Falhas em concreto de plataformas do monotrilho da linha 15-Prata preocupam passageiros
Publicado em: 28 de setembro de 2022

Equipe do Diário do Transporte esteve em quatro estações e confirmou relatos de usuários sobre defeitos nas extremidades das paradas os trens; Estatal diz que se tratam de pendências superficiais de acabamento e que a conclusão tem de ser feita pelo CEML (Consórcio Expresso Monotrilho Leste), responsável pelas obras; MP investiga queda de pedaço de viga em ciclovia estatal diz que se tratam de pendências superficiais de acabamento e que a conclusão tem de ser feita pelo CEML (Consórcio Expresso Monotrilho Leste), responsável pelas obras; Este trecho a que se refere o Metrô foi entregue ao longo do segundo semestre de 2019, ou seja, há cerca de três anos da inauguração das estações, obras não foram concluídas integralmente
ADAMO BAZANI
Imagens Willian Moreira
Mais uma situação envolvendo o monotrilho da linha 15-Prata, da zona Leste de São Paulo, volta a preocupar os passageiros quanto à segurança e eficiência do meio de transporte que consiste em trens de baixa e média capacidade que circulam sobre vigas de concreto.
Passageiros procuraram o Diário do Transporte relatando que viram falhas no concreto das exterminadas das plataformas, algumas, bem nítidas.
Na segunda-feira, 26 de setembro de 2022, a reportagem percorreu o sistema no fim da tarde e confirmou os relatos em ao menos quatro estações: São Mateus, Vila União, Sapopemba e Fazenda da Juta. (VEJA AO FIM DA MATÉRIA TODAS AS IMAGENS)
Em todas estas paradas, era possível perceber claramente que o concreto das extremidades das plataformas não estava íntegro.
Em ambos os sentidos e em cada uma das extremidades das plataformas era como se o concreto tivesse caído, sido raspado ou mesmo sequer recebido acabamento.
Chamava mais atenção o estado das pontas das plataformas na estação São Mateus, uma das mais movimentadas da linha 15-Prata por ficar ao lado do terminal de ônibus e trólebus municipais (SPTrans) e metropolitanos (EMTU/NEXT Mobilidade).
Na maior parte das estações verificadas pela reportagem, a parte sem o cimento alinhado está voltada para onde passam os trens e há sinais de reparos, com emendas aparentes e cimento em coloração mais escura.
O Diário do Transporte procurou o Metrô, responsável pelo monotrilho.
A estatal diz que se tratam de pendências superficiais de acabamento e que a conclusão tem de ser feita pelo CEML (Consórcio Expresso Monotrilho Leste), responsável pelas obras.
O Metrô informa que são pendências de acabamento superficiais (não estruturais), que não interferem na circulação de trens e segurança na operação do trecho São Mateus – Jardim Colonial. Está prevista a conclusão desses acabamentos por parte do consórcio CEML.
Este trecho a que se refere o Metrô foi entregue ao longo do segundo semestre de 2019, ou seja, há cerca de três anos da inauguração das estações, obras não foram concluídas integralmente
O Diário do Transporte também pediu um posicionamento do CEML, que afirmou que os serviços não são de sua responsabilidade.
O Consórcio Expresso Monotrilho Leste – CEML informa que as estações da Linha 15 – Prata não integram o escopo do seu contrato firmado com o Metrô de São Paulo e que, devido a isto, não pode prestar maiores esclarecimentos.
QUEDA DE PEDAÇO DE VIGA EM CICLOVIA É APURADA PELO MP:
O Diário do Transporte noticiou em primeira mão na sexta-feira (23) que na noite anterior, quinta-feira (22), um pedaço da viga do monotrilho entre as estações Oratório e São Lucas caiu na ciclovia da Avenida Professor Luís Inácio de Anhaia Mello.
O Metrô de São Paulo alegou que se tratava de um serviço de manutenção que tirou “excesso de cimento” da viga, mas pelo fato de a falha representar um desalinhamento das bordas da estrutura, especialistas contestaram o argumento da companhia.
Relembre:
Após a notícia veiculada pelo Diário do Transporte, o Ministério Público passou a investigar o fato, incluindo no inquérito que apura o estouro de uma roda de um trem do monotrilho que deixou a linha 15-Prata sem operar por 100 dias no início de 2020.
O MP verifica se os indícios de falhas nas vigas contribuíram para o estouro, que chegou a lançar para a Avenida Professor Luís Inácio de Anhaia Mello uma parte grande e pesada do interior da roda chamada run flat.
Tanto o Metrô de São Paulo como o CEML (Consórcio Expresso Monotrilho Leste) estão sendo questionados pelo promotor Silvio Antonio Marques.
Relembre:
Veja as imagens:

Estação São Mateus

Estação São Mateus

Estação São Mateus

Estação Fazenda da Juta sentido Jardim Colonial

Estação São Mateus

Estação São Mateus sentido Jardim Colonial

Estação Sapopemba sentido Jardim Colonial

Estação Sapopemba sentido Vila Prudente

Estação Vila União
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Dia 1º de setembro fui conhecer Jardim Colonial e na volta percebi em SM esses ‘detalhes rústicos’. Mesmo que em área não acessível necessitam ser fiscalizados.
Cara isso tá mais para falta de acabamento no concreto