Pesquisa mostra inexistência de Covid-19 na rede de transporte de Londres
Publicado em: 4 de novembro de 2020
Cientistas afirmam não haver vestígios do vírus em superfícies e no ar, seja no metrô ou nos ônibus da capital do Reino Unido
ALEXANDRE PELEGI
Para quem ainda acredita que o transporte coletivo é lugar de alto risco para a contaminação do coronavírus, uma boa notícia.
O Imperial College London, instituição britânica que atua com foco em ciência, engenharia e medicina, realizou testes no mês passado na rede de transportes de Londres, composta por metrô e ônibus. O objetivo era detectar a presença do coronavírus, fator de risco para a disseminação da doença entre os usuários e funcionários do sistema.
Esta foi a segunda vez que a coleta foi realizada, e novamente apresentou resultados negativos.
A Transport for London (TfL), que gerencia o sistema de transporte, intensificou os procedimentos de limpeza, mas ressaltou que não basta somente um ambiente limpo para tornar o metrô e os ônibus seguros.
As informações são do portal da BBC inglesa.
O distanciamento social e o uso de máscara também precisam ser seguidos, disse o órgão gestor.
Os cientistas que conduziram os testes tentaram imitar a jornada de um passageiro. Desta forma, coletaram cotonetes de escadas rolantes, corrimãos, pontos de ônibus e leitores de cartão Oyster.
Além disso, usaram também um sensor especial que sugou o ar através de um filtro por uma hora a 300 litros por minuto.
Lilli Matson, diretora de segurança, saúde e meio ambiente da TfL, disse que os resultados foram “extremamente tranquilizadores“, especialmente para os clientes que usam a rede de transporte para viagens essenciais durante a próxima fase de lockdown, que começa nesta quinta-feira, 05 de novembro de 2020.
“Acredito que tubos e ônibus são seguros para uso. Colocamos em prática uma enorme gama de medidas, desde limpeza, coleta de amostras, desinfetantes e sprays antivirais”, disse ela.
Lilli Matson afirmou ainda que é preciso manter os esforços, com vistas a garantir a redução de qualquer risco de contágio.
Pesquisa realizada pelo RSSB (anteriormente Rail Safety and Standard Board) em julho, descobriu que as chances de pegar o vírus em um trem são de 1 em 11.000.
Para o teste, presumiu-se que uma pessoa, sem máscara, estava viajando em um trem com 44 passageiros durante uma hora de viagem, com uma troca de 22 passageiros ao longo do percurso.
O RSSB é uma instituição britânica independente sem fins lucrativos, e pertence às partes interessadas da indústria ferroviária. O objetivo principal do RSSB é liderar e facilitar o trabalho da indústria ferroviária para alcançar a melhoria contínua no desempenho de saúde e segurança das ferrovias na Grã-Bretanha.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes
Del Rey Transportes escolhe Optibus para maior eficiência em suas operações de transporte público
Com medidas proativas, Praxio prepara clientes para entrega da DIRF 2025