CPTM e Metrô vão pagar ao menos R$ 42 milhões por 15 meses para policiais de folga nos trens e estações
Publicado em: 29 de setembro de 2022

Valor ao fim do contrato pode ser maior porque está estipulado em Ufesp, que tem correção anual
ADAMO BAZANI
Colaborou Alexandre Pelegi
A Companhia do Metrô e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) vão pagar à Polícia Militar ao menos R$ 42 milhões por 15 meses para terem policiais militares de folga atuando na segurança nos trens e estações.
O valor foi publicado nesta quinta-feira, 29 de setembro de 2022, no Diário Oficial do Estado de São Paulo.
De acordo com a publicação, as duas estatais de transportes vão desembolsar 1.314.720 UFESPs (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo). Atualmente, cada UFESP está valendo R$ 31,97, o que dá um total de R$ 42 milhões 031 mil 598,40.
Ocorre que a UFESP aumenta todo ano. Como o convênio é de 15 meses, valendo até 08 de dezembro de 2023, este total de R$ 42 milhões vai aumentar até o fim.
Trata-se de um aditivo de um contrato de 2019.
Na CPTM, já há a presença de policiais de folga desde o início de 2020 e, no Metrô, a atuação começa na próxima semana.
Como mostrou o Diário do Transporte, nesta quarta-feira (28) foi anunciado o início da presença de policiais nas linhas de operação estatal de Metrô (1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha) e de monotrilho (15-Prata) com 180 agentes que serão inseridos de forma gradativa. Dependendo da necessidade, o número de policiais pode aumentar.
De acordo com o presidente do Metrô, Silvani Alves Pereira, a estimativa é de custo mensal de R$ 1,4 milhão para a estatal.
Se na CPTM, o estopim para a atuação dos policiais foi a onda de confrontos entre seguranças da empresa e vendedores ambulantes (inclusive com agressões mútuas, diversas com gravidade), no Metrô é a série de assaltos, roubos e até esfaqueamentos vitimando passageiros nos trens e estações.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
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