Idec sugere redução de tarifas de ônibus fora do pico e ciclofaixas emergenciais

Ciclovia no centro de São Paulo

Entidade enviou carta aos ministérios da Saúde e Desenvolvimento com 24 recomendações que devem ser repassadas a prefeituras para o transporte na pandemia

ADAMO BAZANI

O Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) enviou carta aos ministérios da Saúde e Desenvolvimento com 24 recomendações que devem ser repassadas a prefeituras para o transporte na pandemia.

Entre as sugestões, estão redução de tarifas de ônibus fora dos horários de pico e criação de  ciclofaixas e áreas para pedestres emergenciais para estimular outros modos de deslocamento, além do coletivo.

O documento ainda aponta que os transportes públicos precisam de fontes de financiamento extra-tarifários e que o Governo Federal deve ajudar.

“Em dezembro o presidente da República vetou o projeto de lei que previa um auxílio emergencial para o setor e não propôs nada no lugar. Uma decisão irresponsável, pois o transporte público é um serviço essencial. Não tem como parar. Se continuarmos assim veremos o caos e as mortes aumentarem ainda mais”, disse em nota o coordenador do Programa de Mobilidade Urbana do Idec, Rafael Calabria.

As 24 recomendações enviadas pelo Instituto têm como foco a gestão e operação dos transportes, entre a quais, segundo a nota

 GESTÃO

Não permitir a suspensão do serviço de transporte coletivo.

Disponibilizar frota suficiente para reduzir lotações, garantindo o distanciamento social no interior dos veículos.

Organizar, com o setor privado local, o escalonamento dos horários das atividades de trabalho na cidade.

Reduzir a tarifa nos horários de menor utilização do transporte.

Incentivar as cidades a buscarem fontes extra tarifárias de financiamento.

Implantar ciclofaixas e áreas para pedestres emergenciais para estimular outros modos de deslocamento.

 OPERAÇÃO

Adotar barreiras de acrílico para proteger os trabalhadores do setor.

Definir padrões de limpeza de veículos e estações.

Distribuir máscaras e disponibilizar álcool em gel nos transportes e estações.

Priorizar os trabalhadores do setor no Programa Nacional de Imunizações.

Reforçar a limpeza de ar-condicionado e priorizar janelas abertas.

Medir a temperatura corporal dos usuários.

Afastar funcionários pertencentes a grupos de risco e com sintomas ou doentes

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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