Curitiba (PR) anuncia que terá táxis exclusivos para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida

Publicado em: 12 de fevereiro de 2023

Público corresponde a 24% da população da cidade

ARTHUR FERRARI

A Prefeitura de Curitiba (PR) anunciou nesta semana que a cidade terá táxis exclusivos para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

A medida, prevista no decreto 69/23, estabelece o TPCD (Transporte Individual de Passageiros com Deficiência), que terá o mesmo custo que os táxi convencionais, já que a população estimada da capital paranaense que possui algum tipo de deficiência, sendo física, auditiva, visual ou intelectual, corresponde 24% dos habitantes, o que corresponde a 450 mil pessoas, segundo o Departamento dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

“(…) ampliar e melhorar a mobilidade urbana passa pelo atendimento das pessoas com deficiência, que precisam de um transporte seguro e acessível”, diz Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbs (Urbanização de Curitiba).

De acordo com o gestor da Área de Mobilidade Comercial da Urbs, Alessandro César de Souza Alves, os taxistas interessados deverão seguir uma série de requisitos. Os veículos, além de serem adaptados com plataforma ou rampa, precisam ser especificamente adesivado com o símbolo universal de acessibilidade da ONU e de cadeirante.

“Toda a padronização do veículo é de responsabilidade do interessado, que deve ter cadastro na Urbs para operar o modal assim como submeter o veículo com o qual vai trabalhar à vistoria da empresa para receber o termo de autorização”, diz Alves.

O gestor ainda diz que a categoria terá os mesmos benefícios fiscais concedidos aos taxistas que não dirigem veículos focados na acessibilidade, além da possibilidade de uso dos pontos já existentes na cidade, porém com a vantagem de não precisar passar por um processo licitatório, que é exigido para liberar licenças do serviço tradicional de táxi no município.

Segundo a prefeitura, ainda não há uma estimativa de quantos taxistas podem aderir ao modelo, mas o cadastro vai ficar permanentemente aberto.

Arthur Ferrari, para o Diário do Transporte