Consórcio Santa Cruz e Novacap entram em recuperação judicial no Rio de Janeiro
Publicado em: 15 de setembro de 2021
Consórcio já teve cinco empresas fechadas
ADAMO BAZANI
O Rio Ônibus informou na noite desta terça-feira, 14 de setembro de 2021, que mais um consócio carioca entrou em Recuperação Judicial, agravando a situação de crise no setor. Trata-se do Consórcio Santa Cruz, responsável pelo carregamento de 19% de todo o volume de passageiros de ônibus da cidade, o Santa Cruz é o mais afetado pela invasão do transporte clandestino por vans. Este é o segundo dos quatro consórcios a solicitar o recurso legal para não ser obrigado a encerrar suas atividades, o que deixaria os passageiros da Zona Oeste sem linhas de ônibus.
O pedido foi deferido na tarde desta terça-feira (14) pela 1ª Vara Empresarial do TJRJ.
NOVACAP
A Novacap foi outra empresa que teve pedido aceito pela 5ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
A empresa conecta bairros do subúrbio na Zona Norte. No pedido, a viação alega que enfrenta bloqueios judiciais e descontos na receita com o vale transporte. O endividamento está em R$ 11 milhões.
Entre os argumentos, a empresa alega que a operação é deficitária por conta do congelamento das tarifas e pela falta de subsídios para compensar as gratuidades oferecidas no transporte coletivo.
EMPRESAS FECHADAS
Segundo o Sindicato, o consórcio Santa Cruz já contabiliza cinco empresas fechadas em decorrência da crise financeira (Andorinha, Top Rio, Algarve, Rio Rotas e Bangu) e, das seis companhias que se mantém em operação, a metade já está em regime de Recuperação Judicial (Campo Grande, Pégaso e Palmares). Desde março de 2020, as empresas de ônibus cariocas acumulam déficit financeiro de R$1,9 bilhão. Já foram fechadas 16 empresas, além da demissão de 21 mil profissionais rodoviários.
Assim como o Intersul, que entrou em Recuperação Judicial no último dia 03 de setembro de 2021, o pedido do Santa Cruz tem como base, três aspectos amplamente sinalizados pelo setor ao poder público: cenário de crise econômica severamente agravada pela pandemia, com redução de 50% no número de passageiros pagantes; quase três anos de tarifas congeladas; além da queda das Centralizações Trabalhistas, o que resulta na iminente execução de processos que totalizam mais de R$100 milhões.
Em nota, o Rio Ônibus faz um relato dos transportes na Zona Oeste:
– A Zona Oeste vive diariamente as consequências da desestruturação da mobilidade urbana, potencializada com a pandemia. Como se sabe, o avanço do transporte irregular tem gerado concorrência predatória, com reflexos devastadores às empresas, bem como aos passageiros. Temos confiança no planejamento que vem sendo adotado pela Prefeitura, porém, nos preocupa a velocidade deste trabalho, tendo em vista o crescente estrangulamento financeiro do setor. A Recuperação Judicial tem sido o último recurso das empresas para não fecharem definitivamente suas portas, permitindo a reestruturação jurídica do setor, de forma coordenada e com a possibilidade de participação do Poder Concedente – explica Paulo Valente, porta-voz do Rio Ônibus.
A situação das empresas de ônibus no momento é:
FECHADAS SEM CONSEGUIR TENTAR RECUPERAÇÃO JUDICIAL:
RIO DE JANEIRO (CAPITAL):
Acari;
Estrela;
EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL;
RIO DE JANEIRO (CAPITAL)
Penha-Rio;
Campo Grande;
Real;
Expresso Pégaso;
VG;
Palmares;
Pavunense;
Paranapuan;
Transportes Vila Isabel;
Consórcio Intersul: Autoviação Alpha S.A., Autoviação Tijuca S.A., Empresa de Transportes Braso Lisboa Ltda., Gire Transportes Ltda., Real Auto-ônibus Ltda., Translitorânea Turística Ltda., Transportes Estrela Azul S.A., Transportes São Silvestre S.A., Transporte Vila Isabel S.A., Transurb S.A. e Viação Sáenz Pena S.A.
Consórcio Santa Cruz: Jabour, Recreio, Barra, Campo Grande, Pégaso e Palmares – Fechadas: Andorinha, Top Rio, Algarve, Rio Rotas e Bangu
Nova Cap.
NOVA IGUAÇU:
Tinguá
BARRA MANSA:
Cidade do Aço
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Del Rey Transportes escolhe Optibus para maior eficiência em suas operações de transporte público
Com medidas proativas, Praxio prepara clientes para entrega da DIRF 2025
Esse estado já morreu,assim como 99% desse universo criminoso e sem legitimidade nenhumissima mesmo.Aceita que tudo acabou destruído pela pandemia e outras cositas mas(crimes.mentiras,demofobia,hipocrisia,descrença,desconfiança,desesperança e pessimismo terminal-também conhecido como morte cerebral desse universo ilegal e criminoso).Apocalipse ético e moral já consumadíssimo há muitíssimo tempo.
E a Uber que está acabando com as empresas de ônibus
Considerando o histórico dos empresários do setor eu duvido muito que realmente estão quebrados. Tem corrupção ativa e passiva, sonegação, trabalho análogo ao escravo. Tudo isso com ônibus que raramente andam vazio.
Eu quero entender como uma linha de ônibus consegue falir, depois de anos… Circulando no país. Ganhando dinheiro o ano inteiro, com o custo da passagem caríssima… São linhas de ônibus que andam cheios todos os dias.
E em um momento de crise, vem pedir recuperação judicial… É um absurdo isso.
No Brasil é a casa da mãe Joana, em quanto isso a população sofre… Padece. O Trabalhador é quem precisa do transporte público, e não os donos de empresas que estão com os seus carrões. Eless vivem suas vidas e roubam na mão grande, e como sempre quem se lasca, somos nós a população Brasileira.
Mas no Brasil, nada funciona não tem políticos que resolvam os problemas… Muito pelo contrário. Agem da mesma forma, pensam em suas barrigas.
Lamentável o que acontece nesse país, daí para pior.
Temos um presidente, que nos afunda mais ainda.
Essas empresas que se dizem consórcio são a mais pura demonstração se cartel, máfia comandados por Jacob Barat e família. Quando Cabral era o Governador elas funcionavam de vento em popa Com prefeitos e empresários de todo o estados e municípios. Hoje não conseguem mais por isso vão a falência para não pagar sua dívidas. O dono da Santa Maria. Um dia disse que fechava a empresa e transformava a garagem num condomínio. Vai lá ver o que esse bandido fez. O tal de Paulo valente.