Eletromobilidade

Inmetro vai desembolsar R$ 18 milhões para projeto que usa inteligência artificial para redução de poluentes por ônibus, carros e caminhões e pode gerar crédito aos proprietários

Informações geradas podem ser “vendidas” pelos proprietários dos veículos aos fabricantes, distribuidoras de combustíveis e concessionárias de transportes e rodovias

ADAMO BAZANI

O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) anunciou que vai liberar R$ 18 milhões para projeto que faz uso da inteligência artificial para colaborar com a redução de poluentes gerados por ônibus, carros e caminhões.

O objetivo é estimular o desenvolvimento de tecnologias para medir com mais precisão as emissões e consumo dos veículos.

O programa é uma parceria entre o instituto, as universidades federais do Rio Grande do Norte e da Paraíba (UFRN e UFPB) e fabricantes de veículos.

Denominado “Descarbonize.ai: Sistema Integrado para Análise, Monetização e Descarbonização do Tráfego Veicular”, o programa usa recursos do Rota 2030, denominado de MOVER, em nova edição do Governo Federal.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2023/12/30/lula-oficializa-neste-sabado-30-o-mover-novo-rota-2030-que-vai-estimular-producao-de-onibus-menos-poluentes-com-r-193-bilhoes-em-creditos/

Por meio de nota, o Inmetro explica que as informações geradas podem ser “vendidas” pelos proprietários dos veículos aos fabricantes, distribuidoras de combustíveis e concessionárias de transportes e rodovias.

Neste contexto, motoristas, gestores de frota, montadoras e corporações e em geral são incentivadas a adotarem iniciativas ecologicamente responsáveis.

O projeto se baseia em duas abordagens principais. A primeira utiliza dados reais e Inteligência Artificial para estimar, com menor incerteza, o consumo energético dos automóveis em condições de uso do dia a dia, e seu comportamento em diferentes situações, algo difícil de se conseguir apenas com ensaios em laboratório, por exemplo. A segunda abordagem é a monetização.

Com esses dados, é possível criar modelos de negócio em que o condutor que compartilha as informações colhidas de seu veículo é recompensado com cripto créditos em uma plataforma blockchain. Estes poderão ser negociados com empresas interessadas nas informações, sejam elas montadoras, seguradoras, distribuidoras de combustível, concessionárias de estradas, entre outras.

O projeto tem duração de 24 meses, e conta com recursos coordenados pela Fundação de Desenvolvimento de Pesquisa (Fundep). Ao final será entregue um protótipo que será disponibilizado à indústria nacional por meio de transferência de tecnologia.

A equipe da Instituição é integrada pelos servidores do laboratório de Informática (Lainf), Rodrigo Pereira David, Wilson Souza de Mello Junior e João Alfredo Cal Braz.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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