Licitação de ônibus de Novo Hamburgo (RS) não tem interessados
Publicado em: 17 de abril de 2019

Prefeitura cogita modificar proposta para atrair empresas
JESSICA MARQUES
A licitação para concessão do sistema de ônibus municipais de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, não teve empresas interessadas. A abertura dos envelopes ocorreu nesta semana.
De acordo com informações do portal Zero Hora, por conta da ausência de concorrentes, o governo municipal estuda a possibilidade de modificar a proposta e marcar uma nova data para a licitação, ainda neste mês de abril.
Em 30 de março de 2019, a Prefeitura reajustou a tarifa de ônibus para R$ 3,85. Na ocasião, o Executivo firmou um acordo com as concessionárias estabeleceu um novo contrato emergencial para a operação do serviço, com vigência de 180 dias.
O reajuste na tarifa foi uma exigência das empresas para continuarem operando na cidade, conforme noticiado pelo Diário do Transporte.
PROCESSO LICITATÓRIO
Confira os pontos destacados pela administração municipal para o atual edital de concorrência pública do sistema de transporte coletivo:
O Edital de Concorrência Pública Nº 02/2019, publicado no site de editais da Prefeitura (clique aqui), prevê que a empresa ou consórcio de empresas coloque à disposição uma frota de 140 ônibus, sendo 127 operantes e 13 reservas. E 45% dos veículos terão ar-condicionado, logo na largada da operação, além de película protetora solar. O sistema de refrigeração, para comodidade dos passageiros, chegará a cem por cento até o final do quinto ano de contrato. Também não serão permitidos ônibus com mais de dez anos de fabricação em tráfego pelas linhas circulares, ou seja, interior dos bairros, e radiais ou transversais, fazendo a ligação entre vários pontos da cidade.
A partir do novo contrato, toda a frota para o transporte público de passageiros em Novo Hamburgo deverá dispor de elevador para acesso de pessoas com necessidades especiais. Também está previsto um espaço interior para acomodar os cães-guias de deficientes visuais.
A bilhetagem eletrônica, assim como a publicidade, ficará a cargo da empresa ou consórcio vencedor da licitação. Os itinerários serão realizados com integração tarifária entre as linhas e pontos de embarque e desembarque.
Também está prevista a bilhetagem com reconhecimento facial. E, ainda no quesito segurança, câmeras de videomonitoramento e botão de pânico estarão instalados nos veículos.
Logística
A nova logística permitirá ao usuário pagar apenas pela primeira tarifa quando utilizar duas vezes a mesma linha circular, no interior do bairro, retornando no prazo máximo de 50 minutos.
Outra situação, também no mesmo prazo de 50 minutos e com pagamento único da primeira tarifa, diz respeito ao uso de linha circular seguida de radial ou vice-versa.
Já quando o usuário utilizar uma linha radial para ir de um bairro ao Centro, por exemplo, e depois embarcar em outra linha radial a fim de se deslocar a outro bairro, pagará tarifa integral na primeira viagem, mas no segundo trecho o custo será de 50%.
Conforme o edital, serão 61 linhas, das quais 15 são circulares (duas em Lomba Grande), 39 radiais e sete transversais. As circulares, por dentro dos bairros, as radiais, para unir cada bairro ao Centro e vice-versa, e as transversais unem dois bairros, passando ou não pela área central.
Será estimulado o sistema de recarregamento de cartões de passagem em totens espalhados por lojas, postos de gasolina e lotéricas, dentre outros pontos comerciais. Também está previsto o uso de aplicativo para celular que permite visualizar a operação do sistema viário, de modo a poder acompanhar online o percurso do ônibus e o tempo que levará até a parada de interesse.
Audiência pública prevista em lei
Realizada em 26 de fevereiro deste ano, na Casa das Artes, a segunda audiência pública sobre transporte coletivo foi um dos últimos passos antes da publicação do edital relativo ao tema. A necessidade de audiência pública está estabelecida em observação às leis federais nº 8.987/1995 e nº 8.666/1993, além dos termos previstos no artigo 39 da Lei Orgânica Municipal.
Jessica Marques para o Diário do Transporte
Ou seja, foi tanta exigência da prefeitura que simplesmente pelo preço da tarifa nenhuma empresa se habilitou.
Amigos, boa noite.
Parabéns empresas do buzão de Novo Hamburgo.
Só assim se muda o Barsil e se elimina os Jurássicos com o poder da caneta.
Seria interessante saber o real motivo desta desistência.
Att,
Paulo Gil