Citroën e Peugeot apresentam na Fenatran novas vans ‘minibus’ e transporte por aplicativo está entre os focos

Transporte de passageiros pode ajudar a alavancar participação maior

Participação atual no mercado de utilitários no Brasil do Grupo PSA é de 12%. Para 2020, perspectiva é subir para 15%. Na Europa, marcas abocanham 25%

JESSICA MARQUES/ADAMO BAZANI

O Grupo PSA no Brasil, que reúne as marcas Citroën e Peugeot, está de olho na tendência de empresas de ônibus concessionárias de transportes municipais e metropolitanos começarem a oferecer mais serviços sob demanda por aplicativo, a exemplo do que já ocorre com a HP Transportes de Goiânia, com as vans da City Bus 2.0

Em entrevista ao Diário do Transporte, que neste domingo (13) cobre a série de entrevistas coletivas para a imprensa especializada na 22ª Fenatran – 22º Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Cargas, que ocorre na capital paulista, a diretora-geral do Grupo PSA, Theresa Borsari, disse que as marcas Citroën e Peugeot têm três versões para se adequar a cada demanda.

“Sem dúvida [podemos atender a este tipo de aplicação], por isso criamos três versões; de 8, 11 e 16 lugares para todos os tipos de negócio” – disse.

Os veículos destacados pelo grupo são:

– Peugeot Boxer Minibus

Com 16 lugares, ar-condicionado dianteiro e traseiro, assistente de partida em rampa, controle de estabilidade (ESP), Motor 2.0 Turbo Diesel BlueHDi, de 130 cv e 34,7 kgfm de torque, proporciona potência, agilidade e economia. O valor de lançamento é R$ 159.746,10 (válido para faturamento direto).

– Citroën Jumper Minibus

Com 16 lugares, ar-condicionado dianteiro e traseiro de série, ESP – controle de estabilidade; auxilio de partida em rampa; motor 2.0 Turbo Diesel BlueHDi, que traz 130 cv de potência e 340 NM / 34,7 kgfm de torque. O preço sugerido de R$ 179.490,00, mas com uma oferta de faturamento direto pela montadora por R$ 159.746,10.

AUMENTO DE PARTICIPAÇÃO

Theresa Borsari disse ainda na Fenatran que o grupo quer aumentar a participação no Brasil no segmento de comerciais leves.

Hoje, Citroën e Peugeot respondem por 12% do mercado e, para 2020, a projeção é de 15%.

Na Europa, ambas marcas representam 25% das vendas do segmento.

MENTES DIFERENTES

Apesar de ser uma tendência, o transporte sob demanda por concessionárias de ônibus ainda não é consenso entre gestores públicos e a regulamentação pode travar um avanço maior neste momento.

Há diferentes posturas entre os agentes públicos pelo País.

Em Goiânia, o City Bus 2.0, aplicativo de transporte coletivo operado por vans de uma das empresas de ônibus locais (HP Transportes), recebeu autorização do poder público e hoje vê sua demanda crescer, principalmente atraindo as pessoas que usavam o transporte individual como mostrou o Diário do Transporte.

A CityBus exibiu um levantamento que mostra que 85% das pessoas que fazem uso dos serviço da empresa vieram do transporte individual, sendo 62% de táxis e carros de aplicativo e 18% do carro próprio.

De acordo ainda com os dados divulgados, 15% dos passageiros do CityBus 2.0 vieram do ônibus convencional, 3% se deslocavam somente a pé, 2% de bicicleta e 1% usava motos antes.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2019/08/26/video-servico-de-aplicativo-de-transporte-coletivo-sob-demanda-de-goiania-tem-atraido-usuarios-de-carros-e-pretende-ampliar-area-de-atuacao-e-frota/

No outro extremo, a empresa de atuação metropolitana em São Paulo, Metra, que opera um corredor entre a capital paulista e o ABC foi proibida de operar ônibus de alto padrão solicitados por aplicativo pela Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes da gestão do prefeito Bruno Covas.

A alegação do secretário Edson Caram, que chamou o serviço de clandestino, mesmo com a autorização da gerenciadora metropolitana EMTU e o parecer favorável da gerenciadora municipal SPTrans e da área jurídica da prefeitura, é que precisa estudar os impactos nos corredores de ônibus da cidade. Corredores que recebem mais de 30 mil táxis todos os dias.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2019/10/04/caram-diz-que-portaria-que-daria-aval-a-onibus-por-aplicativo-da-metra-nao-foi-assinada-e-que-secretaria-vai-estudar-impacto-em-corredores/

São dois extremos de condutas diferentes do poder público.

Jessica Marques e Adamo Bazani, jornalistas especializados em transportes

Comentários

Comentários

  1. Teremos dias sombrios> saem cobradores> logo sairão os profissionais motoristas com advento da automatização na Europa, que pode contaminar o mundo em carros sem motoristas, se o prazer maior é o dirigir, não entendo essa visão…e é preciso pensar que com passar dos tempos o homem vai deixando de se exercitar, usar sua força, músculo, distante ficando da mobilidade humana e se aproximando do sedentarismo. Por outro lado seria bom que isso mudasse, haja visto que na cidade de SP há uma panelinha entre empresários..Perdi um amigo em Itaquera assassinado em uma reunião de coletivos e sindicatos

  2. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa noite.

    Citroën e Peugeot cadê a porta automática do lado do motorista e o câmbio automático??

    Está parecendo tudo FIAT.

    Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Já tem para test drive?

    A menorzinha quando lançaram fui ver ao vivo e NADA.

    Esqueçam beleza, façam o que o mercado necessita.

    Pra que assistente de partida em rampa?

    Precisamos é de porta de correr dos dois lados, com acionamento automático e câmbio automático, só isso.

    O resto é perfumaria.

    O pior é que todas as marcas não se mexem, vai uma atrás da outra.

    Depois não digam que o Paulo Gil não avisou ou que eu não estou de olho no mercado.

    Att,

    Paulo Gil

    Att,

    PAulo Gil

    1. Zé Tros disse:

      Paulo Gil, boa tarde.

      Quem compra van é frotista e autônomo pra fazer lotação ou transporte escolar. É o grosso do negócio e esse pessoal precisa ter o menor custo de manutenção possível. Um câmbio automático, além de encarecer o preço do veículo, tem manutenção mais cara tbm.

      A Mercedes tinha a opção do câmbio automatizado na Sprinter, mas deixou de oferecer pq havia pouca procura. Se as marcas “vai uma atrás da outra”, é pq elas disputam o mesmo público e sabem qual público querem atingir.

      Quanto a sua pergunta:”Pra que assistente de partida em rampa?”. Pelo amor de Jeová, o assistente de partida em rampa proporciona mais conforto e segurança ao motorista e passageiros no trânsito nas cidades e tbm mais comodidade ao transitar por aclives, pq evita que o veículo se desloque para trás ao tirar o pé do freio.

      Tudo que é feito pensando em conforto, segurança e economia de combustível pode ser considerado como “perfumaria”. Pense nisso.

      1. Zé Tros disse:

        Correção: Nada que é feito pensando em conforto, segurança e economia de combustível pode ser considerado como “perfumaria”. Pense nisso.

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