Depois de disputas judiciais e adiamentos, obras de BRT de Salvador começaram hoje
Publicado em: 29 de março de 2018

Trajeto que hoje demora até 48 minutos pode cair para em torno de 15 minutos, segundo prefeitura
ADAMO BAZANI
Começaram nesta quinta-feira, 29 de março de 2018, as obras da primeira fase do BRT – Bus Rapid Transit de Salvador, correspondentes ao primeiro trecho de 2,9 quilômetros entre a região do Parque da Cidade à estação do metrô da Rodoviária.
A ordem de serviço das obras foi assinada hoje pelo prefeito ACM Neto.
Quando estiver pronto, o BRT deve ter 10,2 quilômetros de extensão por sentido ligando a região do Iguatemi à Estação da Lapa, com extensão do Parque da Cidade ao bairro da Pituba, nas imediações do Posto Namorados.
A estimativa da prefeitura é que o sistema atende a 31 mil pessoas por hora/sentido.
O trajeto total que hoje leva 48 minutos deve cair para 15 minutos com o BRT.
São três etapas. A primeira entre Parque da Cidade à estação do metrô da Rodoviária com 2,9 quilômetros, a segunda entre o Parque da Cidade e a estação da Lapa, com 5,5 quilômetros e terceira, que engloba 1,8 quilômetro entre o Parque da Cidade ao bairro da Pituba.
A primeira etapa deve ficar pronta em 28 meses a contar de hoje e o custo da obra será de R$ 212,7 milhões (R$ 212.781.070,50), oriundos de um financiamento na Caixa Econômica Federal.
As empreiteiras responsáveis são Camargo Correa Infraestrutura S.A., Construções e Comércio Camargo Correa S.A., e Geométrica Engenharia de Projetos Ltda.
A segunda etapa deve ter licitação lançada em junho e vai custar R$ 412 milhões, dos quais R$ 300 do Orçamento Geral da União – OGU e outros R$ 112 milhões do Programa de Financiamento das Contrapartidas do Programa de Aceleração do Crescimento – CPAC.
A estimativa é que as obras desta etapa comecem no segundo semestre de 2018, com conclusão junto com a primeira fase, já que as intervenções da segunda etapa são mais fáceis, de acordo com a prefeitura.
As obras de hoje começaram com atrasos depois de uma disputa judicial.
Houve ao menos dois adiamentos.
No mês de julho do ano passado, a prefeitura disse que a obra começaria em setembro. Mas um mês antes, a OAS entrou com ação contestando a licitação, obtendo uma liminar suspendendo o resultado da concorrência. A decisão foi revertida na justiça em favor da licitação, duas semanas depois.
Ainda há uma pendência jurídica. A construtora Queiroz Galvão, que também participou do certame, conseguiu decisão do juiz João Batista Alcântara Filho, plantonista do Tribunal de Justiça da Bahia, para suspender a licitação. A empresa alega que o modelo de edital, com critérios que restringiam a competitividade, pelo fato de, segundo a Queiroz Galvão, a Comissão de licitação considerar as propostas feitas apenas por empresas que atendiam a apenas um item específico das propostas técnicas.
A prefeitura, entretanto, alega que a decisão não tem valor jurídico já que foi publica após a assinatura do contrato com o grupo da Camargo Correa e a Geométrica.
Em dezembro, a prefeitura anunciou que as obras teriam início em fevereiro deste ano, o que não ocorreu.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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