Cotia contrata empresa que atualizará estudos para licitação do serviço alternativo de transporte público
Publicado em: 21 de janeiro de 2021
Processo licitatório está suspenso desde abril de 2020
ALEXANDRE PELEGI
A prefeitura de Cotia, município da Grande São Paulo, contratou sem licitação a empresa GPO Sistran Engenharia Ltda para atualizar os estudos econômicos do projeto básico para delegação do serviço alternativo de transporte público municipal.
O valor do contrato, assinado nessa quarta-feira, 20 de janeiro de 2021, é de R$ 31.875,22 e tem prazo de três meses.
O Extrato do Contrato foi publicado na edição desta quinta-feira, 21 de janeiro de 2021, do Diário Oficial do Estado (DOE).
A prefeitura já havia publicado no DOE do dia 03 de dezembro de 2020 a inexigibilidade de licitação para a contratação da empresa.
PROCESSO ESTÁ SUSPENSO
Cotia realizou no dia 23 de maio de 2019 Concorrência Pública, do tipo maior oferta, para o Transporte Coletivo Alternativo de Passageiros em regime de concessão, operado com veículos de pequeno porte.
No Diário Oficial do dia 31 de maio daquele ano, a prefeitura divulgou o resultado da primeira etapa do certame, relativa ao julgamento da documentação. Por unanimidade a Comissão Permanente de Licitações habilitou duas empresas: a COOPERTRANSBUS – Cooperativa de Serviços, Trabalho e Suporte ao Transporte e a Viação Raposo Tavares Ltda. Relembre: Prefeitura de Cotia habilita duas empresas em licitação do transporte alternativo
As propostas comerciais das duas empresas foram abertas no dia 04 de julho de 2019, dando prosseguimento à licitação. O prazo da concessão é de 10 anos, podendo ser prorrogado por igual período, e a tarifa-referência de remuneração do serviço será de R$ 4,50, válida a partir da assinatura do contrato.
No dia 31 de julho de 2019 a prefeitura divulgou no Diário Oficial o resultado do julgamento, definindo a Coopertransbus (Cooperativa de Serviços, Trabalho e Suporte ao Transporte) como a vencedora da concorrência pública para o Transporte Coletivo Alternativo de Passageiros em regime de concessão. A Coopertransbus é a atual Cooper Star, que já atuava no sistema alternativo da cidade. Relembre: Cotia declara vencedora a Coopertransbus em licitação dos transportes
No dia 15 de abril de 2020 a prefeitura suspendeu o resultado da licitação, revogando o processo conforme publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo naquele dia. Relembre: Cotia suspende processo de licitação do transporte público
Em junho de 2020, a prefeitura negou recursos da Coopertransbus – Cooperativa de Serviços, Trabalho e Suporte ao Transporte e da Viação Raposo Tavares Ltda e manteve revogada a licitação das linhas municipais.
O anúncio foi publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo no dia 12 de junho de 2020. Relembre: Prefeitura de Cotia nega recursos e mantém revogada licitação de transporte
EDITAL
O serviço convencional de transporte coletivo de Cotia não é abarcado por esta licitação.
De acordo com o Edital dessa licitação, ficaria a cargo da nova concessionária o Sistema de Bilhetagem Eletrônica, totalmente integrado operacionalmente com o Sistema de Bilhetagem do Sistema Convencional atualmente implantado, além do Sistema de Monitoramento da Frota. A cobrança de tarifa em dinheiro embarcada, nos micro-ônibus, também seria de responsabilidade da empresa que vencesse o certame.
Pelo especificado no Anexo do Edital, estimava-se um investimento inicial próximo de R$ 5 milhões. O prazo da concessão era projetado para 10 anos, podendo ser prorrogado por igual período.
A tarifa de remuneração do serviço seria de R$ 4,50, válida a partir da assinatura do contrato.
A revisão do valor da Tarifa ocorreria a cada três anos, “alterando-o para mais ou para menos, considerando eventuais alterações na estrutura de custos ou de mercado, o compartilhamento de ganhos, e os estímulos à eficiência e à modicidade tarifária”, como definido no Edital.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes
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É notório nestas notícias o quanto os políticos destas regiões não tem um pensamento positivo sobre mobilidade urbana.
Transporte “alternativo” que opera de forma comum é um transporte comum também, faz parte da mobilidade urbana, e principalmente do sistema de transporte principal da cidade. Não é “alternativo”, é parte. Isso gera problemas, pois no caso de Cotia, o que noto é que a operação fica comprometida, pois os veículos “alternativos” operam em horários diferentes do “comum”, só que muitas vezes os alternativos não operam – seja por falta de demanda ou preguiça mesmo.
O correto é que um transporte “alternativo” seja posto como comum – assim como o ocorrido em São Paulo. Com isso, horários podem ser planejados de melhor forma, regras podem ser estipuladas para evitar conflitos (comum quando a operação é marginalizada como ocorrem em Cotia) e a bilhetagem pode ser unificada, assim com tarifa justa ao cidadão e remuneração justa aos operadores.