Eletromobilidade

Pedidos de G7 estão sendo trocados para G8, Volare terá novo chassi e haverá pacotes de eletrificação de ônibus diesel, diz Marcopolo que anuncia planos para 2025

Ônibus elétrico integral da Marcopolo em Santo André (SP)

Fabricante deve entrar no segmento de ônibus a hidrogênio, voltar ao mercado norte-americano e vender elétrico no México; Van para entregas rápidas também está no radar da empresa

ADAMO BAZANI

Colaborou Willian Moreira

Grande parte das encomendas ainda pendentes de ônibus rodoviários da Geração Sete da Marcopolo está sendo cancelada e trocada para os novos modelos da Geração Oito, lançada há quase um ano, em 20 de julho de 2021.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2021/07/20/entrevista-e-mais-de-20-fotos-marcopolo-lanca-geracao-8-com-celula-de-sobrevivencia-ao-motorista-espaco-interno-ampliado-para-passageiros-e-aerodinamica-que-reduz-consumo-de-diesel/

A informação foi divulgada pela fabricante no evento chamando “Marcopolo Day”, que recebeu investidores na sede da fábrica, em Caxias do Sul (RS).

O evento mostrou a situação atual da Marcopolo e metas para 2025 em diante, que podem ser resumidas em ampliação de produtos e ramos de atuação, entrada em países que não têm produtos da marca e eletrificação.

NOVO CHASSI VOLARE:

Outra novidade é o lançamento em 2023 de um novo chassi para a linha de mini e micro-ônibus Volare, que representa internacionalmente 30% do volume de vendas da Marcopolo.

ELETRIFICAÇÃO E HIDROGÊNIO:

Uma das metas anunciadas pela Marcopolo é ampliar a atuação nos segmentos de ônibus elétricos e à hidrogênio.

O Attivi, que é o modelo elétrico integral da Marcopolo, já em testes no Brasil, deve ter as primeiras 30 unidades entregues neste segundo semestre. O modelo foi testado inicialmente pela empresa Suzantur, na cidade de Santo André, no ABC Paulista.

O mercado internacional está nos planos da Marcopolo para o exterior no caso do Attivi.

No México, já houve a apresentação do produto para posterior venda e este tipo de ônibus já é oferecido no Chile e Colômbia, além do Brasil.

Outra intenção da Marcopolo é oferecer serviços, tecnologias e produtos ligados à eletrificação de transportes coletivos que vão além da venda de ônibus novos.

No “Marcopolo Day”, os executivos da fabricante anunciaram a possibilidade de a empresa atuar na eletrificação de chassis de ônibus a diesel novos e, principalmente, nos que já estão operando.

Os planos da Marcopolo para entrar no mercado de ônibus à hidrogênio também foram reforçados.

Para isso, devem ser realizadas parcerias com empresas, como com a Volgren-Wrightbus para o mercado australiano. Os primeiros ônibus deverão estar prontos no início de 2023.

O Diário do Transporte já havia noticiado:

https://diariodotransporte.com.br/2022/05/26/volgren-da-marcopolo-fecha-acordo-com-wrightbus-para-lancar-onibus-movidos-a-celula-de-combustivel-de-hidrogenio/

VAN PARA ENTREGAS URBANAS:

No “Marcopolo Day”, os executivos ainda falaram que a Marcopolo estuda entrar no segmento do vans para entregas urbanas rápidas.

O intuito é aproveitar o crescimento do comércio eletrônico e brigar por este mercado de veículos que já têm várias opções.

Esta expansão das vendas pela internet já ocorria e foi impulsionada com a pandemia de covid-19, pela qual as pessoas começaram a comprar mais por computador e celular, visto que as lojas físicas estavam fechadas para impedir aglomeração de pessoas e ampliar a disseminação do coronavírus.

Este aumento de vendas eletrônicas de diversos produtos representou uma demanda maior por veículos de pequeno e médio porte para entregas urbanas.

Mesmo com a reabertura do comércio físico, as compras remotas permanecem aquecidas.

MARCOPOLO ESTADOS UNIDOS:

A Marcopolo anunciou também para os próximos meses o lançamento de um ônibus para o mercado norte-americano, que vai colocá-la de novo no Estados Unidos, com o diferencial de usar sua própria marca.

Como mostrou o Diário do Transporte, nos anos 1990, foi feita uma parceria entre a Marcopolo e a DINA – Diesel Nacional S.A. uma empresa mexicana que atuou nos EUA , envolvendo as gerações IV e V dos modelos Marcopolo Viaggio e Marcopolo Paradiso. A Mexicana fazia os chassis e colocava o motor. A brasileira enviava para o México partes dos ônibus e os gabaritos. Os veículos eram montados pela DINA e comercializados como monoblocos, ou seja, ônibus integrais.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2017/11/05/historia-marcopolo-dina-uma-cara-brasileira-nos-transportes-dos-eua-e-mexico/

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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