Metroviários de São Paulo aprovam indicativo de greve para 27 de janeiro
Publicado em: 13 de janeiro de 2021

Trabalhadores dizem que há déficit de profissionais, terceirização de bilheterias será intensificada e que ocorreram desligamentos “abusivos”
ADAMO BAZANI
Os Metroviários de São Paulo aprovaram nesta quarta-feira, 13 de janeiro de 2021, indicativo de greve para o dia 27 de janeiro.
O resultado ocorreu após assembleia virtual da categoria.
Até lá, novas assembleias e negociações com a Companhia do Metrô de São Paulo podem evitar a greve.
O Diário do Transporte acompanhou entrevista coletiva dos dirigentes do Sindicato dos Metroviários, em 17 de dezembro de 2020, que elencaram uma série do que consideraram de “violações” trabalhistas.
Relembre:
Entre os apontamentos da entidade trabalhista estão déficit de profissionais, terceirização de bilheterias será intensificada e que ocorreram desligamentos “abusivos”.
Sobre a quantidade de trabalhadores, segundo os representantes sindicais, nos anos 1990, com menos linhas, o Metrô tinha 10 mil funcionários para transportar dois milhões de usuários por dia. Atualmente são 8.213 funcionários, mesmo com as linhas públicas maiores e o total de usuários é de quase cinco milhões de passageiros por dia (sem contar a queda de demanda por causa da pandemia).
Em 2019, 844 pessoas foram desligadas e, em 2020, este número deve chegar a 220, sendo 120 funcionários desligados por PDV (Programa de Demissões Voluntárias) e 100 funcionários com aposentadoria especial, ainda de acordo com a entidade.
O Sindicato dos Metroviários estima que ao menos seriam necessários em torno de 10 mil funcionários pelo menos.
O Diário do Transporte mostrou em 13 de janeiro de 2021 que todos os concursos públicos que estavam em andamento foram suspensos pelo governador de São Paulo, João Doria, até o dia 31 dezembro de 2021.
A medida faz parte de um pacote para redução de gastos com funcionalismo diante do que o decreto assinado pelo governador descreve “como deterioração do cenário econômico nacional e, como consequência, da arrecadação tributária”.
O decreto ainda suspende admissão de estagiários; nomeações para cargos públicos e as admissões em empregos públicos, quando vagos.
A fixação de metas e a realização de avaliações referentes a bonificações e participações nos resultados que possam importar a assunção de despesas adicionais nas estatais também foram suspensas pela equipe do governador.
Relembre:
O Sindicato dos Metroviários quer garantias que os trabalhadores estejam em prioridade na vacinação contra a Covid-19, devido ao nível de exposição dos funcionários da rede.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
VENDE LOGO ESSA PORCARIADA ! CPTM E METRÔ INFELIZMENTE ESTÃO CHEIOS DE COMUNISTAS PIORES QUE VC, DORIA! SÓ Greves e operação ruim !