SPTrans divulga vencedores da licitação do projeto e das obras para o trecho 2 do Corredor de Ônibus Norte SulSPTrans

Avenida Ruben Berta, que faz parte do Lote 2 da licitação (Foto: reprodução Google Maps)

Certame foi dividido em dois lotes, que juntos alcançam o valor de R$ 720 milhões

ALEXANDRE PELEGI

A SPTrans – São Paulo Transportes, empresa da prefeitura de São Paulo, definiu as empresas vencedoras para o desenvolvimento de projeto executivo e execução de obra para o corredor Norte Sul – Trecho 2 (lotes 1 e 2).

A empresa municipal publicou no Diário Oficial desta segunda-feira, 29 de abril de 2024, o resultado da análise e julgamento das propostas comerciais e da habilitação do certame.

De acordo com a publicação, a Comissão de Licitação foram declarados vencedores para o lote 01 o Consórcio Norte Sul – formado pelas empresas FBS Construção Civil e Pavimentação, Compec Galasso Engenharia e Construções e Construtora Madri, com o valor global de R$ 340 milhões (R$ 339.849.287,04).

Para o lote 02 foi declarado vencedor o Consórcio Corredor Norte Sul – JRC, formado pelas empresas Jofege Pavimentação e Construção, REP Engenharia e Serviços, e Construbase Engenharia, com o valor global de R$ 380 milhões (R$ 379.462.138,58).

Foi aberto o prazo de cinco dias úteis para apresentação de recursos, que vencerá dia 07 de maio próximo.

Como mostrou o Diário do Transporte, o certame foi suspenso ‘sine die’ (por tempo indeterminado) no dia 18 de março de 2024, para realizar mudanças no Edital do certame. A empresa municipal retomou a licitação no dia 04 de abril, com data da sessão para 12 de abril de 2024.

Ao todo, o sistema terá nove quilômetros e vai percorrer canteiro central de vias importantes, como a Avenida 23 de Maio e a Avenida dos Bandeirantes e 12 paradas.

O projeto foi dividido em dois lotes.

O lote 01 é entre o Terminal Bandeira e as proximidades da Rua Dr. Luiz Falgetano Sobrinho, tendo como eixo principal a Avenida 23 de Maio, com extensão de 4,4 km e sete pontos de parada.

Já o lote 02, que está sendo licitado, vai entre a Rua Dr. Luiz Falgetano Sobrinho e o Viaduto João Julião da Costa Aguiar (Av. Bandeirantes), com 4,6 km de extensão e cinco paradas. Entre as via atendias estão a Av. 23 de Maio, Av. Prof. Ascendino Reis, Av. Ruben Berta, Av. Moreira Guimarães.

O corredor será implantado junto ao canteiro central, com infraestrutura para embarque e desembarque à esquerda dos, exceto na Parada Paulina, que terá embarque e desembarque à Direita.

O edital prevê ainda pavimento rígido (concreto em vez de asfalto) em toda a extensão, inclusive nos pontos de ultrapassagem.

As plataformas das paradas terão altura de 28 cm para facilitar o acesso aos ônibus, devendo ser dotadas de infraestrutura básica, tais como: piso em concreto, abrigos cobertos, painéis de informação, totens, pisos táteis e demais elementos de acessibilidade.

Em nota, a SPTrans diz que o Corredor Norte Sul faz parte do Programa de Metas 2021-24 da Prefeitura de São Paulo, na meta 46, que prevê viabilizar 40 quilômetros de novos corredores de ônibus.

Atualmente, a cidade conta com 131,2 km de corredores, total considerado insuficiente para a frota de 12 mil ônibus.

A SPTrans diz que realiza as obras de implantação no trecho I do corredor Itaquera-Líder.

Ainda de acordo com a gerenciadora dos transportes, também estão sendo realizados trabalhos de requalificação nas avenidas Celso Garcia e Nossa Senhora do Sabará para melhorar a fluidez do transporte coletivo.

A SPTrans ainda explicou que desde 2021, na atual gestão, foram implantados 52,66 km de faixas exclusivas, superando 100% da meta 47, que previa 50 km de exclusividade para o transporte público.

No início de 2021, havia em operação na cidade 536,1 km de faixas exclusivas. Já em 2024, esse número aumentou para 588,76 km de faixas exclusivas para ônibus em operaçãodiz a gestora.

Entre os objetivos relatados pela SPTrans, ainda no comunicado, estão:

– Proporcionar agilidade, reduzindo o tempo de viagem dos passageiros que se deslocam diariamente;

– Melhoria na qualidade e acessibilidade nos passeios e plataformas;

– Incentivar o uso do transporte público;

– Melhorar a mobilidade regional com incentivo do desenvolvimento da região

 


Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes 

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