Caminhoneiros voltam a protestar contra aumentos do diesel nesta terça-feira, 22
Publicado em: 22 de maio de 2018
Logo mais, às 9h, equipe econômica se reúne com a Petrobras
ADAMO BAZANI
Caminhoneiros voltam a fazer protestos em rodovias, portos e entrepostos na manhã desta terça-feira, 22 de maio de 2018.
Há concentrações em ao menos oito estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia, Mato Grosso e Goiás.
Os profissionais se manifestam contra os aumentos constantes do preço do óleo diesel.
Como mostrou reportagem do Diário do Transporte, com base nos dados da “ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis”, desde o dia 3 de julho de 2017, quando a Petrobras adotou uma nova política de preços baseada na variação internacional do barril de petróleo, o litro do diesel subiu 121 vezes, acumulando alta de 56,5%.
Relembre:
Ontem, foram registrados protestos em 19 estados e no Distrito Federal.
Por volta das 9h da manhã de hoje, a equipe econômica de Michel Temer vai se reunir com a presidência da Petrobras, em Brasília, para discutir os constantes aumentos do diesel e da gasolina.
A Petrobras alega que os constantes congelamentos de preços, principalmente durante o período eleitoral, que reelegeu Dilma Rousseff, em 2014, causaram um prejuízo na estatal de cerca de US$ 40 bilhões.
Mas os aumentos constantes têm prejudicado os setores de cargas e passageiros, de acordo com os transportadores.
A NTU – Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, que reúne mais de 500 viações de linhas urbanas e metropolitanas, informou que somente neste ano, os reajustes consecutivos do diesel causaram um impacto de R$ 1 bilhão no setor.
Como as tarifas de ônibus são reguladas, e não podem variar ao longo do ano, os donos de empresas dizem que o resultado é redução nos investimentos em frota nova e qualidade dos serviços.
Relembre:
A atual medida não é unanimidade.
Uma corrente de economistas diz que, apesar de amargo, é o melhor remédio para que os combustíveis não sejam subsidiados por outras áreas, como ocorreu por anos. Entretanto, há economistas que alegam que a saída é só para recuperar prejuízo da corrupção e da má administração ao longo do tempo, já que, como produtor de petróleo em larga escala, o Brasil não precisaria repassar toda a variação do preço internacional.
Segundo a ANP, de cada litro do diesel vendido nos postos, as refinarias da Petrobras ficam com 55% do valor. Os governos (estaduais e federal) abocanham 29% , em forma de impostos. As distribuidoras ficam com 9% do valor e os fornecedores de biocombustível inserido no diesel ficam com 7%
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
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