Empresas de ônibus de São Paulo terão de apresentar cronograma de compra de modelos menos poluentes até 28 de fevereiro
Publicado em: 6 de janeiro de 2023

Viações não podem mais adquirir modelos padrons e articulados movidos a óleo diesel
ADAMO BAZANI
As empresas de ônibus da cidade de São Paulo terão de apresentar à prefeitura até o dia 28 de fevereiro de 2023, um novo plano de troca e renovação de frota que já leve em conta a determinação para reduzir as emissões de poluição por parte dos coletivos, incluindo os modelos elétricos.
Nesta sexta-feira, 06 de janeiro de 2023, foram publicados no Diário Oficial da cidade os aditamentos aos contratos firmados entre a prefeitura e as viações já com essa nova obrigação.
Desde o dia 17 de outubro de 2022, as companhias municipais de transportes coletivos não podem comprar mais ônibus padrons e articulados movidos a óleo diesel. As compras de micro-ônibus e midibus (micrões) a diesel ainda estão liberadas porque há poucos modelos elétricos ou a gás natural destes portes menores no mercado.
As empresas terão também de informar as compras que já realizaram de ônibus a diesel.
Por causa da covid-19, entre os anos de 2020 e 2022, o cronograma de renovação de frota de ônibus foi congelado na cidade de São Paulo, e foi permitida a permanência de modelos mais antigos, porque a demanda de passageiros caiu, influenciando na redução da arrecadação do sistema de transportes, e porque a indústria de veículos tinha diminuído o ritmo de produção.
Estes aditamentos de contrato publicados hoje interferem também em quanto a população vai pagar em subsídios ao sistema de ônibus.
No ano passado, o valor foi recorde: R$ 4,89 bilhões e, neste ano, há a expectativa de ser maior ainda, já que a tarifa ficará congelada em R$ 4,40, os custos devem aumentar e os ônibus elétricos que vão ser colocados no sistema custam até três vezes mais caro que os ônibus a diesel, podendo chegar a mais de R$ 3 milhões cada ônibus.
De acordo com a SPTrans (São Paulo Transporte), que gerencia o sistema de ônibus da cidade, as empresas já encomendaram 1109 coletivos elétricos a bateria. A grande maioria, 657 unidades, deve ser entregue ao longo de 2023 e os demais 457 elétricos em 2024.
Relembre:
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
já é amanhã… vamos ver os modelos que as empresas vão trazer.