OUÇA – Proibição de ônibus a diesel novos em São Paulo: “Não tem mais diálogo, agora é determinação, tivemos de ser contundentes” – diz Nunes
Publicado em: 18 de outubro de 2022

Prefeito sugere que viações não estavam fazendo sua parte na busca de veículos menos poluentes, como determinam contratos e Lei de Mudanças Climáticas
ADAMO BAZANI
Colaborou Willian Moreira
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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, disse nesta terça-feira, 18 de outubro de 2022, que teve de ser contundente para que as empresas de ônibus começassem de fato a buscar modelos menos poluentes e, assim, cumprirem os contratos assinados em 2019 e a Lei de Mudanças Climáticas que determinam reduções de emissões de poluentes pelos transportes coletivos sobre pneus na cidade.
O Diário do Transporte divulgou em primeira mão no sábado, 15 de outubro de 2022, que na sexta-feira (14) a SPTrans enviou às companhias uma circular, com a rubrica da Superintendência de Contratos do Sistema de Transporte, proibindo a inclusão de novos ônibus a diesel nas linhas municipais a partir desta segunda-feira (17).
Relembre:
Segundo o prefeito, a administração pública tentou buscar diálogo com as empresas e que, para que houvesse a possiblidade real do cumprimento da meta de 2,6 mil ônibus elétricos operando na cidade de São Paulo até o fim de 2024, foi necessária uma atirude contundente.
“Nós tomamos uma atitude bastante contundente e a partir de agora não pode mais comprarem ônibus a diesel para que a gente possa cumprir a meta. É importante cumprir a meta. Faz parte da relação governo e o privado quando o privado tem resistência com relação aquilo que tem que fazer, você falar o seguinte: existe uma política pública e é para cumprir. Todo diálogo eu fiz. Chegou em um momento que não tem mais diálogo, é determinação. Eles vão colocar ônibus elétricos, sim.”
Ainda de acordo com Ricardo Nunes, os ônibus elétricos são os que mais atendem às necessidades do município quanto às metas de redução de poluentes e que as empresas foram avisadas disso.
“O importante é a gente destacar que nós temos mais de 13 mil ônibus aqui na cidade de São Paulo. Temos 62% da emissão de dióxido de carbono na cidade proveniente nos veículos que circulam na cidade. A gente tem quase metade de emissão desse dióxido de carbono de diesel, a grande maioria dos ônibus. Era necessário fazer uma ação contundente com relação a essa situação. A gente vinha falando há bastante tempo, está no nosso plano de metas, para que as empresas fossem trocando seus ônibus por uma matriz energética menos poluente. Pelos estudos que a gente fez, ônibus elétrico é o que mais atende essa necessidade num curto espaço de tempo.” – declarou o prefeito em entrevista coletiva após evento de inauguração do novo Centro de Operações Integradas da Secretaria da Segurança Pública no centro da capital.
O Governador Rodrigo Garcia estava ao lado e disse que o Estado vai acompanhar esta mudança de matriz energética dos ônibus da cidade com a possibilidade de haver uma integração neste “esforço” por meio da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), que gerencia os ônibus intermunicipais metropolitanos.
“Toda medida que vai ao encontro de preservar o meio ambiente de diminuir a descarga de poluição no estado e na cidade é muito bem-vinda. O prefeito Ricardo Nunes leva aqui os meus cumprimentos por essa atitude e isso mobiliza os governos, de mudar a matriz energética do transporte coletivo, no caso, dos ônibus. O estado vai estar integrado no esforço da prefeitura através da EMTU”
O prefeito Ricardo Nunes ainda disse que os custos maiores de aquisição dos modelos elétricos vão se diluir ao longo do tempo e que o pedido às empresas não é nada impossível, já que são renovações de frota que ocorrem todos os anos, só que em vez de ônibus diesel, devem ser comprados modelos elétricos.
“Dos 13 mil ônibus, temos em torno de mil ônibus por ano que são renovados por conta da idade. Aqui na cidade de São Paulo só podem circular ônibus com 10 anos. A obrigatoriedade de renovação de frota por conta do cumprimento da idade dos ônibus é de mil ônibus por ano. A gente está pedindo o seguinte: que vão fazendo essa troca justamente no momento onde deveriam fazer a substituição por conta da idade dos ônibus. O custo: o ônibus elétrico é mais caro em um primeiro momento, mas ele vai diluir no decorrer do tempo por conta do custo menor de não gastar com diesel, tem custo de manutenção menor e o custo de não ter o diesel é menor. Lembrando que nesses últimos tempos houve mais de 70% de aumento do diesel, agora teve uma redução por conta das ações do governo federal, mas era uma questão que nos preocupava essa oscilação. E a energia a gente tem uma situação, por ser bateria, mais tranquila com relação ao horizonte no custeio do transporte coletivo.”
O presidente do SPUrbanuss, entidade que representa as empresas de transportes da capital paulista, Francisco Christovam, em entrevista na tarde desta segunda-feira, 17 de outubro de 2022, ao Diário do Transporte, que a determinação da SPTrans (São Paulo Transporte) que proíbe que a partir desta segunda-feira, 17 de outubro de 2022, sejam incluídos novos ônibus a diesel no sistema de linhas da capital paulista vai aumentar os custos de produção dos serviços de transportes na cidade e, com isso, os subsídios e as tarifas devem aumentar. Os ônibus a diesel em circulação não serão retirados podendo operar até o fim da idade permitida.
Dos quase 14 mil ônibus, municipais, a cidade de São Paulo conta hoje com 219 ônibus elétricos, sendo 201 trólebus (conectados à rede aérea operados pela empresa Ambiental do Consórcio TransVida) e 18 movidos a bateria (operados pela Transwolff, na zona Sul de São Paulo).
Christovam diz que, em média, um ônibus elétrico custa três vezes mais que um modelo similar a óleo diesel e que os custos operacionais são hoje entre 10% e 15% maiores que dos ônibus à combustão tradicional.
Segundo o presidente da entidade, contratualmente, as empresas devem ser remuneradas pelos serviços prestados e pelos custos. Sendo assim, se os custos sobem, logo sobem os recursos necessários para bancar os serviços; estes recursos hoje são provenientes da tarifa e dos subsídios.
“O custo de produção do serviço vai aumentar. São veículos que custam três vezes mais caros e o custo operacional é de 10% a 15% maior que do diesel. Custo de investimento maior e custo de operação maior. Isso traduz em necessidade de remuneração maior para que as empresas possam ter todos os seus custos cobertos. Do outro lado da equação, estes custos são cobertos por tarifa ou subsídio. Se mantiver a tarifa, tem de aumentar o subsídio. Se subir um pouco a tarifa, o subsídio poderá ser menor, mas essa decisão é do prefeito.” – disse Christovam
Relembre:
Nesta segunda-feira (17), a gerenciadora esclareceu ao Diário do Transporte que a proibição não afeta neste primeiro momento os ônibus de menor porte (micro-ônibus e mídis/micrões), cujo mercado não oferece muitas opções de modelos. Para os ônibus menores, será criado um novo cronograma. A proibição já afeta ônibus de tamanho convencional e articulados.
Relembre:
MINISTÉRIO PÚBLICO QUER EXPLICAÇÕES:
O Diário do Transporte também noticiou que a proibição repentina da inclusão de ônibus novos movidos a óleo diesel no sistema municipal de linhas da capital paulista despertou a atenção do MPSP (Ministério Público de São Paulo).
A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social vai querer saber os critérios que embasaram a circular enviada às viações pela SPTrans (São Paulo Transporte) com a proibição.
Além disso, o Ministério Público quer saber quais os impactos aos cofres públicos e verificar a possibilidade da existência de improbidade administrativa, caso seja constatado algum indício de que verbas municipais podem ser utilizadas sem atendimento aos interesses da população.
Relembre:
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Infelizmente, uma determinação de cortina de fumaça, ou seja, não tem fábrica suficiente e tão pouco preparada para atender essa demanda/determinação, não existe mão de obra suficiente nas empresas para atender as futuras demandas de veículos elétrico nas garagens, no sistema. O valor de um ônibus elétrico é três vez mais que um a Diesel. Eita!!!, cada a equipe de planejamento e conselheiros da Prefeitura e da SPTrans. É muito fácil determinar, agora é impossível fazer e executar essa determinação, mesmo que contasse com toda grana do mundo. Veja a demanda de carros que será necessário renovar ano que vem. Teria que formar novos mecânicos elétricos, são novos conceitos. Eita povo maluco!!!
Pelo o que vi desde 2019 ou seja ja se passaram quase 3 anos e as empresas não se mexeram pra se adaptar ao novo sistema?prefeito está certíssimo tem que evoluir para uma nova era
Eita povo maluco, essa determinação não existe gente, sonhar é uma coisa, realizar o sonho é outra completamente diferente. Tem que se lembrar no meio do sonho, que vai precisar de fabricas preparadas para atender as demandas, nesse sonho tem que consultar o “cara” que cuida da controladoria da grana, pois não tem dinheiros para isso, um ônibus elétricos custa três vezes a mais que um ônibus a diesel, mão de obra nas garagens, não existe essa mão de obra especializada, que dê conta dessa nova estrutura. Quem vai pagar esse conta? Eita povo sem juizo!!!
Por que que esse povo é “sem juizo”? Quando mudaram o Euro III para Euro V, o que eu mais vi foi empresa renovando a frota antes do tempo pra não ter que atender a determinação de frota menos poluente. Infelizmente é assim: se não determinarem, as empresas não cumprem! Basta ver, num rápido “descuido” do Kassab em permitir a compra de ônibus de motor dianteiro, as empresas correram pra comprar vários deles o mais rápido possível. Uma ex-cooperativa está operando uma linha com 18 desses carros a bateria, mostrando que sim, é possível renovar .
A UNICA coisa que não concordo aí é que os ônibus só podem ser a energia elétrica. Poderia ser a Etanol ou gás natural também, que poluem menos também. Mas é aquilo: se não determinar, não farão
O problema que eu vejo nessa “determinação” é que a população, principalmente nos bairros mais afastados, vão sofrer mais pois vão ter menos ônibus nas ruas.
A desculpa será “eu não posso comprar ônibus com motor diesel porque é proibido/ônibus elétrico é mais caro/o subsídio da passagem é muito baixo/isso não estava na licitação”.
Empresas tradicionais não estão trabalhando por essa causa, mesmo tendo os maiores repasses e as outras, menores, não terão meios para renovar a frota – há veículos 2011/2012 em circulação ainda e, por essa regra, esses ônibus já não vão ter substituição imediata.
Prefeito Ricardo Nunes – Sei da importância do uso de combustíveis não fósseis, energia limpa e controle de poluição… Sou da R.Gomes de Amorim paralela à Av.Cupecê(Parada Santo Afonso) próximo à divisa com Diadema. Estamos sofrendo com a notícia de possível DESAPROPRIAÇÃO de nossas casas(propriedades particular)para construção de TERMINAL de ÔNIBUS SPTrans.Não temos para onde ir e há necessidade de diálogo.NÃOàDESapropriaçãoParaTermiJdMiriamOndeMoramos!! Queremos diálogo com Prefeito e SubprefeitoCidadeAdemar…Teremos Soluções Sem DESapropriação!Estamos com Esperanças e Muita FÉ!
MariaMoraes.Grata 🙏🏼
Prefeito Ricardo Nunes esperamos não sermos Desapropriados de nossas casas(propriedade particular) para construir Terminal de ônibus SPTrans.Vamos aguardar resposta positiva é que seja estudado outro LOCAL, caso seja necessário de fato, tal Terminal.Bairro carente de escolas infantis, de Hospital, de verticalização a ser ofertada à população que mira em favelas-dianre da especulação imobiliária local, mais serviços públicos como Enel, Detran, espaço de esporte*lazer, área verde…etccc
Contamos com sua colaboração e tbém junto ao SubPrefeitoCidade Ademar que já nos atendeu e aguardamos devolutivo positiva a favor dos moradores. Grata se nos atender.
Fez certo, desde o começo do ano a Metrópole Paulista e demais empresas da capital renovaram a frota com padron e articulado Millenium 4 tudo a diesel, e até agora só a Metrópole Paulista comprou cem elétricos pro ano que vem, não vi nenhuma outra abrir o bico sobre as compras uma vergonha.
Bom dia Sr Prefeito Sr quer começar pelo fim do processo as garagens nem estão adaptadas a anel nem começou algum projeto nas garagens , não se iluda e nem iluda a população a infraestrutura do sistema elétrico está em gestação Sr quer que nasça um adulto pronto é brincadeira
Isso é pura agenda 2030 da ONU! Essa causa “ambiental” é mais um meio de controle. A Europa embarcou nessa histeria “ambientalista” e está tomando no 👉👌 sem vaselina!
Muito bom os onibus eletrico melhor para o nosso meio ambiente ja que não vai ser mais a diesel também deveria ser mais barata a passagem por ser um veiculo elétrico vai ter menos gastos as empresas
E o povo que se vire quando não tiver mais ônibus na rua.
Acredito com o tempo conseguirmos mudar essa realidade da poluição em São Paulo!!! o Prefeito Ricardo Nunes Já começou dar o primeiro passo para mudar essa realidade da poluição em São Paulo!!!
Quero que o Sr Prefeito Ricardo Nunes peça para retirar os carregadores de bilhetes instalados dentro dos coletivos pois tem muita gente de má fé viajando dentro dos ônibus sem pagar, porque no metrô de São Paulo ninguém viaja de graça, e nós motoristas não somos obrigados a transportar ninguém de graça aliás culpa essa que é atribuída a sua concessionária Chamada São Paulo Transporte S/A deve proibir as pessoa que não tem saldo viajarem de graça,pedindo que a mesma desça do coletivo e procure posto de carregamento ok por motivos de deboches desses passageiros que além de viajar de graça não tem educação,vamos ficar de olho,se persestirem os carregadores em mau funcionamento vamos denunciar a S P TRANS para os meios de comunicação como: a Rede Globo, Rede Record,Band,e outros meios de comunicação,se instalaram essa porcaria no s coletivo é pra funcionar, não interessa a empresa que faz a manutenção, porque as empresas de ônibus não estão nem aí se funciona ou não o recado foi dado..