“Essas empresas não precisam existir” – diz vice de Doria sobre projeto de fim da EMTU
Publicado em: 17 de agosto de 2020

Especialistas criticam possibilidade da extinção da gerenciadora com atribuições transferidas para Artesp, comandada por secretaria de Garcia
ADAMO BAZANI
O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, defendeu em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, 17 de agosto de 2020, que a Alesp – Assembleia Legislativa aprove na íntegra o projeto do Govenador João Doria, que pretende extinguir 11 empresas ou autarquias, dentre as quais, a EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos.
“Não são necessárias empresas estatais para executar políticas públicas. O projeto enviado aos deputados [da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo] tem três pilares, um deles é o enxugamento da máquina pública” – disse Rodrigo Garcia.
O vice-governador disse ainda que por causa dos impactos na economia em razão da Covid-19 foi ampliada a necessidade de redução de custos e que, mesmo antes da pandemia, a gestão já planejava uma reforma administrativa.
A justificativa do governo é que este pacote total poderia gerar uma economia anual de R$ 8,8 bilhões por ano e corte de 5,6 mil empregos públicos. Pelo projeto, as atribuições da EMTU seriam repassadas para a Artesp, agência hoje responsável pelas rodovias e ligações por ônibus intermunicipais não metropolitanos.
A Artep deixou de ser vinculada à Secretaria de Transportes e Logística e desde 2017 integra a Secretaria de Governo, comandada pelo vice-governador Rodrigo Garcia.
A Secretaria de Governo é hoje considerada uma das pastas de maior influência política da gestão Doria, o que poderia, em parte, explicar o movimento.
Quem controlar a EMTU, terá sob seu guarda-chuva um universo que reúne grandes empresários de transportes e uma movimentação tarifária expressiva.
Para se ter uma ideia, todos os dias, 1,8 milhão de passageiros se deslocam usando os 4.521 ônibus gerenciados pela EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos somente nos 39 municípios da Grande São Paulo (números de antes de pandemia da Covid-19.
A EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos gerencia os sistemas de ônibus que ligam diferentes cidades de cinco regiões metropolitanas no Estado: São Paulo; Vale do Paraíba e Litoral Norte; Baixada Santista; Sorocaba e Campinas. Fazem parte deste gerenciamento também o VLT – Veículo Leve sobre Trilhos que liga Santos a São Vicente, no litoral Paulista; e o Corredor Metropolitano ABD, de ônibus e trólebus entre a região do ABC Paulista e a capital.
Na última semana, o Diário do Transporte ouviu especialistas em urbanismo, engenharia e transportes que criticaram a extinção da EMTU.
Relembre:
Veja as empresas e autarquias que devem desaparecer:
Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S. A. (EMTU/SP);
Fundação Parque Zoológico de São Paulo;
Fundação para o Remédio Popular “Chopin Tavares de Lima” (FURP);
Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP);
Instituto Florestal;
Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo (CDHU);
Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S. A. (EMTU/SP);
Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN);
Instituto de Medicina Social e de Criminologia (IMESC);
Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (DAESP);
Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo “José Gomes da Silva” (ITESP);
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Se as empresas públicas não são necessárias para executar políticas públicas, por que também não fecham os hospitais, universidades públicas e institutos de pesquisa públicos? A agricultura brasileira só chegou aonde chegou por causa do Instituto Biológico, do Agronômico, do Luís de Queirós e de tantos outros mais. E o que dizer do Butantã, da Embrapa, do de Pesquisas Energéticas e Nucleares? Que besteira Rodrigo! Tua tia há de se mover em sua tumba, Rodrigo!
A EMTU em teste tem a mesma função da ARTESP ( só que no nível metropolitano) se não querem a extinção da EMTU, então encerrem a ARTESP, o que não é admissível são dois órgãos com as mesmas atribuições e inúmeros cargos sugando o dinheiro de nossos impostos!!
Simplesmente é a política do PSDB: destruir a estrutura do estado, sucatear o serviço público e demonizar o funcionalismo. Há quase 30 anos.
ATENÇÃO Sr. Vice-Governador Rodrigo Garcia.
Aproveitando: a EMTU urgentemente precisa UNIFICAR procedimentos, ou seja, fazer um cartão ÚNICO para o idoso utilizar em QQ município do Estado.
Por exemplo: quem possui o cartão BOM (da Gde S. Paulo) e tem 60 anos de idade NÃO pode utilizá-lo em OUTRA cidade do interior pqe a empresa de transporte concessionária alega que precisa de sua autorização p/ o idoso transitar.
ABSURDO, Senhor Vice-Governador !!
Burocracia desnecessária, com o ÚNICO intuito de “coagir/obrigar” o idoso de 60 a 64 anos a pagar passagem !!
Do jeito que esta a emtu…ela e nada é msm coisa..
Tomara que melhore precisa de uma empresa que faz integração entre. Os ônibus porque as passagens são muito cara aqui em Embu das artes
Ja que nao querem a EMTU passe para uma empresa que saiba operar linhas Urbanas eu indico a SPTRANS que adiministra bem as linhas Municipais de Sao Paulo a ARTESP so administra linhas Rodoviarias um outro tipo de Transporte
Que absurdo, sempre operou porcamente a EMTU deixando as empresas colocarem os ônibus que bem entendem sem nenhuma regra, agora quer excluir e pronto? Que piada.
Na prática acredito que isso não vai acontecer. Doria fez lei para extinguir a CPOS em janeiro de 2019 e, com a pandemia, ao invés de demitir, suspendeu o processo de extinção e preferiu onerar o erário mantendo todos os seus funcionários com pouco serviço. A empresa está aberta até hoje, com obstáculos para produzir e uma folha de pagamento cheia, inclusive com funcionários de livre provimento. Doria e seu vice são dois fanfarrões.
Não tem não
chega de dupla tripla fiscalização.
ARTESP, EMTU, SP TRANS, ANTT
olha quantos orgaos cobrando taxas, abusrdo. unfiica o maximo possivel. Ou fica uma ou outra.