Eletromobilidade

Banco alemão seleciona projetos de ônibus elétricos de Curitiba e de VLT de Guarulhos para estudos de pré-viabilidade

Chamada de Projetos de Mobilidade Urbana Sustentável é uma parceria do Banco de Desenvolvimento da Alemanha com o BNDES e o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)

ALEXANDRE PELEGI

Os projetos do Novo Inter 2 e do Ligeirão no Corredor Leste-Oeste, voltados à eletromobilidade do transporte coletivo de Curitiba, Paraná, foram selecionados em chamada pública organizada pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).

O resultado foi divulgado nesta quarta-feira, 25 de agosto de 2021.

Além de Curitiba, o projeto de um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) para a cidade de Guarulhos, na Grande São Paulo, também foi selecionado para receber apoio de bancos de desenvolvimento, e pode começar a dar os primeiros passos para sair do papel.

A Chamada de Projetos de Mobilidade Urbana Sustentável é uma parceria da Cooperação Alemã por meio do KfW Banco de Desenvolvimento (KfW), o BNDES, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) por meio da Secretaria Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano (SMDRU), com apoio do BID.

O objetivo é selecionar no mínimo cinco projetos cujos estudos de pré-viabilidade serão realizados com recursos não reembolsáveis do governo alemão (Ministério de Cooperação Econômica e Desenvolvimento – BMZ).

Incluindo Curitiba e Guarulhos, o BNDES informou nesta quarta (25) que foram selecionados também projetos de Fortaleza, Recife e Salvador. A chamada nacional incluiu projetos de estados, capitais, do Distrito Federal e de municípios com mais de 500 mil habitantes.

São estimados 450 mil euros (cerca de R$ 2,76 milhões) para os cinco projetos das cidades selecionadas.

Curitiba receberá apoio técnico aos estudos de pré-viabilidade nos dois projetos de implantação de ônibus elétricos em larga escala na cidade. O suporte será custeado com recursos a fundo perdido do governo alemão.

Já Guarulhos, o intuito da candidatura foi a evolução do projeto de VLT, com base no desenho atualizado – proposto no contexto do Estudo de Oportunidade -, elaborado em parceria com a Agência Francesa de Desenvolvimento – AFD em 2018.

O meio de transportes sobre trilhos é pensado para operar no trecho compreendido entre a Dona Tecla (próximo ao Shopping Maia) e estação de trem Aeroporto/Terminal Metropolitano do Taboão, passando pelo Centro de Guarulhos).

Em nota ao Diário do Transporte a prefeitura de Guarulhos informou que o “estudo de oportunidade concluído sugere uma estação final na região do Parque Transguarulhense, com parada intermediária em frente ao Parque Shopping Maia, e não final”.

A prefeitura de Guarulhos celebrou o fato de ter sido o único município brasileiro (não capital de Estado) que conseguiu parceria para os Projetos de Mobilidade Urbana Sustentável liderados pelo BNDES.

Com esta conquista, podemos agora dar mais um passo para planejar o futuro sustentável de Guarulhos e deixar um grande legado para as próximas gerações, por meio de um sistema de transporte avançado que privilegie a população dos bairros mais distantes da região central”, afirmou o prefeito Guti.


No caso de Curitiba, o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Luiz Fernando Jamur, afirmou que a cidade deu um passo importante para a evolução do transporte público municipal com ônibus elétricos. “Toma forma o plano apresentado pelo prefeito Rafael Greca de reduzir emissões de poluentes e do compromisso com a inovação”, afirmou.

Os projetos-alvo da chamada promovida pelo BNDES foram os que buscam reduzir emissões de CO2, promover a inclusão social, o desenvolvimento de novas tecnologias, sejam sustentáveis financeiramente e alinhados aos planos urbanos existentes, promovam a integração e contribuam para a melhor eficiência do transporte público e tenham caráter inovador nas áreas tecnológica, financeira, social, de governança e operação, bem como promovam benefícios socioeconômicos e à saúde da população.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. carlos souza disse:

    Obviamente em outríssima dimensão,uma dimensão imaginária,virtual,que só existe na imaginação,porque o mundo real já acabou faz tempo.Em que Universo eles vivem?Nós mortais não vivemos em universo nenhum.Vivemos,ou vivíamos em um universo real,que já acabou quando veio a pandemia.Quando vão parar de brincar de país próspero e sério,o que mais de 99% desse mundo poluído e sem legitimidade nenhuma nunca foi e nem jamais será?E,se não me engano,não me lembro quais,esse banco alemão esteve envolvido em escândalos de corrupção,pelo menos no Brasil.Se eu estiver enganado,me avisem.

  2. Bruno Silvã Machado disse:

    Que noticia boaaa!! Os grandes centros urbanos cada vez mais necessitam de um sistema multimodal de transporte, moderno e sustentável. E quanto menor o uso de combustíveis fosseis, melhor. Por falar nisso, o Governo Federal precisa com urgência impulsionar as políticas públicas para a criação de parque de energia solar e eólica, não ficando tão dependente da energia hidroelétrica. Por exemplo, deveria ser regra prédios comerciais gerar energia solar, suficiente par ano mínimo uso das dependências comuns.
    Ah Pelegi, e quanto ao projeto de Salvador em questão qual seria? Não creio ser os já em andamento, como o ‘VLT’ Monotrilho do Subúrbio sendo construído pelo Consórcio Skyrail Bahia, muito menos o do Metrô SLF.
    Me veio à mente dois, alias três projetos que já vem desde 2015 sendo promessa do Governo do Estado:
    1. Teleféricos (ainda que esse em 2017 a Egis apresentou os estudos viabilidade socioeconômica e o GovBA que não divulgou ao público);
    2. Dois túneis com esteiras rolantes (ligação subterrânea entre o Terminal da Barroquinha – Estação da Lapa e Campo da Pólvora – Ladeira da Montanha);
    3. Renovação da frota linhas metropolitanas (até onde lembro o GovBA estava em diálogo com a BYD e empresários do setor para que os ônibus fossem elétricos). Nesse mote, a PMS também ainda na gestão do ACM Neto vinha estudando adotar os ônibus elétricos no sistema BRT em construção.

    Ahh, tambem lembrei: a extensão do metrô até a Barra! A ideia inicial era o trecho subtrerranea ja que o rabicho da L1 já vai quase até o Politeama. Contudo sabemos que o custo é bem mais alto que o de uma linha elevada. Recentemente li que há a possibilidade do trecho vir a ser não o metrô mas sim Monotilho iniciando da Campo Grande seguindo a Av. Miguel Calmon, AV. Centenário até o Barra Shopping.

    E aí, seria um desses ou temos mais novidades à vista?

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