Rodoviários de São Vicente (SP) retomam greve nesta terça (1º)
Publicado em: 1 de fevereiro de 2022

Devido à paralisação, ônibus não saíram da garagem da Otrantur
JESSICA MARQUES
Os rodoviário de São Vicente, no Litoral Paulista, retomaram a greve de ônibus na cidade nesta terça-feira, 1º de fevereiro de 2022. Devido à paralisação, os ônibus não saíram da garagem da Otrantur.
Os trabalhadores cruzaram os braços porque estão sem receber salários, vale-refeição e outros direitos, segundo o Sindrod (Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários de Santos e Região).
De acordo com a categoria, os salários, o vale-refeição e a cesta-básica venceram na segunda-feira (31). A empresa deve ainda o vale-refeição de férias por assiduidade e a PLR (Participação nos Lucros e Resultados).
A greve havia sido suspensa em 21 de janeiro, conforme noticiado pelo Diário do Transporte.
Relembre:
“A paralisação se dá com base em liminar concedida no dia 19 pela desembargadora Mariângela Argento Muraro, que determina a circulação de 100% da frota nos horários de pico e de 60% nos demais períodos. Os horários de pico são entre 6 e 9 da manhã e das 16 às 19 horas. A liminar não está sendo cumprida totalmente não por culpa dos trabalhadores ou do sindicato, mas sim da empresa”, informou o sindicato, em nota.
SEM ÔNIBUS
Ainda de acordo com o sindicato, a Otrantur não tem ônibus o suficiente para cumprir o contrato com a prefeitura. Dos 47 veículos que deveriam estar em circulação, apenas 43 saíram da garagem.
“Os trabalhadores apuram que as locadoras de veículos também não receberam pelos aluguéis e paralisaram o fornecimento por algumas horas, na manhã de segunda-feira”, informou o sindicato, em nota.
“A prefeitura subsidiou parte dos serviços, em valor desconhecido pelo sindicato, mas a empresa, segundo os trabalhadores, não consegue ou não quer investir enquanto a subvenção não for reajustada”, detalhou também.
A categoria ressalta ainda que, em reunião na segunda-feira com o sindicato e a comissão de trabalhadores, a Otrantur garantiu que pagaria os salários e benefícios até o final do dia, mas isso não foi feito.
Na reunião, a empresa propôs pagar, em seis vezes, a partir de 25 de fevereiro, o vale de férias por assiduidade e a PLR, ambos de 2021, e as horas extras dos últimos seis meses.
“Mas os trabalhadores não acreditaram. O sindicato aguarda o julgamento do dissídio coletivo pelo Tribunal Regional do Trabalho. No dia 21, os trabalhadores aceitaram a ‘cláusula de paz’ do juiz Gabriel Lopes Coutinho Filho, em audiência de conciliação”, informou o sindicato, em nota.
PREFEITURA SE POSICIONA
Em nota, a Prefeitura de São Vicente, por meio da Secretaria de Defesa e Ordem Social (Sedos), informou que “o sindicato deve assegurar contingentes de trabalhadores necessários para a circulação de 100% da frota da concessionária no horário de pico (6h às 9h e 16h às 19h) e de 60% nos demais horários. Assim sendo, o sindicato e a concessionária devem garantir o atendimento à população durante o período de greve”.
Jessica Marques para o Diário do Transporte
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