Metrô adia pela segunda vez recebimento de propostas para concessão do monotrilho da linha 15-Prata

O aviso saiu publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo de sábado, dia 30 de junho

ALEXANDRE PELEGI

O leilão da Linha 15-Prata do metrô de São Paulo sofreu novo adiamento.

A data anterior era 26 de junho, quando foi adiada para 31 de julho. Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2018/06/16/metro-adia-recebimento-de-propostas-para-concessao-do-monotrilho-da-linha-15-prata/

O aviso saiu publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo de sábado, dia 30 de junho. A nova data para recebimento e a abertura dos envelopes passa para o dia 22 de novembro, na B3, antiga Bolsa de Valores de São Paulo.

Como da outra vez, a justificativa foi a mesma: o volume de questionamentos em relação ao edital feitos pelas empresas interessadas na concorrência.

A concessão será por 20 anos e o critério para que a empresa ou consórcio seja considerada vencedora do certame é o maior valor de outorga. O lance mínimo para outorga é de R$ 153,3 milhões.

O monotrilho da linha 15, assim como outras linhas deste modal, sofre atrasos em relação às primeiras previsões e vai ficar menor e mais caro que os projetos originais.

Atualmente estão em operação apenas seis das 11 estações previstas já após a mudança dos planos para o sistema de pequenos trens que trafegam em elevados. Originalmente o projeto teria 18 estações e, em 2012, o custo projetado para todas elas era de R$ 3,5 bilhões.

Agora, as 11 estações previstas, incluindo 15,3 km de vias, que vão da Vila Prudente à Jardim Colonial, devem custar R$ 5,2 bilhões com previsão de entrega total até 2021.

Em agosto de 2014, começou a operar em testes o trecho de 2,3 km entre as estações Vila Prudente e Oratório. A operação comercial teve início somente em 10 de agosto de 2015. Outras quatros estações foram inauguradas para testes somente em 06 de abril de 2018: São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói e Vila União.

Foram descartados, sem previsão de retomada nos planos do Estado, os trechos entre Hospital Cidade Tiradentes e Iguatemi e Vila Prudente-Ipiranga.

Reportagem do Diário do Transporte  de junho de 2016 já mostrava que o modal ficou até 83% mais caro para a realidade das operações em São Paulo. Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2016/06/03/monotrilhos-de-sao-paulo-ja-estao-ate-83-mais-caros-e-custo-do-quilometro-se-aproxima-do-metro/

Esse é o segundo leilão que a Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo realiza em 2018. O primeiro ocorreu em janeiro, quando foram leiloadas as linhas 5 e 17 do Metrô. A vencedora foi a CCR.

Em nota, a STM (Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos) disse que o certame foi postergado em mais 120 dias a pedido de empresas nacionais e internacionais do setor interessadas em participar da concorrência.

Confira a nota na íntegra:

A Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos (STM) informa que adiou para 22 de novembro o leilão de concessão da linha 15-Prata de monotrilho. O certame foi postergado em mais 120 dias a pedido de empresas nacionais e internacionais do setor interessadas em participar da concorrência, que afirmam ser necessário mais tempo para preparar a documentação exigida na licitação.

O objetivo é conceder à iniciativa privada a operação e manutenção da linha 15 pelo período de 20 anos. O valor do contrato é estimado em R$ 4,5 bilhões. O edital da licitação está disponível no portal http://www.stm.sp.gov.br. O leilão será realizado na sede da B3 (antiga BM&FBOVESPA), no centro da capital. O lance mínimo para outorga é de R$ 153,3 milhões. O critério de julgamento será o de maior valor oferecido, em moeda corrente nacional, pela outorga fixa da concessão.

Para ampliar a concorrência a licitação é feita na modalidade internacional. Todos os integrantes dos consórcios que formam as Sociedades para Propósitos Específicos (SPEs) que atuam na área metroviária são dotadas de competência para participar.

Com tecnologia de monotrilho, a linha 15-Prata, funciona desde agosto de 2014 entre as estações Vila Prudente e Oratório, ao longo de 2,9 km, contando com o pátio de manobra. Em abril foram entregues mais 5,5 quilômetros com as estações São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói e Vila União. Em julho será aberta a estação Jardim Planalto e em setembro devem ser inauguradas as estações Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus. A última estação será a Jardim Colonial, prevista para março de 2021. Ao todo, o Governo do Estado investe R$ 5,2 bilhões.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

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