Promoções de “Black Friday” de empresas de ônibus exigem cuidados na hora de comprar passagens

Horários e disponibilidade de vagas devem ser alguns dos pontos de atenção

ADAMO BAZANI

Todo o mês de novembro é a mesma história: tudo pela metade do dobro do preço, é a “Black Friday”, popularmente apelidada pelo brasileiro de “Black Fraude”.

A tradição é norte-americana e a tradução ao pé da letra para o idioma Português é de mau gosto.

Diversos setores da economia oferecem promoções, várias são reais mesmo, na busca de alavancar vendas, mas tem muita pegadinha também.

As empresas de ônibus rodoviários, sejam regulares ou aplicativos, também vão na onda da tal “Black Friday”, mas é necessário tomar alguns cuidados.

Veja algumas dicas:

– Verifique mesmo se a promoção significa redução de preço e se o percentual anunciado é mesmo o real. Às vezes, existem promoções, mas a redução não é tão grande assim.

– Pesquise em outra companhia que faz a mesma rota. Às vezes tem empresa que faz menos alarde e oferece preços iguais ou até menores que as viações ou aplicativos que investem em anúncios e redes sociais.

– Cuidado com alguns horários: às vezes a “superpromoção” é para horários de menor procura que nem sempre são adequados aos seus desejos de viagem.

– Cuidado com a categoria do ônibus: muitas vezes o preço pode estar em letras garrafais, mas lá embaixo, a especificação é para categorias inferiores, como convencional e executivo.

– Atenção para as datas de viagens: muitas vezes, a “grande promoção” é para viagens realizadas em dias que quase ninguém quer ir. Cuidado com as datas de compra e de viagem propriamente dito. Aparecem muitas frases do tipo: “Preços para compras realizadas de tal dia a tal dia, para viagens a serem feitas de tal dia a tal dia”.

– Fique atento aos tais cupons de promoção. Muitas vezes, o passageiro é obrigado a inserir uma frase meio sem sentido na hora de comprar para ter a promoção. Se esquecer de escrever o tal cupom, o preço é sem promoção.

Descontos existem, mas é necessário estar atento.

Em caso de dúvidas, o Procon deve ser procurado ou a gerenciadora de transportes.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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Comentários

Comentários

  1. vagligeiro disse:

    Uma coisa: passageiro é obrigado a inserir uma frase meio sem sentido na hora de comprar para ter a promoção – na verdade você fala dos chamados “cupons”, não? Tipo #blackfridayonibus por exemplo. O que é uma prática comum, diga-se. (Sim, está escrito cupom no texto, releia)

    O que costumo fazer para tentar pegar uma passagem mais barata é:

    – Tento ver linhas em rodoviárias que eu possa acessar com transporte público. Lembrando que na Região Metropolitana da Grande São Paulo, além das três principais rodoviárias da capital, há outras rodoviárias em cidades vizinhas, como Embu das Artes, Guarulhos, Mogi das Cruzes e São Bernardo do Campo. Por exemplo, linhas que saem do Aeroporto de Guarulhos (não da rodoviária de Guarulhos, diga-se) para São José dos Campos costumam ser mais baratas do que em relação a linhas que saem do Terminal Tietê.

    – Verifico se no trajeto há outras empresas tal como a segunda dica colocada no texto. Isso é possível indo no site da ANTT por exemplo (para linhas entre diferentes estados – aqui https://www.gov.br/antt/pt-br/assuntos/passageiros – e clicar em “Buscar Origem e Destino”) e com isso achar quais linhas fazem a rota desejada. Bem comum achar empresas que tem menos divulgação em redes com melhores preços em relação a empresa que tem maior divulgação. O problema é que as vezes são menos horários disponíveis também.

    – Se tenho tempo e condições, tento usar o transporte público urbano para fazer uma “perna” da viagem, caso o valor da passagem compense. Por exemplo: embarco ou desembarco em cidades vizinhas ao destino final, mas que tenham um transporte público até onde desejo. Algumas vezes compensa, mas as empresas de ônibus geralmente tem deixado as tarifas “unificadas”, sem descontos quando se embarca depois ou desce antes.

    – No transporte interestadual, algumas linhas pegam fora da rodoviária. Isso tem se tornado menos comum, não só por questões de segurança, mas porque as pessoas notam que veículos lotados não param mais para pegar passageiros no meio do caminho. Lembrando que o custo médio de taxas na rodoviária é de 5 reais (para mais ou menos).

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