Ministro de Bolsonaro diz que governo vai tentar reduzir custos de caminhoneiros

Caminhões em área de descanso

De acordo com general Augusto Heleno, serão buscados junto à área econômica recursos para redução de despesas

ADAMO BAZANI

A greve dos caminhoneiros não se realizou conforme anunciado por lideranças dos motoristas autônomos, mas continua ainda assombrando o governo Jair Bolsonaro.

Nesta segunda-feira, 01º de fevereiro de 2021, quando foram realizados apenas alguns protestos pontuais, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Augusto Heleno, escreveu em redes sociais que o governo vai buscar junto à área econômica formas de reduzir os custos dos motoristas de caminhão autônomos.

“Governo Federal respeita as aspirações dos caminhoneiros. Pres Rep e Min da Infraestrutura têm grande apreço pela categoria. Vão buscar, junto à área econômica, recursos legais para reduzir despesas que recaem sobre esses  abnegados trabalhadores, essenciais ao dia a dia do país.” – escreveu.

Apesar de em alguns pontos de manifestação terem sido abordadas pautas estaduais, como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de São Paulo, está nas mãos do Governo Federal os maiores problemas relatados pela categoria, como preço do diesel, de pedágios de rodovias federais, leis nacionais de pesagem, tributação sobre insumos e a tabela de frete estipulada pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

Para tentar acalmar os ânimos, a gestão Bolsonaro zerou o imposto de importação sobre pneus de caminhão, ajustou a tabela de frete pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), prometeu a redução do PIS/Cofins sobre o óleo diesel, além de ter prometido também rever as regras de pesagem de caminhões nas rodovias para redução dos custos dos caminhoneiros.

A ameaça de greve fez com que vários setores se precavessem.

Como mostrou o Diário do Transporte, concessionárias de rodovias conseguiram liminares na Justiça que proibiam os bloqueios como na Dutra e na Regis Bittencourt, que estariam entre os principais alvos.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2021/01/30/greve-dos-caminhoneiros-justica-proibe-bloqueios-na-dutra-e-da-regis-bittencourt/

Já as empresas de ônibus da cidade de São Paulo, representadas pelo SPUrbanuss, conseguiriam que a Justiça determinasse que, em caso de greve, o diesel do transporte coletivo fosse fornecido normalmente para não faltar transporte coletivo na maior cidade do país, como ocorreu em maio de 2018.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2021/01/31/greve-dos-caminhoneiros-justica-decide-que-fornecimento-de-combustivel-a-onibus-da-capital-paulista-deve-ser-garantido-mesmo-com-paralisacao/

Apesar de o movimento nesta segunda-feira não ter sido como anunciado, o fantasma de uma paralisação de caminhoneiros não foi afastado e a gestão Bolsonaro mostra sinais de temor.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

 

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