OUÇA: Vaz e Guaianazes assumem linhas da Urbana em Santo André após decretação de falência do Grupo Baltazar

De acordo com presidente do Sintetra (Sindicato dos Trabalhadores)  Leandro Mendes da Silva, Ronan Maria Pinto e Ozias Vaz se comprometeram a admitir funcionários da área operacional.  Grupo Baltazar estava há dez anos em recuperação judicial. TJ-AM entendeu que empresas não têm mais viabilidade para continuar operando

ADAMO BAZANI

OUÇA:

As linhas de ônibus municipais de Santo André operadas pela Empresa Urbana até esta quarta-feira (26) passam a ser atendidas pelas empresas Guaianazes/ETURSA e Viação Vaz a partir desta quinta-feira, 27 de janeiro de 2022.

A informação é do presidente do Sintetra (Sindicato dos Trabalhadores)  Leandro Mendes da Silva em entrevista ao Diário do Transporte.

Segundo o dirigente sindical, os empresários Ronan Maria Pinto (Guaianazes/ETURSA) e Ozias Vaz (Vaz) se comprometeram a admitir os trabalhadores da área  operacional da Urbana, do Grupo Baltazar

As linhas B13 (10 ônibus) e S36 (quatro ônibus) passam a ser operadas pelo Grupo de Ronan e a B19 (oito ônibus) pela Vaz.

As empresas integram o Consórcio União Santo André, da qual também fazia parte a Urbana.

O contrato da prefeitura não é com as empresas, mas com o Consórcio e quando há paralisação de uma das companhias, as linhas devem ser distribuídas entre as outras.

“Os funcionários não vão trabalhar ainda nesta semana, já que precisam ser contratados pelas empresas, mas temos a garantia. Ficamos tristes, os trabalhadores do Grupo Baltazar eram uma família, mas pelo menos, encontramos o melhor para a categoria neste momento” – disse Mendes.

A medida ocorre após as empresas do Grupo Baltazar terem a falência decretada pelo juiz Rosselberto Himenes, da 7ª Vara Cível e de Acidentes de Trabalho, do Tribunal de Justiça do Amazonas, nesta terça-feira, 25 de janeiro de 2022. A publicação foi feita nesta quarta-feira (26).

O pedido para decretação da falência do Grupo Baltazar foi feito pelo Ministério Público do Estado e pela Administradora Judicial.

As linhas municipais que eram operadas pela Urbana Santo André são:

B 13 – Jardim Aclimação/Vila Alice – passa a ser operada pela Guaianazes/ETURSA

B 19 – Jardim Aclimação/Rodoviária – passa a ser operada pela Vaz

S 36 – Parque Novo Oratório/Rodoviária – passa a ser operada pela Guaianazes/ETURSA

Estas linhas eram as únicas municipais operadas diretamente por Baltazar.

Em nota ao Diário do Transporte, a prefeitura de Santo André, garantiu que não haverá descontinuidade dos serviços com as linhas sendo assumidas pela Consórcio União Santo André.

A Prefeitura de Santo André não tem contrato individualmente com nenhuma empresa do grupo Baltazar. O contrato vigente é com o Consórcio União Santo André e será mantido sem nenhum prejuízo à operação.

As demais linhas eram metropolitanas (EMTU), mas as empresas do Grupo Baltazar deixaram de operar os serviços em 15 de janeiro de 2022, seguindo decreto do Governador de São Paulo João Doria que determina reformulação nos transportes intermunicipais no ABC.  Os serviços passaram a ser operados pela empresa NEXT Mobilidade.

Segundo a PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda Nacional), as dívidas do Grupo Baltazar ultrapassam R$ 1 bilhão. Os advogados contestam o valor.

Na decisão, é citada a paralisação das linhas da EMTU que eram operadas por Baltazar

O magistrado ainda destacou que o Grupo Baltazar não cumpriu a Recuperação Judicial e que as empresas se tornaram inviáveis.

Além disso, os ônibus, contas bancárias e outros bens das empresas e dos seus donos foram bloqueados judicialmente.

Veja a decisão completa e a relação das empresas neste link:

https://diariodotransporte.com.br/2022/01/26/grupo-baltazar-jose-de-sousa-tem-a-falencia-decretada-pela-justica-de-manaus-veja-decisao-na-integra/

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. GERSON CARVALHO disse:

    Boa noite!

    O Ronan já foi solto? Coitada da população e dos seus colaboradores…

    Att

  2. Francisca disse:

    Espero ansiosa que essa mudança venha melhorar a linha B13, atualmente deixa muito a desejar, os passageiros chegam aguardar 1 hora a chegada de um ônibus no ponto, sem contar temos que aguentar as grosseria de alguns motoristas e a falta de segurança com motoristas dirigindo em alta velocidade.

  3. João carlos disse:

    Demorou muito…este grupo vinha a décadas entregando a população um serviço péssimo ,com ônibus em péssimo estado de conservação, com vários carros quebrados pelo caminho ( a viação Ribeirão Pires um exemplo clássico) atrapalhando o tráfego e os usuários. Só estranho do estado ( Amazonas) que partiu a decisão.

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