Tiroteios no Rio de Janeiro causaram 36 interrupções da operação de trens em 2020
Publicado em: 12 de janeiro de 2021

Levantamento da SuperVia aponta que este tipo de situação paralisou composições por mais de 40 horas, no total
WILLIAN MOREIRA
A SuperVia, concessionária que opera os trens urbanos no Estado do Rio de Janeiro, publicou um levantamento de ocorrências de tiroteio nas linhas do sistema ou em proximidades que acabaram por afetar a circulação dos trens em 2020.
Os dados da empresa revelam que 36 tiroteios foram registrados no ano passado, provocando um total de 40 horas e 24 minutos de interrupção do atendimento. O último caso foi em 21 de dezembro, nas imediações da estação Costa Barros. Saracuruna foi o ramal mais afetado, com 24 ocorrências do tipo.
O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira, 11 de janeiro de 2021. Segundo a SuperVia, quando se tem situações de segurança pública deste tipo, os trens param de circular pelo trecho afetado por medida de segurança e, quando os tiros terminam, uma equipe vistoria o local, verifica se houve danos nas vias e rede aérea e em seguida libera a circulação dos trens.
Em nota para a imprensa, o presidente da SuperVia, Antonio Carlos Sanches, disse lamentar que a insegurança no Rio de Janeiro prejudique o deslocamento de milhares de pessoas e coloque em risco a operação ferroviária.
“É lamentável que a insegurança pública coloque em risco a operação ferroviária e prejudique o ir e vir de milhares de clientes. Os trilhos do trem passam por diversas regiões conflagradas, áreas de risco, que precisam de policiamento especializado e ostensivo, o que só pode ser garantido pelo poder público, como prevê o próprio contato de concessão. Por isso, temos dialogado frequentemente com as forças de segurança do estado para que atuem nesses locais mais sensíveis”, afirmou.
Veja abaixo a tabela de tiroteios anotadas pela empresa:
CASOS EM 2021
Em 2021, dois casos de tiroteios que afetaram o sistema foram registrados, sendo um na região da Vila Inhomirim e outra na região de Manguinhos.
Relembre:
Willian Moreira em colaboração especial para o Diário do Transporte