Biarticulado da Scania fez demonstrações em Curitiba

Scania biarticulado F 360 HA

Ônibus biarticulado da Scania fez demonstrações em Curitiba, sistema considerado origem do BRT no mundo.

Cidade é considerada berço do BRT no mundo. Ônibus possui motor dianteiro

ADAMO BAZANI

Lançado oficialmente na semana passada, o F 360 HA, o primeiro ônibus biarticulado da Scania no Brasil, também fez experimentações em Curitiba, no Paraná.

Voltado para sistemas de BRT – Bus Rapid Transit, corredores de ônibus de maior velocidade e demanda, o veículo chegou até a fazer paradas nas conhecidas estações-tubo do sistema paranaense.

O sistema de Curitiba é considerado o “berço do BRT” no mundo. A solução saiu do papel em 1974, quando o arquiteto e urbanista Jaime Lerner era prefeito. Ele quis organizar o crescimento da cidade por uma rede que privilegiasse o transporte coletivo.

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Não houve transporte de passageiros nas demonstrações, embora que as carrocerias Neobus Mega BRT e Caio Millennium BRT, que equipam o chassi do ônibus de 28 metros de comprimento já possuem homologação para as normas de transportes brasileiros.

Há operações de biarticulados da Scania em outros países da América Latina, como no México e Colômbia.

Dependendo da configuração interna da carroceria, o ônibus pode transportar até 270 passageiros, entre sentados e em pé. O motor é dianteiro e desenvolve 360 cavalos e o torque é de 1.850Nm. A configuração é de piso alto para estações de BRT que possibilitam embarque e desembarque no mesmo nível do assoalho dos ônibus.

O câmbio é automático B 516R de seis marchas, da Allison. O peso bruto total é de 43,5 toneladas.

Apesar de a crise econômica atrasar os repasses do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, comprometendo os cronogramas das obras de mobilidade, segundo o Ministério das Cidades, há 61 projetos de BRT em andamento no Brasil e a Scania foca neste mercado.

É o Ministério das Cidades o principal responsável pelo dinheiro das obras de mobilidade. Muitas deveriam estar prontas até a Copa do Mundo de 2014. Além da crise, erros nos projetos por parte de estados e municípios também impede o maior fluxo dos recursos, de acordo com o Ministério.

Desde 1992, somente a Volvo detinha a tecnologia de modelos biarticulados no Brasil.

Confira a matéria sobre o modelo que o Blog Ponto de Ônibus trouxe na quinta-feira passada, com mais detalhes em:

https://diariodotransporte.com.br/2015/10/09/scania-lanca-oficialmente-onibus-biarticulado-para-o-brasil/

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Em Curitiba, os biarticulados da Volvo possuem motor central. A carroceria e as estações-tubo têm compatibilidade em relação ao posicionamento das portas.

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Scania diz que veículo é capaz de tirar das ruas até 135 carros com duas pessoas, ou 68 automóveis com 4 ocupantes.

Scania diz que veículo é capaz de tirar das ruas até 135 carros com duas pessoas, ou 68 automóveis com 4 ocupantes.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Paulo Gil disse:

    Amigos,boa noite.

    Vou aproveitar o tema articulado,para relatar uma constatação.

    Hoje andei num articulado semi novo nas faixas do buzão, parecia uma gangorra.

    Nunca havia utilizado um articulado fora de um corredor.

    O piloto muito simpático,fui com ele na ida e na volta;mas pilotava aos trancos e freadas bruscas.

    O motor desse articulado esta SUPER dimensionado, pois mesmo nas saídas este dava tranco de tanta força / potência que o bichão tem.

    Cada dia que passo fico mais pasmo com a imperícia na operação do buzão de Sampa.

    O grau de desconforto numa “gangorra articulada” é altíssimo, a configuração interna do assoalho é pra lá de péssima.

    Se possível, gostaria que a Indusscar informasse a dureza do encosto de cabeça (Creio que deve dar uns 80 Shore D); muito duro mesmo.

    Se bater a cabeça num acidente qualquer é traumatismo craniano na certa.

    O interior na cor cinza claro está muito pesadão,tem de retornar ao azul claro ou qualquer outro tom pastel que dê uma sensação mais agradável no buzão .

    A fiscalizadora precisa mandar colocar no meio e no fundo da “gangorra articulada” o numeral do carro,pois com aquele monte de ferro retorcido na cor amarelo “bilis” não dá para ler do numeral do buzão lá da “cozinha”.

    Olha essa nova licitação deve ser impugnada antes de ser publicada.

    Pois o que já estão fazendo com o buzão de Sampa está totalmente errado e o pior de tudo judiando fisicamente dos passageiros.

    Não temos estrutura viária para que o “sistema proposto” pela fiscalizadora na nova licitação, funcione a contento.

    Mas ninguém tá nem ai, afinal não sou só eu que observo tais fatos, talvez sim o que escreve as kákas observada quando eu uso o buzão e me deparo com tamanha káká.

    Falando em káka, solicito que alguma alma caridosa me informe aonde se efetua o desembarque de um passageiro de carro no Terminal Buta, depois que em parte lateral virou faixa exclusiva do buzão.

    Gangorra articulada de piso baixo é HORRÍVEL sua ergonomia e funcionalidade.

    Articulado é pra rodar em corredor e não em faixa cheia de ondulação, curvas, árvores e tudo mais.

    A fiscalizadora não sabe operar buzão e pronto, depois dessa está confirmado.

    Após essa minha desagradável experiência, acho que a Scania acertou na mosca, pois esse modelito da foto terá menos probabilidade de estar sujeito ao “EFEITO GANGORRA”.

    Eu desisto, o buzão de Sampa não em jeito.

    Querem fazer tudo errado e da forma que dá mais desconforto possível ao passageiro.

    Do jeito que vai, nem por paixão está dando vontade de andar no buzão em Sampa.

    Fica ai para a reflexão dos engenheiros, técnicos, especialistas da área de transporte.

    Uma coisa é certa, as encarroçadoras precisam voltar para a escola para reaprender a fazer carrocerias.

    É Sr. Eliziário; o senhor deixou um grande legado a todos, mas …

    Att,

    Paulo Gil

    1. Paulo Gil disse:

      Complementando.

      Mesmo com transmicao automatica a “Gangorra articulada” dava arrancada bruscas.

      Por isso que eu digo que o motor esta SUPER dimensionado.

      Outra coisa horrivel que me lembrei agora a pouco e a inclinacao do piso na area das portas em relacao ao corredor centeal, isso causa desequilibrio no deslocamento fos passageiros.

      O buzao estava com lotacao de bancos (pouquissimo) e uns 70 passageiros em pe + ou -, cujo deslocamento no interior e pessimo isso sem falar nos tropecoes.

      O PVC da articulacao tambem deve ser azul claro ou outro tom pastel mais agradavel.

      Embora a abertura das portas dos buzoez esta com um sistema legal, nas “Gangorras articuladas” eu sugiro a instalacao de um anteparo ou algo similar para proteger o todo o corpo do passageiro e principalmente as maos dos passageiros quando da abertura e fechamento das folhas de porta.

      A linnha que a “Gangorra articulada” estava operando e a 8705.

      Att,

      Paulo Gil

      1. Zé Tros disse:

        A culpa não é do articulado. A culpa é da empresa que não treina seus funcionários e da prefeitura que não cuda do viário como deveria.

        As encarroçadoras produzem carrocerias mais confortáveis, mas, o empresário não compra conforto. Ele compra o mínimo necessário para transportar os passageiros. Como os órgãos gestores não fiscalizam e nem cobram nada, vira essa zona que vc vivenciou.

        Infelizmente aqui no Brasil é assim.

      2. A 8705 é da Transppass. A Transppass adora carros com transmissão ZF. Agradeça principalmente a ela pelos trancos, porque nos carros com Voith não acontecem isso.

  2. Uma pena que só serve pra corredores BRT.

  3. Ricardo disse:

    Novamente palavras sábias do Paulo Gil. A grande verdade é que esses motoristas trabalham com uma grande má vontade, pois imaginam que a viação é deles e estão fazendo um grande favor ao abrir a porta para embarque do passageiro. Parece, desse jeito que relatou o Paulo Gil, que a única hora que esses parasitas de motorista sabem correr é mesmo só na hora da arrancada, pois com a tal, parece que você vai ser prensado na região dos ferros da catraca. Outro sinal que os parasitas dos motoristas não gostam de parar para embarcar passageiros é que na 4310, passando das 22 horas na Radial Leste (quase sem moscas na faixa exclusiva) só andam atrás do ônibus da mesma linha que está imediatamente à frente (a uns 20km/h, deixando sempre para este ônibus que está à frente embarcar os passageiros no ponto), vindo à ultrapassar o mesmo somente quase chegando no Parque Dom Pedro, passando a Estação Belém, pois desde Itaquera, vêm sempre atrás, a uns km/h. A SPTrans devia estabelecer um tipo de multa para isto.

  4. Ricardo disse:

    Outro verme de motorista vinha do Terminal Parque Dom Pedro no domingo dia 11/10, na 5142, a 15km/h, só reclamando junto com o cobrador. Porque um cara destes não sai fora e dá o emprego para quem realmente quer trabalhar?

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