Pesquisa mostra que Brasil tem o segundo transporte público mais caro da América do Sul
Publicado em: 27 de fevereiro de 2022

País está na 36ª posição do ranking global, que é liderado pela Irlanda
JESSICA MARQUES
Uma pesquisa revela que o Brasil tem o segundo transporte público mais caro da América do Sul, depois do Chile.
O estudo foi feito pelo Cuponation, plataforma de descontos online. A empresa comparou o valor médio do transporte no mundo.
Segundo a pesquisa, a população brasileira gasta, em média, pelo menos R$ 214 por mês com passagem do transporte coletivo.
O valorconsidera que cada indivíduo utiliza apenas duas passagens por dia durante o trajeto de ida e volta.
Com isso, os brasileiros gastam pelo menos 17,66% do salário mínimo (R$ 1.212/IBGE) com transporte público.
RANKING NO MUNDO
A empresa estrangeira Numbeo apontou recentemente os 100 países que possuem o valor do passe mensal de ônibus, metrô e trem mais caros do mundo.
Neste ranking, o Brasil passou do 55º lugar para o 36º em apenas dois anos, subindo 19 posições.
A Irlanda é o país que cobra mais caro pela passagem ao converter os valores, sendo cerca de R$ 630,25 por mês para utilizar a locomoção.
A população da Austrália e da Nova Zelândia aparecem logo em seguida, na segunda e terceira posições.
No penúltimo e último lugares da lista estão a Armênia e a Tunísia, onde os cidadãos precisam desembolsar somente R$ 52,70 e R$ 52,57, respectivamente, durante o mês.
Entre os países da América do Sul presentes na pesquisa, o Chile (26º) é o único território latino que está à frente do Brasil.
Uruguai, Bolívia, Colômbia, Venezuela, Peru, Equador, e Argentina também aparecem cobrando menos.
Confira o ranking:
RECURSOS DA UNIÃO PARA REDUZIR TARIFA
O Senado Federal aprovou em sessão de turno único em 16 de fevereiro de 2022, o projeto que institui o PNAMI (Programa Nacional de Assistência à Mobilidade dos Idosos em Áreas Urbanas).
Os autores do PL calculam que, em média, para cada R$ 1 do preço da passagem de ônibus, R$ 0,21 são destinados ao custeio dos benefícios tarifários em geral.
Com a aprovação, cada ente federativo deverá criar fundos de transporte público coletivo até 180 dias após a sanção presidencial e a publicação da lei.
Nas cidades onde o transporte intermunicipal urbano é gestão do governo do estado, o PNAMI destinará 20% do valor do fundo ao ente federativo responsável.
Relembre:
Jessica Marques para o Diário do Transporte
Cuidado com esse tipo de informação! Se nós, brasileiros, gastamos 18% da nossa renda em transporte, quanto se gasta – percentualmente em relação à renda – em outros países? Onde estaria o problema? Na tarifa alta ou na renda baixa?