Inmetro vai desembolsar R$ 18 milhões para projeto que usa inteligência artificial para redução de poluentes por ônibus, carros e caminhões e pode gerar crédito aos proprietários
Publicado em: 4 de janeiro de 2024
Informações geradas podem ser “vendidas” pelos proprietários dos veículos aos fabricantes, distribuidoras de combustíveis e concessionárias de transportes e rodovias
ADAMO BAZANI
O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) anunciou que vai liberar R$ 18 milhões para projeto que faz uso da inteligência artificial para colaborar com a redução de poluentes gerados por ônibus, carros e caminhões.
O objetivo é estimular o desenvolvimento de tecnologias para medir com mais precisão as emissões e consumo dos veículos.
O programa é uma parceria entre o instituto, as universidades federais do Rio Grande do Norte e da Paraíba (UFRN e UFPB) e fabricantes de veículos.
Denominado “Descarbonize.ai: Sistema Integrado para Análise, Monetização e Descarbonização do Tráfego Veicular”, o programa usa recursos do Rota 2030, denominado de MOVER, em nova edição do Governo Federal.
Relembre:
Por meio de nota, o Inmetro explica que as informações geradas podem ser “vendidas” pelos proprietários dos veículos aos fabricantes, distribuidoras de combustíveis e concessionárias de transportes e rodovias.
Neste contexto, motoristas, gestores de frota, montadoras e corporações e em geral são incentivadas a adotarem iniciativas ecologicamente responsáveis.
O projeto se baseia em duas abordagens principais. A primeira utiliza dados reais e Inteligência Artificial para estimar, com menor incerteza, o consumo energético dos automóveis em condições de uso do dia a dia, e seu comportamento em diferentes situações, algo difícil de se conseguir apenas com ensaios em laboratório, por exemplo. A segunda abordagem é a monetização.
Com esses dados, é possível criar modelos de negócio em que o condutor que compartilha as informações colhidas de seu veículo é recompensado com cripto créditos em uma plataforma blockchain. Estes poderão ser negociados com empresas interessadas nas informações, sejam elas montadoras, seguradoras, distribuidoras de combustível, concessionárias de estradas, entre outras.
O projeto tem duração de 24 meses, e conta com recursos coordenados pela Fundação de Desenvolvimento de Pesquisa (Fundep). Ao final será entregue um protótipo que será disponibilizado à indústria nacional por meio de transferência de tecnologia.
A equipe da Instituição é integrada pelos servidores do laboratório de Informática (Lainf), Rodrigo Pereira David, Wilson Souza de Mello Junior e João Alfredo Cal Braz.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Del Rey Transportes escolhe Optibus para maior eficiência em suas operações de transporte público
Com medidas proativas, Praxio prepara clientes para entrega da DIRF 2025
Comentários