Banco Central quer que PIX seja usado para pagar passagens de ônibus, trens e metrô, além de pedágios e compras internacionais

Informação está em relatório divulgado pela instituição sobre a forma de pagamento ao qual o Diário do Transporte teve acesso; Segundo o relatório, foram feitas 2,9 bilhões de transações PIX em dezembro de 2022, crescimento de 1.900% em relação a dezembro de 2020, segundo mês de operação do PIX no Brasil

ADAMO BAZANI

Colaborou Vinícius de Oliveira

O Banco Central, em seu relatório de balanço de três anos de funcionamento do PIX, diz que uma das intenções é de que esta forma de pagamento seja utilizada também para passagens de ônibus, trens e metrô, além de pedágios e compras internacionais.

O documento foi divulgado nesta segunda-feira, 04 de setembro de 2023. O Diário do Transporte teve acesso na íntegra (veja mais abaixo)

Para isso, entretanto, é necessária a melhoria da conectividade e do sinal de internet, o que é esperado com a expansão do sinal 5G. O aprimoramento de tecnologias de aproximação, como NFC, RFID, bluetooth, biometria, também é esperado para a possibilidade do PIX no transporte público, por exemplo.

Entre as possibilidades de desenvolvimentos futuros, está o uso de outras formas de iniciação que permitam que o pagador esteja sem conectividade à internet para realizar transações Pix, o que tem potencial de ampliar o acesso e dar mais comodidade ao usuário, estimulando novas dinâmicas de uso e a substituição de meios de pagamento menos eficientes. A chegada da tecnologia 5G no Brasil traz ainda mais oportunidades para o desenvolvimento de processos e de soluções de qualidade para o mercado de pagamentos de varejo. A capacidade de processamento das transações em menor intervalo de tempo permitirá a potencialização do uso dos instrumentos digitais, como o Pix. Há, ainda, espaço para estudar formas alternativas de iniciação de pagamentos, por exemplo, com uso de tecnologia por aproximação – NFC, RFID, bluetooth, biometria e outras. O uso de novas tecnologias que tornam a experiência de pagamento ainda mais rápida pode ser benéfico principalmente em alguns casos de uso específicos, como pagamentos de pedágios em rodovias, estacionamentos e transporte público. Muitos negócios que hoje não realizados pela falta de “conectividade” poderão ser viabilizados instantaneamente, de forma simples, segura e com menor custo. – diz trecho do documento.

Segundo o relatório, foram feitas 2,9 bilhões de transações PIX em dezembro de 2022, crescimento de 1.900% em relação a dezembro de 2020, segundo mês de operação do PIX no Brasil.

Deste total, 93% das transações feitas por pessoas físicas são até R$ 200.

Em dezembro de 2022, a soma dos valores movimentados em PIX foi de R$ 1,2 trilhão contra R$ 718 bilhões transacionados em dezembro de 2021, um aumento de 67% no valor transacionado.

Ainda de acordo com o documento oficial, são 71,5 milhões de usuários incluídos com o PIX, com 551 milhões de chaves-PIX.

O relatório ainda cita um estudo independente, publicado em 2022 pela ACI Worldwide, consultoria internacional que atua no setor de pagamentos, que indica que o PIX gerou, em 2021, uma economia de custos estimada em 5,7 bilhões de dólares para empresas e consumidores, o que ajudou a gerar uma produção econômica adicional de $5,5 bilhões de dólares, representando 0,34% do PIB brasileiro. As estimativas são que esses números alcancem 37,9 bilhões de dólares e 37,6 bilhões de dólares (2,08% do PIB) até 2026.

Veja o estudo na íntegra:

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Colaborou Vinícius de Oliveira

Comentários

Comentários

  1. WILLIAM SANTOS disse:

    Banco Central querendo implementar pagamento por pix no transporte público, e aqui no município ainda operamos com bilhete único e dinheiro apenas! Como estamos atrasados!!!

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