Prefeitura de SP abre consulta pública para edital de transferência do aplicativo SPTaxi

Foto: Divulgação.

Contrato válido por cinco anos tem valor estimado em R$ 75 milhões. Serviço está indisponível desde julho de 2021, após prefeitura encerrar contrato com a Alias Tecnologia

ALEXANDRE PELEGI

O aplicativo SPTáxi, lançado em abril de 2018 pelo então prefeito João Doria, vai novamente mudar de mãos.

Fora do ar desde 16 de julho de 2021, após a Prefeitura de São Paulo não renovar o contrato com a Alias Tecnologia S.A., empresa que venceu a primeira licitação para gestão da ferramenta, um novo edital será colocado em consulta pública.

Conforme publicado no Diário Oficial da Cidade nesta quinta-feira, 26 de agosto de 2021, a Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito, por meio da Secretaria Executiva de Transporte e Mobilidade Urbana – SMT/SETRAM comunica que está abrindo Consulta Pública para “colher subsídios que poderão contribuir na elaboração da versão final do Edital, relativo à concorrência destinada a contratação de empresa para autorização da transferência do programa SPTáxi”.

A licitação para a prestação de serviços especializados de gerenciamento, operação, evolução e manutenção do aplicativo será realizada na modalidade Concorrência, do tipo técnica e preço, pelo prazo de 60 meses, com custo estimado R$ 75,27 milhões.

Não haverá pagamento por parte da Municipalidade, vez que a prestação dos serviços será remunerada através da cobrança de porcentagem aplicada sobre o valor da corrida realizada pelo taxista”, explica da SETRAM.

POSICIONAMENTO DA EMPRESA

A empresa Alias Tecnologia informou em nota ao Diário do Transporte que o contrato foi encerrado. Confira a nota, na íntegra:

O projeto SPTaxi, aplicativo oficial de transporte na cidade de São Paulo, após a implementação de diversas melhorias, ficará fora do ar a partir de hoje (16/07) devido ao encerramento do contrato da Prefeitura de São Paulo com a empresa vencedora da licitação da gestão do aplicativo. O contrato com a SMT – Secretaria Municipal de Transportes, cuja duração era de 12 meses, foi cumprido integralmente.

Atualmente, o SPTaxi é o aplicativo com menor percentual de cobrança sobre o valor das corridas para os taxistas. Diversas atualizações e novas funcionalidades foram executadas nesse ano, sendo que o principal desafio da gestão do SPTaxi foi modernizar o aplicativo, trazendo a modalidade de pagamento on-line de corridas e transformando-o de um localizador de corridas, numa plataforma de transporte individual eficiente, ágil e competitiva.

O serviço está indisponível desde então.

O contrato com a SMT (Secretaria Municipal de Transportes) foi assinado em julho de 2020, com duração de 12 meses, conforme noticiado pelo Diário do Transporte.

Relembre:

JUSTIFICATIVA

Na publicação no Diário Oficial desta quinta (26) a prefeitura justifica a licitação, afirmando que a nova contratação objetiva contribuir para o melhoramento do ambiente tecnológico que encontra-se inserido no aplicativo SPTáxi. A melhoria do app “aumenta a oferta do serviço na Cidade de São Paulo, com preços mais atraentes, assim como, proporciona uma opção de aplicativo aos profissionais taxistas, com valores inferiores aos cobrados pelos demais aplicativos existentes”, informa a prefeitura.

Desde seu lançamento, o aplicativo tem sido alvo de críticas constantes. Quase no final do contrato de um ano, apenas 20% dos taxistas da capital haviam se cadastrado na plataforma.

A empresa gestora do aplicativo acabou virando alvo do vereador Adilson Amadeu (DEM), que vinha defendendo o cancelamento do contrato e a escolha de uma nova empresa para assumir a plataforma. Representante na Câmara dos taxistas, Amadeu foi um dos que mais estimulou o lançamento do SPTáxi, com o objetivo de combater outras ferramentas como Uber e 99.


Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

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