Vendas de ônibus acumulam queda de 20,17%, de acordo com a Fenabrave

Apesar de programas como o Refrota e do discurso de recuperação econômica, indústria do segmento de transporte coletivo ainda não esboça reação

ADAMO BAZANI

No final do ano passado, ao fazerem os balanços dos números catastróficos que evidenciam queda de quase 70% na comercialização de veículos pesados entre 2013 e 2016, voltando a níveis de produção de 20 anos atrás, os principais fabricantes apostavam numa recuperação, principalmente após o primeiro trimestre deste ano.

No entanto, o mês de abril acabou e, por enquanto, não há sinal de reação à crise.

Balanço divulgado nesta segunda-feira, 02 de maio de 2017, pela Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores mostra que os segmentos de veículos pesados acumulam queda de 22,73% entre janeiro e abril deste ano em comparação igual período do ano passado, quando já houve expressivas perdas.

Por segmentos, os números revelam queda de 23,39% nos emplacamentos de caminhões e de 20,17% nas vendas de ônibus.

Foram emplacados nos quatro primeiros meses do ano passado 17.181 caminhões ante 13.162 neste ano e 4.491 ônibus nos quatro primeiros meses de 2016 ante 3.585 em igual período de 2017.

O discurso de estabilização da crise, recuperação econômica e ações como o Refrota 17, um programa de financiamento para renovação de frotas de ônibus urbanos com recursos do FGTS, até agora não mostraram a que vieram.

A crise econômica é a principal causa para o quadro, no entanto, pesam outros fatores como a dificuldade de obtenção de crédito, não só em relação às taxas de juros mais altas, mas às exigências e a burocracia.

Há também as instabilidades em relação aos equilíbrios econômicos e financeiros dos sistemas de transportes, com tarifas congeladas ou subsídios insuficientes para custear os serviços.

Muitos grandes sistemas deixaram de empreender um ritmo de renovação de frota de ônibus necessário.

No Rio de Janeiro, por exemplo, empresas de ônibus e prefeitura travam uma verdadeira queda de braço sobre o reajuste da tarifa e a implantação de uma frota com todos os ônibus dotados de ar-condicionado. Pelo poder público, o valor fica em R$ 3,80 até que toda a frota seja climatizada, mas a justiça já determinou estudos para um eventual aumento.

Em São Paulo, houve o congelamento pela gestão Doria, mas há incerteza sobre se prefeitura conseguirá todos os recursos necessários para os subsídios. A estimativa é que sejam necessários complementos na ordem de R$ 3 bilhões. Além disso, na capital paulista o mercado, aguarda a licitação dos transportes para reorganizar o sistema, o que influencia nas renovações da frota, hoje com uma das idades médias mais elevadas desde 2003.

Em Curitiba, as empresas de ônibus não renovam a frota desde 2013 amparadas em liminar judicial, contestando a tarifa técnica (o quanto recebem por passageiro) e o dimensionamento da demanda de usuários por parte da gestora local Urbs, fator que interfere na remuneração das companhias.

Em Salvador, as empresas se queixam de prejuízos de R$ 12 milhões por mês e há impasses quanto ao rateio dos custo de integração com o Metrô. O modal ferroviário recebe hoje mais de 60% do valor da passagem quando há integração.

MARCAS:

No balanço da Fenabrave, em relação às marcas, no segmento de ônibus Iveco se aproxima da Volkswagen/MAN e ultrapassa a Marcopolo-Volare. Mercedes Benz lidera tanto em ônibus quando em caminhões, mas no caso de veículos de carga a disputa é mais acirrada.

fenabave-onibus

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Paulo Gil disse:

    Amigos, bom dia.

    PREVISOVELLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL

    VAMOS ACORDAR GENTE.

    Nao e a crise a culpada desta queda na venda do buzao e nem adianta fazer Refrpta com o dinheiro do controbuinte que vai fazer a venda do buzao aumentar no Bradil.

    Quem ta “matando” o buzao no Brasil e o puder publico em especial as prefeituras, que “impacam” a lucratividade das empresas, interferem na gestao e operacao e nao da o pruduto que o passageiro precisa.

    O resto da ladainha e publico e notorio.

    Sem contar, que um dia o Aerotrem e os VLT’s de Cuiaba e adjacencias irao partir, mais ciclo faixas e civlovias, bykes e motos com precos ascessiveis e A PISTA DO BUZAO TODA IRREGULAR, COM B6RACOS, COSTELAS DE VACAS ONDULACOES E O ESCAMBAL.

    Encarrocadoras, esquecam o mercado de urbanos no Brasil, esse ja era.

    Nao decola nem com licitacao com vigencia de 20 anos.

    PREVISIVELLLLLLLLLLLLLLL

    Att,

    Paulo Gil

  2. Paulo Gil disse:

    Complementando.

    E buzao verde nem em 3033.

    Buzao verde da fiscalizadora so da Santa Brigida, Gato Preto, Via Sul e algumas das ex cooperativas.

    Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Att,

    Paulo Gil

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