Instalação de portas de plataforma na estação Moema do Metrô avança, diz presidente da companhia
Publicado em: 6 de julho de 2020

Mas nas linhas de operação pública, contrato foi barrado na Justiça e é questionado pelo TCE
ADAMO BAZANI/WILLIAN MOREIRA
O presidente do Metrô de São Paulo, Silvani Pereira, divulgou em sua rede social fotos do andamento do processo de instalação das portas de plataforma na estação Moema da Linha 5-Lilás que é operada pela iniciativa privada, por meio da concessionária ViaMobilidade.
A linha vem recebendo aos poucos a instalação deste dispositivo de proteção que evita acidentes com passageiros e queda de objetos.
A intenção é terminar o serviço de instalação em todas as estações e depois avançar com este mesmo processo em outras linhas como 1-Azul e 3-Vermelha.
“Queremos cumprir nossos prazos e por isso, precisamos manter o foco”, disse o presidente do Metrô na publicação.
INSTALAÇÃO ESTÁ ATRASADA POR CAUSA DA BOMBARDIER:
Apesar da postagem de Silvani, o processo s está atrasado.
A instalação das portas de plataforma na linha é uma novela antiga.
Em 31 de agosto de 2018, o Diário do Transporte noticiava a promessa do então secretário Clodoaldo Pelissioni de que todas as estações da linha teriam os equipamentos até 2020.
A Bombardier, que é responsável pelo sistema de sinalização da linha, foi multada em R$ 50 milhões pelo atraso na instalação das portas, segundo Pelissioni na época.
Relembre:
LINHAS PÚBLICAS:
Apesar da promessa de Silvani, no caso das linhas de operação pública, como a 1,2 e 3, o Metrô enfrenta problemas.
Em 19 de maio, o Diário do Transporte noticiou que decisão da 2ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça suspendeu liminarmente o contrato firmado entre o Metrô de SP e o Consórcio Kobra para a instalação de portas de plataforma nas Linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha operadas pela estatal paulista.
O Consórcio foi homologado como vencedor do certame em junho de 2019.
São ao todo 88 equipamentos, que ampliam a segurança dos passageiros ao evitar quedas nos trilhos.
O valor dos serviços, que incluem elaboração de projeto executivo, fornecimento e implantação dos equipamentos, é de R$ 342,4 milhões (R$ 342.407.421,97), com base no preço de 1º de novembro de 2018.
Os serviços devem ser feitos em 60 meses.
O Consórcio Kobra é formado pelas empresas Husk Eletrometalurgica Ltda., MG Engenharia e Construção Ltda, Samjung Tech Co Ltda e Woori Technology Inc.
Relembre:
No dia 23 de maio, o TCE – Tribunal de Contas do Estado cobrou explicações do Metrô sobre a implantação de portas de plataforma e sistemas de monitoramento nas linhas 1-Azul (Jabaquara/Tucuruvi), 2-Verde (Vila Prudente/Vila Madalena) e 3-Vermelha (Barra Funda/Itaquera).
A corte de contas alegou, em linhas gerais, que fiscalizações do órgão constataram irregularidades que possam trazer prejuízos como valores maiores ou limitação de concorrência.
Relembre:
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Willian Moreira em colaboração especial para o Diário do Transporte
Ué, mas a partir do momento que o concessionário privado assume a operação da linha, as obras de melhoria de estação não deveriam ficar a cargo dele?