OPINIÃO: Dia do Ciclista 2021 foi comemorado com números positivos sobre uso da bicicleta pelo Brasil

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Cada vez mais os brasileiros estão aderindo ao uso de bicicletas pelo país e eles contam com os investimentos dos municípios. Confira alguns números que tornaram o Dia do Ciclista em 2021 ainda mais comemorativo.

JENIFFER ELAINA

O dia 19 de agosto foi escolhido para homenagear o ciclista e esse ano comemorou-se também o aumento dos números do uso da bicicleta pelo país. Não é preciso muito para perceber o aumento dos ciclistas nas grandes cidades e capitais do Brasil e existem vários motivos para esse fenômeno.

Muitos optam pela bike por lazer ou esporte, pela busca por uma vida mais saudável, por meios mais ecológicos de locomoção, mas um dos motivos que mais elevou o número de ciclistas pelo país são as políticas públicas que incentivam o uso da bicicleta nas cidades.

O aumento das malhas cicloviárias no Brasil

Um levantamento conduzido pelo time da Betway, site de caça níquel online, comprovou o resultado das políticas públicas de mobilidade sustentável espalhadas pelo Brasil.

Os números mostram um aumento de mais de 130% na malha cicloviária brasileira nos últimos 4 anos. A malha cicloviária diz respeito às ciclovias e ciclofaixas, vias exclusivas ou faixas exclusivas para a circulação de bicicletas em meio às outras vias, respectivamente. A malha cicloviária brasileira já totaliza mais de 3 mil quilômetros de extensão.

O automóvel ainda é a forma preferida de locomoção do brasileiro, mas traz impactos negativos ao meio ambiente, como a emissão de CO2 que é nocivo para a atmosfera, contribuindo para o efeito estufa e aquecimento global. Uma forma de reduzir essas emissões e solucionar esse problema é o incentivo de modos não motorizados de transporte, como as bicicletas e veículos elétricos.

Por mais que a população ainda veja a bike mais como forma de lazer, o incentivo das cidades com a construção e ampliação da malha cicloviária faz com que diversas pessoas virem adeptas, por ter maior segurança para transitar nestas faixas.

As principais cidades que investiram em malha cicloviária nos últimos anos foram: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Fortaleza e o Distrito Federal. São Paulo foi a cidade que mais cresceu em ciclovias desde 2019, crescendo quase 50%, totalizando 681 km de malha cicloviária. Com isso, viu o aumento de circulação de ciclistas aumentar em quase 250% somente na Avenida Faria Lima.

No Rio de Janeiro, mesmo sem aumento na malha cicloviária de 2019 para cá, testemunha o aumento de quase 280% de ciclistas circulando pelo Aterro do Flamengo. Com isso a cidade totaliza 450 km de ciclovias.

Fortaleza teve crescimento de 24% na malha, totalizando 356 km, seguido do Distrito Federal, com aumento de 18%, totalizando 554 km de ciclovias e ciclofaixas. Curitiba registrou aumento de 6% na malha cicloviária, com 221 km no total.

Impacto positivo no mercado do ciclismo

Segundo o artigo da Betway, foi comprovado que não é só o meio ambiente que agradece o aumento dos ciclistas no Brasil: o mercado do ciclismo também está comemorando.

As vendas aumentaram em todos os segmentos, não só das bicicletas em si, mas também acessórios de segurança, vestuário, entre outros elementos do nicho. Além disso, o serviço de manutenção também aumentou, gerando maior demanda de peças.

Demanda que está causando uma dificuldade para as fábricas de peças e partes para bicicletas, que estão enfrentando desafios para atender às necessidades deste público.

Mesmo assim, o mercado brasileiro tem superado essa dificuldade, como mostram os números do primeiro semestre de 2021. Só no Brasil foram quase 200 milhões de reais em recursos envolvidos no comércio exterior de bicicletas, em relação à importação e exportação.

Esse número caracteriza um aumento de 122% se comparado ao mesmo período de 2020. É o maior número de crescimento desde 2010.

De 2019 para 2020, a venda de bicicletas no Brasil já teve um aumento de 50%, enquanto a produção nacional anual é de quase 4 milhões de bicicletas, totalizando um bilhão de reais em unidades fabricadas.

O aumento da demanda de bicicletas, acessórios, vestuários e peças também fez com que novas lojas, ou bike shops, surgissem nos últimos anos. Só em 2020 foram cerca de 4800 novas lojas, representando 26% de aumento.

É indiscutível o poder que essa indústria e comércio tem na economia brasileira, além de mudar a vida de milhares de pequenos empresários. Afinal, mais de 90% das bikes shops do país é caracterizada como microempresa, com até 4 funcionários. Somente 14% destas lojas são grandes redes, faturando acima de 2 milhões ao ano. Cerca de 30% das lojas brasileiras faturam até 200 mil reais anualmente.

A maior parte das bike shops brasileiras está localizada na região Sudeste (cerca de 42%), seguido da região Nordeste (com 25% das lojas). A região Sul apresenta 16% das lojas, enquanto o Centro-Oeste apresenta 10% e a região Norte representa 7% do mercado.

Jeniffer Elaina – formada em Marketing com pós em Administração na FGV, possui curso técnico em Direito do Seguro e atualmente cursa Gestão de Seguros

 

 


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