMC3 varia entre 200 km e 250 km, em média, dependendo das condições de operação.

A expectativa é que a geração 4 que está sendo desenvolvida (NMC4) tenha uma autonomia superior a 300 km.

A nova geração deve começar a ser testada já em 2025 para estar disponível nas linhas de produtos antes mesmo de 2030.

Por meio de nota, o diretor de operações da Daimler Buses, Michael Klein, disse que inicialmente, a nova geração de baterias deve atender ao mercado europeu.

“A colaboração entre as nossas empresas combina dois aspectos importantes: a experiência da Daimler Buses no desenvolvimento e fabricação de ônibus, bem como o know-how da BMZ em soluções de baterias de íons de lítio para serviços pesados. Estou entusiasmado em ver o desenvolvimento de uma nova geração excepcional de baterias para nossos ônibus movidos a eletricidade. Esta colaboração representa um marco importante na mudança para transportes públicos com emissões zero em toda a Europa.” – afirmou, segundo a nota.

Já o gerente-geral da BMZ, Tomasz Jankowski, disse que a parceria com a Mercedes-Benz (Daimler Buses) deve ampliar a escala de produção da empresa.

“O desenvolvimento e a produção dos melhores sistemas de ônibus elétricos têm sido nossa estratégia há uma década. Estamos orgulhosos de poder trabalhar com a Daimler Buses. Pessoalmente, trato esta nomeação como um prémio pela estratégia consistente de crescimento e investimento no mercado de ônibus elétricos. Agora, juntamente com a Daimler Buses, seremos capazes de implementar esta estratégia numa escala muito maior.”

MERCEDES-BENZ E ELETRIFICAÇÃO:

O primeiro em série:

A Mercedes-Benz começou a produção em escala ônibus elétricos na Europa em 2018, com a primeira unidade o eCitaro. Os ônibus cabeça de série foram entregues entre o fim de 2018 e início de 2019.

Ao longo dos anos, a Mercedes-Benz foi renovando as gerações de baterias, sempre com a promessa de maior autonomia e densidade energética (capacidade de armazenamento de energia e menor perda ao longo da vida útil) de ônibus.

América Latina:

Em 25 de agosto de 2021, o Diário do Transporte mostrou em primeira-mão que a Mercedes-Benz apresentava no Brasil, para o mercado latino americano, o eO500 U, ônibus de piso baixo padron com tecnologia da marca. O veículo já contava com a geração de baterias NMC3, cuja autonomia varia entre 200 km e 250 km, em média, dependendo das condições de operação. NMC é a sigla para, em português, Níquel, Manganês e Cobalto, e o número ao lado é a geração, ou seja, terceira geração.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2021/08/25/mercedes-benz-lanca-o-primeiro-chassi-eletrico-com-producao-no-brasil-eo500u/

Ônibus elétrico feito no Brasil para o mundo:

Como mostrou o Diário do Transporte, o eO500 U, fabricado no Brasil foi exposto na BusWolrd, maior feia de ônibus do mundo, que ocorreu no início de outubro de 2023, em Bruxelas, na Bélgica.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2023/10/06/dt-na-busworld-2023-onibus-eletrico-mercedes-benz-do-brasil-para-o-mundo/

As 50 primeiras unidades do eO500 U foram comercializadas para empresas de ônibus da cidade de São Paulo, como Viação Metrópole Paulista (zonas Leste e Sul), Sambaíba Transportes Urbanos (zona Norte) e MobiBrasil (zona Sul).

Parceria com Eletra:

No Brasil, a Mercedes-Benz também estabeleceu parceria com a empresa Eletra Industrial, de capital brasileiro com sede em São Bernardo do Campo (SP), que eletrifica chassis da marcacomo para mídis (base do OF-1721, mas, obviamente, sem motor dianteiro), padrons (O 500 U, mesma base do diesel, que não é o eO500 U) e articulados/superarticulados (O 500 UA e O 500 UA, respectivamente).

Hidrogênio para ampliar autonomia e metas para 2030:

Na BusWorld 2023, que ocorreu em outubro daquele ano em Bruxelas, na Bélgica, a Mercedes-Benz apresentou o, até então, inédito eCitaro Fuel Cell.

O modelo é um ônibus de propulsão elétrica com duas fontes de energia, três pacotes de baterias, que carregam no sistema conectado ao carregador, e um tanque de célula de combustível de hidrogênio, que gera energia para recarga das baterias enquanto o veículo está em operação.

Segundo a Mercedes-Benz, a autonomia pode chegar a 400 quilômetros com apenas uma carga, o que possibilita que o ônibus circule por rotas mais longas. Só com o tipo plug-in (sem o hidrogênio e com carregamento externo), as baterias têm autonomia média de 200 km.

Uma das metas anunciadas em 2023 na BusWorld pela Mercedes-Benz para o continente europeu é de 100% de eletrificação nos ônibus urbanos até 2030 e 20% nos “intercidades” .

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2023/10/07/dt-na-busworld-2023-video-onibus-eletrico-com-hidrogenio-como-caminho-para-maior-autonomia/

Parceria para baterias com maior vida útil e mais autonomia:

No fim de abril de 2024, como também mostrou o Diário do Transporte, noticiou que a Mercedes-Benz (Daimler Buses) anunciou que firmou parceria com a empresa BMZ Poland, especializada em sistemas de baterias e equipamentos elétricos, para desenvolver uma nova geração de baterias para ônibus movidos a eletricidade.

A promessa é que a durabilidade seja maior, ou seja, que haja menos perda de capacidade energética com o passar do tempo, e que a autonomia seja maior com a mesma quantidade de packs.

O desenvolvimento será para baterias da geração NMC4. NMC é a sigla para, em português, Níquel, Manganês e Cobalto), os elementos que formam a bateria. O número 4 é a geração.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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