Convênio para SPTrans iniciar operação do Aquático-SP no lugar da Transwolff é publicado nesta terça (07)

Empresa de ônibus que tinha a concessão dos serviços é alvo de investigação por suposta ligação com o PCC e está sob intervenção da prefeitura; Nunes disse que operação assistida sem cobrança de passagem deve começar nesta semana

ADAMO BAZANI

Foi publicado em Diário Oficial da Cidade de São Paulo desta terça-feira, 07 de maio de 2024, o convênio para a SPTrans (São Paulo Transporte) realizar a operação experimental (operação assistida) do Aquático-SP, sistema de embarcações que vai ligar em 5,6 km de trajeto na Represa Billings, zona Sul da capital, os parques Cantinho do Céu, na região do Grajaú, e Mar Paulista (Pedreira).

O prefeito de São Paulo prometeu nesta segunda-feira (06) que nesta semana ainda o Aquático começa com as operações assistidas. Foi justamente sobre esta documentação que Ricardo Nunes falou para justificar a demora para o início das operações após a liberação pela Justiça que ocorreu em 14 de abril de 2024.

Pelo documento, firmando com Setram – Secretaria Executiva de Mobilidade Urbana, da prefeitura, a SPTrans fica autorizada a realizar as operações assistidas do trecho para colher dados em condições reais e aprimorar o projeto hidroviário no transporte público da capital paulista.

A medida foi necessária porque a administração municipal vai assumir diretamente os serviços no lugar da empresa de ônibus Transwolff, que tinha a concessão dos serviços, mas se tornou alvo de investigação do Ministério Público por suposta ligação com o PCC e está sob intervenção da prefeitura.

Como mostrou o Diário do Transporte, depois de três adiantamentos, a última data prevista para inauguração do Aquático SP, que vai fazer uma ligação de 5,6 km na represa Billings, era 27 de março de 2024.

Mas em primeira instância, a Justiça atendeu a promotora Maria Gabriela Auhalli Steinberg, que alegou falta de estudo de impacto ambiental e suspendeu a inauguração.
Somente em 14 de abril de 2024 é que a prefeitura conseguiu em segunda instância reverter a decisão.

Ocorre que no dia 09 de abril de 2024, foi deflagrada a operação Fim da Linha, do Ministério Público de São Paulo contra suposta ligação de empresas de ônibus com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Um dos alvos é empresa de ônibus Transwolff, que tinha a concessão para operar o Aquático-SP.
A empresa foi submetida a intervenção da prefeitura, que decidiu que irá operar o meio de transporte.

De acordo com Nunes, nesta segunda-feira, 06 de maio de 2024, a demora para iniciar as operações ocorre justamente por causa da atualização da documentação de transferência.

O prefeito disse também que no início, durante a operação experimental (assistida), não haverá cobrança de tarifas

“A gente já está com a liberação pela Justiça. A questão do transporte hidroviário é que ele estava para ser operado pela empresa Transwolff. Com os problemas que acabaram acontecendo com essa empresa, a gente está transferindo toda a documentação e autorizações para aprefeitura de São Paulo. Isso que está demandando um tempo. Nós já estamos liberados para poder fazer, só que eu preciso ter toda a documentação em dia. Estamos fazendo uma análise se eu faço uma requisição administrativa ou se eu faço uma desapropriação para poder a prefeitura operar. A prefeitura que irá operar. Talvez essa semana ainda, muito possivelmente, se eu conseguir tramitar toda essa documentação, a gente vai começar a operar o transporte hidroviário, que vai ser algo sensacional.
A gente fez um estudo muito aprofundado da importância, do quanto vai atender do que é importante para a questão do meio-ambiente, o que vai trazer de conscientização das pessoas sobre a importância da nossa represa. É algo fundamental. Além do transporte, tem todo um conjunto de política pública ambiental nesse projeto, que, muito possivelmente, a gente vai estar lá, eu e vocês, e vai ser uma operação assistida. O que é operação assitida? A gente não vai estar trabalhando com todo potencial. O barco pra 200 pessoas vai estar com 60 pessoas, o horário vai ser reduzido, em vez de ser desde madrugada vai ser até a noite, vai ficar das 10h às 16h, sem cobrança de tarifa. A operação assistida vai ficar durante algum tempo para a gente ir medindo, porque é algo novo, nunca teve em São Paulo, para gente ir medindo e não errar quais são as necessidades para a gente ir adequando. Já estão lá os barcos e logo logo a gente vai estar lá junto nesse projeto importante da cidade”,
afirmou Nunes.

Nunes também prometeu outras intervenções na região da Estrada do Alvarenga. “O que fica para poder concluir posteriormente, já está fazendo, é a retirada daquela área de trabalho, para poder retornar a água na represa. Já estão trabalhando em relação a isso”, disse o prefeito. “A parte viária está liberada, está concluída”, continuou o mandatário, que destacou que obras de urbanização, canalização e construção de habitação continuam acontecendo.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transporte

Comentários

Comentários

  1. Valdemir Santos De Carvalho disse:

    Ficou 100% bacana agora só falta a limpeza da represa retirada de destroços e da terra que foi adequadas para a realização das obras

Deixe uma resposta

Descubra mais sobre Diário do Transporte

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading