Em dez anos, 70 ônibus foram queimados em Belo Horizonte, segundo sindicato
Publicado em: 14 de abril de 2018
Cada veículo incendiado gera prejuízo de R$ 400 mil e prejudica cerca de 500 passageiros
JESSICA SILVA PARA O DIÁRIO DO TRANSPORTE
Um levantamento feito pelo Setra-BH (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte) mostra que 70 ônibus foram queimados na capital mineira, nos últimos dez anos.
Na tarde desta sexta-feira, 13 de abril de 2018, foi registrado mais um caso de incêndio criminoso a ônibus. Segundo testemunhas, três suspeitos teriam ateado fogo em um coletivo na Rua Igarapé, no Bairro Pedra Branca. Ninguém ficou ferido.
No dia anterior, 12 de abril de 2018, três ônibus foram incendiados na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os veículos atingidos pelo fogo estavam em Brumadinho, Contagem e no bairro Juliana, na região Norte da capital de Minas Gerais.
Na ocasião, os criminosos deixaram um bilhete reclamando sobre as condições da Penitenciária Nelson Hungria. Relembre: Três ônibus são incendiados em Belo Horizonte
O histórico é ainda mais extenso nos últimos dias. Em 25 de março, um incêndio a ônibus interditou a BR-381 em Betim, também na Região Metropolitana. Entre outras ocasiões registradas pela Polícia Militar.
Conforme o Setra-BH informou ao portal Estado de Minas, dois ônibus também foram queimados em 9 de março, na Avenida Presidente Carlos Luz. A ação foi em protesto à morte de um jovem, atingido pela Polícia.
Cada ônibus queimado causa um prejuízo de R$ 400 mil às empresas de ônibus. Além disso, cerca de 500 passageiros são afetados, segundo o sindicato, pois a substituição de um veículo pode levar até 180 dias e a frota fica menor por um período, causando lentidão no sistema de transporte coletivo e lotação acima da média.
Em nota enviada ao Estado de Minas, a Seap (Secretaria de Estado de Administração Prisional) informou que aguarda a conclusão das investigações dos casos pela Polícia Civil.
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No passado também queimavam trens de subúrbio. Entre as providencias tomadas para inibir a prática, uma delas foi construir “vagões” ( “carros” na linguagem técnica ) com pouco material inflamável. Rogerio Belda