Domingo sem ônibus em Salvador
Publicado em: 20 de maio de 2018

Greve do sistema de transporte municipal é protesto pela falta de acordo salarial entre categoria e Consórcio Integra
ALEXANDRE PELEGI
Como prometido pelo sindicato dos rodoviários, os ônibus não circulam nesta manhã em Salvador.
Motoristas e cobradores do sistema de transporte municipal cruzaram os braços em protesto pela falta de acordo entre a categoria e os empresários do Consórcio Integra.
Os empresários rejeitam dar o reajuste de 6% no salários e de 10% no tíquete-refeição, reivindicação dos funcionários.
A prefeitura preparou um plano de contingência, formada por 300 micro-ônibus do Subsistema de Transporte Especial Complementar (Stec), que deverão operar neste domingo para reduzir o impacto da greve dos ônibus municipais.
O consórcio Integra afirma não ter sido comunicado oficialmente da paralisação pelo sindicato, e promete descontar o dia não trabalhado.
Daniel Motta, diretor do Sindicato dos Rodoviários do estado da Bahia, afirmou ao Portal ‘Bahia Econômica’ que as empresas não depositam o FGTS há três meses. Além disso, desde janeiro as empresas não pagam o acordo da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) para os funcionários.
Os ônibus voltam a circular normalmente na segunda-feira, dia 21.
Terça-feira, às 15 horas, uma assembleia da categoria será realizada. Caso não haja nova proposta, os rodoviários prometem parar por tempo indeterminado.
HISTÓRICO
A negociação entre concessionárias e sindicato dos rodoviários tem data limite para encerrar: 30 de maio.
A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) procura uma saída intermediária para o impasse.
Fábio Mota, secretário da Semob, revelou em entrevista que a intenção é encontrar uma proposta que seja o meio termo entre as partes.
Diante da greve anunciada para este domingo, o prefeito de Salvador, ACM Neto, convocou reunião para esta segunda-feira, pela manhã, com as empresas concessionárias, que afirmam não ter condições de atender às reinvindicações salariais dos rodoviários.
A prefeitura resiste em aumentar a tarifa, enquanto os balanços publicados pelas concessionárias indicam prejuízos superiores a R$ 300 milhões.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

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