JTP é homologada para operar o transporte público de Bragança Paulista
Publicado em: 16 de janeiro de 2020
Como já tinha mostrado o Diário do Transporte, empresa do Grupo Belarmino e Sancetur foram desclassificadas
ADAMO BAZANI
A prefeitura de Bragança Paulista, no interior de São Paulo, homologou nesta quarta-feira, 15 de janeiro de 2020, a empresa “JTP – Transportes, Serviços, Gerenciamento e Recursos Humanos Ltda”, na licitação para operação das linhas municipais.
A empresa deve assumir em até seis meses e ofereceu a menor tarifa de remuneração na concorrência: R$ 4,69, que é o valor que será recebido por passageiro transportado. Se o valor pago nas catracas pelo usuário for menor, a prefeitura terá de subsidiar a prestação do serviço.
Em primeira mão, o Diário do Transporte já tinha mostrado em 7 de janeiro de 2020, que a prefeitura desclassificou as empresas “Carretero – Agência de Viagens, Turismo e Fretamentos”, de Belarmino de Ascenção Marta, e a “Sancetur – Santa Cecília Turismo Ltda”, de parte da família Abi Chedid.
Relembre:
Com isso, a empresa Nossa Senhora de Fátima deixará Bragança Paulista.
Entretanto, há ainda a possibilidade de recursos na esfera judicial contra o resultado caso as empresas perdedoras queiram contestar o resultado.
A JTP que, segundo a Jucesp – Junta Comercial do Estado de São Paulo pertence a Paulo Henrique Wagner e Tadeu Wagner Júnior, opera desde outubro de 2019 o transporte municipal de Embu das Artes, na Grande São Paulo, e tem sido figura comum em diversas licitações de transportes.
Como mostrou o Diário do Transporte, a companhia participa da disputa pelo sistema de Porto Velho, em Rondônia, onde deve apresentar a documentação revista para continuar na concorrência.
Relembre:
A empresa também entrou com recursos para bloquear as licitações de São Bernardo do Campo e do sistema de Vila Luzita, em Santo André, ambas no ABC Paulista.
Já a Carretero e a Sancetur são de grupos que travam uma verdadeira queda de braços pelos transportes no interior paulista.
A rivalidade se intensificou desde que a empresa Citi – Companhia de Transportes de Indaiatuba, cuja razão social é Viação Rápido Sumaré, de Belarmino, foi descredenciada em janeiro de 2018 pela prefeitura de Indaiatuba, que alega que a companhia descumpriu uma série de cláusulas, como operação de ônibus antigos, má conservação da frota, atrasos e quebras constantes.
A empresa que assumiu no lugar foi justamente a Sancetur – Santa Cecília Turismo Ltda, em um contrato emergencial. Houve uma licitação para a operação de um contrato regular, cuja vitória foi atribuída pela prefeitura à Sancetur. Mas em 31 de julho de 2019, a juíza Erika Folhadella Costa, da Terceira Vara Cível da cidade atendeu ação da West Side Turismos e Viagens Ltda e suspendeu os efeitos da licitação até esclarecimentos sobre a concorrência. A West Side pertence a Belarmino. No dia 30 de agosto de 2019, o juiz José Maria Câmara Junior, da 8ª Câmara de Direito Público de Indaiatuba, no interior de São Paulo, negou recurso da Sacentur e manteve a suspensão. A empresa de parte da família Chedid continua operando emergencialmente.
Relembre:
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
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