Jornalistas discutem crise do transporte público no país em Live da ANTP

Foto: Alexandre Pelegi / Diário do Transporte

Milton Jung, da CBN; Alencar Izidoro, da Folha de SP; e Adamo Bazani, do Diário do Transporte, opinarão nesta quinta (28) às 11h sobre o cenário atual e as medidas até aqui pensadas por empresários, prefeitos e especialistas para impedir o colapso do setor

ALEXANDRE PELEGI

O transporte coletivo no Brasil chegou a um beco sem saída? Ao fundo do poço? A uma situação sem conserto nem remédio?

Para falar livremente sobre este cenário, nesta quinta-feira, 11h, a Live “ANTP Café” reunirá os jornalistas Milton Jung, da rádio CBN; Alencar Izidoro, editor da Folha de SP; e Adamo Bazani, editor do Diário do Transporte.

Organizado pela ANTP – Associação Nacional de Transportes Públicos, o evento contará com a moderação do também jornalista Alexandre Pelegi, e com a âncora do vice-presidente da Associação, Cláudio Frederico.

Quem lê o Diário do Transporte acompanha diariamente as inúmeras falências das empresas de transporte, as seguidas greves de motoristas e cobradores por falta de pagamento e pelo congelamento de reajustes e benefícios, assim como as ações muitas delas paliativas engendradas por prefeitos para evitar que a população fique sem ônibus para ir e voltar ao trabalho.

Ninguém melhor que o(a) prefeito(a) para saber que uma cidade onde falta à população um serviço decente de transporte dificilmente terá competitividade para atrair investimentos e empregos.

Não é uma questão sazonal, nem regional: a crise tomou o mundo todo. No entanto, em cada país ela vem sendo equacionada, modulando-se sua gravidade em função da maneira como o Estado cuida do serviço de mobilidade das pessoas.

Aqui todos sofremos hoje com o erro que vem sendo cometido há décadas, revelado em sua magnitude com a pandemia de Covid-19: impossível manter o serviço de transporte de uma cidade apenas com a receita arrecadada pela tarifa paga pelos passageiros e, ainda pior, rodando com uma frota superior à demanda.

Quem paga a conta? Quem sustenta o sistema?

Essa “receita de negócio” vem diminuindo a olhos vistos com o tempo, com a debandada de muitos passageiros que, diante da crise econômica e do desemprego latente, não suportam mais bancar o serviço. Não há salário para tanta despesa.

A existência do transporte individual desregulamentado (por carros e motos), revigorando em muitas cidades o nefasto transporte clandestino, convive com o alto índice de gratuidades. Estas são as cores de uma situação que a pandemia veio matizar, ao desmitificar o milagroso papel da tarifa paga, e desta forma cobrar a presença em cena do Estado, o maior responsável por um serviço público essencial.

Onde está o Estado, a quem cabe o papel de prover educação, saúde e transporte?

Ou será que a culpa é dos empresários, muitos deles muitas vezes envolvidos em escândalos de corrupção? Ou é a fatídica “caixa preta” o grande inimigo, seja lá o que for isso?

Enquanto o problema vai deixando vítimas pelo caminho, aumenta-se o risco do sistema de transporte ser destruído.

Há como evitar? O que poderá surgir de novo?

A visão de jornalistas, que acompanham a sociedade com o dever de informar, pode ampliar um debate que, até aqui, infelizmente, tem ficado restrito a especialistas e empresários, prefeitos e parlamentares; além de entidades da cadeia do segmento, como fabricantes de ônibus e trens.

Nesta quinta-feira, dia 28 de outubro, a partir das 11h, conecte-se ao ANTP CAFÉ.

Inscrição gratuita em
https://us06web.zoom.us/webinar/register/WN_5VjIg4dkQxmJgEsfINQylA 

 

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

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