NÃO haverá greve de Metrô em São Paulo nesta quinta (26), mas categoria ameaça parar no dia 31 de outubro

Trabalhadores que foram demitidos ou suspensos

Demissões por paralisação surpresa são motivos de insatisfação

ADAMO BAZANI

Não haverá greve de Metrô em São Paulo nesta quinta-feira, 26 de outubro de 2023.

O Sindicato dos Metroviários deve fazer uma nova assembleia na segunda-feira (30) para definir se haverá ou não uma greve na próxima terça-feira, 31 de outubro de 2023.

Isso será decidido até esta quinta-feira (26), quando termina às 19h a Assembleia online.

A entidade é contra as demissões de cinco empregados e a suspensão de outros quatro anunciada pelo Metrô nesta terça-feira (24).

Entre os desligados, estão diretores da entidade trabalhista, como Altino dos Prazeres, e o vice-presidente do Sindicato dos Metroviários, Narcísio Fernandes Soares. Um metroviário conhecido como Tufão, que é considerado “ativista”, também foi demitido, de acordo com membros do sindicato.

O Metrô diz que as demissões ocorreram por causa da paralisação surpresa que ocorreu no dia 12 de outubro de 2023.

Além disso, segundo a estatal, um foi funcionário foi suspenso por 29 dias e outros três, que contam com estabilidade sindical, foram suspensos sem remuneração para serem submetidos a inquérito perante o Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

Em um comunicado, o Sindicatos dos Metroviários lembra da greve contra privatizações que paralisou no dia 03 de outubro de 2023, as linhas de operação estatal do Metrô de São Paulo, linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e serviços da Sabesp, a companhia estatal de saneamento ambiental de São Paulo.

Para o Sindicato, as demissões seriam para “enfraquecer uma categoria que está na linha de frente da luta contra o projeto do governador [Tarcísio de Freitas] de privatizar todos os serviços públicos”.

A entidade ainda classificou as demissões como atitude “intempestiva, arbitrária e antissindical”

Como mostrou o Diário do Transporte, no dia 12 deste mês, sem aviso aos passageiros, as linhas foram paralisadas pela categoria contra a advertência a cinco funcionários que se recursaram a treinar outros trabalhadores para operar os trens em caso de contingência, como de greve.

As linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha de metrô e 15-Prata de monotrilho foram impactadas.

O protesto durou entre 9h00 e 14h00 aproximadamente.

A companhia acionou ônibus da Operação PAESE (Plano de Atendimento entre Empresas em Situação de Emergência) para trechos afetados do sistema.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2023/10/12/linhas-do-metro-de-sao-paulo-voltam-a-operar-normalmente-nesta-quinta-12-apos-paralisacao-total-dos-metroviarios/

Por ser feriado em emenda, muitas pessoas perderam as viagens de ônibus rodoviários agendadas a partir dos terminais Tietê, Barra Funda e Jabaquara, que são integrados a linhas de metrô.

Algumas companhias de ônibus, como a Nova Itapemirim, disseram que remarcaram as passagens sem cobrança de taxas.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2023/10/12/nova-itapemirim-remarca-passagem-sem-taxa-para-quem-perdeu-a-viagem-por-causa-da-paralisacao-surpresa-do-metro-de-sao-paulo-nesta-quinta-12/

Por meio de nota, a estatal diz que tomou a medida baseado em provas compostas por imagens, áudios e relatórios que indicaram a conduta irregular dos nove profissionais.

Ainda de acordo com a empresa, a direção avaliou que a paralisação atendeu apenas a interesses privados e descumpriu a legislação por ter sido implementada sem aviso prévio e sem qualquer autorização neste sentido pela assembleia da categoria dos metroviários.

(Veja nota completa do Metrô de São Paulo abaixo)

O Metrô de São Paulo decidiu aplicar punições a nove operadores de trem da Companhia em função de faltas graves durante a paralisação surpresa no último dia 12 de outubro. Os serviços foram prejudicados em 49 estações, com interrupção total nas linhas 1-Azul, 3-Vermelha e 15-Prata e operação com velocidade reduzida na Linha 2-Verde. A companhia também avalia outros casos e não descarta novas punições.

Cinco funcionários foram demitidos, um foi suspenso por 29 dias e outros três, que contam com estabilidade sindical, suspensos sem remuneração para serem submetidos a inquérito perante o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que irá apurar a ocorrência de falta grave e decidir pela consequente demissão.

A decisão do Metrô foi baseada em provas compostas por imagens, áudios e relatórios que indicaram a conduta irregular dos nove profissionais. A direção da Companhia avaliou que a paralisação atendeu apenas a interesses privados e descumpriu a legislação por ter sido implementada sem aviso prévio e sem qualquer autorização neste sentido pela assembleia da categoria dos metroviários.

Os nove empregados punidos alegaram protestar contra advertências recebidas por outros três empregados da Linha 2-Verde. É importante destacar que tais advertências não implicavam em demissão ou redução de salários.

A paralisação deixou os trens paralisados e milhares de pessoas sem comunicação tanto nos trens como nas estações sem nenhuma informação, uma vez que os operadores haviam decidido deixar seus postos e fechar as estações. Houve registro de protestos de passageiros e danos nas estações, o que colocou em risco a integridade do público e também de outros funcionários do Metrô.

A Companhia registrou mais de 30 evacuações de trem e 49 estações fechadas durante a paralisação de cerca de três horas. O Metrô ainda ressalta que as punições determinadas nesta terça-feira (24) não estão relacionadas à greve dos metroviários no último dia 3, quando o sindicato descumpriu decisão judicial para manter as operações em patamares determinados pelo Tribunal Regional do Trabalho.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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Comentários

Comentários

  1. Juan Emanuel disse:

    A direção do metrô acha que o trabalhador não sabe como funciona advertência. Qualquer advertência impacta pode não ser hoje mas fica no teu histórico e pode gerar demissão lá pra frente. Isso sem falar que é impeditivo pra melhoria de cargo. Isso tá mais que claro que é uma represália contra os coitados dos trabalhadores, e mais uma vez esse grupo que está no comando da companhia se mostra desleal.

  2. Lcs disse:

    Parabéns pela atitude, governo de São Paulo.
    Por causa de algumas pessoas insatisfeitas no que fazem, querem confundir os funcionários deste excelente metropolitano de SP.
    A população agradece retirar de circulação gente deste tipo sem compromisso no trabalho.
    Parabéns governador que quer melhorias gastando nosso dinheiro, podendo gerir cada vez melhor. Quanto mais longe possível
    ficarmos de políticos perversos e sindicalistas, melhor.
    Deus ta vendo.

  3. Sidnei disse:

    E não esqueçam que quem comandam os sindicatos Metrô,SABESP e outros são os Partidos Políticos, PSOL, PSTU, PC do B, PC, PT e outros que se dizem de esquerda mas, o que querem é “o quanto pior melhor”. Lembrem-se deles nas próximas eleições!

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