Jacob Barata morre no Rio de Janeiro aos 91 anos: Saiba um pouco da história
Publicado em: 27 de dezembro de 2023
Ele estava internado no Hospital Copa Star, na Zona Sul da capital carioca
ADAMO BAZANI/GUILHERME STRABELLI
Morreu nesta quarta-feira, 27 de dezembro de 2023, o empresário Jacob Barata, que atuava no setor de transporte no Rio de Janeiro.
Ele estava internado no Hospital Copa Star, na Zona Sul da capital fluminese e teve falência de múliplos órgãos.
Barata era conhecido como “O Rei dos Ônibus” e foi um dos sócios fundadores do Grupo Guanabara, um dos maiores conglomerados do ramo. O grupo engloba empresas como a Guanabara, a Util, a Real Expresso e concessionárias de outros ramos.
JACOB BARATA: HISTÓRIA DE EMPREENDEDORISMO, MAS DE INVESTIGAÇÕES POLICIAIS NA FAMÍLIA:
Nascido em Belém (PA), em 13 de agosto de 1932, o empresário Jacob Barata deixa um legado de empreendedorismo e contribuições para o setor de transportes de passageiros, mas a família também teve o nome envolvido em investigações policiais sobre suspeitas de diferentes crimes.
Aos 18 anos de idade, em 1950, Jacob Barata ingressou no ramo de transportes trabalhando como motorista na linha Madureira-Irajá no Rio de Janeiro.
Jacob Barata adquiriu nesta década uma lotação Chevrolet de apenas dez lugares.
Após a regulamentação do sistema de transportes no Rio de Janeiro, não havendo mais como operar lotação em 1955, com mais duas pessoas que também tinha lotações, criou a Viação Elisabete.
Já em 1957, fundou a primeira empresa sozinho, a Viação Rosane (nome de sua filha).
O Grupo Guanabara, hoje um dos maiores conglomerados de transportes e revendas de veículos do País, foi criado em 1968.
Jacob Barata também era banqueiro e atuava, em especial, no segmento de financiamento de veículos.
Outro ramo de atuação de Barata foi o de hotelaria.
A família tem negócios no Brasil e em outros países, como Portugal.
Mas não foi apenas de empreendedorismo que foi marcado o nome da família Barata, que esteve envolvido em diversas investigações policiais.
Um dos exemplos foi a Operação Ponto Final, que envolveu o herdeiro, Jacob Barata Filho.
A Ponto Final foi um dos desdobramentos da Operação Lava Jato, que investigou um suposto esquema de pagamento de propina de empresários de ônibus a políticos e a agentes públicos em troca de aumento de tarifas e relaxamento de investigações.
O então titular da 7ª Vara Federal Criminal, juiz Marcelo Bretas, chegou a condenar Jacob Barata Filho, a 28 anos de prisão pelos crimes, mas a sentença foi anulada.
Jacob Barata (o pai) não foi alvo de condenação.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Colaborou Guilherme Strabelli
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