Rodoviários de Teresina (PI) entram em estado de greve, mas negam paralisação nos próximos dias

Segundo o SINTETRO-PI, negociações por reajustes salariais não avançaram nos últimos três anos

GUILHERME STRABELLI

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (SINTETRO-PI) informou que os trabalhadores aprovaram o estado de greve a partir da próxima segunda-feira, 13 de maio de 2024. A informação foi anunciada nesta quarta-feira, 8 de maio, nas redes sociais do sindicato.

A entidade afirma que mesmo após dias de negociações com mediação da Justiça e proposta de subsídios da prefeitura, o sindicato patronal recusou-se a negociar reajuste salarial e de benefícios. A aprovação do estado de greve foi unânime.

Segundo o sindicato, até o dia 20 de maio serão realizadas novas negociações e, caso não haja avanços significativos, será realizada uma paralisação geral dos serviços.

No entanto, a entidade usou as redes sociais para negar os rumores de que a greve começaria já na segunda-feira, 13. “Não vamos começar a greve na segunda-feira. É falsa essa informação!”, afirmou o SINTETRO.

O sindicato afirmou que o movimento está dentro da lei e que os movimentos estão sendo tomados para valorizar a atuação dos profissionais.

Confira nota completa do sindicato:

“O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (SINTETRO-PI) comunica à população de Teresina e aos órgãos de imprensa que, após três rodadas de negociação mediadas pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Piauí e, mesmo com os subsídios propostos pela Prefeitura de Teresina, o sindicato patronal, SETUT, persiste em recursar-se a negociar um reajuste digno no salário e nos benefícios dos trabalhadores.

Desta forma, em Assembleia Geral realizada com os trabalhadores do Transporte Público Municipal em 8 de maio de 2024, foi decidido, de forma unânime, o início de um estado de greve a partir do dia 13 de maio. Durante este período, serão realizados movimentos esporádicos em determinadas linhas de ônibus.

Ressaltamos que, caso não haja avanços significativos nas negociações até o dia 20 de maio, será deflagrada uma paralisação geral dos serviços a  partir desta data. Este movimento grevista é legítimo e está amparado pelo artigo 9º da Constituição Federal, decorrente de falta de progresso nas negociações coletivas para reajustes salariais e benefícios dos trabalhadores.

Solicitamos a compreensão e apoio da população e da mídia, enfatizando que todas as ações estão sendo tomadas com o máximo de responsabilidade e em busca de um acordo que valorize o trabalho e a dignidade dos profissionais que representamos”.

Guilherme Strabelli, para o Diário do Transporte

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