Após acordo judicial, mais 200 ônibus estão em circulação no Rio de Janeiro, diz prefeitura
Publicado em: 1 de agosto de 2022

De acordo com balanço divulgado nesta segunda (1º), coletivos percorreram mais de 1 milhão de quilômetros em comparação à primeira quinzena de junho
ADAMO BAZANI
A Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) do Rio de Janeiro divulgou nesta segunda-feira, 1º de agosto de 2022, um balanço parcial do acordo judicial firmado entre a prefeitura, Ministério Público e empresas de ônibus para tentar melhorar os serviços, alvos de muita insatisfação dos passageiros e que estava em degradação.
O acordo foi firmado em 1º de junho de 2022 e também prevê o congelamento da tarifa em R$ 4,05 até o fim do ano (veja mais abaixo os detalhes).
Segundo o poder público, em dois meses, foram obtidos os seguintes resultados:
– 39 linhas que estavam paradas foram retomadas;
– aumento de cerca de 200 ônibus em circulação;
– na primeira quinzena de julho, os ônibus percorreram mais de 1 milhão de quilômetros em comparação à primeira quinzena de junho;
– cerca de 450 pontos de ônibus que voltaram a ter atendimento, de um total de 700 pontos a serem contemplados até o fim do ano, locais estes que não passavam mais ônibus;
– restabelecimento de ligações importantes em bairros e regiões antes sem ônibus. Áreas com serviços de ônibus precários ou desatendidas foram beneficiadas, como Tubiacanga e Aeroporto RioGaleão, na Ilha do Governador; Parque Columbia e Costa Barros; Vila Isabel, Santa Teresa, Alto da Boa Vista e Tijuca (Muda, Usina, Borel); Inhoaíba, Campo Grande (Vila Nova, Salim e Caboclos), Santa Cruz (Base Aérea e Vitor Dumas) e Sepetiba, ligados agora a centralidades e rede de transporte público (trem, BRT); além das Vargens (Estrada do Rio Morto), Curicica, Taquara (Colônia, Pau da Fome), por onde passam linhas alimentadoras de BRT, e Pechincha (Retiro dos Artistas)
O ACORDO:
Como mostrou o Diário do Transporte, este acordo contempla também subsídios às operações do sistema de ônibus, mas em troca, a tarifa fica congelada neste ano em R$ 4,05 e as empresas também terão de melhorar a qualidade dos serviços.
Estes subsídios são pagos com base na quilometragem rodada, apurada por meio do GPS dos ônibus. Segundo a prefeitura, é uma maneira de remunerar as empresas pelo serviço efetivamente prestado.
Relembre:
Em nota, a prefeitura traz outros detalhamentos do acordo:
O acordo tem o objetivo de normalizar, de forma gradual, as linhas que já estavam em circulação e a retomada de ligações inoperantes prioritárias, visando áreas mais desatendidas por transporte público. Além da receita da tarifa paga pelos passageiros, no valor de R$ 4,05, os consórcios recebem da prefeitura pelo serviço efetivamente prestado, com base no quilômetro rodado e apurado pelo sistema de monitoramento por GPS estruturado pela SMTR.
Para ter direito ao subsídio de R$ 1,78 por quilômetro, é necessário cumprir diariamente pelo menos 80% da quilometragem definida e o número de viagens planejadas pela SMTR para cada linha, de acordo com o trajeto planejado. Sendo assim, o plano operacional não é feito mais com determinação de frota.
Nesta fase atual de implementação e ajustes do plano operacional, o monitoramento dos veículos por meio do GPS mostra uma evolução gradual da operação das linhas que retornaram, com o cumprimento cada vez maior da exigência de ao menos 80% da quilometragem diária definida e cumprimento do número de viagens previstas.
O acordo é válido até dezembro de 2022 e será readequado em janeiro de 2023. As informações sobre o plano operacional, a operação dos ônibus e o pagamento do subsídio estão disponíveis no site da SMTR.
Adamo Baznai, jornalista especializado em transportes