Fracassam licitações de “naming rights” (direito do uso do nome) das estações Vergueiro e Praça da Árvore do Metrô de São Paulo
Publicado em: 5 de novembro de 2022

Parte das tentativas de associar nomes de patrocinadores às estações está sendo sem sucesso
ADAMO BAZANI
Colaborou Arthur Ferrari
Fracassaram mais duas tentativas do Metrô de São Paulo de conceder o direito de uso dos nomes de estações associados à marca de um patrocinador, prática conhecida como “naming rigths”.
Desta vez, o Metrô ofereceu os nomes das estações Vergueiro e Praça da Árvore, ambas da linha 1-Azul (Jabaquara/Tucuruvi), que liga o Norte ao Sul da capital paulista passando pelo centro. (veja ao fim da reportagem as atas de ambas, na íntegra)
Na sessão de quinta-feira, 03 de novembro de 2022, referente à estação Vergueiro, ninguém se interessou.
A sessão para apresentação da proposta para a estação Praça da Árvore ocorreu nesta sexta-feira, 04 de novembro de 2022.
Apenas a empresa DSM – Digital Sports Multimedia Ltda apresentou proposta de remuneração mensal mínima de R$ 40 mil ao Metrô. Após tratativas com a Companhia do Metrô, a empresa, que participou de licitações para outras estações, elevou a oferta para R$ 60 mil.
Entretanto, o valor foi recusado porque, mesmo com o aumento, o Metrô não considerou a oferta satisfatória.
Uma parte das licitações para associar marcas de patrocinadores aos nomes de estações não está dando certo.
Em 24 de setembro de 2022, a Companhia fracassou na licitação para concessão de “naming rights” do nome das estações Santana e Brigadeiro, respectivamente das linhas 1-Azul e 2-Verde.
Relembre:
O processo de concessão de naming rights começou em maio de 2021, por seis estações da companhia, dentre elas a estação Consolação. Estavam ainda: Saúde da Linha 1-Azul, Brigadeiro da Linha 2-Verde e Penha, Carrão e Anhangabaú da Linha 3-Vermelha.
Relembre:
Até o momento, apenas três estações tiveram seus nomes concedidos à exploração de marcas da iniciativa privada: Carrão, que assumiu o nome da rede atacadista Assaí, Saúde, pela rede de farmácias Ultrafarma e Penha, recebendo o nome das Lojas Besni.
Os contratos assinados têm os valores mensais de R$ 168 mil (Carrão), R$ 71,9 mil (Saúde) e R$ 105 mil (Penha) como pagamento pelo uso da marca.
Na época do lançamento, o Metrô divulgou que para adotar essa iniciativa encomendaria um estudo de viabilidade que mostrava o potencial da marca da Companhia e de suas estações, por onde chegam a passar 4 milhões de pessoas diariamente (números de antes da pandemia).
A premissa do projeto era a manutenção do nome da estação, agregando o nome da marca ou produto como um sobrenome, sem comprometer a identificação do serviço.
O Metrô se espelha em mais de 10 sistema de metrô da América do Norte, Europa e Ásia onde já é feita a utilização dos chamados “naming rights”.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes