Ciclofaixa de lazer: prefeitura de SP rescinde contrato com a Coranda e repassa gestão para Secretaria de Esportes e Lazer

Parceria com setor privado não deu certo no projeto de ciclofaixa

Termo de Cooperação firmado entre as secretarias municipais envolve repasse de R$ 1,35 milhão para manter o projeto sem interrupção

ALEXANDRE PELEGI

A prefeitura de São Paulo desistiu de buscar parceria no setor privado para a operação e manutenção do projeto da Ciclofaixa de Lazer na capital.

Um Termo de Celebração foi assinado com a Secretaria de Esportes e Lazer, com repasse no valor de R$ 1,35 milhão, para a implementação de ações destinadas à viabilização do projeto.

Em publicação no Diário Oficial deste sábado, 05 de novembro de 2022, a SMT – Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito publicou a rescisão unilateral do contrato assinado com a Agência Coranda TV e Publicidade, escolhida em processo de chamamento público realizado em 18 de agosto de 2022.

A contratação da Coranda tinha validade por seis meses (180 dias), a um custo total de operação de R$ 6 milhões e 250 mil por este período.

O patrocínio até então era da Uber, empresa de aplicativo de carros, que desistiu do contrato.

Em outubro, no entanto, os problemas na execução dos serviços levaram a prefeitura a suspender a contratação.

O Diário do Transporte mostrou que a prefeitura chegou a contratar a BK Consultoria e Serviços Ltda por um período de 90 dias ao custo de R$ 8,7 milhões para a substituição, mas horas depois desfez o contrato e manteve a Coranda.

Na publicação deste sábado (05), a SMT divulga a rescisão com a agência e na sequência a celebração do acordo de cooperação com a pasta de Esportes e Lazer, com repasse no valor de R$ 1,35 milhão.

Como noticiou o Diário do Transporte, o prefeito Ricardo Nunes disse em entrevista realizada em 25 de outubro passado que tudo caminhava para que a Coranda fosse substituída por outra empresa na operação das ciclofaixas de lazer na capital paulista.

Funcionários contratados para sinalização dos espaços que funcionam aos domingos e feriados diziam que não estavam sendo pagos pela agência e os serviços vinham apresentando problemas e falta de trabalhadores nos fins de semana.

Segundo a Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT), estavam incluídos no termo 114 km de ciclofaixa. Em seis meses estavam programadas 28 ativações.


Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

Compartilhe a reportagem nas redes sociais:
Informe Publicitário
   
Assine
     
Comentários

Comentários

  1. Eu acredito nas reclamações do pessoal contratado, que reclamam, de que estão sem receber, e gostaria de saber se essa tal CORANDA foi paga integralmente, para não ter sequer pago a quem realmente trabalhou…É muito frustrante vc conseguir trabalho, feliz, trabalhar e não receber….Se foi pago á Coranda, ela tem agora de pagar o dobro, como castigo, como caso IABAS à saúde….Porque os colaboradores inclusive, reclamam que foram bloqueados !!! estou totalmente indignado com isso. Que a imprensa, e SMT mostrem a cara desses larápios…

Deixe uma resposta