ÁUDIO: Empresas de ônibus do Grupo Baltazar poderão entrar em greve no ABC a partir de segunda (29), diz sindicato
Publicado em: 24 de novembro de 2021

De acordo com presidente do Sintetra, Leandro Mendes da Silva, proposta apresenta pelo grupo foi recusada em assembleia nesta quarta (24); Nova proposta poderá evitar paralisação
ADAMO BAZANI
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Quem depende das linhas de ônibus operadas pelo Grupo Baltazar José de Sousa, no ABC Paulista, deve estar atento. A partir da próxima segunda-feira, 29 de novembro de 2021, os trabalhadores poderão paralisar as atividades.
Nesta quarta-feira, 24 de novembro de 2021, funcionários aprovaram estado de greve.
A informação é do presidente do Sintetra, sindicato que representa os profissionais de transporte, Leandro Mendes da Silva, em entrevista ao Diário do Transporte na noite desta quarta-feira (24).
A decisão é específica sobre problemas trabalhistas com o Grupo Baltazar e não tem relação com a campanha salarial geral da categoria de todo o ABC, cujo acordo evitou uma greve que poderia paralisar todas as empresas da região nesta semana.
Relembre:
O Grupo Baltazar reúne empresas que operam linhas intermunicipais gerenciadas pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), como Viação Riacho Grande, Viação Imigrantes, Viação Triângulo, Urbana Santo André e Viação São Camilo.
Estas linhas circulam entre os municípios do ABC e ligam a região à capital paulista.
As empresas EAOSA (Empresa Auto Ônibus Santo André) e Viação Ribeirão Pires, ao menos no papel, não pertencem mais ao empresário Baltazar José de Souza, já que foram arrematadas em leilão pela ALL Transportes Eirelli por R$ 7,5 milhões no âmbito da recuperação judicial do Grupo Baltazar, que se arrasta desde 2012 pela Justiça de Manaus.
Entretanto, EAOSA e Ribeirão Pires podem ser paralisadas por solidariedade aos demais empregados e porque muitos funcionários destas duas empresas enfrentam problemas trabalhistas desde a época em que ambas ainda estavam registradas no nome de Baltazar e do filho Dierly.
Segundo Mendes, o sindicato não vai incitar a paralisação da EAOSA e da Ribeirão Pires, mas os trabalhadores não podem ser impedidos de se manifestar.
O sindicalista disse que não haverá bloqueios nas garagens e que o Sintetra vai orientar determinação judicial de frota de 70% nos horários de pico e de 50% nos demais horários envolvendo as empresas Viação Riacho Grande, Viação Imigrantes, Viação Triângulo, Urbana Santo André e Viação São Camilo.
Porém, Leandro Mendes da Silva disse o sindicato só pode orientar quanto à frota mínima, mas não pode obrigar os profissionais a trabalharem.
“Pedimos compreensão da população, mas os trabalhadores do Grupo Baltazar sofrem com constantes atrasos de salários e benefícios há anos. Quem é da região do ABC conhece o sofrimento dos trabalhadores. A revolta deles é grande” – explicou.
Com a decretação do estado de greve nesta quarta-feira (24), a paralisação poderia começar já no sábado (27), mas para não pegar ninguém de surpresa, a entidade decidiu fazer uma nova assembleia na segunda-feira (29) e parar ou não no mesmo dia.
Tudo vai depender da apresentação de uma nova proposta do Grupo Baltazar.
Leandro Mendes da Silva disse que a proposta atual foi recusada pelos trabalhadores na assembleia desta quarta-feira, 24 de novembro.
A proposta recusada foi:
– Realizar depósitos de R$ 1,5 mil por mês referentes a direitos trabalhistas ainda não pagos de trabalhadores que foram demitidos por volta de 2015; Há trabalhadores com direito a valores maiores mensais;
– Realizar depósitos mensais de R$ 2 mil para trabalhadores que foram desligados na transição do Grupo Baltazar para a ALL Transportes na EAOSA e na Ribeirão Pires. Os R$ 2 mil seriam pagos independentemente dos valores que os trabalhadores teriam direito; em alguns casos os valores poderiam chegar a R$ 8 mil ou R$ 10 mil por mês aproximadamente;
– Suspender por três meses os pagamentos mensais dos funcionários da EAOSA e Ribeirão Pires que continuam trabalhando nestas empresas mesmo com a transição do Grupo Baltazar para a ALL Transportes.
– Grupo Baltazar não assinou documento se comprometendo a não mais atrasar pagamentos daqui para a frente.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Esse sindicato de pilantras … Só vêem o lado deles não fazem nada pela categoria.
São os resultados das privatizações.
#cadeiaparaBaltazar